(Êx 30:11-33) Comprados por um preço

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Resgate e Redenção
Êxodo 30.11–14 “Disse mais o Senhor a Moisés: Quando fizeres recenseamento dos filhos de Israel, cada um deles dará ao Senhor o resgate de si próprio, quando os contares; para que não haja entre eles praga nenhuma, quando os arrolares. Todo aquele que passar ao arrolamento dará isto: metade de um siclo, segundo o siclo do santuário (este siclo é de vinte geras); a metade de um siclo é a oferta ao Senhor. Qualquer que entrar no arrolamento, de vinte anos para cima, dará a oferta ao Senhor.”
Redenção por meio de um pagamento de resgate.
Senso, para fins militares. “Convocar para batalha”.
À medida que eram contados, pagavam um resgate, meio Shekel, mais ou menos 30g de prata.
O valor era usado para o Tabernáculo.
Êxodo 30.15–16 “O rico não dará mais de meio siclo, nem o pobre, menos, quando derem a oferta ao Senhor, para fazerdes expiação pela vossa alma. Tomarás o dinheiro das expiações dos filhos de Israel e o darás ao serviço da tenda da congregação; e será para memória aos filhos de Israel diante do Senhor, para fazerdes expiação pela vossa alma.”
É interessante o fato de que os Israelitas podiam olhar para o Tabernáculo e pensar que ele era apoiado pelo valor pago pelo preço da redenção deles.
Os que não pagam o preço eram severamente punidos.
Ao fazer o censo, os israelitas deviam ter cuidado para não colocar sua confiança no número do seu exército. Deviam ter cuidado para não usurpar a glória de Deus.
Davi caiu nesse pecado. Um dia Davi resolveu fazer a contagem do seu exército porque confiava na força dele, e foi severamente punido por Deus por isso.
Precisamos ter cuidado para não colocar nossa esperança em números. Não devemos confiar no número do nosso salário, no número dos nossos amigos e contatos, no número de pessoas que frequentam a igreja etc.
Imagine que o dinheiro pago pelo resgate deles era chamado “dinheiro de expiação”. Ele não expiava o pecado literalmente, como um sacrífcio, mas ele protegia da praga. E devia lembrá-los de que eles mesmos foram comprados, e não pertenciam a si mesmos.
1Coríntios 6.19–20 “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.”
Foi um preço muito alto que foi pago por nós:
1Pedro 1.18–19 “sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo,”
É importante também perceber como todos pagavam a mesmos quantia nesse caso, não fazendo uma discriminação, mas igualando a todos. Todos era iguais perante o Senhor.
Deus é o fudamento da verdadeira igualdade. [Igualdade Social…]
A Bacia de Bronze
Mas a redenção envolvia mais do que um preço pago. Envolvia também purificação, lavagem. É interessante observar os diferentes aspectos da salvação.
Êxodo 30.17–21 “Disse mais o Senhor a Moisés: Farás também uma bacia de bronze com o seu suporte de bronze, para lavar. Pô-la-ás entre a tenda da congregação e o altar e deitarás água nela. Nela, Arão e seus filhos lavarão as mãos e os pés. Quando entrarem na tenda da congregação, lavar-se-ão com água, para que não morram; ou quando se chegarem ao altar para ministrar, para acender a oferta queimada ao Senhor. Lavarão, pois, as mãos e os pés, para que não morram; e isto lhes será por estatuto perpétuo, a ele e à sua posteridade, através de suas gerações.”
Rykens: “A bacia era a última peça da mobília do tabernáculo. Ela ficava no átrio, entre o altar do sacrifício e a entrada para a tenda do encontro. Como todo o resto no átrio, essa bacia era feita de bronze. Não conhecemos sua forma nem seu tamanho. Provavelmente, era redonda e grande o bastante para conter água o suficiente para o sacerdote se lavar. Uma coisa que sabemos é que a bacia de bronze tinha duas partes. A bacia se apoiava num suporte ou pedestal e era enchida com água.”
Os sacerdotes deveriam se apresentar limpos perante o Senhor. ISso deve nos lembrar do Salmo 24:
Salmo 24.3–4 “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente.”
Mas é interessante que na ordenção os sacerdotes já haviam se lavado. Por que ficar sempre se lavando? A resposta é que depois de fazer a expiação dos pecados, depois de receber o perdão, eles continuavam precisando da santificação.
A geografia do Tabernáculo nos ajuda a entender o plano de Deus. Quando entravam nos átrios do Tabernáculo, a primeira coisa que viam era o Altar do Sacrifícioe logo depois, a Bacia de Bronze para lavagem. Então eles viam que depois do sacrifício para justificação, nós precisamos da lavagem da santificação.
Mas apesar de nossos pecados serem absolutamente perdoados de uma vez por todos por meio de um único sacrífício, nós ainda sofremos com a presença do pecado e precisamos pedir perdão todos os dias e lutar contra eles. Ou seja, nós fomos libertos da culpa e da condenação que o pecado traz, mas ainda não somos libertos da sua presença. Por isso precisamos sempre de purificação. Precisamos sempre se lavar.
Isso nos ensina que a justificação acontece de uma vez só, e não precisa se repetir. Não há mais condenação para os que estão em CRisto Jesus. Mas a santificação é um processo progressivo, e exige de nós estar sempre nos purificando, orando, lendo a Bíblia, pedindo perdão, lutando contra o pecado. Por isso os sacerdotes precisavam sempre se lavar.
2Coríntios 7.1 “Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus.”
Ungidos com óleo
Deus era muito Santo.
Êxodo 30.22–25 “Disse mais o Senhor a Moisés: Tu, pois, toma das mais excelentes especiarias: de mirra fluida quinhentos siclos, de cinamomo odoroso a metade, a saber, duzentos e cinquenta siclos, e de cálamo aromático duzentos e cinquenta siclos, e de cássia quinhentos siclos, segundo o siclo do santuário, e de azeite de oliveira um him. Disto farás o óleo sagrado para a unção, o perfume composto segundo a arte do perfumista; este será o óleo sagrado da unção.”
Ryken: “Essa mistura especial de especiarias pesava quase 20 quilos. Continha ingredientes caros do mundo inteiro: mirra líquida, casca de canela e outros produtos raros importados da Índia, Arábia e Líbano. Esses ingredientes finos eram cuidadosamente destilados em azeite, que servia como base para a mistura sagrada. O processo era complexo: Um “perfumista” “misturava” especiarias e óleos para criar pomadas e aromas. Fontes antigas mostram que eles praticavam sua arte infundindo as especiarias no óleo, possivelmente aquecendo a mistura, para que o óleo absorvesse o aroma das especiarias. [...] Subsequentemente o óleo era extraído da mistura, e, retendo o aroma das especiarias, a quantia relativamente pequena de óleo se tornava o sagrado óleo da unção, reservado especialmente para o Senhor.”
O óleo era aplicado por asperção em cada parte do Tabernáculo. Era um óleo sagrando que só os sacerdotes poderiam usar, e apenas para aquela função.
A unção representa que aquele utensílio, aquela pessoa, deviam ser totalmente dedicados a Deus. Penso em oficial especial no AT, como Reis e Sacedotes. Pense também nos pastores, que são “ungidos”, são ordenados.
Mas pense também em você. A Bíblia diz:
2Coríntios 1.21–22 “Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus, que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração.”
Sua vida pertence ao Senhor, e cada parte dela. Cuide para dedicar-se a ele em tudo o que você faz, crente.
Ryken: “John Currid ilustra essa troca com a vida do famoso general britânico Charles George Gordon (1833-1885), que era conhecido também como “Gordon chinês” por abafar uma rebelião em Taiping. Como explica Currid: O governo queria recompensá-lo com dinheiro e títulos, mas ele recusou todas essas honras. Finalmente, foi convencido a aceitar uma medalha inscrita com suas diversas missões militares. Após sua morte, essa medalha não pôde ser encontrada. Ele havia derretido a medalha e doado o metal precioso às crianças pobres de Manchester durante uma fome especialmente severa. Ele escreveu as seguintes palavras em seu diário: “A última e única coisa que tenho prezado nesta vida eu entreguei ao Senhor Jesus Cristo”.”
Deus leva o pecado a sério. Ele não se satisfaz com um sacrifício que lhe é apresentado sem um coração quebrantado e contrito. Ele deseja uma vida de obediência e dedicação para fazer sua vontade. Simon J. Kistemaker
Em 12 de janeiro de 1723, fiz uma solene dedicação de mim mesmo a Deus, e anotei; entregando-me, e tudo o que eu tinha, a Deus; ser para o futuro em nenhum aspecto meu; agir como alguém que não tinha direito a si mesmo, em qualquer aspecto. E jurei solenemente aceitar a Deus por toda a minha porção e felicidade, não considerando nada mais como qualquer parte da minha felicidade, nem agindo como se fosse; e sua lei para a regra constante de minha obediência; empenhando-me em lutar com todas as minhas forças contra o mundo, a carne e o diabo, até o fim da minha vida. Jonathan Edwards
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