(Êx 29:1-21) A Ordenação dos Sacerdotes
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Os Sacerdotes representavam o povo diante de Deus. O povo dependia da integridade do sacerdote para estar bem diante de Deus. Da integridade de suas obras, seus sacrifícios, suas orações.
O Preparo
Êxodo 29.1–3 “Isto é o que lhes farás, para os consagrar, a fim de que me oficiem como sacerdotes: toma um novilho, e dois carneiros sem defeito, e pães asmos, e bolos asmos, amassados com azeite, e obreias asmas untadas com azeite; de flor de farinha de trigo os farás, e os porás num cesto, e no cesto os trarás; trarás também o novilho e os dois carneiros.”
Para a ordenção dos sacerdotes eram necessários sacrifícios. Aqui são apresentados 3 tipos pães: pão com azeite, pão sem azeite, chamado bolo, e pão fino, chamado obreias. E também 3 animais, um novilho e dois cordeiros, cada um com um propósito específico. Esses animais deviam ser sem defeito, representando pureza moral. Aquilo que é oferecido a Deus deve ser perfeito para ser aceito.
Os homens que seriam ordenados, antes de entrarem na presentaça de Deus, deviam ser lavados com água
Êxodo 29.4 “Então, farás que Arão e seus filhos se cheguem à porta da tenda da congregação e os lavarás com água;”
Esse banho representava purificação espiritual.
Depois do banho aqueles homens deviam ser vestidos.
Êxodo 29.5–6 “depois, tomarás as vestes, e vestirás Arão da túnica, da sobrepeliz, da estola sacerdotal e do peitoral, e o cingirás com o cinto de obra esmerada da estola sacerdotal; pôr-lhe-ás a mitra na cabeça e sobre a mitra, a coroa sagrada.”
Para executar o serviço, deviam usar as roupas sagradas. Era um investidura.
Rykens: “Moisés vestiu Arão com a túnica de linho branco, que representava a justiça, o peitoral com as pedras preciosas, que representavam as 12 tribos de Israel, e a estola usada para tomar decisões. Então, para completar o conjunto, colocou o diadema de ouro que dizia: “Santidade ao Senhor”.”
Agora, Arão estava pronto pra ser odenado Sumo Sacerdote. Então ele devia ser agora ungido.
Êxodo 29.7 “Então, tomarás o óleo da unção e lho derramarás sobre a cabeça; assim o ungirás.”
A unção com ólea era uma prática especialmente realizada sobre o sacerdote e sobre o rei. Esse óleo era derramado sobre a cabeça do Sumo Sacerdote e desciam pra sua roupa.
Salmo 133.1–2 “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes.”
A unção com óleo representava a purificação do Espírito, a cobertura do Espírito. Somento o Sumo Sacerdote era ungido assim, os sacerdotes não.
Ryken: “Para entender quão santas eram essas coisas, veja o que aconteceu com Nadabe e Abiú – os filhos de Arão que foram destruídos por terem oferecido um sacrifício não santo no tabernáculo. Nadabe e Abiú foram queimados vivos, consumidos pelo fogo do juízo de Deus (veja Lv 10.2). Curiosamente, quando seus corpos foram levados para fora do acampamento, os homens ainda puderam levantar os corpos de Nadabe e Abiú por suas túnicas (Lv 10.5), que estavam intactas. Os sacerdotes foram destruídos pelo fogo, mas suas roupas não estavam danificadas! As roupas ainda eram santas para Deus, apesar da profanidade dos homens que as vestiam.”
Três Sacrifícios
Mas para servir no Tabernáculo, os Sacerdotes deviam ser santos em todos os aspectos. Não apenas em suas roupas. Portanto algo devia ser feito para tratar o pecado deles. Eles deviam ser justificados para servir. Sem derramamento de sangue isso não era possível. Por isso três sacrifícios eram feitos ao longo de 7 dias.
O primeiro sacrifício era o mais importante, era o sacrifício de expiação do pecado.
Êxodo 29.10–14 “Farás chegar o novilho diante da tenda da congregação, e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça dele. Imolarás o novilho perante o Senhor, à porta da tenda da congregação. Depois, tomarás do sangue do novilho e o porás com o teu dedo sobre os chifres do altar; o restante do sangue derramá-lo-ás à base do altar. Também tomarás toda a gordura que cobre as entranhas, o redenho do fígado, os dois rins e a gordura que está neles e queimá-los-ás sobre o altar; mas a carne do novilho, a pele e os excrementos, queimá-los-ás fora do arraial; é sacrifício pelo pecado.”
Então pegava-se o primeiro animal, o novilho, e o sacrificava no átrio, do lado de fora da tenda, e seu sangue era aspergido nos chifres do altar. As partes impuras do novilho eram levados para fora do arraial e queimadas, e o restante do animal era oferecido sobre o altar como sacrifício expiatório (perdão).
Antes de matar o novilho, os sacerdotes colocavam a mão sobre a cabeça do animal, se identificando, se unindo ao animal, simbolicamente transferindo sua culpa para o animal, e o animal simbolicament transferindo sua pureza para o sacerdote. O que acontecia com o sacrifício, morte, era o que devia ter acontecido com o pecador. Quando os sacerdotes viam o animal sendo morto e queimado, eles pensavam: era comigo que isso devia ter acontecido.
Essa é a primeira vez que a expressão “sacrifício pelo pecado” aparece. Isso mostra que como qualquer outra pessoa os sacerdotes precisavam de perdão.
O próximo sacrifíco era o do primeiro cordeiro.
Êxodo 29.15–18 “Depois, tomarás um carneiro, e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça dele. Imolarás o carneiro, e tomarás o seu sangue, e o jogarás sobre o altar ao redor; partirás o carneiro em seus pedaços e, lavadas as entranhas e as pernas, pô-las-ás sobre os pedaços e sobre a cabeça. Assim, queimarás todo o carneiro sobre o altar; é holocausto para o Senhor, de aroma agradável, oferta queimada ao Senhor.”
De novo os sacerdotes colocavam a mão sobre o sacrifício, o sangue era derramado e aspergido sobre o altar. Dessa vez nas laterais, e não nos chifres. E aí o carneiro inteiro era queimado no altar. Não sobrava nada. Esse era o holocausto, que representava total dedicação a Deus. Então se o primeiro sacrifício era o sacrifício de expiação, este é o de dedicação. Significava que eles, os sacerdotes, seriam totalmente dedicados ao Senhor.
E aí vinha o terceiro sacrifício.
Êxodo 29.19–21 “Depois, tomarás o outro carneiro, e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça dele. Imolarás o carneiro, e tomarás do seu sangue, e o porás sobre a ponta da orelha direita de Arão e sobre a ponta da orelha direita de seus filhos, como também sobre o polegar da sua mão direita e sobre o polegar do seu pé direito; o restante do sangue jogarás sobre o altar ao redor. Tomarás, então, do sangue sobre o altar e do óleo da unção e os aspergirás sobre Arão e suas vestes e sobre seus filhos e as vestes de seus filhos com ele; para que ele seja santificado, e as suas vestes, e também seus filhos e as vestes de seus filhos com ele.”
Esse era o carneiro da ordenção. Só os sacerdotes faziam esse sacrifício. Os sacrifício de expiação e o holocausto poderia ser feito por todo Israel, mas o sacrifício da ordenação apenas pelos sacerdotes. Por isso o sangue desse terceiro sacrifício era arpergido diretamente sobre o sacerdote. O sangue derramado sobre o altar era para justificação. Mas o sangue aspergido sobre o sacerdote era para santificação.
Hebreus 9.22 “Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão.”
Assim, Ryken conclui: “Eram lavados com água. Eram aspergidos com o sangue sacrificial. Eram purificados, santificados e justificados e, assim, eram consagrados para o santo serviço de Deus. Em uma palavra, eram ordenados.”
Jesus Cristo
Jesus Cristo foi o sacrifício pelos nossos pecados. Quando ele veio ele foi chamado pelo apóstolo de “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Nós também colocamos nossas mãos sobre ele, mas pela fé. E quando fazemos isso, colocamos nossa fé, nossa culpa é tranferida pra ele, e sua justiça perfeita é transferida para nós, e assim somos justificados.
2Coríntios 5.21 “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”
Jesus, por causa da nossa impureza, foi também sacrificado fora do acampamento.
Hebreus 13.11–12 “Pois aqueles animais cujo sangue é trazido para dentro do Santo dos Santos, pelo sumo sacerdote, como oblação pelo pecado, têm o corpo queimado fora do acampamento. Por isso, foi que também Jesus, para santificar o povo, pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta.”
Mas Jesus não é somente o sacrifício, ele é também o sacerdote.
Hebreus 2.17 “Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo.”
Hebreus 3.1 “Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus,”
Hebreus 4.14 “Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão.”
Hebreus 6.20 “onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.”
Hebreus 9.11 “Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação,”
Hebreus 10.21 “e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus,”
Ele intercede por nós, e nos representa com justiça perfeita.
A nossa Consagração
A Palavra de Deus ensina também que nós cristãos, todos nós que cremos, somos sacerdotes em certo sentido.
Ryken: “Havia quatro fases principais na ordenação de um sacerdote. Arão e seus filhos foram lavados com água, vestidos em justiça, ungidos com óleo e aspergidos com sangue. Cada parte de sua ordenação remete a um aspecto diferente da nossa salvação em Cristo.”
Primeiro somos lavados com água, isso é o batismo cristão. Mas a purificação acontece interiormente pelo Espírito.
Tito 3.5–6 “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador,”
Somos revestidos de Justiça, a jsutiça de Cristo.
Gálatas 3.27 “porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.”
Só assim podemos nos apresentar adequandamente diante de Deus. Sem Cristo e sua justiça, sem estamor vestidos por ele, não podemos nos achegar diante de Deus. Não adianta.
Então somos ungidos, isso também acontece pelo Espírito.
1João 2.20 “E vós possuís unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento.”
2Coríntios 1.21–22 “Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus, que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração.”
Essa unção é especialemnte a intrução e a capacitação para servir ao Senhor. Todo cristão que verdadeiramente confessa a Jesus tem essa unção em algum nível. Você sempre pode servir a Deus em todo lugar em que você estiver. Lembrando que servir a Deus não significa apenas pregar o Evangelho. Tudo o que você fizer deve ser feito, e você pode usar os seus dons para honrar ao Senhor e fazê-lo conhecido.
Por fim, eram oferecidos os sacrifícios. Assim, nós temos um substituo, que morreu no nosso lugar, por causa de quem somos justificados e dedicados totalmente ao Senhor.
De um modo específico, o sacerdócio se aplica aos oficiais da igreja: ministro, presbíteros e diáconos. Estes são ordenados formalmente com impoosição de mãos.
Mas de um modo abrangente, todo crente é batizado e ungido para servir ao Senhor. Quando a igreja do novo testamente surge e cresce, grandes mudanças acontecem na sociedade. Os crentes começam a ajudar aos desfavorecidos, a usar seus dons para o bem da sociedade, e constrói uma nova civilização. Isso é retomado na reforma protestante, quando Martinho ensina, contra a Igreja Romana, a doutrina do sacerdócio de todos os crentes. Um epísódio marcante é quando um sapateiro se converte e pergunta a lutero o que ele devia fazer agora que virou crente. Hoje nossos irmãos pentecostais perderam isso de vista. Eles acham que depois de converter todo mundo tem virar pastor, pregador. Não é isso o sacerdócio de todos os crentes. Lutero não disse pra o sapeteiro abandonar a sua profissão. Ele disse: faça o melhor sabato e venda a um preço justo. Quando uma pessoa se torna um crente de verdade, ela guarda os mandamentos, vira um imitador de Jesus, e usa os seus dons para o benefício do próximo, mesmo que o seu dom seja fazer sapatos. Portanto, o que Deus te deu, use bem, pra glória dele, com amor ao próximo.
2Coríntios 5.14–15 “Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.”