1Pedro 1.6-9

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Tema: A BÚSSOLA DO PEREGRINO

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Introdução
Navegadores precisam de bússola para saberem em que direção estão indo. Eles seguem para o norte (tudo bem, nem sempre). Mas para seguirem, precisam partir de algum lugar se localizando com base no ponto centralizado: o norte.
Eles olham para o horizonte e são levados. Não por vista, no sentido macro, mas talvez micro. pois eles possuem a bússola que aponta para onde ir. Eles viajam em direção ao futuro, talvez próximo: aquele que fica há dias, meses, talvez anos de viagem. Mas fato é, eles tem uma “ferramenta” que serve como guia: a sua bússola.
O que não é diferente para o peregrino-cristão. Ao olhar para o futuro, este fica como alguém conduzindo um navio, guiando-se por uma bússola. Mas, esta bússola é a fé. Não a fé na fé, mas sim fé na obra que o Nosso Senhor já realizou, e a segurança que temos em Deus-Pai(v.5).
Portanto, este presente que você ganha de Deus-Pai, a fé, é a bússola do peregrino-cristão. Por isto apóstolo Paulo disse: “Você não se guia por vista, mas por fé” (2Co 5.7 — paráfrase).
Deste modo vejamos o que nos é apresentado no texto a respeito desta bússola e do nosso presente:
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OBSERVAÇÕES DO TEXTO
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[Ler o v.6]
Pedro começa este versículo com a expressão: “Nisto exultais”. Nisto o que? Na segurança da salvação em Deus-Pai, como vimos no v.5, anteriormente lido.
Deste modo o apóstolo insta que os irmãos vivessem o presente desfrutando de “alegria, com vistas ao que receberiam no futuro”. E isto é maravilhoso!
Embora, um conflito venha possivelmente acontecerá. Deste modo ele continua no v.6, falando sobre provações (possíveis sofrimentos). No presente eles deveriam ter alegria, embora no mesmo presente conflitos surgiriam chocando a alegria deles com a tristeza.
Mas veja, Pedro diz que, isto aconteceria por breve tempo. Comunicando aos irmãos que o presente passará, e certamente as dores que os irmãos porventura sentiriam também. Há este detalhe condicionando o presente, do mesmo modo que há um detalhe condicionando a provação: “se necessário”. Pedro diz.
Se necessário, “sereis contristados por vários provações” (paráfrase minha). Você pode se perguntar: Porque seria necessário passar por provações? E a resposta está no próximo versículo:
[Ler o v.7]
Para que “o valor da vossa fé seja confirmado”. Esta é a resposta clara no texto.
E para qualificar o valor da fé, Pedro usa uma ilustração. Ele fala do ouro, que é perecível, e contrasta com a fé, que não é perecível.
Mesmo que este ouro seja puro — tendo passado por depuração, exposto à temperatura de 1150 à 1200°C. Ainda assim a fé é mais valiosa. E semelhante a este metal precioso, que passa por este processo, a fé também passa/passará. Para ter seu valor posto a prova.
Tendo o valor da fé sido confirmado, o que acontecerá? O crente será glorificado? Receberá um diploma? Não! Pedro diz ainda no v.7, que este valor tem como propósito em si: revelar glória, louvor e honra à Nosso Senhor Jesus Cristo.
Na NVI a tradução do v.7b, está assim: confirmado o valor da vossa fé “… resultará em louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo for revelado”.
Como disse o rev. Peterson, neste dia a sua fé será apresentada “como prova da vitória de Cristo”. Assim o apóstolo direciona os olhos dos irmãos, principalmente os que lutam com provações, para este grande dia, o dia eterno.
E deste modo, ele segue no versículo seguinte, que diz:
[Ler o v.8]
Aqui Pedro expõe que está falando à irmãos que não conheceram Nosso Senhor pessoalmente. Por isso diz: “… a quem não havendo visto [Jesus Cristo], amais;”.
Aqu’Ele que estes, não o viram anteriormente, tem seus olhos no futuro; e isto faz parte da fé cristã. A tão almejada Visão Beatífica (1Jo 3.1-2), quando João nos comunica que a expectativa que devemos ter é a de que “o veremos como Ele é [futuro]” (v.2).
Por isso Pedro diz: “no qual, não vendo agora [mas no futuro sim], mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória,”. Portanto, aqui percebemos que o cristão tem uma alegria redundante. É uma exultação com alegria indizível. Só que o exultar já é alegrar-se de maneira indizível: de uma forma impossível de se expressar por palavras.
Isso é chocante para o mundo. Assim como o que é apresentado no próximo versículo:
[Ler o v.9]
Em outras palavras ele diz: “os que vivem assim obterão o fim da fé”.
O crente vive o hoje como um “já e ainda não”. Essa é a ideia que o apóstolo comunica a igreja aqui. Como esta traduzido na NVI: “pois vocês estão alcançando o alvo da sua fé, a salvação das suas almas”.
No presente, vivemos segundo a fé, para [visando] alcançar o que está seguro em Cristo: “a salvação da alma”.
Lembrando que, aquele que salva a alma é o mesmo que pode: “matá-la!”. Portanto, nossa peregrinação aqui deve ter como pano de fundo o temor. Temor que é um respeito reverente, para com aquele que é o único que planta a esperança em corações destruídos pelo pecado, sendo também o único que pode julgá-lo indigno.
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A fé, como a bússola do peregrino-cristão, é uma dádiva do Senhor. Como Paulo diz em Ef 2.8b: “e isto não vem de vós; é dom de Deus”. Portanto, a fé verdadeira não é “fé na fé”, como propõe Gilberto Gil: “andar com fé eu vou, que a fé não costuma faia”.
Portanto, essa bússola, A fé do peregrino-cristão “é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos”, como está escrito em Hb 11.1 (NVI).
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TRANSIÇÃO:
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Deste modo, trago três lembranças sobre a fé [a bússola] para os meus companheiros de jornada, aos peregrinos-cristãos aqui presentes, que são comprometidos com o Eterno:
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1. ELA GLORIFICA O SENHOR:
Ela possui valor, quando testada e aprovada. Seu valor excede ao do ouro depurado. Seu valor é expressado nas obras do crente. Obras estas que o próprio Deus de antemão já preparou para que os peregrinos andassem nelas (Ef 2.10).
Mas essas obras serão testadas. Bom, mas como o resultado deste teste não reverte em glória para si mesma, no presente momento, se necessário nós que temos fé seremos testados. Com várias provações.
Estas provações tem como propósito atestar se ela é verdadeira ou não.
Bom, talvez muitos não testemunharão — provavelmente — no momento o valor da fé de alguns, pois este “redunda em glória, honra e louvor na revelação de Jesus” [apontando para o futuro].
Ao mesmo tempo que trata do futuro, nos apresenta algo no presente: não diz respeito a nós. Até que podemos desfrutar de algo nesse sentido. Amadureceremos, cresceremos em “graça e conhecimento”, deixaremos de ser crianças espirituais. Mas, ainda assim, o valor da fé não diz respeito a nossa própria imagem, no sentido de crescermos em testemunho etc., mas tudo redundará em glória, honra e louvor — de hoje à eternidade — para Jesus Cristo.
Aplicações:
Sua fé é expressada em obras. Suas obras hoje, glorificaram ao Senhor?
Se, assim como o ouro passa por depuração, suas obras fossem lançadas em chamas com 1000°C para mais, o que restaria? Sua confiança/fé em Jesus Cristo, ou glória para si mesmo? Orgulho?
TRANSIÇÃO:
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2. ELA ALEGRA A ALMA DO PEREGRINO:
A fé cristã é contracultural. É a antítese ao que o mundo propõe como alegria.
Hoje no mundo se experimenta alegria somente se você conseguir ver algo (por isso muitos usam drogas — para viajar), talvez também tocando em algo, ou sentindo (tendo sensações — como acontecem em igrejas cheias de misticismo).
Para o mundo, até mesmo dentro de alguns templos, sem isto não existe fé.
Portanto, deste modo, quando Pedro apresenta esta alegria como resultado da fé verdadeira: uma alegria exultante e indizível. Mesmo passando por várias provações. Mesmo sem ver para crer.
Essa alegria parece incomodar os céticos ao ponto de parecer que eles estão com um espinho enfiado em seus olhos. Só o ate de viver esta fé exultante e bíblica já é algo que provoca, ainda por cima se você estiver feliz em Cristo.
Penso que eles se incomodam desta forma, sofrem deste modo, pois não tem Jesus Cristo como o seu Senhor e são pessoas inseguras por natureza e esta pecaminosa.
Aplicações:
Como você tem vividos seus dias? Passa mais por tribulações do que bonança? Bom, saiba que o detalhe não está no vale pelo qual você tem passado, mas sim como você tem passado por ele.
Falta-lhe alegria? Bom, você tem faltado em alguma coisa? Você tem seguido as boas obras preparadas de antemão para você? Não falo aqui de momentos, falo de vida e constância.
Constantemente você é feliz ou triste?
TRANSIÇÃO:
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3. ELA CUMPRE SEU PROPÓSITO:
Ela foi colocada no coração para, quer passando por provações ou não, mas peregrinando aqui e findando sua jornada nesta terra, você tomar em plenitude: a “salvação da alma”.
Este é o propósito. Prossiguir para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fp 3.14). Ou, como encontramos em outra boa tradução:
“prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus” (NVI).
Isto faz com que o peregrino mantenha-se no caminho. Sendo algo que o Senhor garantidamente deu ao cristão (v.5), prova-se aqui na terra que o Senhor está ao lado deste peregrino.
Aplicações:
Você tem a fé segura neste prêmio? Você confia nesta promessa de Deus-Pai?
Você vive tão seguro desta promessa que: mantem-se fiel, seguindo obedientemente o Senhor Jesus Cristo? Ou, está seguro que sua desobediência irá salvá-lo? Não! A salvação nunca será por obras! Suas obras são somente frutos de uma fé verdadeira, ou não.
TRANSIÇÃO:
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CONCLUSÃO:
Nobre peregrino, espere em Deus, pois o Senhor é contigo. Não tema, caso você esteja em Cristo, se assim estiver, estará seguro. Tanto que, você pode se aproximar das boas obras que se espera de um santo e não tomará este como um caminho para sua salvação: pois sabes que é somente guiado por fé e não por vista.
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