1Pedro 1.22-25
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Tema:
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-------------------: CADA CRISTÃO DÁ O QUE TEM
-------------------: CADA CRISTÃO DÁ O QUE TEM
Introdução
Você já viu que o mundo dos pets hoje ampliou bastante?
Antes, tratava-se somente dos animais domésticos: gatos e cachorros como conhecemos. Hoje, há todo um catálogo de animais exóticos que permite-se criar em casa, sendo tudo legalizado.
Bom, alguns animais você pode imaginar em casa, talvez num aquário ou terrário. Mas fato é que alguns causam certa estranheza. Inclusive, há uns anos atrás conheci uma moça que criava um porco.
O porco é conhecido por ser um animal que tem sua carne utilizada há séculos em receitas culinárias. Particularmente eu penso que essa onda de usar animais incomuns para fins domésticos é fruto do veganismo militante. Mas esse assunto fica para outro momento.
Pois não precisamos mergulhar tão a fundo para perceber que o lugar do porco é no chiqueiro. Onde ele sente-se a vontade. Encontrar um animal assim na sala de uma casa, é no mínimo incomodo para um visitante desavisado. Pois a imagem comum do porco é associada aos seus hábitos de instinto. Rolar na lama, fuçar por aí, aquela imagem da sujeira. Mesmo que este coma somente ração.
Não há como mudar os hábitos de um ser que foi feito com um propósito específico. Nesse sentido, o porco dará apenas o que tem: lama.
Claro, tratando-se do fato que é um animal e não tem intenções, portanto não ofertará algo livremente para alguém. Por exemplo, quando a proteína suína está no prato, não é porque o porco escolheu se entregar para satisfazer sua fome por ser altruísta (vide, o filme: “Baby, o porquinho atrapalhado”).
Um animal é diferente de uma pessoa, que possui afeições, volição, desejos etc. Mas, assim como o animal, essa pessoa dará o que tem. Se o seu coração for regenerado, ofertará amor, caso não seja, ofertará mãos sujas.
Um cristão verdadeiro ofertará o que Pedro exorta aos irmãos peregrinos realizarem, nestes versículos.
Bem, sobre isso, vamos observar o que nosso texto apresenta:
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OBSERVAÇÕES DO TEXTO
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[Ler o v.22]
Pedro inicia o versículo 22 comunicando algo que os irmãos possuem em suas vidas: alma purificada. Porque eles possuem essa alma purificada? Porque alcançaram por obras? Não!
Mas, eles nos diz que a pureza que eles possuem foi obtida pela “obediência à verdade”. Como assim?
Bem, o vocábulo grego para obediência tem a mesma raiz de ouvir. É a palavra akoúō mais o prefixo hiper. Que pode ser traduzido como: “aquele que muito ouviu”. Portanto, a purificação da alma deste cristão, não se dá pelo seu esforço, mas pelas palavras que ele ouviu e ouviu muito bem.
O apóstolo comunica os irmãos que esta purificação, tinha em vista o amor fraternal não fingido. É um amor verdadeiro, assim como a Palavra que eles ouviram e que os purificou.
Deste modo, eles devem amar-se de coração, ardentemente. Deve ser um amor, que não ficará somente no quanto você doa de tempo ou de dinheiro para essa pessoa. É o amor assim como o nosso Senhor nos amou: mesmo quando éramos seus inimigos. É aquele que você não espera nem um reconhecimento em troca.
Isso é chocante? Sim, tal qual a resposta de Jesus ao fariseu, quando este pergunta quem é o próximo que deveria ser amado, mediante o segundo grande mandamento: o próximo era o samaritano, e os demais que eles rejeitavam. Isso o chocou!
Mas, não como compreender isto, sem continuar “ouvindo” o que Pedro afirma nos versículos seguintes. Vejamos o que dizem:
[Ler o v.23]
Aqui Pedro inicia fazendo um contraste entre a semente corruptível e incorruptível. A corruptível é a mundana, aquela que busca somente seus interesses. Você chega a esta conclusão quando ele fala da semente incorruptível.
Estes irmãos foram regenerados através de “semente incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente”.
Ler sobre esta semente da graça e da palavra de Deus, traz a nossa memória a parábola do semeador. Eis que a semente é lançada em quatro tipos de solos diferentes, somente no quarto ela germina e dá fruto. O solo sem a semente não teria nada.
Por isso Pedro conclui o v.23 afirmando que esta semana, mediante a palavra de Deus, vive e é permanente. Portanto, se estes que foram purificados, após ouvirem atentamente a verdade, a palavra de Deus. Podem não desfrutar dos resultados advindos desta boa semente?
A qual vive e é permanente? Pode este fruto na vida do cristão, passar? Ser apenas momentâneo? Não!
Mas, veja o que Pedro continua declarando nos versículos seguintes:
[Ler o v.24-25]
Aqui o apóstolo faz uma citação de Is 40.6-8. Onde está citado ipsi literis. Palavra por palavra.
Pedro visa lembrar os irmãos que: eles estão sujeitos a este tempo, a carne é como erva, possui até alguma glória, em seu tempo áureo, em determinada estação, brota-se uma flor. Mas isso passa. Tudo isso passa.
Talvez, alguns entre eles estavam observando isso: a desenvoltura externa. A performance. Que é constituída basicamente de um teatro. Uma dramatização, mas não é vida real. Não é o que há no coração.
Pedro os alerta? Talvez. Se não, serviu para alguns deste modo. Pois poderiam estar com todo vigor ali, mas, logo a glória passaria e a flor cairia. Como aconteceu.
Entretanto, “a palavra do Senhor, permanece eternamente”. Esta palavra, ele conclui, que vos foi evangelizada. Esta semente incorruptível, que foi lançada em seus corações.
Este verdade, que vós tendo escutado e seguido, fostes purificados, visando aumentar no amor fraternal. Sem fingimento. Sem buscar aparecer, ou parecer algo que não é.
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Pois, todo cristão, dá o que tem. Seja o cristão regenerado, ou o “cristão enganado”; aquele que suspeita ser salvo, não o que tem certeza.
Assim como mencionei na introdução, todos dão o que possuem. Animais e homens. Porém, dentre os homens, somente o cristão regenerado/purificado pela verdade, ofertará o amor fraternal, não fingido e viverá isso ardentemente.
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TRANSIÇÃO:
Deste modo, convido os irmãos a guardarem três conselhos advindos do texto bíblico para nós cristãos, caso estejamos faltando em algo.
Primeiro conselho:
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1. OBEDEÇA À VERDADE:
A verdade é objetiva. Não é o que você “acha” ser correto. Sabe aquela verdade nebulosa? Esta está longe de ser a verdade.
A verdade não é para os iluminados, aqueles que subiram um monte buscando o que ninguém conseguiu, como alguns pensam. Ela não está escondida no cume.
Mas é a lei de Deus que está perto, como fala Moisés, chamando a atenção do povo de Israel. Eles não precisariam cruzar mares ou subir montes. Ela está bem perto. Ela é para os símplices (Sl 19.7), como um refrigério para a alma.
No v.22 Pedro menciona o amor fraternal. Bom, a verdade sobre o amor fraternal é objetiva. É direta. Nosso Senhor Jesus Cristo diz, em Jo 13.34:
Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.
Ele nos deu este mandamento - a verdade. O que faremos? Escolheremos quem devemos amar? Ou, quem devemos perdoar? Algo que é resultante do amor.
Aplicações:
Você tem vivido com pureza na sua alma? Talvez este seja um sinal de que falta obediência à verdade. Você pode investigar em seu coração se há impureza. Como?
Há no seu coração o que Pedro aponta no cap. 2.1? “Maldade, dolo, hipocrisia, inveja e toda sorte de maledicências”? É um bom exercício espiritual: uma autoconfrontação.
TRANSIÇÃO:
O segundo conselho:
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2. TENHA EM VISTA O AMOR FRATERNAL:
Você obedece a verdade, tendo em vista o amor fraternal? Ou busca o cuidar de alguém somente para receber algo em troca? Digo a você que, se este é o amor que você busca, eu lhe apresento: o amor próprio.
Por outro lado, o amor fraternal é aquele não fingido. É o amor de coração. Ele é vivido ardentemente. Assim deve ser o amor entre os irmãos. Assim deve ser o amor que você ofertará ao outro.
O que você faz, visa o bem do seu irmão? Seja cuidando da sua alma, ou até mesmo de um bem estar físico. Você caminha com um irmão ou irmã e tem investido na sua vida intencionalmente?
Vivendo conforme o que Nosso Senhor Jesus Cristo nos legou, como nos lembra Paulo, em Fp 2.3-5, quando diz:
Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.
Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
Aplicações:
Suas ações para com o próximo, seu irmão, visam o amor fraternal? Se você fincar os olhos no amor fraternal, é possível que isso o ajude a deixar de lado o que o impede de amar um irmão. O que o prende a si mesmo, afastando-o dos irmãos.
Se você tem em vista o amor fraternal, significa que você obedecerá a verdade.
TRANSIÇÃO:
Por fim, o terceiro conselho:
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3. GUARDE A PALAVRA DE DEUS:
Aqui Pedro usa a mesma expressão que é utilizada em João 1.1. É o logos de Deus. O próprio Cristo. Ele é aqu’Ele que vive e é permanente. Ele é a palavra. Esta é a palavra que vos foi anunciada, evangelizada.
A redenção em Cristo Jesus. A palavra que nos aponta o amor fraternal como deve ser vivido. Nos levando, por exemplo, cuidar até mesmo das palavras que falamos em excesso para não pecarmos ferindo a consciência de nossos irmãos e tantos outros.
Aplicações:
Você diariamente busca guardar a palavra de Deus em seu coração? Dia e noite, noite e dia lembra do que Nosso Senhor Jesus Cristo fez por você?
Você trocaria o guardar a palavra de Deus, por algo neste mundo? Você guardará a palavra de Deus, se ela for sua fonte de alegria. Porém, caso ela não seja essa fonte, você a substituirá por outra coisa.
TRANSIÇÃO:
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CONCLUSÃO:
O que tem dentro deste pequeno coração? O que você almeja? Com o que você tem sonhado, ou desejado?
Isso tem impedido você de seguir estes conselhos? Obedecer a verdade, ter em vista o amor fraternal e guardar a palavra? Você oferta à alguém, o que você tem em si.
Veja, daqui um tempo, a sua carne vai secar, você irá envelhecer, a flor que brotou em sua vida irá murchar. O que restará? O que você oferece hoje aponta para o que permanecerá. Se for a verdade, será para sempre, se for a semente corruptível, você não poderá fazer nada. Ela seca e cai a flor.