JESUS É MAIS DO QUE OS ANJOS! (Parte 2) Hebreus 2.1-18

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Jesus é mais do que anjos em sua humilhação gloriosa, uma vez que como homem Ele foi Deus e como Deus, Ele foi homem.

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Grande ideia: Jesus é mais do que anjos em sua humilhação gloriosa, uma vez que como homem Ele foi Deus e como Deus, Ele foi homem.
Estrutura: “palavra falada por meio de anjos” (vv. 1-4), “não foi a anjos que Deus sujeitou o mundo que há de vir, sobre o qual estamos falando” (vv. 5-15) e “ele… não socorre anjos, mas socorre a descendência de Abraão” (vv. 16-18).
Teologia Concisa: Um Guia de Estudo das Doutrinas Cristãs Históricas Encarnação: Deus Enviou Seu Filho para nos Salvar

O escritor da carta aos Hebreus, pretendendo expor a perfeição do sumo sacerdócio de Cristo, começa declarando a plena divindade e consequente única dignidade do Filho de Deus (Hb 1.3, 6, 8–12), cuja plena humanidade ele então celebra no capítulo 2. A perfeição, e certamente a própria possibilidade, do sumo sacerdócio que ele descreve cumprido por Cristo depende da união de uma vida divina infindável e infalível com uma experiência humana plena de tentação, aflição e sofrimento (Hb 2.14–17; 4.14–5.2; 7.13–28; 12.2, 3).

Atos dos Apóstolos 6.7 NAA
A palavra de Deus crescia e, em Jerusalém, o número dos discípulos aumentava. Também um grande grupo de sacerdotes obedecia à fé.
Atos dos Apóstolos 15.5 NAA
Mas alguns membros do partido dos fariseus que haviam crido se insurgiram, dizendo: — É necessário circuncidá-los e ordenar-lhes que observem a lei de Moisés.
Atos dos Apóstolos 21.20 NAA
Ouvindo isso, eles deram glória a Deus e lhe disseram: — Você percebe, irmão, que há milhares de judeus que creram, e todos são zelosos da Lei.
Sidlow Baxter:
Se aqueles crentes judeus do passado tivessem de ser salvos do perigo de julgar a nova fé em Cristo simplesmente como um complemento do judaísmo sem anulá-lo, eles precisariam ser levados a ver claramente a glória divina do Deus-Homem Salvador que a tudo ofusca e que dá finalidade absoluta a toda a sua obra redentora e intercessória, excluindo assim completamente todos os demais salvadores e sacrifícios. Este é então o capítulo inicial nos capítulos 1-7. “Havendo Deus outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas… nestes últimos dias nos falou pelo FILHO.” Todos os outros apontam para Ele, mas não pode haver qualquer ponto referencial último, além dEle. Por que voltar então para eles, desde que Aquele para quem todos apontam surgiu? Eles serviram e finalizaram agora a sua função ao indicar Aquele que, hoje, tudo cumpre. “O sol apareceu; as estrelas se retiram”.
O Messias Jesus está muito acima dos anjos (1,2). Ele é FILHO; eles não passam de servos (1.5-9). Ele é o Criador, eles não são senão criaturas (vv. 10-12). Ele é o Soberano; eles, os súditos (vv. 13,14). Ele é Deus-Homem Salvador glorificado, que não só está acima dos anjos, mas também leva muitos filhos à glória, elevando-os também sobre os anjos (2.5,9,10).
Jesus salva, anjos não. (vv. 1-4)
(a) A advertência (uma das muitas em todo o livro) do autor é clara: “importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos”.

προσεχω prosecho

de 4314 e 2192; v

1) levar a, trazer para perto

1a) trazer um navio à terra, e simplesmente atracar, aportar

Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong 3901 παραρρυεω pararrhueo

παραρρυεω pararrhueo

de 3844 e o substituto de 4482; v

1) deslizar por: a fim de que não sejamos levados; passar por

1a) para que não aconteça que a salvação, que as coisas ouvidas nos mostram como obter, escorregue das nossas mãos

Hebreus 12.25 (NAA)
25Tenham cuidado e não se recusem a ouvir aquele que fala. Pois, se os que se recusaram a ouvir quem divinamente os advertia na terra não escaparam, muito menos escaparemos nós, se nos desviarmos daquele que dos céus nos adverte.
(b) Pensemos rapidamente sobre “a palavra falada por meio de anjos”.
Atos dos Apóstolos 7.52–53 NAA
Qual dos profetas os pais de vocês não perseguiram? Eles mataram os que anteriormente anunciavam a vinda do Justo, do qual vocês agora se tornaram traidores e assassinos, vocês que receberam a lei por ministério de anjos e não a guardaram.
Gálatas 3.19 NAA
Logo, para que é a lei? Ela foi acrescentada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador.
(c) O desvio da fé, não levando a sério a “grande salvação” não era algo hipotético, era real.
Donald Guthrie:
Realmente é altamente provável que, na mente do escritor, os leitores corriam o perigo de virar as costas completamente contra o evangelho cristão. Se assim for, a grandeza da salvação somente aumenta a tragédia. A resposta é tida por certa: não há nenhum escape. A ideia do escape ligado a salvação expressa a salvação em termos de livramento, conceito que ocorre noutros lugares no Novo Testamento.
(d) Essa palavra foi comunicada nos evangelhos: “Evangelho de Jesus Cristo”.
Marcos 1.1 NAA
Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.
Marcos 1.15 NAA
Ele dizia: — O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo; arrependam-se e creiam no evangelho.
(e) Essa mensagem (não anunciada por anjos, mas pelos evangelistas da primeira geração foi alvo de testemunho do próprio Deus.
Donald Guthrie:
O verbo traduzindo: dando… Deus testemunho juntamente (synepimartyrountos) deve referir-se a Deus testificando juntamente conosco. Realmente, o escritor não teria apelado aos milagres se tivesse havido qualquer possibilidade dos leitores sustentarem que nunca os viram nem ouviram dizer deles. Trata-os como assunto conhecido a todos.
Atos dos Apóstolos 2.22–23 (NAA)
22— Israelitas, escutem o que vou dizer: Jesus, o Nazareno, homem aprovado por Deus diante de vocês com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou entre vocês por meio dele, como vocês mesmos sabem,
23a este, conforme o plano determinado e a presciência de Deus, vocês mataram, crucificando-o por meio de homens maus.
2Coríntios 12.12 (NAA)
12Pois as minhas credenciais de apóstolo foram apresentadas no meio de vocês, com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas.
Romanos 15.18–20 NAA
Porque não ousarei falar sobre coisa alguma, a não ser sobre aquelas que Cristo fez por meio de mim, para conduzir os gentios à obediência, por palavra e por obras, por força de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito de Deus. Assim, desde Jerusalém e arredores até o Ilírico, tenho divulgado o evangelho de Cristo, esforçando-me, deste modo, por pregar o evangelho, não onde Cristo já foi anunciado, para não edificar sobre alicerce alheio.
Donald Guthrie:
A palavra aqui usada não é aquela para “dons” (charismata) que se usa no Novo Testamento, mas, sim, a palavra mais geral para distribuição (merismoi). A ênfase, portanto, recai sobre quem distribui.
1Coríntios 12.11 NAA
Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas essas coisas, distribuindo-as a cada um, individualmente, conforme ele quer.
2. Jesus reina, anjos não. (vv. 5-9)
(a) Não foi por meio de anjos, que Deus sujeitou o “mundo que há de vir”.
Salmo 8.4–6 NAA
que é o homem, para que dele te lembres? E o filho do homem, para que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste:
Donald Hagner:
O autor aos Hebreus entende que o autor se refere a Cristo, bem como à humanidade, não meramente pelo fato de indicar algumas associações messiânicas (nas duas últimas linhas do texto citado), mas, principalmente, por considerar o Filho o arquétipo dos seres humanos. Em outras palavras, Cristo é a verdadeira incorporação da humanidade, o último Adão, que realiza em si mesmo a glória e o domínio que o primeiro Adão e seus filhos perderam por causa do pecado. Em Cristo as palavras do salmista têm seu cumprimento. Se originalmente o salmo teve a intenção de aplicar-se a meros seres humanos, acabam encontrando seu cumprimento pleno naquele que foi preeminentemente humano, que revela a humanidade como foi criada.
(b) Só Jesus foi “por um pouco”, menor que os anjos.
Hebreus 2.7 (Bíblia Sagrada: Nova Versão Transformadora)
7E, no entanto, por pouco tempo o fizeste um pouco menor que os anjos e o coroaste de glória e honra.
Donald Hagner:
Portanto, o Filho foi temporariamente humilhado, ao ser colocado num estado inferior ao dos anjos, logo depois, contudo, o Filho foi exaltado (à destra do Pai), coroado de glória e de honra, pelo que todas as coisas lhe foram sujeitas debaixo dos pés. A riqueza que a humanidade tivera uma vez, tendo-a perdida, foi recuperada por Aquele que, sendo Deus, tornou-se ser humano com um objetivo bem definido. Em Cristo a humanidade começa a perceber sua verdadeira herança.
(c) Jesus foi “de glória e de honra” coroado.
Richard S. Taylor:
Pilatos colocou uma coroa de espinhos e um manto de púrpura em Jesus, e disse: “Eis aqui o homem” (Jo 19.5). Mas nem Pilatos nem a multidão realmente o viram. Eles olhavam com olhos que não podiam ver. Agora o autor de Hebreus dirige o olhar deles para Jesus de uma maneira similar e com um intenso desejo de que vejam com uma visão mais clara do que Pilatos ou os judeus em Jerusalém.
(d) Em que categoria podemos considerar essa “sujeição” que Jesus impôs a “todas as coisas”?
Colossenses 1.13–20 NAA
Ele nos libertou do poder das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, a remissão dos pecados. Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. Pois nele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja. Ele é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para ter a primazia em todas as coisas. Porque Deus achou por bem que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.
(e) Jesus provou da morte para que nós púdessemos provar da vida.
2Coríntios 5.15 NAA
E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
Romanos 11.36 NAA
Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre. Amém!
3. Jesus reconcilia, anjos não. (vv. 10-18)
(a) “Porque convinha..”.
Teologia Concisa: Um Guia de Estudo das Doutrinas Cristãs Históricas Encarnação: Deus Enviou Seu Filho para nos Salvar

A encarnação, esse milagre misterioso no coração do Cristianismo histórico, é o ponto central do testemunho do Novo Testamento. É surpreendente que os judeus tenham chegado a aceitar tal crença. Oito dos nove escritores do Novo Testamento, como os discípulos originais de Jesus, eram judeus instruídos no axioma judaico de que há somente um Deus e nenhum homem é divino. Todos eles, no entanto, ensinam que Jesus é o Messias de Deus, o filho de Davi ungido pelo Espírito prometido no Antigo Testamento (por exemplo, Is 11.1–5; Christos, “Cristo”, é a palavra grega para Messias). Todos eles o apresentam num tríplice papel de mestre, portador de pecados [dos seres humanos] e governante — Profeta, Sacerdote e Rei. E, em outras palavras, todos insistem que Jesus o Messias deve ser pessoalmente adorado e crido — o que significa dizer que ele é Deus não menos do que é homem.

(b) A parte final do Salmo 22, e Isaías 8.17 são citados pelo autor aqui, para salientar o fato de Jesus nos tem como seus “irmãos”.
Salmo 22.22 NAA
A meus irmãos declararei o teu nome; no meio da congregação eu te louvarei.
Isaías 8.17 NAA
Esperarei no Senhor, que esconde o seu rosto da casa de Jacó; a ele aguardarei.
Donald Hagner:
Fica óbvio que a igreja primitiva considerava o salmo 22 excepcionalmente apropriado nos lábios de Jesus. Se Jesus estivesse recitando esse salmo para Deus, então- para grande alegria do autor de Hebreus- ele estaria referindo-se às pessoas na assembleia como seus irmãos. Trata-se de um homem, entre seres humanos, que fala a respeito de Deus. Assim é que o autor de Hebreus encontra uma passagem ideal para basear seu argumento a respeito da plena humanidade de Jesus.
Hebreus 2.14 (Bíblia Sagrada: Nova Versão Transformadora)
14Visto, portanto, que os filhos são seres humanos, feitos de carne e sangue, o Filho também se tornou carne e sangue, pois somente assim ele poderia morrer e, somente ao morrer, destruiria o diabo, que tinha o poder da morte.
(c) Jesus já destruiu aquele que tem o “poder da morte”, mas a morte ainda é real em nossos dias.
Donald Hagner:
De novo é necessário que se faça distinção entre cumprimento e consumação. O diabo foi derrotado em princípio e mediante o ministério de Jesus (Lc 10.18) e, de modo especial, mediante a cruz (cf. Jo 10.31); no entanto, ele não está destruído, mas prossegue no exercício de poder real, embora limitado (cf. Ef 4.27; 6.11; 1 Tm 3.7; Tg 4.7; 1 Pe 5.8). De modo semelhante, o Novo Testamento pode afirmar que “Cristo Jesus… destruiu a morte” (2 Tm 1.10). No entanto, a morte continua a ser uma realidade que a humanidade precisa levar em consideração. O diabo e a morte foram vencidos pela obra de Cristo - isto ficou claro- ainda que nesse período entre a cruz e o retorno do Senhor não consigamos ver os efeitos totais da vitória de Cristo. O império da morte sob o comando de Satanás relaciona-se à sua obra nefasta de introduzir o pecado no mundo, pois “o pecado reinou pela morte”, i.e., a morte provém do pecado (cf Rm 5.21).
1Coríntios 15.55 NAA
“Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?”
1João 3.8 NAA
Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo.
Apocalipse 1.17–18 NAA
Ao vê-lo, caí aos seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: — Não tenha medo. Eu sou o primeiro e o último e aquele que vive. Estive morto, mas eis que estou vivo para todo o sempre e tenho as chaves da morte e do inferno.
(d) Jesus nos socorre: é o nosso salvador e exemplo. Aqui aparecem termos como “sumo sacerdote” e “propiciação”.
1João 2.1–2 NAA
Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Mas, se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados — e não somente pelos nossos próprios, mas também pelos do mundo inteiro.
Richard S. Taylor:
Ele é tanto Salvador quanto Exemplo. Ele vai adiante de nós, não somente mostrando o caminho para a glória, mas limpando e construindo o caminho. Obviamente ao fazê-lo Ele precisa passar pela severidade e por privações. Em sua própria pessoa Ele precisa enfrentar o inimigo e conquistá-lo. Somente assim pode ser feito um caminho seguro para aqueles que seguem. Este não é um Príncipe que lidera da retaguarda e permite que seus homens lutem e morram. Ele é Alguém que vai adiante e luta e morre ele mesmo, para que seus seguidores possam viver e estar assegurados da vitória.
João Calvino:
"Para fazer expiação por nossos pecados, ele se vestiu de nossa natureza, para que pudéssemos ter em nossa própria carne o preço de nossa reconciliação. Em uma palavra, para que ele pudesse levar-nos consigo para o interior do santo dos santos de Deus em virtude de nossa comum natureza. Pela frase, “as coisas pertinentes a Deus” (τὰ πρὸς τὸν Θεόν), o autor quer dizer as coisas cujo propósito é reconciliar os homens com Deus. Visto que a liberdade que emana da fé é a primeira via de acesso a Deus, carecemos de um Mediador que remova todas as incertezas."
"Portanto a encarnação e a expiação de Cristo são necessárias para a nossa salvação. Sem quem Jesus é e o que ele faz, os propósitos de Deus para a criação não poderiam ter sido cumpridos, não poderíamos desfrutar da reconciliação com Deus em verdadeira filiação e nossos inimigos não seriam derrotados, porque nossos pecados continuariam não perdoados." (from "Somente Cristo: A singularidade de Jesus como Salvador" by Stephen Wellum)
4. Outras aplicações:
(a) Leve a sério a palavra de Jesus que você vem ouvindo nestes últimos anos em sua vida. Deus não lhe tem mais inocente. O que você já ouviu tem potencial para lhe condenar ou para lhe salvar.
Hebreus 3.12–19 NAA
Tenham cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha um coração mau e descrente, que se afaste do Deus vivo. Pelo contrário, animem uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama “hoje”, a fim de que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado. Porque temos nos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até o fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos. Como se diz: “Hoje, se ouvirem a sua voz, não endureçam o coração, como foi na rebelião.” E quem foram os que ouviram e, mesmo assim, se rebelaram? Não foram todos os que saíram do Egito por meio de Moisés? E contra quem Deus se indignou durante quarenta anos? Não foi contra os que pecaram, cujos cadáveres caíram no deserto? E a quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão aos que foram desobedientes? Assim, vemos que não puderam entrar por causa da incredulidade.
(b) Em Jesus, nossa humanidade foi redimida. Ninguém foi mais humano que Jesus. Ninguém foi mais divino que Jesus. Ele lhe entende perfeitamente.
Hebreus 4.14–16 NAA
Tendo, pois, Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que adentrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa se compadecer das nossas fraquezas; pelo contrário, ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno.
João Calvino:
"Aqui, seu propósito é fazer com que a humilhação de Cristo se torne em extremo gloriosa para os fiéis. Ao lermos que ele revestiu-se de nossa carne, a impressão que nos fica é que Cristo se classificara como pertencente à classe comum da humanidade. E a cruz o fez inferior a todos os homens. Devemos, pois, atentar bem, para que Cristo não seja menos estimado, só porque, de livre e espontânea vontade, e por nossa causa, ele se esvaziou. E isso é o que está expresso aqui. Pois o apóstolo mostra que esse mesmo ato deve ser considerado tão honroso para o Filho de Deus, que por esse meio ele foi consagrado o Autor de nossa salvação."
"Então, por que Deus Filho se tornou homem? A encarnação foi o meio necessário pelo qual o Filho eterno nosso todo-suficiente Redentor e Senhor Jesus é capaz de redimir a humanidade precisamente porque veio compartilhar da nossa natureza humana comum. Não é os anjos que ele socorre (epilambanomai), visto que não se identifica com os anjos nem assume a natureza deles. Em vez disso, o Filho identifica-se com a descendência de Abraão, seu povo, e a conduz para a glória num novo êxodo de vitória e triunfo.[22]" (from "Somente Cristo: A singularidade de Jesus como Salvador" by Stephen Wellum)
Ilustr.:
A conversão de C. S. Lewis
Por Mariane Godoi fevereiro 06, 2012
Você, provavelmente, já ouviu falar no autor de "As Crônicas de Nárnia". Eu também, desde que conheci um pouco mais sobre ele, tive curiosidade em saber se ele era ateu ou cristão, pois (para bons entendedores) as Crônicas de Nárnia trazem uma mensagem com muitos valores cristãos, mas também contém muitas características duvidosas quanto ao que a história realmente quer transmitir. Então fiquei naquele impasse: Será  que é? Será que não é? Hoje, decidi procurar um pouco mais sobre a vida dele e sanar minhas dúvidas. Agora quero compartilhar com vocês! Espero que gostem!
Vida e Obra de C. S. Lewis Por Fernando Ascenso*
Clive Staples Lewis (1898-1963), natural de Belfast, Irlanda, foi um conhecido professor na Universidade de Oxford, durante 29 anos, e depois professor de Literatura Medieval e Renascentista na Universidade de Cambridge. Educado na Igreja Anglicana, tornou-se ateu na adolescência. Depois duma intensa peregrinação espiritual, voltou à comunhão da Igreja em 1929. Para Christopher Mitchel, director do Wade Center, no Wheaton College, onde estão muitos dos escritos de Lewis, na sua autobiografia espiritual, Surpreendido pela Alegria, “Lewis gasta todo o livro para chegar ao teísmo, ‘desembrulhando-o’ cuidadosamente, mas o seu movimento em direcção a Cristo acontece em duas ou três frases. É tudo o que diz.
Ao fim do dia, Lewis acreditou que no Cristianismo somos confrontados com uma pessoa a quem dizemos sim ou não... E isto é muito evangélico.” 
Este académico talentoso comunicou a fé cristã com clareza, imaginação, sem superficialidades. Nas palavras de Mitchel, “tinha um rara capacidade para dar uma forma imaginativa à doutrina cristã” .
Lewis começou a tornar-se conhecido quando em 1941 escreveu a sátira The Screwtape Letters (Cartas do Inferno / Vorazmente Teu), com instruções de um demónio veterano ao seu jovem sobrinho, um tentador em princípio de carreira, sobre como conquistar o coração dos novos crentes. Pouco depois, a pedido da BBC, faria 29 palestras na rádio que dariam origem ao livro Mere Christianity (Cristianismo Autêntico / Cristianismo Puro e Simples). Lewis escreveu mais de cinquenta obras de referência, em vários géneros: novelas, poesia, literatura infantil, fantasia, ficção científica, crítica literária e apologética, sermões e muitas cartas. A escrita deLewis emana prazer e divertimento. É irónico e sarcástico. Escreveu sobre coisas complexas e sobre coisas muito simples. Recorre a exemplos e analogias, conseguindo uma comunicação muito precisa. É mestre na arte da imaginação. É um defensor da fé, poderoso em argumentação. Lewis é um apaixonado pelas crianças e um profundo conhecedor dos relacionamentospessoais e da vida dos animais. Tem um sentido de carácter muito evidente. fascenso@netcabo.pt Citações de C. S. Lewis “Todos os mortais tendem a tornar-se naquilo que fingem ser.” Vorazmente Teu, carta X, parágrafo 2 “Eu creio no Cristianismo tal como creio que o Sol nasceu, não apenas porque o vejo mas porque através dele eu vejo todas as outras coisas.” Peso da Glória, parágrafo 24.
“O Filho de Deus tornou-se homem para possibilitar que os homens se tornem filhos de Deus”. Cristianismo Puro e Simples, livro IV, capítulo 5, parágrafo 1 “Mera mudança não é crescimento. Crescimento é a síntese de mudança e continuidade, e onde não há continuidade não há crescimento.” Selected Literary Essays, “Hamlet: The Prince of the Poem”, parágrafo 23.
C. S. Lewis morreu na sexta-feira, 22 de Novembro de 1963, no mesmo dia em que morreram J. F. Kennedy e Aldous Huxley. Obras de C. S. Lewis publicadas em portuguêsAs Crónicas de Nárnia (Editorial Presença, Lisboa), Aquela Força Medonha(Europa-América, Mem-Martins), Para Além do Planeta Silencioso (Europa-América, Mem-Martins), Perelandra (Europa-América, Mem-Martins), Vorazmente Teu (Grifo, Lisboa), Dor (Grifo, Lisboa), A Experiência de Ler (Porto Editora, Porto), Cristianismo Puro e Simples (ABU, S. Paulo, Brasil), O Problema do Sofrimento (Mundo Cristão, S. Paulo, Brasil), O Grande Abismo (Mundo Cristão, S. Paulo, Brasil), Milagres (Mundo Cristão, S. Paulo, Brasil), Os Quatro Amores (Mundo Cristão, S. Paulo, Brasil), Surpreendido pela Alegria (Mundo Cristão, S. Paulo, Brasil) e Peso da Gloria (Vida Nova, S. Paulo, Brasil).
Fonte: O (In)dizível
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