A SANTA CEIA
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· 17 viewsUm profundamente na instituição da Ceia do Senhor por Cristo, explorando alguns aspectos cruciais
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Almeida Revista e Atualizada Capítulo 11
23 Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;
24 e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.
25 Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliançad no meu sanguee; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim.
26 Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.f
Introdução
Introdução
Ao refletir sobre 1 Coríntios 11:23-26, somos levados à última ceia de Jesus com seus discípulos, onde Ele instituiu um memorial que transcende o tempo e conecta os crentes à obra redentora de Deus.
Naquele momento crucial, registrado por Paulo, Jesus não apenas compartilhou pão e vinho com seus seguidores, mas estabeleceu um novo significado para esses elementos, ligando-os ao sacrifício iminente de sua vida na cruz. As palavras de Cristo, "Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim", ecoam não apenas como instrução, mas como um convite para uma comunhão profunda com Ele e uma celebração contínua de sua obra salvífica.
À luz das profecias cumpridas naquela noite, como aquelas de Isaías que prenunciaram o Messias como "o cordeiro mudo diante dos seus tosquiadores" e Zacarias que descreveu a traição por trinta moedas de prata, vemos não apenas a história sendo cumprida, mas a graça divina sendo revelada de maneira vívida e transformadora.
Ao nos aproximarmos da mesa do Senhor hoje, não o fazemos apenas por obediência, mas para nos unirmos espiritualmente a Cristo, lembrando-nos do seu sacrifício expiatório que nos reconciliou com o Pai e antecipando com esperança a sua gloriosa segunda vinda. Este é o convite que ecoa através das páginas das Escrituras e ressoa em nossos corações até os dias de hoje.
Resumo
Resumo
No sermão de hoje, mergulhamos profundamente na instituição da Ceia do Senhor por Cristo, explorando três aspectos cruciais:
I A Instituição da Ceia do Senhor por Cristo
I A Instituição da Ceia do Senhor por Cristo
Exploramos os verbos gregos que descrevem os eventos da última ceia: "foi traído", "deu graças" e "tomou", cada um revelando camadas profundas de significado que nos conectam com as profecias cumpridas e a graça redentora de Deus.
II- A Ceia do Senhor como Cumprimento das Profecias
II- A Ceia do Senhor como Cumprimento das Profecias
Investigamos como a Ceia do Senhor está enraizada nas profecias do Antigo Testamento, que prefiguravam o sacrifício de Cristo. Cada elemento, do pão ao vinho, ecoa as promessas de uma nova aliança e a redenção por meio do sangue derramado de Jesus.
III- A Ceia do Senhor e a Continuidade do Plano Redentor de Deus
III- A Ceia do Senhor e a Continuidade do Plano Redentor de Deus
Finalmente, contemplamos a Ceia do Senhor não apenas como um memorial do passado, mas como um antegozo da esperança futura. Ela renova nosso pacto com Deus, lembra-nos do sacrifício definitivo de Cristo e nos orienta na expectativa de sua volta gloriosa.
Que, ao participarmos hoje da Santa Ceia, possamos fazê-lo com corações cheios de gratidão e fé, lembrando-nos sempre da extraordinária graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos amou e se entregou por nós.
I Instituição da Ceia do Senhor por Cristo
I Instituição da Ceia do Senhor por Cristo
Exegese: Na passagem de 1 Coríntios 11:23-26, o apóstolo Paulo relata os eventos da última ceia de Jesus com seus discípulos antes da crucificação. Vamos explorar os verbos em Grego para entender melhor o contexto da instituição da Ceia do Senhor.
a) - "foi traído" ”παραδίδωμι" (paradidōmi)
a) - "foi traído" ”παραδίδωμι" (paradidōmi)
Comentário: Este verbo não apenas descreve a traição de Judas, mas também enfatiza o cumprimento das profecias do Antigo Testamento. Isaías profetizou que o Messias seria "levado como ovelha ao matadouro" (Isaías 53:7), e Zacarias menciona a traição por trinta moedas de prata (Zacarias 11:12-13).
Versículos:
Isaías 53:7: "Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.
"Zacarias 11:12-13: "Então lhes disse: Se vos parece bem, dai-me o meu salário; e, se não, deixai-o. E pesaram o meu salário, trinta moedas de prata. E o SENHOR me disse: Arroja isso ao oleiro, esse magnífico preço em que fui avaliado por eles. E tomei as trinta moedas de prata, e as arrojei na casa do SENHOR, ao oleiro."
Lucas 22.48
48 Jesus, porém, lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?
Os evangelhos relatam a traição de Judas com detalhes significativos:
Mateus 26:14-16: Judas faz um acordo com os líderes religiosos para entregar Jesus por trinta moedas de prata.Marcos 14:10-11: Judas procura os principais sacerdotes e faz o mesmo acordo.Lucas 22:3-6: Satanás entra em Judas, levando-o a trair Jesus.João 13:2, 21-30: Jesus identifica Judas como o traidor durante a Última Ceia.
Contexto Histórico
Contexto Histórico
Papel de Judas: Judas Iscariotes era um dos doze discípulos de Jesus, escolhido por Jesus para ser um apóstolo (Lucas 6:13-16).Significado das trinta moedas de prata: Esse era o preço estabelecido na lei mosaica para compensação pela morte de um escravo (Êxodo 21:32), sublinhando a natureza vil da traição.
Análise Teológica
Análise Teológica
Onisciência de Jesus:
Jesus, sendo divino, possuía conhecimento prévio dos eventos que se desenrolariam, incluindo a traição de Judas. João 13:21-27 narra como Jesus explicitamente identificou Judas como o traidor durante a Última Ceia.Responsabilidade de Judas:
Mesmo sabendo do plano de traição, Jesus permitiu que os eventos ocorressem, respeitando o livre arbítrio de Judas. Judas fez uma escolha consciente e deliberada ao trair Jesus (Lucas 22:22), o que caracteriza sua ação como traição genuína.
Conclusão
Conclusão
Sim, pode-se afirmar que a ação de Judas foi uma traição, mesmo que Jesus soubesse o que ele estava fazendo. A traição de Judas cumpre as Escrituras e faz parte do plano redentor de Deus, mas isso não diminui a responsabilidade pessoal de Judas por suas ações. A sua traição é um exemplo da complexa interação entre a soberania divina e a responsabilidade humana.
Frase de Transição: A instituição da Ceia do Senhor por Jesus não apenas cumpriu as profecias antigas, mas estabeleceu um memorial contínuo do sacrifício redentor que transforma vidas até hoje.
Ilustração: A traição de Judas e o preço de trinta moedas de prata destacam como o plano de Deus se desenrolou conforme predito nas Escrituras, culminando no sacrifício de Cristo.
b)- “deu graças" "εὐχαριστέω" (eucharisteō)
b)- “deu graças" "εὐχαριστέω" (eucharisteō)
Comentário: Jesus deu graças a Deus antes de partir o pão, mostrando sua submissão à vontade do Pai e o significado espiritual da Ceia do Senhor. No Salmo 107:22, Davi expressa gratidão a Deus por sua libertação, enquanto Jesus, em Lucas 22:19, institui o memorial do seu corpo.
Salmo 107:22: "Ofereçam sacrifícios de gratidão e anunciem suas obras com cânticos de alegria.
"Lucas 22:19: "E, tomando o pão, deu graças e partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim."
Ilustração: Assim como Davi reconheceu a provisão de Deus, Jesus inaugura um novo ato de graças, apontando para sua obra redentora.
c) - "tomou" ”λαμβάνω" (lambanō)
c) - "tomou" ”λαμβάνω" (lambanō)
Comentário: Jesus tomou o pão e o cálice, simbolizando seu corpo e sangue que seriam dados em sacrifício pelos pecados do mundo. Em Gênesis 14:18-20, Melquisedeque oferece pão e vinho a Abraão, prefigurando a oferta de Jesus em João 6:51.
Gênesis 14:18-20: "E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo.
"João 6:51: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo."
Ilustração: Melquisedeque, como sacerdote de Deus, antecipou o sacrifício de Cristo, que oferece a verdadeira vida espiritual através do seu corpo e sangue.
II A Ceia do Senhor como Cumprimento das Profecias
II A Ceia do Senhor como Cumprimento das Profecias
Exegese: A Ceia do Senhor está profundamente enraizada nas profecias do Antigo Testamento, que prefiguravam o sacrifício redentor de Cristo. Vamos analisar como essas profecias são cumpridas na prática da Ceia, explorando os verbos em Hebraico e Grego.
a) sacrificar-“זָבַח" (zavach)
a) sacrificar-“זָבַח" (zavach)
Comentário: No Antigo Testamento, o verbo "זָבַח" (zavach) é frequentemente usado para descrever os sacrifícios oferecidos a Deus. Estes sacrifícios apontavam para o sacrifício final de Cristo. Em Isaías 53:10, o sofrimento do Servo do Senhor é descrito como uma oferta pelo pecado.
Isaías 53:10: "Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias, e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos.
"Hebreus 10:10: "Nessa vontade é que temos sido santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre."
jo 10
17 Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir.
18 Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai.
Ilustração: Assim como os sacrifícios do Antigo Testamento apontavam para algo maior, a Ceia do Senhor nos lembra do sacrifício de Jesus, cumprindo a promessa de redenção.
b) fazer - “ποιέω" (poieō)
b) fazer - “ποιέω" (poieō)
Comentário: No Novo Testamento, o verbo "ποιέω" (poieō) é usado por Jesus ao instituir a Ceia do Senhor, dizendo "fazei isto em memória de mim". Este ato é um cumprimento das promessas de uma nova aliança, como profetizado em Jeremias 31:31-34.
Jeremias 31:31-34: "Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que farei uma nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá... Porque perdoarei as suas iniquidades, e dos seus pecados jamais me lembrarei.
"Lucas 22:19: "E, tomando o pão, deu graças, e o partiu, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim."
Ilustração: A nova aliança profetizada por Jeremias é realizada em Cristo. A Ceia do Senhor é um lembrete contínuo desse novo pacto, onde o perdão e a comunhão são centralizados em Jesus.
c) beber - : "πίνω" (pinō)
c) beber - : "πίνω" (pinō)
Comentário: Jesus usou o verbo "πίνω" (pinō) para instruir seus discípulos a beberem do cálice, simbolizando seu sangue derramado para a remissão dos pecados. Este ato cumpre a profecia de Zacarias 9:11, que fala da libertação pelo sangue da aliança.
Zacarias 9:11: "Quanto a ti, por causa do sangue do teu pacto, tirei os teus presos da cova em que não havia água.
"Mateus 26:27-28: "E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue do pacto, o qual é derramado por muitos para remissão dos pecados."
Ilustração: A promessa de libertação através do sangue da aliança em Zacarias se cumpre na Ceia do Senhor, onde os crentes são lembrados do sacrifício de Cristo que traz redenção e libertação.
Frase de Transição: A Ceia do Senhor não apenas cumpre as profecias antigas, mas também estabelece um contínuo ato de graça e comunhão com Deus, ligando-nos ao plano redentor desde os tempos antigos até a eternidade.
III A Ceia do Senhor e a Continuidade do Plano Redentor de Deus
III A Ceia do Senhor e a Continuidade do Plano Redentor de Deus
a) A Ceia do Senhor como Atualização do Pacto da Graça
a) A Ceia do Senhor como Atualização do Pacto da Graça
Comentário: Na Ceia do Senhor, o verbo "tomou" (λαβών - labōn) usado em 1 Coríntios 11:23 enfatiza a ação intencional de Jesus em instituir o pacto da graça. Esta ação remete ao cumprimento das promessas feitas no Antigo Testamento, onde o termo "pacto" (בְּרִית - berit) é usado para descrever o acordo entre Deus e seu povo (Gênesis 17:7). Na Ceia, este pacto é renovado, lembrando aos crentes a fidelidade de Deus.
Gênesis 17:7 - "Estabelecerei o meu pacto entre mim e ti e a tua descendência depois de ti, em suas gerações, por pacto perpétuo, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti."
1 Coríntios 11:23-25 - "Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim."
Ilustração: Imagine um contrato de casamento renovado anualmente, lembrando ao casal o compromisso que assumiram. Assim é a Ceia do Senhor, uma renovação contínua do pacto entre Deus e seu povo.
Transição: Ao considerarmos a Ceia como uma atualização do pacto da graça, vemos também como ela atua na reafirmação contínua da nossa fé.
b) A Ceia do Senhor como Memorial do Sacrifício de Cristo
b) A Ceia do Senhor como Memorial do Sacrifício de Cristo
Comentário: A palavra "memória" (ἀνάμνησις - anamnēsis) em 1 Coríntios 11:24-25 é crucial. Ela significa mais do que apenas recordar; implica em trazer à mente e reviver a realidade do sacrifício de Cristo. No Antigo Testamento, os sacrifícios eram oferecidos continuamente como um lembrete do pecado e da necessidade de expiação (Levítico 16:34). Na Ceia, celebramos o sacrifício definitivo de Jesus, que nos redimiu de uma vez por todas.
Levítico 16:34 - "E isto vos será por estatuto perpétuo, para fazer expiação pelos filhos de Israel, de todos os seus pecados, uma vez no ano; e fez Arão como o Senhor ordenara a Moisés.
Lucas 22:19 - "E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o e deu-lhes, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim."
Ilustração: Como uma fotografia antiga que nos transporta de volta a um momento significativo, a Ceia do Senhor nos transporta à cruz, onde Jesus se entregou por nós.
Transição: Ao recordar o sacrifício de Cristo, a Ceia do Senhor também nos projeta para o futuro, aguardando sua volta gloriosa.
c) A Ceia do Senhor como Antecipação da Segunda Vinda de Cristo
c) A Ceia do Senhor como Antecipação da Segunda Vinda de Cristo
Comentário: O verbo "anunciais" (καταγγέλλετε - katangellēte) em 1 Coríntios 11:26 significa proclamar ou declarar abertamente. Participando da Ceia, os crentes proclamam a morte de Cristo e afirmam sua esperança na segunda vinda. No Antigo Testamento, a vinda do Messias foi predita como uma esperança futura (Isaías 9:6-7). A Ceia do Senhor nos lembra de que vivemos entre a primeira e a segunda vinda de Cristo, aguardando com expectativa a consumação do reino de Deus.
Isaías 9:6-7 - "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento deste governo e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos exércitos fará isto.
: Mateus 26:29 - "E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai."
Ilustração: Como um viajante que espera ansiosamente pelo retorno de um amigo querido, participamos da Ceia do Senhor com expectativa pelo retorno de Cristo, sabendo que Ele cumprirá todas as suas promessas.
Conclusão
Conclusão
Ao refletirmos sobre a instituição da Ceia do Senhor por Cristo, somos confrontados com a profundidade espiritual e redentora desse memorial sagrado. Desde a última ceia até hoje, cada gesto e palavra de Jesus ecoam através das Escrituras, cumprindo profecias antigas e estabelecendo um vínculo contínuo entre Deus e seu povo. Paulo, ao descrever este momento crucial em 1 Coríntios 11:23-26, não apenas relata um evento histórico, mas revela o significado eterno da Ceia como um memorial do sacrifício redentor de Cristo.
Pontos Principais do Tema
Primeiramente, a instituição da Ceia do Senhor por Cristo é um ato de cumprimento das profecias do Antigo Testamento. Desde a traição de Judas até o partilhar do pão e do cálice, cada ação de Jesus estava predestinada e profetizada. Isaías 53:7 descreve o Messias como "levado como ovelha ao matadouro", enquanto Zacarias 11:12-13 prevê sua traição por trinta moedas de prata. Estes eventos não foram apenas incidentes, mas cumprimentos precisos das Escrituras que apontavam para a redenção através do sacrifício de Cristo.
Segundo, a Ceia do Senhor estabelece e renova o pacto da graça entre Deus e seu povo. Em Gênesis 17:7, o pacto eterno com Abraão prefigura a nova aliança inaugurada por Jesus através do pão e do cálice. A Ceia não é apenas um memorial do passado, mas um ato presente que nos lembra da fidelidade de Deus em Cristo. Este pacto renova nossa comunhão com Deus e nos conecta à sua promessa de salvação e vida eterna.
Terceiro, a Ceia do Senhor não é apenas um olhar retrospectivo, mas uma antecipação da glória futura de Cristo. Ao proclamarmos sua morte até que Ele venha (1 Coríntios 11:26), estamos expressando nossa esperança na segunda vinda de Cristo. Como predito em Isaías 9:6-7, Jesus é o Príncipe da Paz cujo reino não terá fim. A Ceia do Senhor, portanto, nos coloca entre o já e o ainda não, celebrando a redenção consumada e aguardando sua plena realização na volta gloriosa de nosso Senhor.
Aplicações Práticas
Aplicações Práticas
Exame de Consciência: Antes de participar da Ceia, examine seu coração à luz do sacrifício de Cristo. Confesse seus pecados e renove sua fé em Cristo como seu Salvador pessoal.
Comunhão Contínua: Mantenha uma vida de comunhão íntima com Deus e com seus irmãos na fé. A Ceia do Senhor fortalece nossa união espiritual com Cristo e uns com os outros.
Testemunho Vivo: Como Paulo disse, ao proclamarmos a morte de Cristo, testemunhamos da graça redentora de Deus. Que nossas vidas sejam testemunhas vivas do poder transformador de Cristo em todas as áreas de nossa existência.
Esperança Renovada: Ao celebrarmos a Ceia, renovamos nossa esperança na promessa da segunda vinda de Cristo. Vivemos na expectativa da consumação final do reino de Deus e da restauração plena de todas as coisas.
Participação Ativa: Participe da Ceia do Senhor com reverência e gratidão, reconhecendo-a como um momento sagrado de renovação espiritual e comunhão com Deus.
Ação de Graças Constante: Assim como Jesus deu graças na última ceia, cultivemos um coração de gratidão pela salvação e pela obra redentora de Cristo em nossas vidas.
Esperança Eterna: Mantenha a visão da eternidade em mente ao participar da Ceia. A Ceia do Senhor não é apenas um ritual, mas uma antecipação do banquete celestial que compartilharemos com Cristo na presença de Deus.
Bibliografia
Bibliografia
Este sermão foi preparado com base em uma variedade de fontes acadêmicas e teológicas, incluindo:
Bíblia Sagrada, Almeida Revista e Atualizada
F.F. Bruce e William Barclay
Estudos em teologia sistemática sobre a Ceia do Senhor
Trabalhos acadêmicos sobre a relação entre as profecias do Antigo Testamento e seu cumprimento em Cristo
Obras teológicas sobre o papel sacramental da Ceia do Senhor na vida da igreja