Cristo é o mistério revelado de Deus

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Colossenses 1.1-2

Introdução:
O que seria um mistério? Geralmente dentro das séries, isso é utilizado para prender o público até o final, é criado como algo que precisa ser resolvido, sendo postergado para depois e depois, o que nos induz a só parar quando finalmente chegar ao fim da história. Mas será que mistério é apenas esse elemento das novelas, de series ou filmes? Outras pessoas vivem falando essa palavra na igreja, que acaba servindo para prender outros, mas ao colocar uma grande ênfase nessa palavra, dizendo o tempo todo ela, acaba tornado-a comum, e até mesmo algo difícil de ser definir. “Olha esse aqui fala em mistério” “Aquele é cheio do mistério” Mas o que é esse mistério? Não sei isso é um mistério! Tão misterioso que nem mesmo ela sabe.
Dentro da Escritura também percebemos que Deus utiliza, por exemplo lá em Daniel, Deus revelou um mistério ao profeta que não apenas salvou a vida dos sábios da Babilônia, mas também contou um pouco do futuro do mundo. Em algumas epístolas de Paulo ele também utiliza essa palavra: em Efésios o mistério é a união de judeus e gentios formando a igreja, a nova humanidade do Senhor. Em 1 Coríntios o mistério é o arrebatamento dos santos de Deus, e aqui, em Colossenses, o mistério é o Deus encarnado, o Deus que vive em nós, aquilo que ele tinha de melhor. Mistério é algo que Deus ocultou durante algum tempo, mas revelou pela boca dos seus servos, entenda que o mistério nunca é algo sem sentido, mas é algo que pertence a Deus, não algo para ficar repetindo e transformá-lo em nada.
Nas novas exposições de domingo, vamos estudar o livro de Colossenses, e perceber alguns problemas que a igreja daquela cidade enfrentava e de como poderiam combater tantas heresias que estavam batendo em sua porta querendo manchar a pureza do evangelho. Deus revelou a Cristo como um indicativo de a matéria não é má, o que será percebido ao longo da carta. Por hoje, vamos analisar os dois primeiros versos. Primeira coisa:
Colossenses é uma epístola! (ou seja uma carta)
Notamos nos dois versos iniciais, uma típica estrutura das demais epístolas paulinas, que a primeira parte é a saudação, ou também denominada abertura.
Onde é citado o remetente e o destinatário, Paulo e Timóteo aos irmãos em Colossos.
Essa epístola, junta-se a Efésios, Filemom, e Filipenses, esta já exposta aqui, e são denominadas às cartas da prisão.
Esse nome é atribuído por conta do local onde cada uma delas foram escritas, Paulo estava preso em Roma, e as escreveu entre o ano 60-62 d.C.
No livro Colossenses essa verdade fica clara por conta das afirmações do final da carta, onde Paulo afirma que estava preso em 4.10.
Além disso, essa epístola pode ser dividida em duas grandes estruturas, do capítulo 1-2 e 3-4.
Na primeira parte Paulo dá a teologia que combateria os falsos ensinos que estavam rodando a igreja, e após, deixa exortações sobre como deve ser o viver, agora, em união com o Senhor e em comunhão com os irmãos.
Aparentemente, o grande problema dos falsos ensinos tinha partes tanto do judaísmo, a religião dos judeus que habitavam ali, quanto do misticismo grego, que eram práticas comuns aos que eram gentios.
De um lado, havia o comando para abstinência de determinadas práticas, e de outro, um grande envolvimento com o oculto, algo que só poderia ser acessado por algumas pessoas. E quando junta as duas coisas? Bastante dor de cabeça para Epafras, e os demais irmãos que exerciam liderança nessa comunidade.
Logo, não é sem razão, Paulo utilizar uma seção tanto grande, 13-23, apenas para falar da pessoa de Cristo e do evangelho. Esse era um ponto que serviria para rebater as crenças que se formavam.
A carta aos Colossenses tem uma grande intenção contextual, esses irmãos não poderiam continuar com às mesmas práticas antigas, ou se deixar persuadir por aquelas falsas doutrinas, o evangelho de Cristo é superior a qualquer dos pensamentos humanos, abandoná-lo é regredir. Cristo é superior a qualquer resultado de mistura humana, ele foi o melhor de Deus para nossa vida, fato já revelado nas Escrituras.
Outra coisa que pode ser pontuada nessa carta são os seus remetentes:
2. Paulo e Timóteo
Paulo, o apostolo que escreveu treze cartas que compõe o Novo Testamento, e também havia iniciado o trabalho de algumas igrejas no primeiro século.
Porém, o trabalho em Colossenses não havia começado com ele, tanto que no verso sete do primeiro capítulo ele já indica o irmão que teve esse trabalho foi Epafras.
O fato de Paulo não ter iniciado, pois até mesmo não havia ainda ido lá, é um provável motivo para que nessa carta, especificamente, ele utilize o termo apostolo de Cristo Jesus.
Por exemplo, no inicio de Filipenses não foi necessário ele utiliza às mesmas palavras, pois aqueles irmãos já sabiam muito bem de quem se tratava. Paulo estava lá no inicio do trabalho.
Logo, ele deseja que esses irmãos reconheçam a sua autoridade como alguém que foi levantado por Jesus, como aparece nos versos, para ser um representante dele.
Tendo em vista a situação contextual presente, era necessário agir desse modo para que os irmãos levassem em consideração o conteúdo posterior da carta.
Também, Paulo é um apostolo não porque ele desejou sê-lo, mas foi pela vontade de Deus, como é indicado na continuação do verso.
Ele era alguém que não inventou seu título, ele não comprou ou nem tentou, mas foi dado por Deus.
Com relação a Timóteo, como sabemos pelas cartas que levam seu nome, era o filho na fé de Paulo, e grande colaborador do evangelho.
Ele também estava com Paulo durante o tempo que o apostolo permaneceu em Éfeso, Atos 19 conta sobre esse tempo, que provavelmente foi o período que Epafras teve contato com o evangelho, e, após, fundou a igreja em Colossos.
Timóteo como um bom filho na fé, estava auxiliando o trabalho, e é citado para não restar duvidas sobre a associação que há entre eles.
Uma terceira coisa que podemos observar nesses versos, são os destinatários da carta.
3.Os Colossenses
Esses irmão são citados pelo modo posicional, na qual se encontram diante de Deus. O texto não diz, que serão santos, ou que ainda serão fiéis.
Apesar de ainda serem falhos, mas pelo sangue de Cristo já ter lavado sua vida, são, já agora, vistos como santos e fiéis.
Por isso, o verso também cita o “em Cristo”, os irmãos, tantos homens quanto mulheres, portanto, são vistos pelo lugar com ocupam dentro da igreja que foi formada pelo nosso Senhor.
Continuando, é dito a localização desses irmãos, em Colossos, essa cidade, no passado, foi riquíssima, e uma importante rota marítima.
Mas, como qualquer glória, ela também foi esquecida, e as cidades vizinhas, Hierápolis e Laodiceia, se tornarão mais importantes e ricas do que ela. Laodiceia é a mesma citada nas cartas de Apocalipse, e lá é dito que aquela igreja não tinha fartura espiritual, mas, socialmente, tinham luxo.
Também é provável que a grande quantidade de terremotos que acometiam Colossos ter sido uma outra causa do seu declínio. Já que terremotos afetam, diretamente, o saúde financeira de qualquer população, e eles ainda não tinham tantas facilidades para se recuperar como teriam atualmente.
Então, por conta desse passado de glórias, um misto de população foi formado, tantos judeus quanto gentios a popularizaram, o que explica a quantidade de heresias que foram se formando.
O verso dois fecha com a saudação “graça e paz”. Quando observamos o livro de Tiago, percebemos que lá é apenas utilizada a palavra “saudações”. Isso diz muito sobre a época da sua escrita.
Aqui, graça e paz, combinam às saudações judaicas e gregas que indicam a união deles em Cristo, os povos inimigos agora são irmãos, e não há barreiras étnicas que impeçam que ambos os povos sejam aproximados em um em Cristo.
Isso também indica que eles já usufruem da bondade para com Deus.
O versículo dois fecha com: da parte de Deus, nosso Pai. O que colabora com o pensamento de: O que agora temos de Deus? Temos paz e graça nele.
Não estamos na condição de inimigos, como será citado posteriormente na carta, mas somos dele e pertencemos a ele como nosso Senhor.
Aplicações: A carta aos Colossenses serve para nós como povo de Deus hoje, os irmãos poderiam não ter os mesmos dilemas que temos, mas enfrentaram heresias e outros desafios para sua fé. Assim, nos nossos desafios doutrinários, temos que lembrar o seguinte:
Cristo é o melhor de Deus para nós, nós aguardamos sua segunda vinda, e não uma outra coisa melhor do que ele.
Temos que reconhecer e viver o chamado que o nosso Senhor escolheu para nós, não temos brechas para negligenciar a sua vontade.
Como parte do povo de Deus devo lembrar que, nele, já tenho partes dos benefícios que aguardam sua segunda vinda para serem plenamente consumados.
Conclusão: Temos o desafio de expor essa carta e rogamos ao Senhor que derrame sua sabedoria nesse caminho, e que também faça com que nosso coração anseia também pelo seu trabalho quanto por manter-se firme no caminho de Deus. Nele, já sou santo, com ele já vivo, e com ele, futuramente, estaria para sempre. Amém.
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