Um membro de igreja saudável: é um membro comprometido e busca a disciplina
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Um membro de igreja saudável é um membro comprometido!
Um membro de igreja saudável é um membro comprometido!
Ilustração: Joshua Harris era um jovem cristão que, assim que completou os seus estudos começou a visitar várias igrejas. Ele tinha grandes sonhos de fazer grandes coisas para o Senhor, com sinceridade, no entanto, ele testemunhava que não via razões para se envolver com uma igreja local. Ele não se impressionava pelo que algumas congregações faziam e ficava chocado como algumas igrejas estavam envelhecidas, incensivéis e ultrapassadas.
Muita gente hoje em dia sente-se assim, pode dever-se a algumas razões:
Ignorância - desconhecem que a bíblia fala que como cristãos, integrandes da igreja devemos fazer parte de uma igreja local (membresia)
Indecisão - são pessoas que demoram a tomar decisões, andam de igreja em igreja sem tomar essa decisão porque são pessoas indecisas;
Independentes - São “cristãos individualistas”, não querem fazer parte de uma congregaçãos para que assim ninguém se meta na sua vida e, desta forma, não precisam de assumir responsabilidades para com a congregação vivendo assim de forma confortável.
A bíblia mostra claramente que devemos ser membros comprometidos com a nossa igreja local:
As características dos responsáveis na igreja ( 1Tim. 3:1-13; Tito 1.5-9) só demonstram que a liderança deve ser reconhecida, não são membros que vêm e vão mas que vêm e estão!
Em 1Cor. 5 vemos que Paulo instruiu os crentes a expulsarem um homem envolvido em imoralidade sexual da comunhão com o povo. Ora, se ele foi colocado á parte significa que havia um grupo reconhecido por todos como os membros da igreja local. Assim, podia distinguir-se os que levavam uma vida de impiedade daqueles que ansiavam por vidas santas, de outra forma, como poderia o homem ser expulso se havia uma lista de membros reconhecida?
A essência que nos faz ser membros da igreja local vai muito para além de uma lista, a base disso é o mandamento de Jesus:
João 13.34–35 (ARA)
34 Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.
35 Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.
Como podemos dizer que amamos seja a quem for se não nos envolvemos com ninguém?
A nossa congregação é o grupo de pessoas que Deus colocou na nossa vida para obedecermos ao mandamento de nos amarmos uns aos outros, algo que se fosse fácil não haveria tanto mandamento, mas exactamente porque é difícil e nos leva a sair da nossa zona de conforto, é assim que Deus trabalha.
Como podemos mostrar esse comprometimento com a igreja local?
1 - Assíduo na igreja
1 - Assíduo na igreja
Estar presente, ser reconhecido e ser ativo, são as únicas maneiras de demonstrar o meu amor pelos meus irmãos.
24 Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras.
25 Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.
2 - Busca a paz
2 - Busca a paz
Devemos promover a paz antre nós e esforçarmo-nos por a manter, sim, ás vezes mais vale estar calados em prol da paz, porque não somos perfeitos e podemos estar errados, e também, porque o meu irmão não é perfeito.
19 Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros.
3 - Edifica os outros
3 - Edifica os outros
Uma das características dos últimos tempos é “homens amantes de si mesmos…”, a igreja é o lugar onde se combate isso pois o nosso exemplo é o de Jesus que veio para servir e não para ser servido Mc. 10:45. É quando servimos o próximo que o Senhor nos enche, somos chamados para prover mais do que para sermos consumidores.
4 - Adverte e admoesta
4 - Adverte e admoesta
Chamar a atenção quando o irmão peca ou animar o irmão mais desanimado deve ser a prática de todos nós. Devemos procurar ser sábios neste aspecto, não sermos intrometidos na vida do irmão mas também não sermos indiferentes, o amor leva-nos a falar a verdade!
5 - Busca a reconciliação
5 - Busca a reconciliação
Fomos reconciliados com Deus pelo Senhor Jesus, como consequência “recebemos o ministério da reconciliação”. Sempre que há algum atrito ou ruptura, devemos buscar a restauração e a reparação. Se for connosco, não esqueçamos da parábola que Jesus contou do homem que teve uma grande dívida perdoada mas não foi capaz de perdoar uma pequena dívida, Deus perdoou-nos de uma grande dívida, devemos por isso perdoar aqueles que nos ofendem.
6 - Suporta os outros
6 - Suporta os outros
Ser humildes, suportar pessoas que nos desapontam, frustrações, perdas, ofensas, etc… infelizmente por vezes podemos passar por isso dentro da própria igreja. Sejamos sinceros, por vezes as pessoas que mais nos desiludem são aquelas que nos são mais próximas… suportar isso não é sinal de fraqueza, é sim tornarmo-nos semelhantes a Jesus que na hora de maior sofrimento se viu abandonado pelos seus próprios discípulos.
13 Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;
7 - Prepara-se para as ordenanças
7 - Prepara-se para as ordenanças
Ou seja, é um crente batizado e que se alegra quando outros tomam essa decisão.
Depois é um crente que procura estar preparado para tomar parte da Ceia do Senhor, não como um culto instituido por homens mas sim pelo próprio Cristo! Humanamente pode-se pensar que é repetitiva e monótona, mas é a obediência a um mandamento instituido por Jesus, o cabeça da igreja!
8 - Apoia o ministério
8 - Apoia o ministério
6 tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé;
7 se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo;
8 ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria.
Notem, um membro de igreja comprometido a apoiar o ministério local, recebe e aplica a graça de Deus. Seja isso em forma de dinheiro, de dom, de talento, de tempo, etc…
O que temos que não tenha sido dado em primeiro lugar por Deus?
O que temos que não devemos estar dispostos a dar de volta a Deus em adoração?
Conclusão:
Conclusão:
Muito mais se poderia falar do nosso compromisso, neste caso, uns com os outros aqui em Sangalhos.
Foi Deus quem nos colocou nesta congregação, tenho eu demonstrado esse amor para com esta congregação? Como posso melhorar?
A igreja não é “Eles”… a igreja é “nós”… quando entendemos isso não podemos ficar indiferentes uns com os outros, e isso fará Jesus sorrir pois, assim, Ele estará a ver “o fruto do seu penoso trabalho”.
Um membro de igreja saudável busca a disciplina
Um membro de igreja saudável busca a disciplina
A vida precisa de ordem.
A desordem não traz crescimento nem estabilidade, a igreja como a vida precisa de ordem para crescer.
Antes da Eva nascer podíamos comer ás horas que quiséssemos, ir dormir tarde, almoçar a qualquer hora, etc… mas desde que temos crianças em casa precisamos de ordem. Ordem nos horários, ordem onde se arruma cada uma das coisas, etc. Se uma família não tiver ordem e disciplica em casa, a família vira um caos! Precisamos de regras e disciplina para aplicar essas regras, só assim o lar se torna um local de carregar energias e não de drenar energias.
Na estrada, precisamos de regras e de disciplicar se não, quem pode conduzir?
Os médicos precisam de regras e de disciplina, se assim não fosse seria um risco ir a um médico que podia fazer de nós o que lhe apetecesse.
Para que as regras se cumpram e a ordem exista deve haver a aplicação da disciplina, ou seja, disciplina é o ato de aplicar essas regras e esforçarmo-nos para viver em função delas!
Podemos dizer que o cristão tem dois tipos de disciplina, a positiva e a corretiva:
Disciplina positiva
Disciplina positiva
Para sermos membros de uma igreja saudável precisamos de praticar a disciplina, a fonte da nossa disciplina é a bíblia:
2Timóteo 3.16 (ARA)
16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,
Quando Paulo diz que a escritura “é util” para o ensino e “para educação em justiça”, estava a descrever a disciplina positiva.
A disciplina positiva é aquela que nós lemos na Bíblia o que devemos fazer e o que não devemos fazer e, assim, através da ajuda do E.S. vamos aplicando a Palavra na nossa vida. Vamos buscando aplicar os valores e as práticas dos ensinos bíblicos na nossa vida.
De manhã lemos que devemos ter cuidado com a língua, e isso vai influenciar as nossas atitudes ao longo do dia - disciplina.
Na igreja ouvimos uma pregação acerca de não desanimarmos e então, apesar dos nossos problemas, vamos ao longo da semana, buscar olhar mais para cima do que para os problemas para não desanimar.
Disciplina corretiva
Disciplina corretiva
Paulo no verso que escreve a Timóteo diz que a escritura também é para repreensão e correção” - disciplina corretiva.
Ninguém é perfeito, todos nós caímos. Por isso, precisámos de um irmão ao lado para nos alertar acerca dos perigos desta ou daquela decisão. Neste caso podemos ver duas dicas para facilitar a aplicação da disciplica corretiva:
1 - Aceitar com humildade a correção da parte de outros:
1 - Aceitar com humildade a correção da parte de outros:
Há igrejas que levam a membresia tão a sério que levam os membros a assinar um pacto com a igreja, vejamos um exemplo:
Caminharemos juntos em amor fraternar, como convém aos membros de uma igreja cristã. Exerceremos o cuidado amoroso e a vigilância uns pelos outros. Admoestaremos e repreenderemos fielmente uns aos outros, conforme a ocasião venha a existir.
Ou seja, a disciplina corretiva leva-nos a ter este compromisso uns com os outros de nos alertarmos uns aos outros quando vemos um irmão a agir de forma errada, isso não é uma desmonstração de orgulho mas sim de amor Pv. 27:5-7
Provérbios 27.5–7 (ARA)
5 Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto.
6 Leais são as feridas feitas pelo que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos.
7 A alma farta pisa o favo de mel, mas à alma faminta todo amargo é doce.
A repreensão franca traz cura; o amor encoberto prolonga a enfermidade.
A repreensão franca promove a santidade; o amor encoberto favorece o pecado.
Aceitar a disciplica não é facil para ninguém, mas é um mandamento da parte de Deus:
7 O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino.
Os loucos desprezam o ensino. Não estou com isto a dizer que devemos obedecer a qualquer chamada de atenção que nos fazem, mas devemos responder com mansidão, e depois, passar a chamada de atenção pelo filtro da Bíblia para a poder aplicar na vida.
2 - Assumir com seriedade a responsabilidade de disciplinar outros:
2 - Assumir com seriedade a responsabilidade de disciplinar outros:
Se esperarmos que a disciplina seja apenas aplicada por dois ou três membros da igreja, certamente muita coisa ficará sem disciplina.
A prática da disciplina corretiva deve ser de todos os membros, o chamado “uns aos outros”…
Quem prega falha;
Quem ensina falha;
Quem limpa a igreja falha;
Quem preside falha;
Todos nós falhamos, por isso, com a experiência de uns e o conhecimento de outros, precisámos de praticar a disciplina uns com os outros.
Seja a disciplica positiva ou correctiva, nenhuma delas ao início parece ser motivo de alegria:
Hebreus 12.11 (ARA)
11 Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.
A disciplina em nós parece ter um sentido negativo, como uma “ponição desagradável”, mas, não esqueçamos, o fruto dela é mais importante que o nosso conforto pois, o nosso conforto serve o nosso egoismo, o fruto da disciplina é para glória de Deus.