Minha acusação contra você
Livro de Oseias • Sermon • Submitted • Presented
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Oseias 4.1-3
Oseias 4.1-3
Introdução:
John Mackay faz o seguinte comentário sobre a situação de Israel aqui no texto: “Quando a nação é destituída de padrões morais baseados na lei moral de Deus, ela não tem mais um conjunto de normas para orientar a sua conduta e por isso entra num mundo de confusão ética e desintegração social”.
Irmãos quando Deus é esquecido, não podemos esperar que boas coisas sejam lembradas nem mesmo praticadas. Ele é a base essencial para a civilização se manter de pé. Porém, Israel, que deveria ser a nação a tomar à frente por essa ideia, vivia uma vida que não exalava a presença de Deus. Eles até tinham riquezas, poderiam ter recuperado algumas porções da terra, mas faltava algo. O povo tinha esquecido de uma coisa bem importante, e que é uma das características de Deus, na vida deles:
1 - Há ausência do que é bom
1. Logo no início do verso há uma mudança perceptível no modo de falar, o que já é uma característica de Oseias. Isso aponta para o começo de um novo ciclo, ou seja, a mensagem do capítulo três se findou.
2. O texto volta, uma outra vez, a falar do tempo presente do profeta, tempo do reinado de Jeroboão II.
3. Esse tempo tinha prosperidade material, mas, igualmente, degradação espiritual, o que o texto deixará bem claro.
4. A palavra ouvi será utilizada outra vez no capítulo 5, e se assemelha bastante a esse início.
5. Temos uma nova mensagem, e, agora, com certa variação, temos uma mensagem de acusação contra o povo. Nela temos...
1.1 Uma chamada de atenção
1. Deus direciona aos filhos de Israel o comando de ouvi.
2. Logo, a vida do profeta sai um pouco de cena, mas ainda serve como nossa base comparativa de como o povo de portava para com Deus.
3. Os filhos de Israel são os destinatárias da mensagem e, nela...
1.2 Deus tem uma acusação contra o povo da terra
1. O verso prossegue com o “porque” indicando a causa da atenção que os israelitas devem ter.
2. “O Senhor tem uma contenda” ele os chama para ouvir às acusações de seus pecados.
3. Isso se assemelha a cena de Deus se colocando como um juiz, e deseja entrar num juízo contra Israel. A palavra contenda que aparece no verso 1 deixa essa indicação.
4. Apesar de habitantes da terra aparentar uma descrição mais global, é necessário ligá-la ao início do verso e fechamos a quem se destina mensagem.
5. O povo de Israel, como aparece no título da nossa tradução: Estava corrompido!
6. O profeta ao longo do texto parte de uma descrição geral, versos 1-3, para uma exploração mais específica das classes sociais e religiosas do povo.
7. Nesses versos, de forma comum, havia pecado dentro do povo, e a acusação de Deus parte de três coisas, primeira:
1.2.1 Não há verdade nela
1. Isso implica que o povo não era fiel de nenhum modo.
2. A infidelidade para com Deus era demonstrada de diversas formas, e nem mesmo era possível confiar nas pessoas daquele ambiente.
3. É como o ditado que diz: Cobra comendo cobra, uma pessoa ruim fazendo maldade para outra pior e vice-versa.
4. Imagina o terror que é viver numa sociedade assim? Se quando a violência aumenta um pouco, temos bastante receio, imagina num local que não dá para confiar em ninguém, e qualquer momento uma maldade podia ser praticada?
5. Além da ausência de verdade, também:
1.2.2 Não há amor
1. Outra coisa que estava ausente, colaborando com a ideia anterior, é o amor.
2. Esse amor está ligado ao modo como Deus nos ama, ou seja, amor leal, misericordioso.
3. Mas, como o povo não se importava com Deus, a ausência de amor trouxe a degradação aos demais relacionamentos.
4. Quando Deus não é temido, a misericórdia some, e não há amor entre as pessoas.
5. E completando o caos da nação, também:
1.2.3 Não há conhecimento de Deus
1. Como Gômer que não reconhecia quem era o seu marido, Israel não reconhecia a bondade de Deus.
2. Faltava um contato pessoal com o Senhor, faltava compromisso sério.
3. Mas, não havia qualquer profundida na relação entre o povo e o Senhor, eles viviam buscando outros deuses, e se tornavam ainda mais perversos e cegos para verdade.
4. Como um texto mais adiante diz, eles estavam sendo destruídos porque não tinham conhecimento de Deus.
5. É uma quebra da aliança, e uma porta para a destruição.
6. Mas isso era o que faltava no povo, e o que era preenchido no lugar? Vemos que no lugar do que é bom...
2 - Prevalecia o que é mau
1. O verso 2 basicamente descreve o comportamento do povo, eles fugiam de forma considerável ao que foi proposto por Deus no monte Sinai.
2. A expressão “O que só prevalece” destaca muito bem o aumento da maldade.
3. Se Deus for o alvo da vida do povo, o povo buscaria viver na mesma santidade que ele é.
4.Mas, quando os interesses pessoais tomam o lugar, e a idolatria usurpa a adoração ao Senhor, não podemos esperar algo bom disso. E, assim:
2.1 Havia várias quebras dos mandamentos
1. O ato do povo de se distanciar de Deus, os afastou também de uma base regular de bondade, e os aproximou bastante da maldade que era característica dos povos ao redor.
2. A aliança de Deus servia como um modo da sociedade israelita não entrar em colapso, haver mútua proteção nas classes sociais, e mantendo-as em pé, em harmonia e prosperando na boa terra.
3. Mas, o povo estava quebrando a aliança, não foi um ato isolado, mas um avanço perverso, como o verso destaca, e duas coisas podem ser percebidas:
2.1.1 Não havia temor nas palavras
1. “É perjurar” isso se refere ao ato de jurar sobre algo, mas, nesse caso, com conotações malignas.
2. Ainda que seja possível lançar palavras duras sobre alguém, o povo que estava totalmente afastado de Deus, ao tomar o seu nome para invocar maldição sobre o outro, fazia em vão, e atraiam ira sobre si, pois estavam quebrando o terceiro mandamento. (Ex 20.7)
3. Uma pessoa nessas condições, ainda que pense estar sendo piedosa, na verdade está acumulando ainda mais juízo sobre si.
4. Pois ao falar o nome de alguém que não honra, na verdade está marchando-o, e não sendo fiel.
5. E sabemos bem como é isso, já viu alguém totalmente errado falando sobre Deus? É podre, e dá até ânsia em quem conhece a vida dele. Pois Deus está em suas palavras, não em seu comportamento.
6. Não adianta invocar o nome de Deus sobre uma causa, se sua vida está nas mesmas condições que o povo de Israel, isso só piora seu estado.
7. Também, mentiam ou dar falso testemunho, e quebravam o nono mandamento.
8. O falso testemunho ainda que seja tolerado em nossos dias, nunca foi e nem será por Deus, ele pedirá contas de quem faz isso.
9. Nós, como crentes, devemos prezar pela verdade, e não dar informações falsas para prejudicar alguém, que é exatamente o que o povo estava fazendo. Mas a situação ainda se intensifica:
2.1.2 Não havia temor com a vida do próximo
1. A mesma maldade aplicada às palavras, era também reproduzida em ações contra o próximo.
2. Eles matavam quebrando o sexto, adulteravam e quebrando o sétimo e furtavam quebrando o oitavo mandamento.
3. Logo, uma pessoa viva corria um grande risco em Israel, a qualquer momento alguém poderia ferir sua vida ou dignidade, até mata-lo.
4. Imagine esse quadro, os ricos que deveriam ajudar seus irmãos, na verdade, traziam ainda mais prejuízo, e os pobres não tinham temor de ir às vias de fato para conseguir algo.
5. As condições sociais estabelecidas por Jeroboão não anulavam a maldade na terra.
6. Tanto que o restante do verso 2 esclarece isso.
7. “Há arrombamentos” descreve a violência que se alastrava na terra, pessoas não apenas batiam nas outras e deixavam em sofrimento, o passo era pior, “homicídios sobre homicídios”.
8. A NVI traduz de forma interessante essa parte: “E o derramamento de sangue é constante”.
9. Não faltava violência na terra. Apenas uma morte não era o bastante, tantos e tantos tiveram suas vidas ceifadas nessas condições.
10. Isso nos lembra algo?
11. Lembra bastante a violência que marca nossa geração, e como o ato de tirar uma vida não é temido, pessoas não se importavam em matar alguém, nem mesmo a consciência ficava pesada por isso.
12. Não havia justa causa para suas ações, era a maldade pela maldade apenas. Onde há falta de temor a Deus, não podemos esperar outra coisa que não seja o caos, e a desvalorização da vida.
13. Tantos morrem e não há lamento, parece que é só mais um número, nem importa!
14. O que sobra nas demais áreas? Qual a consequência dessa atitude dos homens?
3 - A consequência é tragédia
1. “Por isso” dá ideia de resultado, como se aguardasse uma colheita, o povo passou um tempo considerável plantando o desastre sobre sua vida.
2. E não poderiam esperar outra coisa, e os primeiros frutos já começaram a surgir.
3.1 A terra fica seca
1. A expressão “terra está de luto” indica que a seca de amor, causava seca na terra.
2. Se os povos antes de Israel profanaram a terra e foram expulsos, Israel estava alcançando a mesma condição.
3. O povo da aliança que deveria ser distinguir das demais nações, na verdade estava se equiparando a eles, sendo os próximos a receber o juízo de Deus.
4. Todo o desastre natural que se seguiria, não seria um acaso, mas o próprio Deus seria o responsável. Com isso:
3.1.1 Os moradores sofrem consequências
1. Se a terra fica seca, isso não seria nada bom para o povo, mas já que plantaram destruição, colheriam o caos.
2. O povo sentiria os efeitos de viver afastado de Deus, pois a terra não daria o necessário para a subsistência deles, e, consequentemente:
3.1.2 Toda a natureza padece pela corrupção
1. Perceba que campo, céu e mar são citados aqui. Isso resume o restante da natureza.
2. Como no Éden a natureza sentiu os efeitos do pecado, até o cativeiro, ela também sentiria o peso do juízo do Senhor.
3. Tudo seria afetado pela ausência da chuva, como bem sabemos, nenhum animal ou planta sairia ileso da maldição a seguir. E, como a vida humana não era valorizada, os bichos, plantas tinham um valor ainda menor.
4. Nós, como imagem e semelhança de Deus, deveríamos ter agido como corregente dele na criação, mas falhamos e levamos toda a criação ao mesmo precipício.
5. Logo, se o pecado persistir, não adianta esperar outra consequência que não seja ainda mais problemas sobre o restante do que Deus criou.
6. A acusação que Deus tinha contra o povo de Israel era: De que eram os culpados pela tragédia ao seu redor.
7. Mas, e quanto a você? Será que há algo que Deus quer chamar sua atenção?
8.E se, esse for o caso, persistir nas mesmas atitudes é apenas colocar para debaixo do tapete todo a sujeira já acumulada.
9. Não adianta persistir, mas é hora de se arrepender e retornar para o caminho que agrada a Deus.
9. Jesus como o novo Adão teve sucesso, e nós, nele, temos a esperança de ver a restauração de todas as coisas.
10. Não há outro caminho, apenas unidos ao Senhor temos alegria em meio ao desastre que a humanidade trilha.
11. E nós, como ele, devemos viver a vida que agrada ao Pai.
12. A nossa culpa já foi paga, já fomos resgatados em Nosso Senhor.
13. A corrupção que ainda resta em nossa vida já aguarda o seu fim, que as falhas de Israel fiquem como ensinamento para nós.
Aplicação: Deixando algumas aplicações irmãos, temos o seguinte:
1. O conhecimento que temos de Deus é visto na minha fidelidade com ele, se não há, o que resta é só ilusão.
2. O valor da vida das pessoas é preciosa, por isso, não podemos reduzi-los a nada ou mesmo procurar maltratar alguém seja com difamação ou agressão física.
3. Não devemos permitir que a cobiça tenha espaço, pois, ela é uma porta para o pecado e a desgraça.
4. Por último, o restante da criação não deve ser visto com escárnio, devo preservar e cuidar, não a maltratar de modo algum. Ela é uma benção de Deus para nosso uso, não para maus tratos.
Conclusão: Israel falhou em reconhecer isso, e o erro tinha várias raízes, e uma delas, como veremos na próxima semana é de que os próprios líderes espirituais eram parte da culpa. A responsabilidade sobre a liderança é grande, não podemos ignorar a presença do pecado, e os líderes do povo agiram sem temor ao Senhor. Mas, Conforme a vontade de Deus, observaremos os erros deles.