A VIDA CENTRADA NO EVANGELHO

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TEXTO BASE

Romans 1:16 ARA
16 Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;

INTRODUÇÃO

O evangelho é o fundamento correto
Edificar a igreja local pode ser uma perspectiva desanimadora. Assim como o apóstolo Paulo, sempre queremos perguntar: “Quem… é suficiente para estas coisas?” (2Co 2.16). Então, onde começamos essa tarefa hercúlea? Há outro fundamento além do evangelho? “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo” (1Co 3.11). Mark Dever e Paul Alexander, Igreja Intencional
Compreensão errada do Evangelho
Suposição Incorreta: Presumir que as ovelhas compreendem o evangelho pode levar à presunção e falta de exame pessoal.
Essência do Ministério: Focado na salvação de si mesmo e dos ouvintes (1Tm 4.16).
Coração Humano: Desesperadamente corrupto (Jr 17.9).
Problemas nas Igrejas
Cristãos Nominais: Difusão do cristianismo nominal nas igrejas.
Entendimentos Errados: Abundância de compreensões equivocadas do evangelho, especialmente sobre sua relação com outras religiões e suas implicações para a vida diária.
O mundo plural que deturpa a mensagem verdadeira
Método de Conversão
Ganhando Pessoas: Importância de ganhar pessoas pelo evangelho e não por técnicas ou programas (2Co 4.5).
Perigo dos Artifícios Humanos: Converter pessoas usando artifícios pode afastá-las do verdadeiro evangelho (Rm 1.16; 1Co 2.1–5).
Clareza do Evangelho
Pureza do Rol de Membros: Esclarecimento do evangelho é crucial para garantir a conversão verdadeira dos membros da igreja.
Unidade na Igreja: Clareza no evangelho promove unidade e saúde espiritual na igreja, distinguindo-a do mundo
O que são exatamente estas boas-novas? Nesta serie de mensagens, queremos contar a verdade sobre a história; queremos tornar as notícias corretas. Qual é a mensagem que nós, crentes, temos para proclamar? Elas são “Tudo está bem comigo”? Ou: “Deus é amor”? Ou: “Jesus é meu amigo”? Ou: “Devo viver corretamente”? O que são as boas-novas de Jesus Cristo?

Martinho Lutero pregou seu último sermão no dia 15 de fevereiro de 1546 em Eisleben, sua cidade natal, na Alemanha. Lutero havia sido chamado de Wittenberg, onde era professor, para ir à sua cidade natal. Uma séria desavença havia crescido entre dois nobres, os moradores da cidade esperavam que, se Lutero fosse e mediasse o conflito, a paz voltaria a reinar na cidade. Lutero concordou em fazer a árdua viagem até Eisleben, onde pregou o sermão dois dias antes de sua morte. Nesse sermão, ele expressou preocupação a respeito do evangelho. Em ocasiões anteriores, ele já havia advertido que, todas as vezes que o evangelho é pregado de maneira acurada e apaixonadamente, ele trará conflito, e, sendo que as pessoas fogem de conflito, cada geração tenderá a diluir ou a esconder o evangelho, permitindo que ele seja eclipsado pelas trevas, como já havia acontecido durante séculos antes da Reforma. Por ocasião da morte de Lutero, tal eclipse já estava ocorrendo na Alemanha.

Lutero afirmava que, em tempos passados, as pessoas correriam até o fim do mundo se soubessem de um lugar onde poderiam ouvir Deus falar. Hoje, que ouvimos e lemos a Palavra de Deus todos os dias, isso não acontece. Ouvimos o evangelho no nosso lar, onde o pai, a mãe e os filhos cantam e conversam sobre ele. O pregador o proclama na igreja paroquial. Deveríamos erguer nossas mãos e nos regozijar porque temos tido a honra de ouvir Deus falando conosco por meio de sua Palavra. As pessoas dizem: “Temos pregação todos os dias, frequentemente muitas vezes ao dia, de modo que logo nos cansamos dela. Que benefício isso nos traz? Vou à igreja, mas sem grande proveito”. Os que nos ensinam a estabelecer igrejas, dizem que devemos ser sensíveis quanto ao que as pessoas desejam. Devemos dizer às pessoas o que elas desejam ouvir, ou então elas não voltarão. Dizem-nos que devemos estruturar nossos sermões e mensagens, não nos moldes daquilo que a Palavra de Deus declara, mas segundo os desejos imediatos das pessoas. Não é disso que as pessoas necessitam. A prioridade de Deus é que as pessoas compreendam seu caráter santo. Talvez as pessoas não sintam necessidade disso; no entanto, não há nada de que necessitem mais do que de ter a mente invadida pela compreensão de quem Deus é. Deus nos livre do ouvirmos o que é dito na avenida principal da cidade e também atender aos que nos dizem para nos tornarmos mascates, pois é exatamente sobre isso que Lutero está reclamando.

Lutero afirmou: “Se você não quer ouvir Deus falando a você todos os dias em sua casa e em sua igreja, então esteja atento. Procure algo diferente. Em Trier está o manto de nosso Senhor Deus; em Aachen estão as antigas calças de José e o manto de nossa Virgem Santíssima. Vá lá e esbanje seu dinheiro; compre indulgências e os trastes de segunda mão do papa”. Lutero dizia que o povo estava louco, cego e possuído pelo diabo:

Lá em Roma se senta aquele fantoche com sua cartola de truques, atraindo para si mesmo o mundo inteiro com seu dinheiro e seus bens; e, no entanto, qualquer pessoa pode participar do batismo, do sacramento e do púlpito. Mas as pessoas perguntam: “O quê? Batismo? Ceia do Senhor? Palavra de Deus? O que resolve mesmo são as velhas calças de José!

Em sua insensatez, as pessoas andavam por toda a Alemanha procurando pela mais nova coleção de relíquias: um fragmento da palha do berço de Jesus, leite do seio de Maria, sua mãe, ou um fio da barba de João Batista. Era isso o que a igreja estava vendendo. Por que as pessoas compravam? O que elas desejam hoje quando procuram alguém que promete cura e as matam no Espírito? Buscam poder. Desejam uma poderosa experiência cristã. Desejam poder para manipular seu ambiente, que é o grande objetivo da Nova Era.

Apenas um é onipotente, e este é o Senhor Deus, que tem poder de sobra. Ele não precisa das calças de José. Não tem necessidade nem mesmo do evangelho; entretanto, agradou ao Senhor Deus onipotente investir nele o seu poder. O poder não é encontrado nas calças de José, nem na capacidade de pregador de assassinar alguém no Espírito. O poder de Deus é investido no evangelho. Deus prometeu que sua palavra não voltaria para ele vazia (Is 55.11). A loucura da pregação é o método escolhido por Deus para salvar o mundo. Essa é a razão pela qual Paulo afirma que não se envergonha. Ele desejava pregar o evangelho porque é o poder de Deus para a salvação. Não é poder da eloquência do pregador, nem o poder de sua competência ou sabedoria; é o poder de Deus.

TENTATIVA DE MODERNIZAR JESUS

Aqui estão algumas das muitas tentativas da Igreja de apresentar um retrato contemporâneo de Cristo, algumas das quais têm sido mais bem-sucedidas do que outras quanto a permanecer fiel ao original.

Penso em primeiro lugar em Jesus, o asceta, que inspirou gerações de monges e eremitas. Ele era muito parecido com João Batista, pois também vestia roupas feitas de pelo de camelo, usava sandálias ou até andava descalço e comia gafanhotos com prazer evidente. Mas seria difícil conciliar este retrato com a crítica dos seus contemporâneos de que ele era um festeiro que vivia “comendo e bebendo”.

Também havia Jesus, o pálido galileu. O imperador apóstata Juliano tentou restabelecer os deuses pagãos de Roma depois que Constantino os substituiu pela adoração a Cristo, e relata-se que ele teria dito o seguinte em seu leito de morte, em 363 depois de Cristo: “Venceste, ó galileu”. Suas palavras foram popularizadas por um poeta do século 19, Swinburne:

Venceste, ó pálido galileu;

O mundo tornou-se cinzento do ar que respiras.

Esta imagem de Jesus foi perpetuada na arte medieval e vitrais, com um halo celeste e uma pele sem cor, olhos levantados para o céu e pés que não tocavam o chão.

Em contraste com as apresentações de Jesus como fraco, sofredor e derrotado, havia Jesus, o Cristo cósmico, muito amado pelos líderes da igreja bizantina. Eles o descreveram como o Rei dos reis e Senhor dos senhores, o Criador e governante do universo. No entanto, exaltado acima de todas as coisas, glorificado e reinando, ele parecia distante do mundo real e até mesmo da sua própria humanidade, como foi revelado na encarnação e na cruz.

No extremo oposto do espectro teológico, os deístas do Iluminismo dos séculos 17 e 18, à própria imagem deles, construíram Jesus, o mestre do senso comum, inteiramente humano e nada divino. O exemplo mais dramático é a obra de Thomas Jefferson, presidente dos Estados Unidos de 1801 a 1809. Rejeitando o sobrenatural como algo incompatível com a razão, ele produziu a sua própria edição dos Evangelhos, em que todos os milagres e mistérios foram sistematicamente eliminados. O que resta ali é um guia para um professor de moral meramente humana.

No século 20, fomos apresentados a uma ampla gama de opções. Duas das mais conhecidas devem sua popularidade a musicais. Há Jesus, o palhaço de Godspell, que passa o tempo cantando e dançando, e assim capta algo da alegria de Jesus, mas dificilmente leva a sério a sua missão. Um pouco semelhante é Jesus Cristo Superstar, a celebridade desiludida, que uma vez pensou que sabia quem era, mas no Getsêmani já não tinha tanta certeza.

O falecido presidente de Cuba Fidel Castro referiu-se frequentemente a Jesus como “um grande revolucionário”, e houve muitas tentativas de retratá-lo como Jesus, o lutador da liberdade, o guerrilheiro urbano, o Che Guevara do primeiro século, com barba negra e olhos brilhantes, cujo gesto mais característico foi derrubar as mesas dos cambistas e expulsá-los do templo com um chicote.

Esses diferentes retratos ilustram a tendência recorrente de atualizar Cristo de acordo com as modas atuais. Isso começou na era apostólica, com a necessidade de Paulo advertir sobre os falsos mestres que pregavam “um Jesus que não é aquele que [nós, os apóstolos] pregamos”. Cada geração que chega tende a ler para si as suas próprias ideias e esperanças, criando um Jesus à sua própria imagem.

A motivação deles até é certa (pintar um retrato contemporâneo de Jesus), mas o resultado é sempre distorcido (como o retrato não é autêntico). O desafio diante de nós é apresentar Jesus à nossa geração de maneiras ao mesmo tempo precisas e atraentes.

A principal razão de cada traição ao Jesus autêntico é que prestamos muita atenção às tendências contemporâneas e muito pouca atenção à Palavra de Deus. A sede de relevância torna-se tão exigente que sentimos a necessidade de ceder a ela, custe o que custar. Tornamo-nos escravos da última moda, preparados para sacrificar a verdade no altar da modernidade. A busca da relevância degenera para um desejo de popularidade. No extremo oposto da irrelevância está a acomodação, uma rendição covarde e sem princípios ao espírito do tempo.

O povo de Deus vive em um mundo que pode ser ativamente hostil. Estamos constantemente expostos à pressão para nos conformarmos a este mundo.

Graças a Deus, no entanto, que sempre houve aqueles que ficaram firmes, às vezes sozinhos, e se recusaram a ceder. Penso em Jeremias, no sexto século antes de Cristo, Paulo, em sua época (“todos… me abandonaram”), Atanásio, no século quarto, e Lutero, no século 16.

Em nossos dias, também precisamos decidir apresentar o evangelho bíblico de tal forma a lidar com os dilemas modernos, medos e frustrações, mas com a igual determinação de não comprometê-lo ao fazermos isso. Algumas pedras de tropeço são intrínsecas ao evangelho original e não podem ser eliminadas ou empurradas suavemente para torná-lo mais fácil de aceitar. O evangelho contém algumas características tão estranhas ao pensamento moderno que sempre poderá parecer tolo, por mais que nos esforcemos para mostrar que ele é “verdadeiro e de bom senso”. A cruz será sempre um ataque à autojustiça humana e um desafio à autoindulgência humana. O seu “escândalo” (pedra de tropeço) simplesmente não pode ser removido. A Igreja fala mais autenticamente não quando se torna indistinta do mundo ao nosso redor, mas justamente quando a sua luz distintiva brilha mais.

AFIRMAÇÃO TEOLÓGICA:

Precisamos CRESCER no Evangelho!

ARGUMENTAÇÃO

Romans 1:16–17 ARA
16 Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; 17 visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.
Romanos Versículos 16 a 17

Não me sinto envergonhado do evangelho [de Cristo]. O apóstolo aqui antecipa uma objeção, declarando de antemão que não se deixava intimidar pelos escárnios dos ímpios. Ao proceder assim, no entanto, ele aproveita a oportunidade para enaltecer os méritos do evangelho, a fim de que ele não viesse a ser desdenhado pelos romanos. Ao afirmar que não se sentia envergonhado em relação ao evangelho, ele insinua que o mesmo era de fato desprezível aos olhos do mundo. Dessa forma os prepara para suportarem os sofrimentos provenientes da cruz de Cristo, para que não viessem a subestimar o evangelho ao verem-no exposto à cólera e ao menosprezo dos ímpios. Contudo, em contrapartida o expõe aos cristãos como sendo ele de supremo valor. Se acima de tudo o poder de Deus tem de ser sublimemente considerado, então que se saiba que esse poder emana do evangelho. Se é indispensável que busquemos e amemos a benevolência [divina], então que se saiba que o evangelho é o instrumento dessa benevolência, e é indispensável que o mesmo seja honrado e valorizado, visto que se deve todo respeito ao poder de Deus, e que devemos amá-lo à medida que nossa salvação vai sendo assegurada.

O QUE NÃO É O EVANGELHO?

As Boas-Novas Não São apenas bons conselhos, mas uma boa notícia

As Boas-Novas Não São Apenas Que Tudo está bem Conosco

O evangelho não é sobre autoajuda ou aceitação de nossa condição imperfeita, mas sobre a necessidade de um novo nascimento e transformação, reconhecendo a seriedade do pecado e a necessidade de redenção através de Jesus Cristo.

As Boas-Novas Não São Apenas Que Deus é Amor

Argumento: Simplificar o evangelho apenas como "Deus é amor" é insuficiente e potencialmente enganoso. O amor de Deus envolve justiça, santidade e disciplina. Compreensão Teológica: Para entender o amor de Deus, é necessário considerar a santidade e a justiça divina. Citação de João Calvino: O verdadeiro conhecimento de si mesmo vem da contemplação do caráter de Deus.

As Boas-Novas Não São Apenas Que Jesus Quer Ser Nosso Amigo

Argumento: Reduzir o evangelho a um convite de amizade com Jesus ou apenas seguir Seu exemplo é insuficiente. O foco do ministério de Jesus foi Sua morte sacrificial na cruz. Significado da Crucificação: A morte de Cristo é central para lidar com o pecado e a justiça de Deus. Profecias e Realizações: Jesus combinou as profecias do Filho do Homem (Daniel 7) e o Servo Sofredor (Isaías 53).

As Boas-Novas Não São Que Devemos Viver Corretamente

Argumento: O evangelho não se resume a viver moralmente ou realizar boas obras. O evangelho exige arrependimento e fé em Cristo. Definição de Arrependimento e Fé: Arrependimento e fé são inseparáveis e refletem uma transformação radical. Relação com a Salvação: A verdadeira fé envolve confiar plenamente em Cristo para a salvação.

O QUE É O EVANGELHO?

O evangelho é PODER

1411 δυναμις dunamis

de 1410; TDNT - 2:284,186; n f

1) poder, força, habilidade

1a) poder inerente, poder que reside numa coisa pela virtude de sua natureza, ou que uma pessoa ou coisa mostra e desenvolve

1b) poder para realizar milagres

1c) poder moral e excelência de alma

1d) poder e influência própria dos ricos e afortunados

1e) poder e riquezas que crescem pelos números

1f) poder que consiste em ou basea-se em exércitos, forças, multidões

Carta aos Romanos - Comentário Expositivo do Novo Testamento Grant Osborne Paulo Apresenta o Tema da Sua Carta: Justiça de Deus (1.16–17)

O poder de Deus está por trás da proclamação do evangelho, por isso é sempre eficaz

Carta aos Romanos - Comentário Expositivo do Novo Testamento Grant Osborne Paulo Apresenta o Tema da Sua Carta: Justiça de Deus (1.16–17)

Nenhum ser humano pode evitar o poder convencedor do Espírito por trás do anúncio da salvação de Deus

1 Corinthians 1:18 ARA
18 Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.

O evangelho é CRISTO: Quem Ele é e o que Ele fez!

1 Corinthians 15:1–4 ARA
1 Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; 2 por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. 3 Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.
Romans 1:1–4 ARA
1 Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus, 2 o qual foi por Deus, outrora, prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras, 3 com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi 4 e foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos, a saber, Jesus Cristo, nosso Senhor,
Luke 2:10–11 ARA
10 O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: 11 é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
“O evangelho é Cristo ressurreto, o qual se entregou por nossos pecaods para nos libertar deste mundo perverso e nos regenerar para uma viva esperança, segundo a vontade de Deus, para o louvor de Sua glória” Ronaldo Lidório
CRIAÇÃO: O MUNDO PARA O QUAL FOMOS CRIADOS
A história começa não conosco, mas com Deus. Lá no fundo, temos uma sensação de que isso é verdade. Embora sintamos que somos importantes, que há algo de solene, majestoso e eterno a respeito da humanidade, também sabemos que não somos o máximo. Existe algo (ou Alguém) maior do que nós. A Bíblia conta que esse Alguém é o único Deus infinito, eterno e imutável, que criou todas as coisas a partir do nada (Gn 1.1-31). Esse Deus único existe em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo (Mt 28.19). Como Deus é trino e uno em seu ser, não foi motivado a criar o mundo porque precisasse de algo, seja relacionamento, adoração ou glória. Antes, ele o criou por causa do transbordar de sua perfeição: seu amor, sua bondade e sua glória. Deus criou os seres humanos à sua imagem (Gn 1.27), e isso é o que nos confere dignidade e valor. Ele também nos criou humanos, o que significa que somos seres criados, dependentes do nosso Criador. Fomos criados para nos alegrarmos nele, para adorar, amar e servir a ele, e não a nós mesmos. Na criação original de Deus, tudo era bom. O mundo existia em perfeita paz, estabilidade, harmonia e completude.
QUEDA: A CORRUPÇÃO DE TUDO
Deus nos criou para que nos alegrássemos nele, para que o adorássemos, amássemos e servíssemos. Contudo, em vez de viver sob a autoridade de Deus, a humanidade se voltou contra ele em rebelião pecaminosa (Gn 3.1-7; Is 53.6). Nosso erro lançou o mundo todo sob trevas e sob o caos do pecado. Embora vestígios do bem tenham permanecido, a completude e a harmonia da criação original de Deus foram destruídas. Por consequência, todos os seres humanos são pecadores por natureza e por escolha (Ef 2.1-3). É comum justificarmos nosso pecado dizendo que “não somos tão maus assim”, afinal de contas sempre podemos encontrar alguém pior do que nós! Mas essa evasiva apenas revela nossa visão rasa e superficial do pecado. O pecado não é, primeiramente, uma ação; é uma disposição. Trata-se da aversão de nossa alma para com Deus. Ele se manifesta em nosso orgulho, egoísmo, independência e falta de amor por Deus e pelas pessoas. Às vezes, o pecado é externo e bastante inegável; outras vezes, é interno e oculto. Mas “todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rm 3.23). O pecado traz duas consequências drásticas à nossa vida. Primeiro, ele nos escraviza (Rm 6.17,18). Quando nos voltamos contra Deus, voltamo-nos para outras coisas a fim de encontrar nossa vida, nossa identidade, nosso propósito e nossa felicidade. Essas coisas se tornam deuses substitutos — o que a Bíblia chama de ídolos — e logo nos escravizam, exigindo nosso tempo, nossa energia, nossa lealdade, nosso dinheiro; tudo o que somos e temos. Começam a governar nossa vida e nosso coração. Por isso, a Bíblia descreve o pecado como algo que tem “domínio” sobre nós (Rm 6.14). O pecado nos leva a servir “à criatura em lugar do Criador” (Rm 1.25). Segundo, o pecado leva à condenação. Não somos apenas escravizados pelo pecado; somos culpados por causa dele. Estamos condenados diante do Juiz do céu e da terra: “... o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). Estamos debaixo de uma sentença de morte por nossa imensa traição contra a santidade e a justiça de Deus. Sua ira justa contra o pecado repousa sobre nós (Na 1.2; Jo 3.36).
REDENÇÃO: JESUS VEM E NOS SALVA
Toda boa história tem um herói. E o herói da história do evangelho é Jesus. A humanidade precisa de um Salvador, um Redentor, um Libertador para livrá-la da escravidão e da condenação do pecado e para restaurar o mundo ao seu bem original. Esse Resgatador deve ser verdadeiramente humano para pagar a dívida que temos com Deus. Contudo, ele não pode ser meramente humano, porque deve subjugar o pecado. Precisamos de um Substituto, alguém que possa viver a vida de obediência que não conseguimos viver e possa ficar em nosso lugar para receber a punição que merecemos por nossa desobediência e pecado. Por essa razão, Deus enviou Jesus ao mundo para ser nosso substituto (1Jo 4.14). A Bíblia ensina que Jesus era plenamente Deus — a segunda pessoa da Trindade — e também plenamente humano. Ele nasceu de uma mãe humana, viveu e existiu de forma real, em carne e sangue, e morreu uma morte brutal em uma cruz romana fora de Jerusalém. Jesus viveu uma vida de obediência perfeita a Deus (Hb 4.15), fazendo dele a única pessoa na história que não mereceu julgamento. Mas, na cruz, tomou nosso lugar, morrendo por nosso pecado. Ele recebeu a condenação e a morte que merecemos, para que, quando depositarmos nossa confiança nele, possamos receber a bênção e a vida que ele merece (2Co 5.21). Jesus não apenas morreu em nosso lugar, ele ressuscitou da morte, demonstrando sua vitória sobre o pecado, sobre a morte e sobre o inferno. Sua ressurreição é um acontecimento decisivo na história; a Bíblia o chama de “primícias” — a evidência inicial — da renovação total que Deus está trazendo (1Co 15.20-28, NVI). Uma das maiores promessas na Bíblia está em Apocalipse 21.5: “Eu faço novas todas as coisas!”. Tudo o que foi perdido, destruído e corrompido na Queda será, por fim, endireitado. A redenção não significa apenas a salvação de almas individuais; significa a restauração de toda a criação de volta ao seu bem original.
UM NOVO POVO: A HISTÓRIA CONTINUA
Então, como nos tornamos parte da história? Como experimentamos a salvação de Deus pessoalmente e nos tornamos agentes de sua redenção no mundo? Pela fé ou confiança (Ef 2.8,9). O que isso significa? Confiamos em um motorista de táxi quando contamos com ele para chegar ao nosso destino. Confiamos em um médico quando concordamos com seu diagnóstico e nos entregamos aos seus cuidados. E confiamos em Jesus Cristo quando reconhecemos nosso pecado, recebemos seu gracioso perdão e descansamos totalmente nele para sermos aceitos diante de Deus. A fé é como entrar no táxi, é como estar sob o bisturi do cirurgião; é um compromisso de entrega tranquila e sincera do “eu” a Jesus (Sl 31.14,15). Isso é o que significa crer no evangelho. Quando confiamos em Jesus, somos libertos da condenação do pecado e de sua escravidão. Somos livres para dizer “não” para o pecado e “sim” para Deus. Somos livres para morrer para nós mesmos e viver para Cristo e seus propósitos. Somos livres para trabalhar pela justiça no mundo. Somos livres para deixar de viver para nossa própria glória e começar a viver para a glória de Deus (1Co 10.31). Somos livres para amar a Deus e às pessoas manifestando esse amor no modo em que vivemos, que é o principal foco deste estudo. Deus prometeu que Jesus voltará para finalmente julgar o pecado e fazer novas todas as coisas. Até lá, ele está juntando para si um povo “de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7.9). Como parte desse povo chamado e enviado, temos o privilégio de nos juntarmos a ele em sua missão (Mt 28.18-20), como indivíduos e como parte de sua família espiritual. Pela graça, podemos nos deleitar em Deus, viver a vida para sua glória, servir a humanidade e tornar seu evangelho conhecido a outros por meio de nossas palavras e atitudes. Essa é a boa-nova — a história verdadeira — do evangelho

O QUE O EVANGELHO FAZ EM NÓS?

Colossians 1:6 ARA
6 que chegou até vós; como também, em todo o mundo, está produzindo fruto e crescendo, tal acontece entre vós, desde o dia em que ouvistes e entendestes a graça de Deus na verdade;
"O evangelho" é uma expressão que a igreja usa muito sem entender plenamente seu significado. Falamos a linguagem do evangelho, mas raramente o aplicamos a todos os aspectos da vida. No entanto, é exatamente essa aplicação que Deus quer de nós. O evangelho é nada menos que "o poder de Deus" (Rm 1.16).
Romans 1:16 ARA
16 Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;
O apóstolo Paulo elogiou seus irmãos da igreja colossense porque o evangelho estava "frutificando e crescendo" entre eles desde o dia em que o ouviram e conheceram (C1 1.6).
Colossians 1:6 ARA
6 que chegou até vós; como também, em todo o mundo, está produzindo fruto e crescendo, tal acontece entre vós, desde o dia em que ouvistes e entendestes a graça de Deus na verdade;
O apóstolo Pedro ensina que, quando nossa transformação não se dá de maneira contínua, é porque nos esquecemos do que Deus fez por nós no evangelho (2Pe 1.3-9).
2 Peter 1:3 NTLH
3 O poder de Deus nos tem dado tudo o que precisamos para viver uma vida que agrada a ele, por meio do conhecimento que temos daquele que nos chamou para tomar parte na sua própria glória e bondade.
Se pretendemos amadurecer em Cristo, temos de aprofundar e ampliar nossa compreensão do evangelho como meio designado por Deus para a transformação pessoal e comunitária.
Muitos vivem com uma visão incompleta do evangelho. Ele é visto como "a porta", a entrada, o acesso ao reino de Deus. Mas o evangelho é muito mais que isso! Não é apenas a porta, mas é também o caminho no qual precisamos andar todos os dias da vida cristã. Não é apenas o meio para nossa salvação, mas também o meio para nossa transformação. Não é a libertação apenas da punição do pecado, mas também do poder do pecado. O evangelho é o que nos torna justos perante Deus (justificação) e é também o que nos liberta para termos prazer em Deus (santificação). O evangelho muda tudo!
A vida cristã se inicia (conversão) quando me torno consciente da distância entre a santidade de Deus e o meu pecado. Quando sou convertido, passo a confiar e esperar em Jesus, que fez o que eu jamais poderia fazer: ele desfez essa distância entre o meu pecado e a santidade de Deus; ele levou sobre si a ira santa de Deus para com o meu pecado. No entanto, no momento da conversão, minha visão da santidade de Deus e do meu pecado é muito limitada. Quanto mais eu cresço na vida cristã, mais cresço na percepção da santidade de Deus e da minha carnalidade e pecaminosidade. À medida que leio a Bíblia, sou convencido pelo Espírito Santo e vivo em comunhão com outras pessoas, a dimensão da grandeza de Deus e do meu pecado torna-se cada vez mais clara e evidente. Não é que Deus esteja se tornando mais santo ou que eu esteja cada vez mais pecaminoso, mas o que cresce é minha percepção dessas realidades. Enxergo cada vez mais Deus como ele realmente é (Is 55.8,9) e a mim como realmente sou (Jr 17.9,10). Enquanto minha compreensão do meu pecado e da santidade de Deus cresce, outras coisas também crescem: minha gratidão e meu amor por Jesus. Sua mediação, seu sacrifício, sua justiça e sua obra graciosa a meu favor se tornam cada vez mais doces e poderosos para mim. A cruz se torna maior e mais central na minha vida conforme eu me regozijo no Salvador que morreu na cruz.
João 16.8–11 “8 Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: 9 do pecado, porque não creem em mim; 10 da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; 11 do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado.”

Ora, o Espírito declara, por intermédio do evangelho, que este é o único caminho no qual somos considerados justos

Estudos Bíblicos Expositivos em Romanos A Passagem de Martinho Lutero

A passagem de Martinho Lutero

Precisamos do poder de Deus para a salvação, visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé (v. 17). No evangelho, a justiça de Deus é revelada de fé em fé. No prefácio, mencionei que esse foi o versículo usado pelo Espírito Santo para acordar Lutero, enquanto ele preparava suas aulas sobre o livro de Romanos. Ele folheou um manuscrito de Agostinho e achou o local onde Agostinho diz que justiça, nesse caso, não é a justiça de Deus, mas aquela que ele proporciona às pessoas que não têm nenhuma justiça. É justiça que ele torna disponível, por sua graça gratuita, a todos os que creem. Lutero a denominava “justiça alheia”. Essa justiça não é nossa, é justiça de Jesus.

Lutero buscou todos os meios de que tinha conhecimento, dentro dos limites do mosteiro, para satisfazer as exigências da lei de Deus, e mesmo assim não tinha paz. Lutero era especialista na lei de Deus, e todos os dias ficava aterrorizado quando olhava no espelho da lei e examinava sua vida em oposição à justiça de Deus. Nós não estamos aterrorizados porque bloqueamos a visão da justiça de Deus. Julgamo-nos numa curva, medindo-nos em relação aos outros. Nunca nos medimos de acordo com os padrões da perfeição de Deus. Se fizéssemos isso, ficaríamos tão atormentados quanto estava Lutero no mosteiro. Quando finalmente ele viu as portas do paraíso se abrirem completamente, ele as atravessou, e essa foi a razão por que ele enfrentou reis e autoridades da igreja. Ele se recusou a fazer concessões. Tendo experimentado o evangelho de Jesus Cristo e sendo libertado das dores e do tormento da lei, ninguém poderia tirar esse evangelho dele.

Compreendo o sentimento de libertação que Lutero experimentou ao ler essa passagem. É o versículo tema dessa epístola. Tudo o que vem depois é uma explanação a respeito desta frase: “visto que a justiça de Deus se revela…”. A palavra grega dikaiosyne é a palavra usada no Novo Testamento para “justificação”. Encontraremos muitas vezes essa palavra ao nos debruçarmos sobre essa carta aos Romanos.

DE MODO PRÁTICO
DIMINUIR A SANTIDADE DE DEUS E MINIMIZAR O MEU PECADO
Infelizmente, a santificação (crescimento em santidade) não funciona como gostaríamos. Por causa do pecado que ainda habita em mim, tenho uma tendência contínua de minimizar o evangelho ou de "encolher a cruz".
Isso acontece quando:
(a) minimizo a santidade perfeita de Deus, pensando a respeito dele como alguém inferior ao que a sua Palavra declara que ele é, ou
(b) elevo a minha própria justiça pensando a respeito de mim mesmo como alguém melhor do que realmente sou.
Assim, a cruz se torna menor e a importância de Cristo na minha vida é diminuída.
Crescer no evangelho significa enxergar mais da santidade de Deus e mais do meu pecado.
E por causa daquilo que Jesus fez por nós na cruz, não precisamos ter medo de ver Deus como ele realmente é ou de admitir quão falhos realmente somos. Nossa esperança não está na nossa própria excelência, nem na vã expectativa de que Deus vai abrir mão dos seus padrões e "baixar o nível". Pelo contrário, descansamos em Jesus como nosso perfeito Redentor, aquele que é nossa "justiça, santificação e redenção" (1Co 1.30).
SEIS MANEIRAS PELAS QUAIS EU MINIMIZO O PECADO
DEFENDER-ME: Acho difícil aceitar comentários sobre minhas fraquezas ou meus pecados. Quando sou confrontado, minha tendência é tentar arranjar desculpas, falar sobre o que de bom já fiz ou justificar minhas decisões. Em consequência, as pessoas têm dificuldade em se aproximar de mim e eu raramente converso sobre coisas problemáticas na minha vida.
FINGIR: Esforço-me para manter as aparências e uma imagem respeitável. Meu comportamento, em algum grau, é impulsionado por aquilo que penso que os outros pensam a meu respeito. Também não gosto de refletir sobre minha própria vida. Portanto, são poucas as pessoas que conhecem meu eu verdadeiro. (Pode ser que nem eu conheça quem realmente sou.)
ESCONDER-ME: Tendo a esconder o máximo possível sobre a minha vida, especialmente as "coisas ruins". Isso é diferente de fingir, pois o fingir está mais relacionado ao desejo de impressionar. Essa atitude de me esconder tem mais a ver com um sentimento de vergonha. Eu acho que as pessoas não vão me aceitar ou me amar do jeito que realmente sou.
EXAGERAR: Sou tendencioso a pensar (e falar) a meu respeito de uma forma mais elevada do que eu deveria. Também exagero as coisas (boas e ruins) de modo que pareçam maiores do que são (geralmente para chamar atenção). Consequentemente, muitas vezes as coisas ganham mais atenção do que merecem e acabam me deixando estressado ou ansioso.
CULPAR: Sou rápido para culpar os outros por algum pecado ou alguma circunstância. "Assumir" minha parte em um pecado ou conflito é uma luta muito grande para mim. Há um elemento de orgulho que me faz achar que não sou culpado e/ou um elemento de medo de sofrer rejeição quando a culpa é minha.
MINIMIZAR: Tenho inclinação para dar pouca importância ao pecado ou às circunstâncias na minha vida, como se fossem "normais" ou "não tão ruins assim". Portanto, muitas vezes não dou a devida atenção para certas coisas, as quais acabam se acumulando ao ponto de me esmagarem.

CONCLUSÃO

Para neutralizar essa tendência pecaminosa de encolher o evangelho, devemos constantemente:
Nutrir nossas mentes com a verdade bíblica.
Conhecer, enxergar e experimentar o caráter santo e justo de Deus.
Identificar, admitir e sentir a profundidade de nossa fraqueza e pecaminosidade.
Não precisamos fazer essas coisas porque "é o que um bom cristão deve fazer"; antes, elas se tornam nosso objetivo porque essa é a vida que Deus quer para nós: uma vida marcada por alegria, esperança e amor que transformam.
2 Peter 1:3 ARA
3 Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude,
Conhecer a Deus é conhecer o evangelho e conhecer o evangelho é experimentar de Cristo e isso nos faz crescer no evangelho. Crescer no evangelho nos viver uma vida que agrada a Deus.
Não podemos minimizar o pecado!
Bibliografia
O Evangelho - John Stott
O evangelho maltrapilho - Brennan Manning
O Evangelho e a Evangelização - Mark Dever
Igreja Centrada - Tim Keller
O Evangelho - Ray Ortlund
A Vida Centrada no Evangelho - Robert Thune e Will Walker
Romanos - João Calvino
Romanos - Willian Hendriksen
Romanos - Hernandes Dias Lopes
Romanos: Comentário Bíblico - John Murray
Carta aos Romanos - Adolf Pohl
Estudo Bíblicos Expositivos em Romanos - R. C. Sproul
Carta aos Romanos - Grant R. Osborne
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