O NASCIMENTO DE JOÃO É ANUNCIADO

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I. INTRODUÇÃO
Inicialmente o livro de Lucas identifica seu destinatário, chamado Teófilo, como também seu propósito: Eu mesmo investiguei tudo cuidadosamente, desde o começo [...] para que tenhas certeza das coisas que aprendestes.
Grande Ideia: Vamos entender, agora, a narrativa de Lucas 1:5-25, observando a grande ideia do texto: A promessa do nascimento de uma criança especial mostra uma nova era está surgindo[1]; João Batista preparará o povo para a vinda do Senhor. Está narrativa é composta por 4 cenas, então vamos analisar cada cena.
II. 📷DIRETO AO TEXTO
Judeia - A cidade estava sob domínio romano, por Herodes, o Grande. Situada no antigo reino de Judá, após o cativeiro babilônico. Nesta localidade se encontrava o Templo de Jerusalém. A questão que Lucas menciona a cidade da Judeia é apenas de caráter informativo e serve para contextualizar o evento narrado. Pense que Lucas quer dar o máximo de informações possíveis para que Teófilo entendesse as referências do precursor.
A pós se referir a localidade, Lucas descreve o governador da época, Herodes, o grande. Seu governo foi de 40 a.C a 4 d.C. Lucas contextualiza e estabelece o período cronológico dos fatos próximo ao final de seu reino.
O texto bíblico descreve
A PRIMEIRA CENA
UMA FAMÍLIA IRREPREENSÍVEL (v. 5-7, 25) (problema)
“Ambos eram justos aos olhos de Deus, obedecendo de modo irrepreensível a todos os mandamentos e preceitos do Senhor”
A informação de que ambos eram descendentes de Arão é crucial para entender o papel sacerdotal de Zacarias no Templo. De acordo com as leis judaicas da época, apenas os descendentes de Arão, o irmão de Moisés, poderiam exercer funções sacerdotais.
Estima-se que, naquela época, cerca de 8.000 sacerdotes residiam na Palestina, um número considerável para o serviço de um único templo. Para gerenciar essa grande quantidade de sacerdotes, foi necessária a criação de um sistema de divisões.
Essas divisões foram originalmente estabelecidas sob o reinado do rei Davi e posteriormente reorganizadas em vinte e quatro turnos após o retorno do exílio babilônico[2]. Essa estrutura organizacional era essencial para distribuir de maneira equitativa as responsabilidades sacerdotais entre tantos indivíduos qualificados.
Zacarias pertencia à oitava divisão sacerdotal, conhecida como a divisão de Abias. Essa divisão era uma das 24 estabelecidas para administrar os deveres no Templo, e cada divisão servia por dois períodos de uma semana ao ano. Dentro da divisão de Abias, havia 300 sacerdotes. Devido ao grande número de sacerdotes, o serviço diário no Templo era determinado por sorteio, o que garantia que todos tivessem a oportunidade de servir. Para cada dia de serviço, 56 sacerdotes eram escolhidos através deste sorteio para realizar as tarefas sacerdotais específicas.
A seleção de Zacarias por sorteio para queimar incenso no Templo, conforme descrito em Lucas, não era apenas uma questão de acaso. Para nós, tudo estava orquestrado por Deus, desde a criação do mundo; Deus havia organizado para que Zacarias estivesse lá naquele exato momento e hora de maneira providencial.
Este evento é considerado significativo não apenas por suas implicações religiosas, mas também como um cumprimento de propósitos divinos específicos, marcando um momento importante na história religiosa.
Para ser um sacerdote, havia vários critérios essenciais que precisavam ser cumpridos. Alguns dos mais importantes incluíam:
(1) Descendência levítica – em Êxodo (Ex 28:1 [NVI]) diz "Chame seu irmão Arão e separe-o dentre os israelitas, [...] para que me sirvam como sacerdotes.”
(2) Pureza física – Nas leis levíticas, apenas indivíduos fisicamente perfeitos podiam servir como sacerdotes, refletindo a necessidade de santidade e pureza tanto espiritual quanto física. Levítico 21 especifica que os sacerdotes não deviam ter deficiências físicas, como cegueira, paralisia ou nanismo. Imperfeições físicas eram vistas como obstáculos para a realização dos serviços sagrados, pois o sacerdote devia refletir a santidade divina.
(3) Pureza ritual - Os sacerdotes seguiam rigorosos rituais de purificação, como banhos e ofertas, para manter a pureza necessária ao serviço no Tabernáculo ou Templo. Eles evitavam contato com mortos, exceto parentes próximos, para prevenir impureza ritual. Esses rituais asseguravam que estivessem aptos para suas funções sagradas.
(4) Conhecimento das Escrituras e da Lei (detalhe importante) – os sacerdotes também empenhavam o papel de professor das Escrituras, deveria ter um profundo conhecimento das escrituras e das leis judaicas para liderar adequadamente os rituais e ensinar o povo.
Zacarias, junto com sua esposa, eram descritos como irrepreensíveis diante de Deus. A palavra irrepreensível no original refere-se ao comportamento sem reclamações ou censuras[3], impecável, sem culpa.
Isso não significa que eram sem pecado, mas que suas vidas eram um reflexo fiel das leis de Deus, por isso, considerados irrepreensíveis em suas práticas religiosas e morais. No entanto, este casal tinha um problema: “Mas eles não tinham filhos, porque Isabel era estéril e ambos eram de idade avançada”
O nome de Zacarias, que significa "o Senhor se lembrou", tem uma profunda relevância no contexto da história, refletindo a ideia de que Deus não havia esquecido as promessas feitas ao seu povo.
Em qualquer cultura a infertilidade é uma decepção dolorosa, mas na cultura hebraica, uma mulher casada e sem filhos é considerado uma questão não somente de tristeza, mas de humilhação[4], desgraça ou castigo[5].
Por isso, a reação de Isabel diante da gravidez foi pronunciar “o Senhor tirou minha humilhação diante dos homens”, ela se sentia por todos esses anos reprovada por Deus. A percepção da esterilidade como um motivo de reprovação é evidente nos relatos bíblicos de Ana (1 Samuel 1:11) e Sara (Gênesis 18:12).
Essa visão negativa da esterilidade pode estar associada à expectativa de que uma mulher deveria ser a mãe do Messias. Essa ideia é reforçada por interpretações de passagens como Gênesis 3:15 (NVI): “Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; ele lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar”. Esta profecia é frequentemente vista como uma alusão ao Messias, que seria descendente de uma mulher, implicando uma significativa expectativa messiânica ligada à maternidade.
A natureza seguiu seu curso, não havia mais esperança de que as mãos manchadas e gastas deste casal idoso e irrepreensíveis nunca segurariam uma criança própria, as fontes da maternidade estavam secas[6]. Mas Deus, por meio do anjo Gabriel, promete a Zacarias e Isabel que, apesar da esterilidade e idade avançada, renovaria a esperança com a promessa de um filho.
Esta promessa se insere em uma tradição bíblica de gestações milagrosas. Um exemplo notável é Abraão e Sara, que, aos 100 e 90 anos respectivamente, conceberam Isaque (Gênesis 18:1-15). É interessante observar que várias mulheres israelitas enfrentaram a esterilidade, incluindo Sara, Rebeca, Raquel e Ana. Essas histórias destacam a soberania de Deus e como o plano da salvação é direcionada por Seu poder e vontade, e não pelos esforços humanos.
Aplicação
Nem toda família é perfeita, apesar de apresentarem qualificações irrepreensíveis, Isabel era estéril. O texto dá a entender que ter filhos estava ligado a fidelidade com Deus. Apesar de Isabel não ser fértil, estava nos planos de Deus.
Há situações ruins em nossa vida que estão nos planos de Deus. Isabel simboliza aqueles que, mesmo fiéis e devotos, enfrentam situações de vida que parecem desesperadoras e além da esperança humana, como por exemplo sua infertilidade, quanto a nós, outras barreiras pessoais que parecem insuperáveis.
O texto traz a nós a esperança de que Deus está conosco, olhando para nossas dificuldades e nos fortalecendo a enfrentá-las. Precisamos responde as promessas de Deus com fé, esperança e obediência, mesmo que passemos por desafios que fogem a lógica humana.
• Quais são as áreas de desespero ou descrença em nossas vidas que precisamos entregar a Deus?
• Como nossa comunidade de fé responde aos desafios aparentemente impossíveis? Estamos apoiando uns aos outros na fé, orando e buscando a Deus juntos?
Assim como Isabel, muitos de nós enfrentamos situações em que parece impossível de haver uma solução. Seja uma questão de saúde, um desafio profissional ou uma crise pessoal, somos chamados a manter nossa fé em Deus, confiando que Ele pode fazer o impossível em nossas vidas, mesmo quando nossa fé é testada.
Que as palavras de Isabel façam parte de nossas vidas: “Isto é obra do senhor, agora ele olhou para mim favoravelmente. – v. 25”
O texto bíblico descreve
A SEGUNDA CENA
UMA PROMESSA SOBRENATURAL (v. 8-13) (graça)
“Mas o anjo lhe disse: Não tenha medo, Zacarias; sua oração foi ouvida. Isabel sua mulher dará você um filho e você lhe dará o nome de João”
Frase da Graça: Deus, em Sua graça, promete e prepara a redenção para Seu povo.
Zacarias recebe uma bomba. Você terá um filho e se chamará João. Yohanan, significa “Deus foi gracioso” ou Deus demostrou favor: A lógica do nome é clara: uma oração acabara de ser oferecida, e essa oração foi ouvida por graça ou favor de Deus[7].
A reação de Zacarias ao se deparar com o anjo é de medo. Ele precisada de conforto. “mas o anjo lhe disse: Não temas, Zacarias porque a tua oração foi ouvida” (v.13a). O tempo verbal utilizado parece referir-se à oração que Zacarias acabara de pronunciar ao oferecer incenso. Portanto, alguns sugere que estava orando por um filho. Mas dada as circunstâncias, muito provavelmente Zacarias estava orando pela restauração de Israel[8].
Na narrativa do Evangelho de Lucas, os anjos não são apenas mensageiros celestiais; eles desempenham um papel crucial ao comunicar as ações e os propósitos divinos diretamente aos seres humanos. Lucas utiliza essas figuras para destacar momentos de intervenção divina significativa na história da salvação. Vamos aprofundar um pouco mais na função e no impacto dos anjos como Lucas os apresenta: Anúncio a Zacarias (Lucas 1:11-20); Anúncio a Maria (Lucas 1:26-38); Anúncio aos pastores (Lucas 2:8-14); Aparição ao ressuscitado (24:4-7).
A presença dos anjos no Evangelho de Lucas serve para destacar a intervenção contínua e ativa de Deus na história da humanidade. Revela a soberania e providência de Deus: os anjos são enviados em momentos chaves. Comunica a vontade de Deus: eles trazem mensagens de esperança, instrução e revelação. Confirma as promessas: essas palavras fortalecem a fé e obediência dos crentes na fidelidade de Deus às suas promessas.
A graça de Deus se manifesta poderosamente na promessa do nascimento de João Batista, transcendendo as limitações humanas e preparando o caminho para a redenção. Esta promessa divina não é apenas uma resposta ao problema pessoal da esterilidade de Isabel; ela também ressoa com o cumprimento das promessas feitas no Antigo Testamento. A chegada de João marca o momento oportuno (kairós) para a salvação, iniciando a realização do plano divino.
Além de abordar a esterilidade de Isabel, a promessa de um filho que preparará o caminho para o Messias responde a um problema espiritual mais amplo enfrentado pelo povo. João Batista está destinado a preparar os corações e as mentes das pessoas para a vinda do Salvador, facilitando uma transição para uma nova era de esperança e renovação espiritual.
A graça de Deus também se revela como um reflexo de Sua fidelidade e misericórdia, intervindo em circunstâncias impossíveis e atendendo às orações de seus servos mesmo de maneiras inesperadas. A promessa de um filho que irá preparar o caminho para o Messias oferece uma solução não apenas para o desafio pessoal de Isabel, mas também para o desafio espiritual mais amplo do povo, preparando-os para acolher o Salvador.
O texto bíblico descreve
TERCEIRA CENA
UMA MISSÃO ESPECIAL (v. 14-17) (missão)
No caso de Lucas 1.5-25, a missão pode não ser explícita como em outros textos, mas pode ser inferida do contexto e das ações divinas. Deus envia João Batista, preparando o caminho para Jesus, que traz a nova aliança e a salvação para todos. A missão aqui envolve preparar as pessoas para receberem e responderem a essa nova realidade.
João nasceu aproximadamente no ano 7 a.C. e sua missão era preparar o caminho para a chegada do messias. O texto de Lucas traz algumas informações importantes sobre o que ele seria, com um forte aroma do Antigo Testamento.
Em primeiro lugar, o caráter de João é descrito. “E terás alegria e exultação, e muitos se alegrarão com o seu nascimento, pois ele será grande diante do Senhor" (vv. 14, 15a”), João traria alegria para os pais e alegria pública. Isaias profetizou sobre este dia. Ele disse Isaias 40:3-5 “Uma voz clama: "No deserto preparem o caminho para o Senhor; façam no deserto um caminho reto para o nosso Deus. 4 Todos os vales serão levantados, todos os montes e colinas serão aplanados; os terrenos acidentados se tornarão planos; as escarpas, serão niveladas. 5 A glória do Senhor será revelada, e, juntos, todos a verão. Pois é o Senhor quem fala".”
Em segundo lugar, a formação espiritual de João é profetizada. A instrução "Ele não deve beber vinho nem bebida forte" faz referência ao voto do nazireu, descrito em detalhe no livro de Números 6:3. O termo "nazireu" significa "alguém separado" ou "separado por rigor para ser especialmente devoto a Deus".
De acordo com este voto, a pessoa comprometida deve abster-se de vinho e de outras bebidas fermentadas, não podendo beber vinagre feito de vinho ou de outra bebida fermentada, nem consumir suco de uva, uvas frescas ou passas.
Além dessas restrições alimentares, o nazireu também não deve raspar a cabeça ou tocar em uma pessoa morta, como símbolos de pureza e separação para Deus. A instrução recebida do anjo reflete essa ideia de consagração e devoção rigorosas, ressaltando a santidade e a pureza exigidas daqueles que seguem este voto especial.
"E ele será cheio do Espírito Santo, mesmo desde o ventre de sua mãe." Este trecho descreve João, que viveria na plenitude do Espírito desde antes de seu nascimento, um aspecto que seria idealmente uma característica de todo cristão. O contraste aqui é intencional e significativo: ao invés de se encher de bebida, ele seria preenchido pelo próprio Espírito do Senhor. Este aspecto espiritual é crucial para entender a missão e a vida de João.
O contexto familiar também é extremamente relevante para essa narrativa. João seria criado por pais que rigorosamente seguiam a Lei do Senhor, o que indica que sua educação em casa reforçaria sua formação espiritual.
A interação entre as forças internas, como sua plenitude espiritual desde o útero, e as forças externas, como a influência e instrução de seus pais, modelariam João para o seu futuro papel como precursor do Messias. Esta combinação de fatores internos e externos é fundamental para entender como João se desenvolveu para se tornar uma figura central em sua comunidade e na história religiosa.
Em terceiro lugar, o ministério de João é descrito. Ele deveria preparar o povo para o advento do Senhor, pregando o arrependimento (Mt 3:2, 4:7), e proclamando a mensagem de Deus. Há uma profecia muito contundente sobre o ministério de João, Gabriel cita em parte textos do Antigo Testamento, observe Malaquias 4:5-6: 5 "Vejam, eu enviarei a vocês o profeta Eliasantes do grande e terrível dia do Senhor. 6 Ele fará com que os corações dos pais se voltem para seus filhos, e os corações dos filhos para seus pais; do contrário eu virei e castigarei a terra com maldição. Elias denunciava a apostasia de seu próprio povo. Enfrentou os profetas pagão de Baal e Deus fez chover fogo do seu em seu nome. Jesus mesmo declarou sobre ele:
"Elias vem, e restaurará todas as coisas. Mas eu vos digo que Elias já veio, e não o reconheceram, mas fizeram com ele tudo o que quiseram. Assim também o Filho do homem há de padecer às mãos deles." Então os discípulos entenderam que ele falava de João Batista. (Mateus 17:11–13; cf. Marcos 9:13)
João revolucionária tanto o coração de seu povo como a casa em que vivem “Ele fará com que os corações dos pais se voltem para seus filhos, e os corações dos filhos para seus pais”. Pais seriam despertados para sua responsabilidade parental. Eles evitariam o fracasso de Eli, Samuel (?) e Davi. Essa palavra precisa ser pregada em nossos corações. Corações regenerados produzem vidas reordenadas, e famílias são redimidas. As pessoas são preparadas para o Senhor.
Realmente tudo está apontado para João, o precursor de Jesus. Desde a profecia de Malaquias, passaram-se mais de 400 anos. A noite poderia ser longa e escura, mas o sol começou a brilhar[9].
"Como a missão de João Batista e sua preparação para a vinda de Jesus se conectam com os eventos centrais do evangelho, como a cruz e a ressurreição?"
A preparação de João Batista para a vinda de Jesus simboliza a preparação de toda a humanidade para receber a salvação através da cruz e da ressurreição. João é o "arauto" que anuncia não apenas a chegada física de Jesus, mas também o advento de uma nova era de redenção e restauração.
A missão de João, assim como a cruz, destaca a necessidade de arrependimento e transformação como resposta ao amor redentor de Deus. Isso ressalta a continuidade do plano de Deus, mostrando que cada ato divino no Antigo e no Novo Testamento é parte de uma narrativa redentora maior que culmina na cruz e na ressurreição, oferecendo esperança e cura eterna para a humanidade.
Aplicação
Assim como João foi chamado para preparar o caminho para Jesus, nós somos chamados para participar desta missão. Para nós a mesma fé e obediente são exigidas para que participemos da salvação das pessoas. Cristo Jesus morreu para nos salvar e alcançar todas as pessoas. (Inspirar a comunidade a preparar-se e a preparar outros para um encontro transformador com Deus)
Missão Identificada: Preparar o caminho para o Senhor, personificado na missão de João Batista, que é preparar o povo para a chegada do Messias. A missão divina entregue a João é clara: chamar as pessoas ao arrependimento e renovar sua dedicação a Deus, preparando-as espiritualmente para o advento de Jesus.
Para Dentro (Transformação Pessoal): Precisamos cultivar nossa própria vida a viver de maneira digna de nosso chamado. Isso pode incluir práticas como oração, estudo bíblico, e participação ativa na vida da igreja.
Para o Lado (Relacionamentos Interpessoais): A missão de preparação não é apenas uma jornada pessoal, mas também comunitária. Podemos encorajar uns aos outros em nossa caminhada de fé, compartilhando testemunhos, oferecendo suporte e participando juntos em atividades missionárias e de serviço.
Para o Alto (Relacionamento com Deus): Quando temos uma transformação pessoa, cheios do espírito santo, vivendo de maneira digna do chamado e participando ativamente da missão de Deus, que é libertar as pessoas do pecado por intermédio de Jesus. Então estamos de acordo com a vontade de Deus para nossa vida.
Assim como João Batista foi um precursor de Jesus, cada cristão tem um papel a desempenhar na preparação do mundo para a mensagem do Evangelho. Lembrando aos ouvintes que, independentemente das circunstâncias, a fidelidade de Deus permanece constante e Sua missão continua relevante.
O texto bíblico descreve
A QUARTA CENA
UMA ATITUDE IRRESPONSÁVEL (v. 18-24) (problema)
“18 Zacarias perguntou ao anjo: "Como posso ter certeza disso? Sou velho, e minha mulher é de idade avançada”
Em Lucas 1.18-24, mesmo diante de um anjo de Deus, o que podemos observar é a incredulidade de Zacarias, isto reflete a natureza caída do ser humano que duvida e falha em confiar plenamente nas promessas de Deus. A incredulidade de Zacarias diante da promessa divina leva a consequências pessoais e demonstra a seriedade com que Deus trata a fé de Seus seguidores.
Infelizmente há uma quebra de expectativa por causa da reação de Zacarias. Ele deveria se alegria diante de toda essa manifestação de poder, mas responde de maneira incrédula frente a promessa “Como saberei isso? Pois sou velho, e minha esposa está avançada em idade”. E mesmo diante da incredulidade Deus demostrou de maneira poderosa a manifestação em tempo oportuno da chegada daquele que irá preparar o caminho para a Salvação.
Há várias razões para que Zacarias NÃO tivesse dúvidas. 1) ele era sacerdote e não um ateu, estava familiarizado com as escrituras. Com certeza leu sobre Isaque e Samuel. 2) era conhecido por sua piedade e fé, considerado um homem justo. 3) Ele tinha visto a aparição de Gabriel, tinha certeza de que a mensagem vinha de Deus.
No entanto, Zacarias não acreditou! Isso era sério, porque, em sua dúvida, ele implicitamente negou o poder que seria tão central para o evangelho—nomeadamente, o poder da ressurreição.
Se Deus não pudesse dar à esposa de Zacarias, Isabel, o poder de conceber, como poderia ele levantar o corpo de Jesus do túmulo? A descrença do sacerdote era inconscientemente subversiva para todo o evangelho. A era messiânica exige crença!
Zacarias argumenta a impossibilidade desta promessa trazendo à memória sua velhice e a infertilidade de Isabel. Mas Gabriel diz “Eu assisto diante de Deus”, tinha a intenção de envergonha o sacerdote, frente as boas novas. A consequência imediata para Zacarias foi perder a capacidade de falar até o nascimento do filho, o que serve como um sinal tanto de julgamento quanto de misericórdia de Deus, pois, apesar de sua incredulidade, a promessa de Deus permaneceu firme.
A penalidade a incredulidade do homem foi adequado ao delito, a mesma língua que proferiu descrença é a mesma golpeada pela mudez. O velho sacerdote teria nove meses de silêncio – tempo suficiente para refletir sobre a sua incredulidade. O julgamento não foi apenas punitivo, mas gloriosamente corretivo. Zacarias fracassou de maneira aberrante.
Aplicação
Identificamos o problema da incredulidade de Zacarias perante a promessa divina, apesar de sua posição de liderança religiosa, reflete uma falha comum na natureza humana: a dificuldade em confiar em promessas que parecem impossíveis à luz das circunstâncias humanas.
Zacarias representa as pessoas que, lutam com a dúvida e a falta de fé em face de desafios ou promessas que parecem além do alcance.
Assim como Zacarias, muitos de nós enfrentamos situações em que parece impossível que haja uma solução. Seja uma questão de saúde, um desafio profissional ou uma crise pessoal, somos chamados a manter nossa fé em Deus, confiando que Ele pode fazer o impossível em nossas vidas, mesmo quando nossa fé é testada.
• Como nossa própria incredulidade ou falta de confiança nas promessas de Deus pode afetar nosso relacionamento com Ele? Como a dúvida pode nos impedir de experienciar plenamente Sua presença e bênçãos em nossas vidas?
Como discípulos de Cristo, nossa responsabilidade é não apenas pedir milagres, mas também fortalecer nossa fé e a dos outros, cultivando uma comunidade que suporta e encoraja a cada passo.
A passagem exorta implicitamente os leitores a confiar nas promessas de Deus e a reconhecer os sinais de Sua obra, mesmo que pareçam impossíveis do ponto de vista humano. O problema apresentado para nós ainda continua sendo a incredulidade nas promessas de Deus para nossas vidas. Zacarias viu o anjo e ficou incrédulo. É um desafio para nós que não vimos, mas devemos crer.
A mudez de Zacarias foi resultado de sua incredulidade, afetando sua comunicação e liderança dentro da comunidade. Como sacerdote, ele tinha um papel de guia espiritual e sua incapacidade de falar teria criado dificuldades não apenas para ele, mas também para aqueles que dependiam de sua orientação e apoio.
Quais as consequências de nossa incredulidade pessoa frente a fé e a confiança em Deus? Tem afetam nossa paz interior, nossa autoestima e nossa capacidade de enfrentar desafios pessoais? Tem nos tornado cegos espirituais? Apáticos frente as muitas promessas de Deus? Fujamos da incredulidade.
As palavras de Jesus são penetrantemente claras: "'Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna. Não entra em juízo, mas passou da morte para a vida'" (João 5:24). "Então lhe disseram: 'Que faremos para realizar as obras de Deus?' Jesus respondeu e disse-lhes: 'Esta é a obra de Deus: que creiais naquele que ele enviou'" (João 6:28, 29).
Conclusão
Texto: Interpretação
Sermão: Aplicação
Problema
A incredulidade de Zacarias frente à promessa de Deus.
Muitos na congregação podem estar enfrentando desafios que os fazem duvidar das promessas de Deus ou da própria presença e poder de Deus em suas vidas.
Graça
Deus promete a Zacarias um filho, João Batista, que preparará o caminho para Jesus.
Deus continua a trabalhar em nossas vidas de maneiras inesperadas, promovendo mudança e restauração, mesmo quando duvidamos ou não vemos uma solução imediata.
Missão
João Batista deve preparar o povo para a chegada do Messias.
Somos chamados a nos preparar e a preparar outros para um encontro transformador com Deus, cultivando uma vida espiritual ativa e ajudando outros em sua jornada espiritual.
26 de junho de 2024
Soli Deo Gloria
[1] FRANCE, R. T. Teach the Text Commentary Series: Luke, p. 35 [2] [3] [DANK] ἄμεμπτος - BibleWork [4]Enciclopédia da Bíblica: Cultura Cristã. Tenney Merril, p. 575 (verbete Estéril, Esterilidade) [5] Luke : that you may know the truth / R. Kent Hughes. – Revised edition. p. 25 [6] Luke : that you may know the truth / R. Kent Hughes. – Revised edition. p. 26 [7] Luke : that you may know the truth / R. Kent Hughes. – Revised edition. p. 27 [8] Luke : that you may know the truth / R. Kent Hughes. – Revised edition. p. 27 [9] Luke : that you may know the truth / R. Kent Hughes. – Revised edition. p. 23
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