A HORA DA MISSÃO! (Parte 2) 1 Reis 18.20-40

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Após a provisão de Deus, chega a hora da missão, quando nosso compromisso e coragem são provados.

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Grande ideia: Após a provisão de Deus, chega a hora da missão, quando nosso compromisso e coragem são provados.
Estrutura: desafio apresentado e aceito (vv. 20-25) e desafio consumado e Deus glorificado (vv. 26-40).
"Pergunta 42: Qual é o primeiro mandamento? Resposta: O primeiro mandamento é: “Não terás outros deuses diante de mim” [Êxodo 20:3]. Pergunta 43: O que é requerido no primeiro mandamento? Resposta: O primeiro mandamento requer de nós que saibamos1 e reconheçamos que Deus é o único Deus verdadeiro, e nosso Deus,2 e que o adoremos e o glorifiquemos em conformidade com isso.3" (from "Catecismo Puritano de 1855 (Confessionalidade Batista Livro 5)" by C. H. Spurgeon
"Deus não fechará os olhos para o pecado nem haverá de encobrir maus procedimentos. Quer esteja castigando um indivíduo quer uma nação, aquilo que lhe desagradou precisa ser consertado antes que seja possível ter novamente o seu favor. É inútil suplicar a sua bênção, enquanto nos recusamos a abandonar aquilo que provocou a sua maldição. É inútil falar sobre exercer fé nas promessas de Deus, até que tenhamos exercitado o arrependimento dos nossos pecados. Nossos ídolos têm de ser destruídos, antes que Deus aceite a nossa adoração." (from "A Vida do Profeta Elias" by A. W. Pink
Dicionário Bíblico Lexham Elias e os profetas de Baal

O Monte Carmelo é mais conhecido como o local da competição dramática entre Elias contra 850 profetas pagãos (1Rs 18:20–46). A seca de três anos que Elias anunciou (1Rs 17:1) é mais comumente entendida como um desafio implícito a Baal, o deus da tempestade (Sweeney, I & II Kings, 209). Visto que a retenção da chuva está listada em Deuteronômio como maldição por seguir outros deuses (Dt 11:16-17; 28:23-24), a seca pode ter funcionado como juízo de Yahweh sobre o povo de Israel por sua idolatria sob o reinado de Acabe (Brueggemann, I & II Kings, 209).

Desafio apresentado: aceito pelos falsos profetas. (vv. 20-25)
(a) Acabe aceitou o apelo de Elias, no verso anterior:
1Reis 18.19 NAA
Agora ordene que todo o Israel venha se encontrar comigo no monte Carmelo. Convoque também os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas da deusa Aserá que são sustentados por Jezabel.

MONTE CARMELO(הַר הַכַּרְמֶל, har hakkarmel;τὸ ὄρος τὸ Καρμήλιος, to oros para Karmēlios). Cordilheira no norte de Israel que forma um promontório no Mediterrâneo. O local onde Elias invocou fogo do céu em um embate contra profetas de Baal (1Rs 18). Carmelo significa "jardim" ou "vinhedo", referindo-se à beleza fértil da área.

(b) Elias chama o povo a uma tomada de posição: “Se o Senhor é Deus, sigam-no; se é Baal, sigam-no”.
Dicionário Bíblico Lexham Elias e os profetas de Baal

Após três anos de seca, Elias convocou os 450 profetas de Baal e 400 profetas de Aserá para se reunirem no Monte Carmelo na presença de todo o povo (1Rs 18:18–19). Elias acusou o povo de “pender entre duas opiniões diferentes” (1Rs 18:21, ESV) e desafiou os profetas para uma competição: o deus que enviasse fogo do céu para consumir um sacrifício no altar seria afirmado como o verdadeiro deus.

Êxodo 32.25–26 NAA
Quando Moisés viu que o povo estava sem controle, pois Arão o tinha deixado à solta para vergonha no meio dos seus inimigos, pôs-se em pé à entrada do arraial e disse: — Quem é do Senhor venha até mim. Então se juntaram a ele todos os filhos de Levi,
Josué 24.15 NAA
Mas, se vocês não quiserem servir o Senhor, escolham hoje a quem vão servir: se os deuses a quem os pais de vocês serviram do outro lado do Eufrates ou os deuses dos amorreus em cuja terra vocês estão morando. Eu e a minha casa serviremos o Senhor.
"“Yahweh” significa o autoexistente, onipotente, imutável, o ser eterno, o único Deus, além do qual não existe nenhum outro. “Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o” (1Rs 18.21). Não havia nenhum “se” na mente do profeta. Elias sabia muito bem que Yahweh era o único Deus vivo e verdadeiro, mas o povo precisava que lhe fosse demonstrado o absurdo da indecisão." (from "A Vida do Profeta Elias" by A. W. Pink
(c) O desafio é detalhado nos versos 23-24: “E há de ser que o deus que responder com fogo esse é que é Deus”.
Êxodo 3.2 NAA
Ali o Anjo do Senhor lhe apareceu numa chama de fogo, no meio de uma sarça. Moisés olhou, e eis que a sarça estava em chamas, mas não se consumia.
Êxodo 13.21 NAA
O Senhor ia adiante deles, durante o dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho; durante a noite, numa coluna de fogo, para os iluminar, a fim de que caminhassem de dia e de noite.
Êxodo 19.18 NAA
Todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor havia descido sobre ele em fogo. A fumaça subia como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia com violência.
Levítico 9.24 NAA
E eis que, saindo fogo de diante do Senhor, consumiu o holocausto e a gordura sobre o altar. Quando todo o povo viu isso, deu gritos de alegria e se prostrou com o rosto em terra.
Hebreus 12.29 NAA
Porque o nosso Deus é fogo consumidor.
(d) E tudo foi bem aceito: “é uma boa proposta”.
Salmo 115.4–8 NAA
Os ídolos das nações são prata e ouro, obra de mãos humanas. Têm boca e não falam; têm olhos e não veem; têm ouvidos e não ouvem; têm nariz e não cheiram; têm mãos e não apalpam; têm pés e não andam; som nenhum lhes sai da garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e todos os que neles confiam.
2. Desafio consumado: Deus sendo glorificado. (vv. 26-40)
(a) Foram seis horas de tentativas infrutíferas: o Deus de Israel estava envergonhado o deus Baal (deus do fogo e senhor do sol).
Dicionário Bíblico Lexham Elias e os profetas de Baal

Os profetas invocaram Baal e dançaram ao redor do altar o dia todo sem nenhuma resposta. Eles até recorreram à automutilação com espadas e lanças (1Rs 18:28), aparentemente uma tentativa ritual de restaurar o poder de Baal, que se cria estar preso no submundo (Sweeney, I & II Kings, 228).

(b) O rito poderia ser reescrito assim: Alfred Edersheim, respeitado historiador judeu (citado por Charles Swindoll).
Primeiramente foi levantado um clamor em alta voz, ainda que comparativamente moderado, a Baal. Foi seguido de uma dança ao redor do altar, começando com um movimento de corpo de um lado para o outro. Os uivos foram crescendo mais e mais, e a dança se tornou frenética. Eles giravam em torno do altar e em seu próprio eixo, corriam desesperadamente em filas, sempre com o movimento circular, com a cabeça baixa, de modo que seus longos e desgrenhados cabelos tocassem o chão, como que varrendo-o. Normalmente a insanidade contaminava a todos e os observadores se juntavam à dança frenética. Mas Elias sabia como impedir isso. Era meio-dia e eles já estavam praticando seus rituais bárbaros por horas. Com forte zombaria e ironia ferina, Elias relembrava-os que se Baal era Elohim, o problema deveria estar com eles. Baal deveria estar ocupado e eles precisavam gritar mais alto. Excitados até o nível da loucura, estavam mais frenéticos que antes e, assim, passamos para o segundo e terceiro atos da cerimônia.
Os gritos selvagens transformaram-se em rituais de autoflagelação. Em sua insanidade, os sacerdotes mordiam os braços e cortavam-se com as facas de dois gumes que carregava consigo e também com lanças. Conforme o sangue se derramava, o frenesi alcançou seu ponto mais alto quando, um após o outro, os profetas começaram a “profetizar”, grunhindo e gemendo, explodindo em gritos extáticos, em auto-acusações, ou em conversas com Baal, ou ainda em sentenças e frases totalmente desconexas e ininteligíveis.
(c) Depois desse tempo de “silêncio de Baal”, chegou a hora do nosso Deus intervir.
1Reis 18.30 NAA
Então Elias disse a todo o povo: — Aproximem-se de mim. E todo o povo se aproximou dele. Elias restaurou o altar do Senhor, que estava em ruínas.
Dicionário Bíblico Lexham Elias e os profetas de Baal

À noite, Elias reconstruiu o altar em ruínas a Yahweh, simbolizando a rededicação de Israel a Yahweh (Roberts, “God, Prophet, and King”, 637). Elias cavou uma vala ao redor do altar e derramou 12 jarros de água sobre o sacrifício, a lenha e o altar, enchendo a vala. Finalmente, ele invocou o Senhor, que imediatamente lhe respondeu com fogo que consumiu não só o sacrifício, mas também a água, a lenha e até as pedras do altar (1Rs 18:38). Ao ver o fogo, as pessoas prostraram-se com o rosto no chão e confessaram: “O SENHOR- ele é Deus! O SENHOR- ele é Deus!” (1Rs 18:39, NIV). Por ordem de Elias, o povo massacrou todos os profetas de Baal no Ribeiro de Quisom.

(d) Tudo aqui atende ao propósito de Deus ser glorificado, respondendo a uma oração do homem de Deus.
"Alguém já disse que, aqui no Carmelo, Elias fez um apelo triplo ao povo. Primeiro, ele apelou à consciência deles, quando perguntou e depois os exortou: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o” (1Rs 18.21). Segundo, ele apelou à razão deles, quando propôs que se devia fazer aquele teste entre os profetas de Baal e ele, que “o deus que responder por fogo esse é que é Deus” (1Rs 18.24). E agora, quando “restaurou o altar do Senhor”, ele apelou ao coração deles. Dessa maneira, Elias" (from "A Vida do Profeta Elias" by A. W. Pink
"A principal ideia da oração de Elias era que Deus pudesse vindicar a si mesmo naquele dia, que ele tornasse conhecido o seu grande poder, que ele fizesse voltar a si o coração do povo. É somente quando conseguimos ter em vista a glória de Deus e a defendemos mais do que aos nossos interesses pessoais, que alcançamos o lugar onde ele não nos negará. É lamentável que estejamos tão ansiosos a respeito do sucesso de nosso trabalho, a prosperidade de nossa igreja ou denominação, que perdemos de vista a questão infinitamente mais maravilhosa da vindicação e honra do nosso Senhor. Não é de admirar que à nossa" (from "A Vida do Profeta Elias" by A. W. Pink
(e) O resultado não poderia ser outro, se não a proclamação: “O Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!”.
"Se o motivo por trás da nossa oração procede apenas de nós mesmos, podemos ter certeza de que a resposta nos será negada. Somente quando, de fato, pedirmos aquilo que vai promover a glória de Deus, é que pedimos de forma correta. “E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1Jo 5.14); e nós pedimos “segundo a sua vontade” quando pedimos aquilo que trará honra e louvor ao doador. Lamentavelmente," (from "A Vida do Profeta Elias" by A. W. Pink
3. Outras aplicações:
(a) Em nossa história de vida, Deus está nos preparando para momentos de decisão. E isso implicar em “tomar partido”, “escolher um lado”, “fazer a coisa certa”.
Êxodo 3.15–16 NAA
Deus disse ainda mais a Moisés: — Assim você dirá aos filhos de Israel: “O Senhor, o Deus dos seus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vocês. Este é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração.” — Vá, reúna os anciãos de Israel e diga-lhes: “O Senhor, o Deus dos seus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me apareceu, dizendo: ‘Em verdade eu os tenho visitado e visto o que tem sido feito com vocês no Egito.
2Coríntios 6.16 (NAA)
16Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivo, como ele próprio disse: “Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”
"A igreja atual tem um vasto maquinário, suas atividades são excelentes e sua prosperidade material é incomparável. O nome da religião é amplamente difundido e bem conhecido. Muito dinheiro entra no tesouro do Senhor e é pago. Mas aqui está a pergunta: A santidade acompanha tudo isso? Nossos pregadores são realmente pessoas santas? Ou, voltando um pouco mais, eles estão com fome e sede de justiça, desejando o leite sincero da Palavra para que possam crescer por meio dela? Os membros das igrejas estão realmente procurando ser homens e mulheres santos? É claro que pessoas inteligentes são muito necessárias no púlpito, mas antes disso, o mais importante é que precisamos que pessoas santas se apresentem diante de homens e mulheres moribundos e proclamem a salvação de Deus a eles." (from "Os Fundamentos da Oração: Como o Cristão Dever Orar?" by Edward M. Bounds
(b) Deus quer ser clamado por sua igreja hoje, com intensidade de fé e ardente desejo de que a Palavra de Deus seja exaltada.
1Reis 18.36–37 NAA
Quando chegou a hora do sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou do altar e disse: — Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, que hoje se fique sabendo que tu és Deus em Israel, e que eu sou o teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas. Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, Senhor, és Deus e que fizeste o coração deles voltar para ti.
Ronaldo Lidório:
Precisamos guardar e proclamar a nossa fé, ao mesmo tempo. Esses dois movimentos jamais podem ser dissociados. Se a igreja proclama a sua fé, mas não a guarda, ela se torna um mero grupo religioso, não uma comunidade redimida pelo sangue do Cordeiro Jesus. Perde a sua essência! E se a igreja guarda a sua fé, mas não a proclama, ela se torna infrutífera e inútil. Sal que não salga e luz que não brilha. Perde a sua missão! Assim, é importante lembrar que um dos efeitos mais alarmantes quando não proclamamos e não guardamos a nossa fé, simultaneamente, é a perda da capacidade de transmitir os valores de Cristo à nova geração, incluindo os nossos próprios filhos.
Ilustr.:
Mateus 27.46–50 NAA
Por volta de três horas da tarde, Jesus clamou em alta voz, dizendo: — Eli, Eli, lemá sabactani? — Isso quer dizer: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Alguns dos que estavam ali, ouvindo isto, diziam: — Ele chama por Elias. E, logo, um deles correu a buscar uma esponja e, tendo-a embebido em vinagre e colocado na ponta de um caniço, deu-lhe de beber. Os outros, porém, diziam: — Espere! Vejamos se Elias vem salvá-lo. E Jesus, clamando outra vez em alta voz, entregou o espírito.
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