O modelo de rei segundo o coração de Deus - Salmo 101
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INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Um rei, provavelmente na cerimônia da sua entronização (ver Sl 2 e Sl 110), expõe, à maneira de promessa, o programa de ação que se propõe realizar, tanto na vida privada como na vida pública, a fim de governar com retidão e justiça a cidade do SENHOR (v. 8).
Esse salmo davídico expressa os compromissos justos do rei mediador (Davi) com seu eterno Rei (o Senhor) em relação (1) à sua vida pessoal e (2) à vida daqueles que habitam o reino. Possivelmente, esse salmo foi usado mais tarde na coroação dos futuros reis sobre Israel.
I — A VIDA PESSOAL DO REI (V.1.4)
I — A VIDA PESSOAL DO REI (V.1.4)
1. Seu louvor (v.1):
Davi inicia louvando a bondade e a justiça, virtudes encontradas em Deus que o salmista deseja emular. Talvez este esteja se referindo principalmente à bondade de Deus para com Israel e sua justiça contra os inimigos, pois acrescenta: “a ti, SENHOR, cantarei”.
2. Seu desejo (v.2):
Em seguida, o salmista menciona as virtudes que almeja para sua vida pessoal. Propõe-se a seguir o caminho da perfeição, isto é, observar atentamente os ensinamentos do Senhor de modo que ninguém possa encontrar motivos justificáveis para repreendê-lo. Seu desejo ardente e sincero o faz suspirar: “Oh! Quando virás ter comigo!”. Algumas interpretações:
Davi deseja que Deus venha e o encontre vivendo em retidão;
Ou almeja ver o cumprimento da aliança que o Senhor havia celebrado com ele (2Samuel 7), ou seja, o estabelecimento definitivo do reino de Deus na terra; “entende que sua determinação necessita da presença do próprio Deus a fim de ser efetuada”
V.2b — O salmista decidiu viver de coração íntegro em sua casa, isto é, em sua vida doméstica, propondo-se a agir com justiça e sinceridade, sem trapaças ou hipocrisia.
3. Seu carater (v.3-4)
V.3 — O desejo de não olhar para coisa injusta significa que não tolerará nenhuma pessoa perversa, nem atividades e planos malévolos.
O salmista odeia o proceder dos desviados e decidiu se manter longe dessas pessoas. Além disso, afirma que não terá comunhão com os que se desviam da verdade e da justiça (impiedade).
V.4 — Outra virtude que almeja evitar é um coração perverso, ou seja, que seu coração não caia em falsidade e depravação. Davi não tolerará esse tipo de coisa na própria vida e não terá nenhuma pessoa que aja dessa maneira entre seus conselheiros.
As palavras: “não quero conhecer o mal” também podem se referir à própria vida ou àqueles que vivem na corte, razão pela qual as Biblias antigas traduziram por “não conhecerei o homem mal”. A palavra “conhecer”, nesse contexto, significa aprovar ou encorajar.
Esse é o proceder dos que estão firmados nos caminhos do Senhor, conforme Ef 5.9-12
(porque o fruto da luz consiste em toda bondade, e justiça, e verdade), provando sempre o que é agradável ao Senhor. E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha.
II — O GOVERNO DO REI (V.5-8)
II — O GOVERNO DO REI (V.5-8)
Suas acôes: Um reino firmado na justiça!
V.5 — Todo aquele que calunia o próximo será destruído. A expressão “a esse destruirei” pode não estar se referindo a pena à pena de morte, talvez uma hiperbole. Pode ser que esteja se referindo a uma destituição de cargo ou reprovação pública.
O mesmo procedimento seria aplicado ao soberbo; esse tipo de pessoa não receberia cargo administrativo no palácio.
V.6 — O principal requisito para servir ao rei era a retidão moral e espiritual. Ele escolheria seus assistentes entre os fiéis da terra, isto é, entre aqueles que andavam em retidão.
V.7-8 — Os fraudadores, caluniadores e trapaceiros não participariam da vida na coorte, nem da comunhão do rei. Davi evitaria se relacionar com charlatões e com gente de reputação duvidosa.
Por fim, o rei está determinado a tratar todas as formas de perversidade com rapidez e firmeza. Da mesma forma que a ocorrência no versículo 5, a palavra “destruirei” significa punir ou expulsar de Jerusalém, a cidade do SENHOR. “Todas as formas de perversão devem ser removidas da terra e todos os presunçosos expulsos da cidade do Grande Rei!
Assim deve o pensamento de todo aquele que almeja participar desse reino, conforme Rm 14.17-18
Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
As aspirações de Davi quanto a sua vida pública e particular iam muito além de seus próprios esforços. Contudo, os objetivos que estipulou para sua casa e seu reino serão plenamente alcançados pelo Senhor Jesus quando retornar para assumir o trono de Davi. Esse salmo trata de um manifesto de Davi ao assumir seu reinado e apresenta seus ideais e ambições.
Vejamos o que diz em Isaias 32 sobre o Reino do Ungido de Deus sobre a Terra.