Batismo no Espírito Santo

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Origem da expressão
Mateus 3.11 “Eu os batizo com água para arrependimento. Mas depois de mim vem alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de levar as suas sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo.”
Marcos 1.8 “Eu os batizo com água, mas ele os batizará com o Espírito Santo”.”
Lucas 3.16 “João respondeu a todos: “Eu os batizo com água. Mas virá alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de desamarrar as correias das suas sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo.”
João 1.33 “Eu não o teria reconhecido, se aquele que me enviou para batizar com água não me tivesse dito: ‘Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e permanecer, esse é o que batiza com o Espírito Santo’.”
Atos dos Apóstolos 1.5 “Pois João batizou com água, mas dentro de poucos dias vocês serão batizados com o Espírito Santo”.”
Em Atos dos Apóstolos 2.4 “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava.” ocorre o cumprimento dessa promessa.
Outros textos
1Coríntios 12.13 “Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito.”
Tito 3.5 “não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,”
Diferentes perspectivas
Teologia Pentecostal: Acreditam que existem dois batismos distintos (nas águas e no Espírito), além do recebimento do Espírito Santo na regeneração. Na perspectiva pentecostal, esse batismo no Espírito Santo apresenta uma evidência inicial do falar em outras línguas. Um dos argumentos utilizados é que os discípulos receberam o Espírito como agente da regeneração em Jo 20.22, e foram batizados no Espírito no Pentecostes.
Teologia Reformada: Acredita em um único batismo, que o crente recebe no momento da regeneração. Na teologia reformada, o batismo nas águas faz parte desse batismo único, sendo o testemunho visível da regeneração.
Teologia Dispensacionalista: Há um único batismo no Espírito, no momento da regeneração, e podem haver eventos subsequentes de enchimento do Espírito Santo.
Definindo nossa perspectiva
Nós seguimos o entendimento da Teologia Dispensacionalista nesse aspecto. Apresentamos agora alguns argumentos contra a idéia de um Batismo com Espírito santo subsequente à conversão.
1. Nas quatro vezes que a expressão “batizar com o Espírito Santo” ocorre nos evangelhos, ela faz menção ao evento futuro da descida do Espírito Santo no Pentecostes. At 1.5 faz menção a esses textos dos evangelhos, apontando que o cumprimento dessa promessa estava próximo (“não muito depois desses dias”). Logo, a expressão não é mencionada como algo que aconteceria após a conversão, mas como algo que marca a descida do Espírito estabelecendo a igreja. O Espírito é dado à Igreja naquele momento.
2. A outra vez que essa expressão aparece em At 11.16, é num relato de Pedro sobre o ocorrido na casa de Cornélio. E o que aconteceu na casa de Cornélio não foi um evento subsequente à conversão, mas simultâneo. Os que ouviram a mensagem e creram receberam simultaneamente o Espírito Santo no ato da regeneração (At 11.18). Vemos aqui um ato soberano do Espírito pelo qual Cornélio e sua família foram inseridos no Corpo de Cristo, tornando-se um com Cristo.
3. Outro texto onde vemos essa expressão é 1Co 12.13. Paulo vem falando da ação do Espírito na vida dos crentes conduzindo a unidade do corpo de Cristo. No verso anterior Paulo afirma que todos os crentes são um em Cristo. Porque? O que comprova isso? O fato de todos terem sido batizados no Espírito em um só corpo. Ou seja, ratificando a ideia de que o Batismo no Espírito Santo é o ato pelo qual o Espírito insere o salvo no corpo de Cristo.
Dessa forma entendemos que não devemos buscar um “Batismo com o Espírito Santo” como um segundo Batismo pós conversão, porque olhando para o texto bíblico não existem dois batismos com o Espírito Santo.
Plenitude/enchimento do Espírito Santo
É fato que o Espírito Santo está vivendo em todo crente - Romanos 8.9 “Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo.” Entretanto, os crentes são convidados a mortificar a natureza pecaminosa pela ação do Espírito (Rm 8.13). Paulo reconhecia que os coríntios haviam sido batizados com o Espírito Santo (1Co 12.13), entretanto, vemos ali irmãos vivendo na carnalidade (1Co 3.1), entre brigas e invejas.
Na caminhada cristã é possível dar lugar ao diabo (Ef 4.27), entristecer o Espírito Santo (Ef 4.30), afastar-se de Deus, e tantas outras coisas que evidenciam que não estamos cheios e plenos do Espírito Santo. Por isso, é necessário a todo crente, buscar não um Batismo pós conversão, mas buscar o enchimento ou plenitude do Espírito Santo. Esse enchimento também pode ser compreendido como andar ou viver no Espírito (Rm 8.4; Gl 5.16,25).
Encontramos essa expressão - cheio do Espírito Santo - em pelo menos três tipos de situação no Novo Testamento:
1. Expressar uma experiência momentânea que capacita alguém para uma tarefa especial (At 4.8; 4.31; 13.9);
2. Expressar uma característica permanente evidenciada por um estilo de vida santo e frutífero (Lc 4.1; At 6.3; At 6.5; 7.55; At 11.24);
3. Expressar uma experiência contínua (At 13.52; Ef 5.18)
Dessa forma, devemos:
a. Clamar pelo enchimento do Espírito sempre que estivermos diante dos desafios da vida cristã;
b. Buscar viver de maneira que as pessoas ao olhar para nós, identifique alguém cheio do Espírito Santo;
c. Buscar encher-se do Espírito constantemente, e cada vez mais.
Vemos em Ef 5.18-21, evidências de que alguém está cheio do Espírito Santo:
Efésios 5.18–21 “18 Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito, 19 falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor, 20 dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. 21 Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo.”
1. Cultuar a Deus juntos e, assim, edificar um ao outro;
2. Produzir melodia em nosso coração para o Senhor – uma disposição interior de alegria;
3. Dar sempre graças a Deus por tudo;
4. Nos submeter uns aos outros cristãos em reverência a Cristo.
John Stott: Os impressionantes resultados da plenitude do Espírito estão agora expostos. As duas esferas nas quais se manifesta essa plenitude são adoração e comunhão. Se estamos cheios com o Espírito, estaremos louvando a Cristo e agradecendo ao nosso Pai, e estaremos falando e nos submetendo uns aos outros. O Espírito Santo coloca-nos num relacionamento certo com Deus e com o homem. Assim, são nessas qualidades e atividades, e não nos fenômenos espirituais, que devemos procurar por evidências primárias da plenitude do Espírito Santo.
Mais alguns comentários em Ef 5.18:
1. O verbo encher é imperativo, logo e um mandamento. Não buscar o enchimento é negligência;
2. O verbo encher é plural, logo não se restringe a poucos, é dever de todos;
3. O verbo encher está no presente, o que indica uma ação contínua, logo é uma busca constante;
4. O verbo encher está na voz passiva - deixe-se encher, logo precisamos de uma rendição contínua à pessoa do Espírito Santo, e uma busca constante pela comunhão com o Espírito.
A instrução do Espírito ocorre positivamente através das Escrituras, meditando e orando. E negativamente rejeitando as paixões carnais, submetendo os desejos a Deus. Crer que Ele nos capacita para cada necessidade.
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