Requisitos de Maturidade 1Pe 2.1-3

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IGREJA PRESBITERIANA DE APIAÍ
PLANEJAMENTO PASTORAL – SERMÕES TEMÁTICOS
JULHO/2024
Rev. Mateus Lages
Tema: Requisitos de Maturidade
Dia 07/07: 1Pedro 2.1-3
Deus fala: Saudação - Salmo 34.8
Nós falamos: Oração inicial
Nós cantamos: Hino 39 - Exaltação e louvor
CREDO APOSTÓLICO
ORAÇÃO DO SENHOR
Deus fala: Isaías 9.2
Nós falamos: Oração de confissão
Nós cantamos: Hino 71 - Perdão
LOUVOR
És Tu Unica Razão
Rei das nações (vencedores)
Corpo e Família
Tema: Requisitos de maturidade 1Pedro 2.1-3
INTRODUÇÃO/CONTEXTO
Sabe-se que o Apóstolo Pedro escreveu esta carta desejando fortalecer os leitores no amor pela Palavra de Deus e confiança em todas as Suas promessas. Para que isso aconteça ele declara que a Palavra é poderosa, vivificante e eterna e essa Palavra lhes foi evangelizada.
É neste fundamento que foi construída a relação com Deus na qual eles vivem. E este crescimento na Palavra é aqui chamado de santificação. Por isso, chamo de requisitos de maturidade o crescimento que é a santificação, porque crescer na Palavra é santificar-se.
Ao ler a epístola notamos o Apóstolo Pedro fazer sua última exortação tratando da santidade – apresentada e explica em 1.13-25 - para, aqui (1Pe 2.1-3) encorajar os crentes a se livrarem de atitudes pecaminosas e assumirem sua necessidade do alimento espiritual, de modo que possam amadurecer em fé e no conhecimento de Deus.
Vamos ao texto: 1Pedro 2.1-3 Requisitos de maturidade são 1) santidade (1) e 2) crescimento na Palavra (2-3).
1) Santidade
A) Livrem-se do pecado
Leiamos o versículo 1: “Portanto, livrem-se de toda malícia e todo engano, hipocrisia, inveja e maledicência de todo tipo.”
Por este verso, Pedro conclui aquilo que disse na última parte do capítulo anterior (1.22-25). Que os filhos regenerados de Deus devem mostrar sua nova vida por meio do seu novo comportamento. O regenerado (1.23), dá evidências do seu novo nascimento não somente de modo invisível, interiormente, mas também visível por meio do seu comportamento pessoal.
Quem de nós não espera mudanças na vida de quem se converte a Cristo? Caso você conheça alguém que não crê ou serve a Jesus, nem o declara como único Senhor e Salvador, certamente ora para que isso aconteça, evidente, por causa da salvação, mas normalmente, porque essa pessoa vive sem o temor a Deus o que faz com que seja praticante desses pecados condenados na Escritura: malícia, engano, hipocrisia, inveja e maledicência.
É disso que estamos falando. Este é o ponto! Se esperamos mudanças na vida do outro, não podemos relaxar quanto a mudança que também deve acontecer em nossa vida.
“Livrem-se de toda maldade”. É a mesma ação de tirar o lixo para fora, pois despojar-se é se livrar de algo. Quando a lixeira está cheia, não há o que fazer, é preciso esvaziá-la. Outro que usa este termo para exortar quanto a necessidade de mudança de vida é o Apóstolo Paulo ao afirmar: “vos despojeis do velho homem” [Ef 4.22; e ver Cl 3.9]); querendo dizer: Removam os trajes da maldade, dolo, hipocrisia, inveja e maledicência. Não vamos tratar de todas as ações que temos o dever de retirar e rejeitar, mas ainda que algumas sejam óbvias, vamos defini-las.
Para que haja mudança, a primeira exortação é: Livrem-se de “Toda a maldade”. A maldade significa o engano originado de nossa natureza pecaminosa. Se permitirmos que o mal se expresse em nosso relacionamento com os outros, o amor desaparece. Por isso, em resumo, a maldade é definida como o desejo de causar dor, mal ou sofrimento ao nosso próximo.
Por isso, o segundo pecado é o “dolo”. Dolo é uma forma de escrita que define aquilo que é enganoso. O dolo evolve: falsidade, mentira, traição e maledicência. O dolo assume a aparência de algo que passa por verdadeiro para que o desavisado ou distraído seja enganado. O pecado com dolo é aquele que pareceu sem querer, mas engana-se quem assim entende, pois o dolo é refletir sobre e causar o mal.
A terceira exigência é dupla: “Hipocrisia e inveja”. A pessoa hipócrita finge ser aquilo que não é; é uma pessoa com coração inconstante e uma língua mentirosa. Jesus, por exemplo, repreendeu os fariseus e mestres da lei por sua hipocrisia quando disse: “Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Mt 15.7-8).
Já a inveja é o desejo de possuir algo que pertence a outro. E a inveja é um pecado sutil, mas detruidora. Com frequência, a inveja leva à traição e inimizade.
Por fim, o terceiro ensino é contra: “toda sorte de maledicência”. Ou seja, todo tipo de mal uso da língua. Isso é importante porque a língua do pecador é um instrumento que está sempre pronto e desejoso de falar pelas costas, sem o desejo pelo arrependimento do alvo daqueles comentários, mas cheio de desejos malignos. O mal uso da língua afasta as pessoas e cria barreiras na confiança dos relacionamentos.
Notemos, agora, que o Apóstolo Pedro não diz aos seus leitores para lutarem contra essas práticas, mas para se livrarem delas. Por isso, livre-se desses pecados! Não lute contra qualquer dessas práticas. Mate-as! Não se iluda. Somente desejando matar o velho homem, conseguiremos desejar o alimento espiritual e o crescimento na salvação.
Um dos desafios que recebemos por este texto é o de não tolerar a prática de pecado, mas odiá-la e matá-la para que tenhamos paz. por isso, seja maduro, haja como um adulto, faça o que deve ser feito e não somente o que você quer fazer. Não tolere o pecado, não o ame, não o deseje, mas seja um crítico e um inimigo do pecado para que possa ser um servo útil na obra de Deus.
2) crescimento na Palavra
B) Cresçam na Palavra
Leiamos os versos 2 e 3: “Como bebês recém-nascidos, anseiem pelo puro leite espiritual, para que por ele vocês possam crescer em sua salvação, 3 agora que vocês experimentaram que o Senhor é bom.”
O que quer dizer essa expressão: “Como bebês recém-nascidos”?
O Apóstolo Pedro estaria tratando de recém-convertidos? Creio qu não, necessariamente. É possível que ele use essa expressão de modo figurativo. Os pais sabem como os recém-nascidos expressam com um choro bem alto sua necessidade por serem alimentados e como isso acontece com frequência. Muita coisa mudou da época de Pedro para nossa, mas isso eu creio que não.
Então, o ensino é claro, irmãos. Enquanto os bebês recém-nascidos agem como se sua vida dependesse da próxima refeição, assim também os cristãos devem ansiar pela Palavra de Deus.
“Anseiem... pelo puro leite espiritual”. O termo traduzido por anseio ardente deve ser compreendido como algo bom; não como a ideia do “não andeis ansiosos” de Jesus e Paulo, que demonstra dúvida ou medo.
Agora, algo curioso sobre a palavra leite são os adjetivos puro e espiritual que acompanham esse substantivo.
O Apóstolo Pedro reconhece que a pureza e espiritualidade só pode estar vinculada àquilo que é genuíno, ou seja, verdadeiro e sem falsificação. O termo “espiritual” nasce da ideia de proveniência, que não seja algo produzido pelo ser humano, mas por Deus. “Para que por ele vocês possam crescer em sua salvação”. Isso serve para percebermos como as coisas desse mundo jamais irão nos satisfazer, uma vez que o resultado de ansiar pela Palavra e por ela ser satisfeito será, invariavelmente, o próprio crescimento.
Será que você já pensou sobre isso? Tal como os pais cuidam dos recé-nascidos com zelo porque desejam que crescam saudáveis, assim Deus quer ver o seu crescimento espiritual e contínuo, pois você é um de seus filhos. Ele o ama, tem cuidado de você e deseja que você cresça em maturidade por meio de um comportamento novo, não infantilizado, mas de um adulto responsável, que aprendeu como viver com o seu Pai do céu.
O desafio, portanto, é compreendermos que nosso Pai tem nos capacitado a viver de modo experiente. Por isso, não há mais espaço para pensamentos, sentimentos ou reações infantis. Somos uma Igreja de 90 anos. É hora de amadurecer.
Para que possamos assumir essa responsabilidade, precisamos crer que o alvo do Espírito Santo foi capacitado pelo mesmo Espírito àquilo que o Deus Pai exige: “importa-vos nascer de novo.” (João 3.7).
O novo nascimento é o que leva à salvação (1.3,5,9), e neste segundo capítulo, o Apóstolo Pedro ensina que somos capazes de crescer em nossa salvação (2.2). Nascemos de Deus para crescermos em Deus.
Tanto é assim que propõe uma condição: “Agora que vocês experimentaram que o Senhor é bom”. Apesar de a maioria das traduções não indicar que esse versículo é parecido com o Salmo 34.8, a semelhança é clara. Davi escreveu: “Oh! Provai, e vede que o Senhor é bom”. Uma vez que os bebês provam seu alimento, não param mais de desejá-lo até que estejam satisfeitos. Assim também são os crentes, que reconhecem a necessidade de algo para que de fato sejam satisfeitos nessa vida, de modo que vivam em pleno choro e desespero, à semelhança do recém-nascido, até que são encontrados por Jesus, a palavra encarnada, e experimentam por essa Palavra plena saciedade.
CONCLUSÃO/APLICAÇÃO Concluindo, aprendemos hoje sobre os requisitos de maturidade, que são a santidade e o crescimento na Palavra.
Evidente, irmãos, que reconhecermos nossa fragilidade espiritual e consequente dependência de Jesus Cristo. Mas esse reconhecimento deve nos conduzir em devoção diária, de modo que, tal como sempre paramos para refeições, paremos para nos alimentar do Redentor!
Diante disso, haja com maturidade. Quantas vezes você já ouviu falar sobre a necessidade da prática devocional e oração e frequência à Igreja? Que suas devocionais não sejam feitas às pressas. Que suas orações não sejam feitas em meio a sonolência. Que sua frequência à Igreja não seja sem propósito ou sem amor pelo Culto ao Senhor.
Reconheça com responsabilidade, que Deus quer que nos aproximemos dele com regularidade e reverência, por isso, separe um momento, creia na presença de Cristo, peça a Deus que faça nascer em seu coração um desejo por isso, para que você cresça espiritualmente em graça e no conhecimento dele (2Pe 3.18) e se torne um suporte na vida dos que chegam até nós como novos membros ou novos convertidos. Sejamos mãos de Deus.

SANTA CEIA (1Co 11.23-29)

CORAL
ORAÇÃO FINAL E BÊNÇÃO
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