02-A LIBERDADE EM CRISTO TRAZ CONSIGO RENÚNCIA 9.1-27

USANDO CORRETAMENTE A MINHA LIBERDADE EM CRISTO  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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A renúncia da nossa liberdade em Cristo é para o bem do evangelho.

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Propósito: Levar os irmãos a entenderem o porque devemos renunciar a nossa liberdade em Cristo. E também encorajá-los a fazer isso pelo bem do evangelho.
Tema geral: USANDO CORRETAMENTE MINHA LIBERDADE EM CRISTO.
Subtema: A LIBERDADE EM CRISTO TRAZ CONSIGO RENÚNCIA.
Introdução: Certo homem, perdido numa região desértica, prestes a morrer de sede, encontra uma cabana desabitada.
No quintal, uma bomba d’água, velha e enferrujada. Imediatamente ele começou a bombeá-la, mas a água não jorrou. Desapontado, sentou-se. Só então viu ao lado da bomba uma garrafa d’água, com um bilhete colado sobre rótulo: “Você precisa primeiro preparar a bomba com TODA a água desta garrafa, meu amigo. PS.: Faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir.”
A garrafa estava quase cheia e ele, de repente, se viu num dilema: Se bebesse a água “velha” e quente da garrafa talvez sobrevivesse, mas se a colocasse naquela bomba enferrujada, talvez obtivesse água fresca, mas, talvez não.
Com relutância, despejou a água na bomba. Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear, e a bomba começou a chiar, e nada aconteceu! E a bomba foi rangendo e chiando. Então surgiu um fiozinho de água; depois um pequeno fluxo, e finalmente a água jorrou com abundância!
Bebeu até se fartar. Encheu a garrafa novamente e acrescentou uma pequena nota ao bilhete: “Creia-me, funciona! Você precisa dar TODA a água antes de poder obtê-la de volta!”
Na vida renunciamos a muita coisa visando o bem de algo ou alguém. E na vida cristão não é diferente.
Lição: A Renúncia Da Nossa Liberdade Em Cristo É Visando O Bem Do Evangelho.
Texto: 1 Coríntios 9.1-27.
O capítulo 9 não está separado dos capítulos 8 e 10, como alguns pensam, ao contrário, ele está tão ligado a eles tanto quanto nossa cabeça está ligada ao nosso corpo. No início do capítulo 8, Paulo passou a tratar sobre “às coisas sacrificadas a ídolos” (v. 1), e neste capítulo, ele apontou o erro deles com respeito aos irmãos fracos, pois o conhecimento deles estava levando-os ao orgulho, e com isso à desgraça espiritual dos irmãos fracos (v. 9-12).
Paulo apontou para aqueles irmãos o caminho para a edificação, e não destruição, o amor (v. 1-3). Se o amor reinasse na vida deles, eles renunciariam os seus direitos e interesses em favor dos irmãos.
Paulo encerrou o capítulo 8 dizendo: “E, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo.” (v. 13). Através dessas palavras, Paulo expressou o seu amor pelos irmãos, ao estar dispostos a se abster de comer carne em favor de um irmão. Paulo está ensinando a eles a renúncia em prol de um membro do corpo de Cristo.
Os coríntios podem ter perguntado: “Será que Paulo tem realmente disposição para renunciar completamente o direito de comer carne?” (?).
O capítulo 9 nos dá a resposta dessa pergunta, e a resposta é sim, se fosse necessário, Paulo abriria mão de comer carne em benefício de um irmão, pois, como ele mostra neste capítulo, ele abriu mão de muita coisa em favor do evangelho, que consequentemente acaba sendo em favor dos irmãos.
Neste capítulo, o argumento de Paulo gira entorno de quem ele é (apóstolo de Cristo) (1-2), o seu direito como apóstolo (3-12a) e o seu exemplo de renúncia (12b-27).
É importante também falar que na igreja de Corinto havia alguns falsos apóstolos (forasteiros) que questionavam o apostolado de Paulo e, provavelmente, não falava bem dele. E é por isso que Paulo aqui defende seu apostolado e mostra a diferença dele para esses tais apóstolos.
Paulo renunciou a sua liberdade em Cristo visando o bem do evangelho e assim ele nos ensina a também renunciar a nossa liberdade em Cristo é visando o bem do evangelho.
A nossa renúncia deve ser visando a expansão do evangelho (1-14).
O direito de Paulo de ser sustentado pela igreja.
Paulo começa apresentando o seu direito como apóstolo (1-14), nos versos 1 e 2 ele afirma o seu apostolado e do 3 ao 14 argumenta em favor do seu direito de ser sustentado pela igreja. Paulo, então, defende o seu direito usando vários argumentos.
O argumento baseado no ser (v. 1-2).
1 Não sou eu, porventura, livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor? Acaso, não sois fruto do meu trabalho no Senhor? 2 Se não sou apóstolo para outrem, certamente, o sou para vós outros; porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor. 
Paulo afirma o seu apostolado fazendo algumas perguntas as quais as respostas são sim. Ou seja, sim, Paulo é livre (cf. 19; Gl 5.1); sim, Paulo é apóstolo (cf. 1.1); sim, Paulo viu Jesus (cf. At 9.3-5); sim, eles (a igreja de Corinto) são fruto do trabalho de Paulo (cf. At 18.1-11), pois o próprio Paulo responde a última pergunta no verso 2.
O argumento de Paulo é: Eu sou apóstolo de Cristo, e vocês sabem disto, e como apóstolo eu tenho direitos como qualquer outro apóstolo.
O argumento baseado na lógica (v. 3-7).
3 A minha defesa perante os que me interpelam é esta: 4 não temos nós o direito de comer e beber? 5 E também o de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã, como fazem os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? 6 Ou somente eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? 7 Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho? 
Paulo usa este momento para defender seu apostolado e seu direito de ser sustentado pela igreja. A partir do verso 3 ele passa então a expor sua defesa contra os que estão lhe criticando. Paulo faz duas perguntas as quais as prepostas são sim (v. 4-5), em seguida, faz uma pergunta a qual a resposta é não (v. 6), e depois, faz mais três perguntas as quais as respostas são ninguém (v. 7).
Paulo os leva a pensar e ver que é uma questão de lógica.
O argumento baseado na lei (v. 8-10).
8 Porventura, falo isto como homem ou não o diz também a lei? 9 Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi, quando pisa o trigo. Acaso, é com bois que Deus se preocupa? 10 Ou é, seguramente, por nós que ele o diz? Certo que é por nós que está escrito; pois o que lavra cumpre fazê-lo com esperança; o que pisa o trigo faça-o na esperança de receber a parte que lhe é devida. 
O que Paulo quer dizer no verso 8 é que isso não coisa só da sua cabeça, mas também a lei fala isso. No verso 9, Paulo cita Deuteronômio 25.4. Com essa citação, Paulo quer fortalecer a ideia de que o trabalhador é digno do seu salário.
No final do verso 9, Paulo faz uma pergunta a qual já dá a resposta no verso 10. Assim, Paulo deixa claro que a própria lei ensina que o trabalhador trabalha na esperança de participar do seu trabalho.
O argumento baseado na diferença (v. 11).
11 Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais?
Temos dois elementos aqui: espiritual e material. Qual é o mais importante dos dois? Espiritual! Então, o argumento de Paulo é: Se eu vos semeei coisas espirituais, será surpreendente recolher de vós coisas materiais? É como se disse: Eu vos dei a salvação (espiritual), será muito receber o sustento (material)?
Com isso, Paulo afirma o seu direito baseado no argumento da diferença entre o espiritual e o material.
O argumento baseado nos outros (v. 12a).
12 Se outros participam desse direito sobre vós, não o temos nós em maior medida?
Esses outros, que estão participando do “direito” de ser sustentado, pode ser os falsos apóstolos que Paulo fala em 2Co 11.20Tolerais quem vos escravize, quem vos devore, quem vos detenha, quem se exalte, quem vos esbofeteie no rosto.” Ou pode ser alguns servos que estavam sendo sustentados por eles (cf. v. 5).
Dessa forma, Paulo argumenta que se outros recebiam sustendo em muito maior medida devia receber ele, pois fundou a igreja de Corinto.
O argumento baseado nos servidores do templo (v. 13).
13 Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento? 
Paulo começa “Não sabeis vós”, ou seja, isso era do conhecimento deles, pois, com toda certeza, conheciam tanto o AT como os templos pagãos. Na sua analogia, Paulo usa dois exemplos bem conhecidos pelos judeus como pelos pagãos, os servidores do templo.
Paulo fala algo que tanto era conhecido deles pelo AT (cf. Lv 6.16-18,26; 7.6-8; Nm 5.9-10; 18.8-20; Dt 18.1-5; 1Sm 2.28) como também eles viam isso nos templos pagãos.
O argumento baseado na ordem de Cristo (v. 14).
14 Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho;
O último argumento de Paulo é o mais pesado, ele evocou as palavras do Senhor Jesus. Ou seja, é próprio Senhor Jesus que está afirmando o direito do obreiro, que se dedica em tempo integral a obra, de ser sustentado.
Paulo cita Mateus 10.10nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de sandálias, nem de bordão; porque digno é o trabalhador do seu alimento. E Lucas 10.7 Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem; porque digno é o trabalhador do seu salário. Não andeis a mudar de casa em casa.
Com esse último argumento, Paulo pode ter calado seus críticos, pois ficou claro que os ministros merecem ser sustentados.
Paulo, entretanto, renunciou ao seu direito para não criar um obstáculo ao evangelho (v. 12b).
Entretanto, não usamos desse direito; antes, suportamos tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo.
Provavelmente, alguns ali se escandalizavam por causa do dinheiro. (Pode ser que tivessem o mesmo pensamento que se tem hoje – “O pastor tem que trabalhar para se sustentar.”). Estes podem ter dito que Paulo era um interesseiro. Mas o real motivo se encontra em 2Co 11.7-13:
7 Cometi eu, porventura, algum pecado pelo fato de viver humildemente, para que fôsseis vós exaltados, visto que gratuitamente vos anunciei o evangelho de Deus? 8 Despojei outras igrejas, recebendo salário, para vos poder servir, 9 e, estando entre vós, ao passar privações, não me fiz pesado a ninguém; pois os irmãos, quando vieram da Macedônia, supriram o que me faltava; e, em tudo, me guardei e me guardarei de vos ser pesado. 10 A verdade de Cristo está em mim; por isso, não me será tirada esta glória nas regiões da Acaia. 11 Por que razão? É porque não vos amo? Deus o sabe. 12 Mas o que faço e farei é para cortar ocasião àqueles que a buscam com o intuito de serem considerados iguais a nós, naquilo em que se gloriam. 13 Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo.
Por causa disso, Paulo não quis receber sustento daquela igreja.
Ele, e seus companheiros que fundaram aquela igreja, “suportaram tudo” para não pôr qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo.
Estamos dispostos a suportar pelo evangelho de Cristo? No caso de Paulo, veja o que ele suportou em 1Co 4.11-12 (cf. 2Co 11.9estando entre vós, ao passar privações”).
Paulo renunciou ao seu direito, suportando tudo, para que o evangelho de Cristo se expandisse.
Irmãos, a renúncia do nosso direito deve ser visando a expansão do evangelho de Cristo.
A nossa renúncia deve ser visando o estabelecimento do evangelho (15-18).
Paulo tinha o direito de ser sustentado, mas renunciou a esse direito, e não irá abrir mão de jeito nenhum disso (v. 15).
15 eu, porém, não me tenho servido de nenhuma destas coisas e não escrevo isto para que assim se faça comigo; porque melhor me fora morrer, antes que alguém me anule esta glória.
Paulo reafirma o que disse no verso 12, porém, agora, ele explica que não está escrevendo visando receber esse direito deles (v. 15a). Paulo enfatiza isso, no restante do verso 12, usando um exagero. É como se Paulo disse: “porque para mim é melhor morrer do que... Ninguém tornará em nada o meu direito de ficar orgulhoso.
Paulo mostra que a pregação em si é uma obrigação (v. 16).
16 Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho! 
Quem prega o evangelho, Paulo diz: “Não faz mais do que a sua obrigação.” Não tem do que se orgulhar, porque é uma obrigação de todo crente. Então, aqueles falsos apóstolos que se tinham orgulho de estarem pregando evangelho, Paulo mostra que não fazem mais do que sua obrigação.
Uma obrigação que Paulo vê como terrível se ele não cumprir. Não só para Paulo, mas quão terrível é para nós se não pregarmos o evangelho. Será que entendemos realmente o quanto isso é terrível e a nossa obrigação? Pregar o evangelho é uma obrigação de todo crente.
Paulo pregou renunciando seu direito com sua livre vontade (v. 17).
17 Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas, se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que me está confiada.
O que Paulo quer dizer é que faço de boa vontade (espontaneamente), tenho recompensa, mas, se faço de má vontade, não tenho recompensa, pois faço por causa da obrigação.
Muitos, se estivessem no lugar de Paulo quando fundou a igreja de Corinto, ao pregar de má vontade, só por causa da obrigação, não renunciariam seu direito e com isso teriam posto um obstáculo ao evangelho de Cristo ali.
Paulo renunciou seu direito para estabelecer o evangelho ali de graça (v. 18).
18 Nesse caso, qual é o meu galardão? É que, evangelizando, proponha, de graça, o evangelho, para não me valer do direito que ele me dá. 
Paulo, no verso 18, explica qual é a sua recompensa ao pregar o evangelho de boa vontade. “É que, evangelizando, proponha, de graça, o evangelho”. A recompensa que trazia orgulho ou glória para Paulo era ter estabilizado o evangelho de graça, ou seja, sem receber sustento, “não me valer do direito que ele me dá”.
Paulo renunciou ao seu direito de ser sustentado para que o evangelho fosse estabelecido de graça.
Irmãos, a renúncia do nosso direito deve ser visando o estabelecimento do evangelho de Cristo.
A nossa renúncia deve ser visando a exposição do evangelho (19-23).
Paulo, sendo livre, renunciou ao direito de liberdade para expor o evangelho e assim salvar o maior número possível (19).
19 Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. 
O que Paulo diz aqui é o que ele fez em Corinto e em outros lugares, no caso de Corinto, ele escravizou seu corpo, trabalhando para conseguir o sustento, para eliminar qualquer possível ofensa, a fim de salvar o maior número possível.
Paulo renunciou ao seu direito para ter oportunidade de expor o evangelho a vários tipos de pessoas.
Mesmo sendo livre, ele procedeu como judeu para expor o evangelho ao judeu (v. 20).
20 Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei.
Paulo era judeu (cf. Fp 3.4-6), porém, não estava mais preso às cerimônias e às tradições do judaísmo por causa de Cristo (cf. Fp 3.7). O que Paulo está dizendo aqui é ele procedeu culturalmente e socialmente como um judeu (cf. At 16.3; 21.20-26).
Mesmo sendo livre, ele viveu como se não tivesse lei para expor o evangelho aos que vivem sem a lei (v. 21).
21 Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei. 
Os sem lei aqui são os gentios. E viver sem lei não quer dizer que Paulo violava a lei moral de Deus, pois ele mesmo deixa claro que estava “debaixo da lei de Cristo”. O que Paulo pode estar querendo dizer é que, quando estava com os gentios (sem lei), não estava preso às restrições da lei. Pode ser que Paulo quando estava no meio dos gentios comia de tudo que era posto a mesa (cf. 10.27).
Mesmo sendo livre, ele se fez como um fraco para expor o evangelho aos fracos (v. 22a).
22 Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos.
Os fracos pode estar se referindo aos não sábios, ou seja, Paulo ensinou de forma simples e paciente os que não tinham sabedoria. Paulo pode estar aqui dando uma indireta aos irmãos que se achavam fortes que não estavam renunciando ao seu direito pelos irmãos fracos.
Paulo renunciou sua liberdade por causa do evangelho (22b-23).
Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. 23 Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele.
Paulo estava sendo questionado do seu apostolado e das suas ações, porém, o que Paulo mostra é que todas as suas ações tinham o alvo de expor o evangelho aos pecadores para salvá-los. E não só isso, mas também de se tornar participante do evangelho.
Paulo renunciou ao seu direito de ser livre para que o evangelho de Cristo fosse exposto a alguns.
Irmãos, a renúncia do nosso direito deve ser visando a exposição do evangelho de Cristo.
A nossa renúncia deve ser visando o prêmio do evangelho (24-27).
O exemplo o atleta.
O atleta busca o primeiro lugar (v. 24)
24 Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.
Paulo, por último, dá o exemplo dos atletas. Esse exemplo era bem conhecido pelos coríntios, pois ali acontecia os jogos ístmicos. Paulo diz que todos correm, mas apenas um leva o prêmio.
Correi de tal maneira que o alcanceis.” Com isso, Paulo está incentivando-os a buscarem o prêmio. Tenham um alvo na vida cristã – o prêmio do evangelho.
O atleta se domina pelo prêmio (v. 25).
25 Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível.
Os atletas para conseguirem uma coroa corruptível (uma grinalda de folhas), para conseguirem isso, eles faziam dieta e se abstinham de muitas coisas, ou seja, eles controlavam seus desejos e interesses para conseguirem seu alvo.
A forma como aqueles irmãos de Corinto estava correndo era sem disciplina e sem alvo. Eles tinham um prêmio incomparavelmente melhor a sua espera e, assim como eles, deveriam ter autocontrole de si e buscar alcançar esse prêmio.
Para conseguirem o prêmio precisariam renunciar a muita coisa.
O exemplo de Paulo (v. 26-27).
26 Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. 27 Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado. 
Paulo mostra no verso 26 que, o descrito nos versos 24 e 25, é a sua forma de correr, “não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar”, ou seja, ele tem um alvo e renuncia a tudo para consegui-lo. Para ser um ministro adequado do evangelho.
Mas isso não é fácil, é preciso frear os impulsos do corpo e escravizá-lo a si mesmo. Para assim se tornar um ministro qualificado e receber o prêmio do evangelho.
Irmãos, a renúncia do nosso direito deve ser visando o prêmio do evangelho.
Lições:
A nossa liberdade em Cristo está em pé de igualdade com a nossa escravidão a Cristo.
A nossa prioridade em tudo é Cristo.
O nosso objetivo principal é a salvação dos perdidos.
A renúncia aos nossos direitos e interesses pelo evangelho é prova de maturidade.
Conclusão: Irmãos, sabemos que a renúncia é importante em muitos momentos e em muitas áreas da nossa vida, seja no casamento, seja no trabalho, seja na sociedade, etc. E na vida cristã não é diferente. E se queremos o bem do evangelho, renunciaremos a nossa liberdade em Cristo pelo bem do evangelho.
Minha tradução: 1 Não sou livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus, o nosso Senhor? Não sois vós minha obra no Senhor? 2 Se não sou para outros, mas, certamente, sou para vós, porque vós sois a prova do meu apostolado no Senhor.
3 A minha defesa contra os que me criticam é esta: 4 Não temos nenhum direito (liberdade) de comer e beber? 5 Não temos nenhum direito (liberdade) de levar junto uma irmã e esposa como também os apóstolos e os irmãos do Senhor e Cefas? 6 Ou somente eu e Barnabé não temos o direito (liberdade) de não trabalhar? 7 Quem serve, em qualquer tempo, como soldado por si mesmo, com seu próprio dinheiro para se manter? Quem planta uma vinha e não come do seu fruto? Quem apascenta um rebanho e não bebe do leite do rebanho?
8 Não falo isto somente de forma humana, ou não diz também a lei isto? 9 Porque na lei de Moisés está escrito: Não impedirá o boi de comer enquanto está pisando o trigo. Deus não está pensando em bois. 10 Ou não é em nosso favor? Certamente ela diz em nosso favor, porque está escrito: Porque o arador cumpre arar com esperança; também o pisador de trigo com esperança de participar. 11 Se nós vos semeamos o espiritual, será surpreendente se nós colhermos de vós o material? 12 Se outros têm participação nesse direito (liberdade), não temos nós ainda mais? Porém nós não se fizemos valer desse direito (liberdade), ao contrário, suportamos tudo para que não puséssemos um obstáculo ao evangelho de Cristo. 13 Não sabeis que os que se labutam no sagrado se alimentam do templo? Os que servem no altar têm participação do altar? 14 Assim também ordenou o Senhor aos que anunciam o evangelho que vivam do evangelho.
15 Eu, porém, não me faço valer de nada disso, e não escrevo isto para que assim torne vantajoso a mim, porque para mim é melhor morrer do que... Ninguém tornará em nada o meu direito de ficar orgulhoso. 16 Se, porém, anuncio o evangelho, não é meu direito ficar orgulhoso, porque a obrigação tem poder sobre mim; porque quão terrível é para mim se não anunciar o evangelho. 17 Se, porém, faço isso de boa vontade, tenho recompensa; se, porém, de má vontade, tenho feito por causa da tarefa a mim confiada. 18 Portanto, qual é a minha recompensa? Que, anunciando o evangelho, estabeleça o evangelho de graça, para não me fazer uso do meu direito (liberdade) no evangelho.
19 Porque sendo livre de todos, tornei-me escravo de todos, para que ganhasse a maior quantidade possível. 20 E passei a ser judeu para os judeus, para que ganhasse os judeus; aos que estão debaixo da lei como se estivesse debaixo da lei (embora eu não estou debaixo da lei), para que ganhasse os que estão debaixo da lei; 21 aos que estão sem a lei como se estivesse sem a lei (embora não estou sem a lei de Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para que ganhasse os que estão sem a lei. 22 Passei a ser fraco aos fracos, para que ganhasse os fracos, passo a ser tudo a todos, para, certamente, salvar alguns. 23 Tudo, porém, faço por causa do evangelho, para que passe a ser participante dele.
24 Não sabeis que os que correm no estádio, todos, de fato, correm, porém um recebe o prêmio, assim correi, para que alcanceis (o prêmio). 25 E todo competidor em tudo se controla, assim pois, aqueles, para receberem uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. 26 Por essa razão, eu dessa forma corro, não como sem alvo em vista; assim boxeio, não como golpeando o ar. 27 Mas exerço controle sobre meu corpo e o deixo preparado para servir, para que eu não passasse a ser, de qualquer outra maneira, um anunciador inapropriado.
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