A esperança que nasce do desespero (Hc 1.12-17). 4

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quando estamos sem rumo, encontramos no Senhor a saida.

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4. A esperança que nasce do desespero
(Hc 1.12–17)
Esboço
Habacuque: Como Transformar o Desespero em Cântico de Vitória.
1. O homem, seu tempo e sua mensagem
(Hc 1.1)
2. Um homem em crise com Deus e com os homens
(Hc 1.1–4)
3. Quando o céu deixa a terra alarmada
(Hc 1.5–11)
4. A esperança que nasce do desespero
(Hc 1.12–17)
5. Quando o céu acalma a terra
(Hc 2.1–5)
6. Semeadura maldita, colheita desastrosa
(Hc 2.6–20)
7. Como fazer uma viagem do medo à exultação
(Hc 3.1–19)
INTRODUÇÃO.
A crueldade e idolatria dos caldeus não são coerentes com a santidade de Deus (1.12–17).
A indicação dos cruéis caldeus não abala a confiança do profeta na bondade de Javé para com Seu povo (1.12).
O uso divino dos caldeus aparentemente joga Sua soberania contra Sua santidade (1.13–17).
Stanley Ellisen diz que o maior interesse de Habacuque é pela santidade divina com respeito tanto à perversidade de Israel quanto à soberba da Babilônia. Ele se afligiu por Deus permitir que o pecado continuasse em Judá sem punição e depois se preocupou por Deus usar a Babilônia como instrumento punitivo, nação ainda mais perversa. Habacuque, também, escreve afirmando que, antes de Deus punir a Babilônia pela sua megalomania e truculência arrogante, disciplinará o Seu povo pela sua rebeldia. O juízo começa pela casa de Deus (1Pe 4.17). O povo de Deus não tem imunidade especial para pecar.
1. Confiança em Deus (1.12)
Esta intensa avaliação dos propósitos de Deus pelo profeta não deve ser tomada como uma manifestação de fé frágil. Tanto a natureza quanto o propósito de Deus emanam das expressões de confiança do profeta. O que atormenta o profeta não é uma fé frágil, mas uma fé perplexa.
Se o conquistador caldeu for designado por Deus para tratar Israel com a mesma brutalidade com que tem demonstrado em relação às outras nações, então o que acontecerá ao papel distinto de Israel como povo da aliança de Deus? A aniquilação total das tribos do norte estava ainda muito fresca na mente da população pensante de Judá. Se Jerusalém sofresse o mesmo destino de Samaria, o que então restaria do papel especial de Israel?
O profeta corrobora sua confiança lembrando ao Senhor do caráter eterno de sua própria natureza: Não és tu desde a eternidade? Intencionalmente, ou, ao contrário, o profeta faz ecoar as palavras de segurança expressas pelo profeta Isaías à fé bruxuleante do rei Ezequias quando antes Senaqueribe da Assíria ameaçara Jerusalém (2Rs 19.25; Is 37.26).
Deus era desde a eternidade e desde a eternidade estabelecera seu propósito. A história fornecia um arcabouço sobre o qual o Senhor Todo-Poderoso concretizaria todos os seus eternos intentos.
Não morreremos, declara a fé profética. Ligando-se à eternidade de Deus que ele acabara justamente de desenvolver, o mediador profético une o povo da aliança a si próprio. Yahweh é o seu Deus. Portanto, é impossível que cheguem a perecer. Em vez de servir de instrumento de aniquilamento, o inimigo que está sendo suscitado por Deus contra Israel servirá de instrumento divino para juízo e para repreensão. Inserida num paralelismo poético, a afirmação do profeta ressalta a natureza de Deus como uma Rocha que administra justiça.
E assim o profeta expressa sua confiança em Deus. Sua imutável natureza e seu eterno propósito encontram reflexo fiel nos eventos da história que ora se descortinavam ante seus olhos. Mas ele tinha ainda que prosseguir, com toda a honestidade, formulando suas perguntas a Deus.
2. Questionando a Deus (1.13–17)
Havendo fundamentado sua confiança na natureza e propósito de Deus, o profeta agora prossegue em seu questionamento a Deus. Primeiro ele trata da fonte do problema (v. 13). Em seguida aponta para dois fatores que intensificam o problema (vs. 14–17).
a. A fonte do problema (1.13)
O questionamento que Habacuque faz a Deus não se deriva da declaração do Senhor em trazer punição sobre Israel. Pois ele próprio havia iniciado o diálogo com o Todo-Poderoso, estimulado pela necessidade de intervenção judicial a fim de corrigir as injustiças cometidas pelo próprio povo de Deus. Em vez disso, a preocupação do profeta se centraliza no problema (de seu ponto de vista) de Deus estar planejando usar os caldeus depravados para executar juízo sobre seu próprio povo eleito. Ele também expressa um pavor consternador diante da pespectiva que Israel tem de enfrentar.
a imoralidade das imoralidades? Como poderia ele favorecer os caldeus depravados contra o bem-estar de seu próprio povo amado.
Habacuque se tranquiliza ante esse problema, reafirmando primeiramente o que ele bem sabe ser verdadeiro a despeito de suas percepções pessoais. Seu Deus é “tão puro de olhos, que não podes ver o mal”. Obviamente, Deus, em certo sentido, “vê” o mal. Sua onisciência se estende a todos os assuntos concernentes à sua criação. Ele, porém, nunca olha com o intuito de desculpar ou de tolerar o mal.
Então a perplexidade de Habacuque se deriva da aparente injustiça do juízo que o Senhor lhe havia mostrado e da total devastação que, vinda da força dos caldeus, o obriga a prever.
b. Intensificação do problema (1.14–17)
Agora o porta-voz profético desafia o programa do Senhor de castigo com maior intensidade. Ele repete perante o Senhor a maneira infame com que os caldeus haviam tratado o povo no passado. Além disso, ele aponta diretamente para o próprio Deus como a fonte última dessas atrocidades intencionais.
14. Habacuque começa essas observações dirigindo-se a Deus: Fizeste o homem como os peixes do mar. Esta afirmação provavelmente representa a acusação mais penetrante contra o Todo-Poderoso. Ao reconhecer a soberania de Deus entre as nações, ele concluiria que o próprio Deus afinal está por trás dessa injúria maciça à humanidade.
Ao afirmar que Deus fez o homem como os peixes do mar, ele aparentemente está prevendo o efeito da agressão dos caldeus sobre os vários segmentos do gênero humano postos sob sua opressão. Sua preocupação se estende para além das calamidades que ameaçam o próprio Israel,
15. O que poderia compendiar mais dramaticamente a crueldade dos caldeus do que as testemunhas históricas de seus próprios monumentos? Não apenas figurativamente, mas literalmente eles continuaram a tradição assíria de enfiar um gancho no lábio inferior, mais sensível, de seus cativos e amarrá-los numa fila única.
16. Perplexidade adicional a toda essa questão é introduzida pela sensualidade do instrumento que Deus escolhera para punir seu próprio povo. O que é mais prazeroso ao coração dos babilônios é o prêmio das agressões vorazes como se vê em suas práticas cultuais. Eles cultuam seus instrumentos de tortura e crueldade humanas, porque esses instrumentos lhes têm propiciado uma imensidão de prazeres temporais.
17. O problema de Habacuque ante o abuso sofrido por seu povo é intensificado não só pela brutalidade e sensualidade do instrumento divino de juízo. A atitude implacável do opressor também lhe causa tremor. Porventura esse invasor continuará a esvaziar sua rede para sempre? Ele vira sua rede para baixo e derrama os seres humanos mutilados que ele capturou, em seguida, sem interrupção, prossegue na busca de mais vítimas.
o profeta se digladia com as profundidades e riquezas da sabedoria de Deus, pois seus caminhos são insondáveis, além de todo o entendimento. Não obstante, a verdade se tem feito conhecer ao povo de Deus. Portanto, é sempre oportuno buscar essa revelação em toda sua profundidade. Enquanto a couraça da fé controlar as atividades do povo de Deus, eles podem juntar-se a Habacuque em seus esforços em perscrutar as profundidades dos mistérios do Todo-Poderoso.
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