ACEITE O FRACO NA FÉ

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ACEITE O FRACO NA FÉ

Todas as vezes que chega o período de festa Junina muitos na internet ficam na briga se as igrejas deveriam ou não ter festas nesta época. E são discussões e mais discussões que muitas vezes não levam a lugar algum.
Romans 14:1–23 NVI
1 Aceitem o que é fraco na fé, sem discutir assuntos controvertidos. 2 Um crê que pode comer de tudo; já outro, cuja fé é fraca, come apenas alimentos vegetais. 3 Aquele que come de tudo não deve desprezar o que não come, e aquele que não come de tudo não deve condenar aquele que come, pois Deus o aceitou. 4 Quem é você para julgar o servo alheio? É para o seu senhor que ele está em pé ou cai. E ficará em pé, pois o Senhor é capaz de o sustentar. 5 Há quem considere um dia mais sagrado que outro; há quem considere iguais todos os dias. Cada um deve estar plenamente convicto em sua própria mente. 6 Aquele que considera um dia como especial, para o Senhor assim o faz. Aquele que come carne, come para o Senhor, pois dá graças a Deus; e aquele que se abstém, para o Senhor se abstém, e dá graças a Deus. 7 Pois nenhum de nós vive apenas para si, e nenhum de nós morre apenas para si. 8 Se vivemos, vivemos para o Senhor; e, se morremos, morremos para o Senhor. Assim, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. 9 Por esta razão Cristo morreu e voltou a viver, para ser Senhor de vivos e de mortos. 10 Portanto, você, por que julga seu irmão? E por que despreza seu irmão? Pois todos compareceremos diante do tribunal de Deus. 11 Porque está escrito: “ ‘Por mim mesmo jurei’, diz o Senhor, ‘diante de mim todo joelho se dobrará e toda língua confessará que sou Deus’ ”. 12 Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus. 13 Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, façamos o propósito de não colocar pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão. 14 Como alguém que está no Senhor Jesus, tenho plena convicção de que nenhum alimento é por si mesmo impuro, a não ser para quem assim o considere; para ele é impuro. 15 Se o seu irmão se entristece devido ao que você come, você já não está agindo por amor. Por causa da sua comida, não destrua seu irmão, por quem Cristo morreu. 16 Aquilo que é bom para vocês não se torne objeto de maledicência. 17 Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo; 18 aquele que assim serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens. 19 Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz à paz e à edificação mútua. 20 Não destrua a obra de Deus por causa da comida. Todo alimento é puro, mas é errado comer qualquer coisa que faça os outros tropeçarem. 21 É melhor não comer carne nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa que leve seu irmão a cair. 22 Assim, seja qual for o seu modo de crer a respeito destas coisas, que isso permaneça entre você e Deus. Feliz é o homem que não se condena naquilo que aprova. 23 Mas aquele que tem dúvida é condenado se comer, porque não come com fé; e tudo o que não provém da fé é pecado.

INTRODUÇÃO

Estamos chegando ao fim do livro de Romanos.
Justificação pela fé
A ira de Deus
Imparcialidade de Deus
Não há um justo sequer
Paz com Deus por meio de Jesus
A Lei
Deus não rejeitou Israel
No fim do capítulo 13 Paulo falou sobre como deve ser o nosso dever enquanto Cristão para com as autoridades, para com os impostos, para com as pessoas ao nosso redor e para com a realidade de que o fim dos Tempos está próximo.
Agora, Paulo falará sobre como nós devemos proceder diante de nossa consciência cristã e quais são nossos limites no que diz respeito a pensamentos diferentes em relação a tradições, dogmas e culturas.
Paulo, agora então, falará sobre dois grupos que estavam procedendo de maneira errada um contra o outro.

ORIGEM DO PROBLEMA

Deus estabeleceu normas a respeito da dieta que Israel deveria ter. Basicamente Israel deveria comer apenas animais puros e os impuros deveriam ser sacrificados e não consumidos.
Jesus Cristo declarou que todos os alimentos são puros e que, na verdade, não é o que entra na pessoa que é impuro mas sim o que sai. Mc 7.15–19
Porém, até o próprio apóstolo Pedro teve problemas com isso. Atos 10.9–16; Gálatas 2.11-14
O que parece haver aqui é que existe dois grupos: os fortes e os fracos na fé. Alguns teólogos-historiadores creem que os fortes na fé eram na sua maioria os cristãos gentis que voltaram após a expulsão do imperador Cláudio. Já os fracos na fé eram na sua maioria os cristãos judeus que não comiam todo e qualquer tipo de comida.
Isso nos indica duas coisas:
Não necessariamente o grupo da fé forte eram os gentios na sua totalidade: Paulo era hebreu, portanto Judeu, e se incluía no grupo dos que tinham a fé forte (Romanos 15.1).
Os que tem fé fraca não é necessariamente os que são novos convertidos. Está mais ligado a uma concepção ligada a cultura ou tradição onde isso não é fácil para a pessoa aceitar.
Portanto, Paulo, com necessidade de pastorear este povo a respeito de uma compreensão que Cristo cumpriu todas as exigências da Lei e, portanto, aboliu as regulamentações dietéticas para a igreja. E, se Cristo aboliu a dieta regulamentada por Deus, que dirá exigências humanas que foram introduzidas na Lei?
Os Crentes da época de Paulo ainda não tinham percebido e compreendido isso. Então criou-se um problema por isso: os dois grupos estavam aparentemente brigando por causa disso. O problema era tanto que chama a atenção de Paulo e ele precisa, já terminando sua carta, ter de escrever para esses crentes divididos por causa de algo que Cristo já cumpriu. Algo que não era mais necessário na administração da Nova Aliança.
Então Paulo se vê obviamente em um período de transição e necessidade de pastorear este povo. Paulo se vê aqui de modo a equilibrar entre ser fiel as Escrituras Sagradas no que diz respeito a não deixar estruturas de culturas e tradições guiarem o povo de Deus mas, também, ajudar esses grupos a viverem em paz apesar de suas diferenças.
Em resumo, a tentativa de Paulo aqui é deixar claro que se esses costumes dos “fracos na fé” não forem uma tentativa de acrescentar algo a obra de Cristo, de modo a ter que visitar algo na Antiga Aliança e deixar a Nova Aliança insuficiente, a persistência com tais práticas poderia ser tolerada. Aqueles que eram adeptos de tais dietas ou tais costumes deveriam ser tolerados com paciência e, também, não deveriam julgar quem não era adepto.

1. O QUE OS DOIS GRUPOS TINHAM EM COMUM

Eram considerados como crentes genuínos (Rm 14.3c, 6, 10).
Cada grupo criticava e julgava o outro (14.3, 4, 13).
Cada grupo terá de prestar ao Senhor contas de si mesmo (14.11,12).

2. O QUE OS DOIS GRUPOS TINHAM DE DIFERENTE

O forte cria que lhe era permitido comer de tudo (tanto carnes quanto vegetais); o fraco era vegetariano (14.2).
O forte considerava todos os dias como sendo “bons”. O fraco considerava um dia como sendo melhor que o outro (14.5).

3. A EXORTAÇÃO DE PAULO PARA OS DOIS GRUPOS

Ele admoesta cada grupo a não desprezar nem condenar o outro (14.3, 5, 19).
Ele exorta os fortes a não discutir assuntos controvertidos com os fracos (14.1)
Ele é especialmente enfático em denunciar a atitude de algumas pessoas fortes em relação às fracas (14.15–21) e admoesta amavelmente as fortes a relevarem as falhas das fracas (15.1).
Ele realça o fato de que a questão de comer e beber não é tão importante quanto ao ser cidadão do reino de Deus, pois a essência desse reino não é “comida e bebida, mas justiça e paz e alegria no Espírito Santo” (14.17,18).
Ele admoesta ambos os grupos – aliás, a congregação inteira – a buscarem as coisas que conduzem à paz e à edificação mútua (14.19; 15.2, 3).
Paulo concorda com os fortes pelo menos num ponto importante, a saber: em crer que nada (nenhum alimento) é, em si mesmo, impuro (14.14, 20).

APLICAÇÃO

Nova Versão Internacional (14 Os Fracos e os Fortes)
19 Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz à paz e à edificação mútua.
20 Não destrua a obra de Deus por causa da comida. Todo alimento é puro, mas é errado comer qualquer coisa que faça os outros tropeçarem.
21 É melhor não comer carne nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa que leve seu irmão a cair. (Aceite perder sua liberdade para de executar sua maturidade cristã para que alguém não venha a pecar contra sua consciência)
22 Assim, seja qual for o seu modo de crer a respeito destas coisas, que isso permaneça entre você e Deus. Feliz é o homem que não se condena naquilo que aprova. (Pare com seu desejo de falar, de estar certo, de querer que a forma com que você acha tem que acontecer)
23 Mas aquele que tem dúvida é condenado se comer, porque não come com fé; e tudo o que não provém da fé é pecado. (Não peque contra a sua consciência)
A menos que seja convencido pelas Escrituras e por raciocínio claro, não aceito a autoridade de papas e concílios, pois eles se contradizem uns aos outros. Minha consciência é cativa à Palavra de Deus. Não posso e não me retratarei em nada, pois ir contra a consciência não é correto nem seguro. Que Deus me ajude. Amém.
Agostinho na Dieta de Worms
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