03-A LIBERDADE EM CRISTO TRAZ CONSIGO CAUTELA

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A cautela da liberdade em Cristo leva a fugir da idolatria.

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A LIBERDADE EM CRISTO TRAZ CONSIGO CAUTELA
Introdução: Cautela significa: “Excesso de cuidado que busca prever e evitar um mal, um dano, um perigo; prudência, precaução, cuidado.” [negrito do autor] (Dicionário online de Português).
A cautela está presente em muitas de nossas decisões, uma destas decisões, por exemplo, é quando vamos fazer algum tipo de negócio. Vamos imaginas que alguém irá fazer um negócio com você. Você, então, decide pensar sobre o negócio. Então, durante este tempo, você fica sabendo de um negócio, da pessoa que está querendo negociar com você, com outra pessoa que não deu certo. Você tem um exemplo de negócio ruim. E este negócio passa a ser uma advertência pra você. E mais, imagine que alguém chega pra você e o exorta: Não faça negócio com ele! Diante do exemplo, da advertência e da exortação, a cautela irá fazer você tomar qual decisão? Não querer o negócio.
Em Cristo nós temos cautela. A nossa liberdade em Cristo nos dá cautela. E a cautela leva-nos a fugir da idolatria.
Lição: A Cautela Da Nossa Liberdade Em Cristo Leva-nos A Fugir Da Idolatria.
Texto: 1 Coríntios 10.1-22.
Paulo dá continuidade à questão que está respondendo sobre “a carne sacrificada a ídolos” desde o capítulo 8. No capítulo 8, Paulo ensinou que a liberdade deles em Cristo devia ser limitada pelo amor. O amor os levaria a pensar no irmão fraco por quem Cristo morreu e assim renunciar seus direitos e interesses.
No capítulo 9, Paulo deu seu exemplo de renúncia. Ou seja, ele ensinou que a liberdade deles em Cristo devia ser renunciada pelo bem do evangelho.
Agora, no começo capítulo 10, Paulo ensina que a liberdade deles em Cristo deve dar cautela para fugirem da idolatria.
A cautela leva-nos a fugir da idolatria pelos exemplos bíblicos (1-5).
1 Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos sob a nuvem, e todos passaram pelo mar, 2 tendo sido todos batizados, assim na nuvem como no mar, com respeito a Moisés. 3 Todos eles comeram de um só manjar espiritual 4 e beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo. 5 Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles, razão por que ficaram prostrados no deserto.
Paulo começa o verso 1 com “ora” (gar; porque) explicativo e com um vocativo “irmãos” ele os chama atenção. Paulo não quer que não “ignoreis” (desconhecessem). Ou seja, que eles não desconhecessem “o exemplo de Israel”.
Israel teve privilégios e bençãos no deserto (v. 1-4).
O povo de Israel foi guiado, protegido e acompanhado por Deus (“nossos pais (antepassados, ancestrais) estiveram todos sob a nuvem, e todos passaram pelo mar,”).
O Povo de Israel, ao sair do Egito, não tinha rumo para onde ir e chegou ao ponto de estar encurralado por Faraó. A passagem pelo mar vermelho foi o momento onde Deus protegeu e libertou de vez seu povo (Êx 14.22-29).
A nuvem a qual o povo estava era Deus guiando e acompanhando seu povo: Êx 13.21 O SENHOR ia adiante deles, durante o dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho; durante a noite, numa coluna de fogo, para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite. 22 Nunca se apartou do povo a coluna de nuvem durante o dia, nem a coluna de fogo durante a noite.
Sl 105.39 Ele estendeu uma nuvem que lhes servisse de toldo e um fogo para os alumiar de noite.
O povo de Israel foi livrado e salvo por Deus (“2 tendo sido todos batizados, assim na nuvem como no mar, com respeito a Moisés.”).
A ideia pode ser “e todos juntos a Moisés se batizaram por meio da nuvem e por meio do mar”. Ou seja, todos juntos com Moisés foram libertados e salvos.
O povo de Israel foi provido milagrosamente por Deus (“3 Todos eles comeram de um só manjar espiritual 4 e beberam da mesma fonte espiritual;”).
O povo de Israel estava no deserto, um lugar horrível, onde viviam feras, de difícil acesso a comida e água.
Deus proveu de forma sobrenatural o maná: Êx 16.4 Então, disse o SENHOR a Moisés: Eis que vos farei chover do céu pão, e o povo sairá e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu ponha à prova se anda na minha lei ou não.
E proveu em todos os quarenta anos no deserto, verso 35 E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada; comeram maná até que chegaram aos limites da terra de Canaã. No Salmos 78.24-25 é descrito como “cereal do céu” e “pão dos anjos”.
No deserto Deus proveu água para o seu povo. A primeira vez foi em Êx 17.1-7 e depois em Nm 20.2-13.
O povo de Israel foi protegido e guardado por Deus (“porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo.”).
Pedra significa “rocha”, que metaforicamente representa a força, a proteção e a segurança de Deus. Exemplos:
Deuteronômio 32.15 Mas, engordando-se o meu amado, deu coices; engordou-se, engrossou-se, ficou nédio e abandonou a Deus, que o fez, desprezou a Rocha da sua salvação.
31 Porque a rocha deles não é como a nossa Rocha; e os próprios inimigos o atestam.
1Sm 2.2 Não há santo como o SENHOR; porque não há outro além de ti; e Rocha não há, nenhuma, como o nosso Deus.
2Sm 22.2 E disse: O SENHOR é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador;
Sl 18.2 O SENHOR é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio;
Este pode ser o sentido aqui, de Cristo como o poderoso que protegia e dava segurança ao povo de Israel.
Israel teve o privilégio de ser povo de Deus, de ter aliança de Deus e Suas promessas. Como também teve a benção da libertação da escravidão do Egito, da salvação no mar vermelho, da provisão de Deus enquanto estavam no deserto e da Sua segurança e cuidado. E mesmo com tudo isso, não agradaram a Deus.
Israel desagradou de Deus devido a sua idolatria e outras abominações (v. 5).
5 Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles, razão por que ficaram prostrados no deserto.
A rebeldia causada pela incredulidade e desprezo de Israel por Deus levou ao desagrado de Deus e a consequência foi a destruição e perca da promessa de entrar na terra. Em Números 14, o povo murmura e decide voltar para o Egito, mas, com a exortação de Josué e Calebe, o povo decide apedreja-los, então, a glória do Senhor aparece a todos os filhos de Israel e Deus decide ferir e desertar os rebeldes (1-12). Então Moisés ora intercedendo pelo povo (13-19). A resposta de Deus é que nenhum dos que viram a Sua glória e O puseram à prova e O desobedeceram veriam a terra, e todos de vinte anos acima morreria no deserto (20-38).
Esse tipo de comportamento da maioria deles (menos Josué e Calebe) não agradou a Deus. A palavra agradar significa deleitar, ter prazer. Deus não teve prazer neles. Mas tem prazer em Seu Filho (Mt 3.17; 12.18; 17.5; Mc 1.11; Lc 3.22; 2Pe 1.17). Porque Lhe obedecia! Deus não se agrada em sacrifícios de animais (Hb 10.6,8; Sl 50.18) e nem na força humana, mas tem prazer em quem O teme e espera na Sua misericórdia (ver Sl 147.10-11), nos sacrifícios de justiça (Sl 50.21). Deus se agrada daqueles que aproveitam a vida de forma correta e com alegria (Ec 9.7ss). Deus se agrada de quem dá importância a Sua obra (Ag 1.8).
Deus não teve prazer no povo de Israel porque era incrédulo e infiel.
O exemplo de Israel devia abrir os olhos daqueles irmãos orgulhosos para o perigo de se envolver com a idolatria. Israel foi privilegiado e abençoado, mas a maioria deles não entrou na terra prometida. Aqueles super crentes da igreja, que não viam nada demais em participar das carnes sacrificadas aos ídolos, deviam ligar o sinal de alerta.
Paulo quer que seus leitores percebam o perigo da idolatria pelo exemplo de Israel. Eles deveriam correr pelo prêmio do evangelho, mas, a forma como estavam se comportando, corriam o risco de serem reprovados por Deus e assim trazerem o juízo para si mesmos.
Ter privilégios espirituais como tinham não garantia a aprovação de Deus, Israel também teve. Eles precisavam ter cautela e fugir da idolatria. Os banquetes e festas pagãos que estavam participando os conduziria ao desagrado de Deus.
A igreja não pode brincar com os privilégios e as bençãos de Deus. Essas coisas não garantem o agrado de Deus. O que garante o agrado de Deus é a fidelidade e a confiança nEle. O exemplo de Israel é para abrir nossos olhos quanto ao perigo de nos envolvermos em festas e eventos idolatras ou qualquer outra coisa pecaminosa. O crente que faz parte da igreja, que é presente nos cultos, que lê a Bíblia, que ora a Deus, etc., mas, se participa da idolatria e outras abominações, Deus não se agrada dele.
A idolatria é como o fogo; “quem brinca com fogo pode se queimar”, quem brinca com a idolatria pode se destruir. E não foi para isso que Cristo nos libertou, Ele nos libertou para termos vida e vivermos para Ele. A nossa liberdade em Cristo tem cautela, e ela, pelo exemplo bíblico, leva-nos a fugir da idolatria.
A cautela leva-nos a fugir da idolatria pela advertência bíblica (6-13).
Paulo explica aos seus ouvintes que os acontecimentos dos antepassados no AT são justamente exemplos e advertência para nós, “Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós”. Paulo, então, reforça o que já disse no verso 5, agora, porém, mostrando claramente alguns pecados do povo israelita e a punição divina.
A advertência pelos erros do povo de Israel (v. 6-11).
Primeiro a cobiça (v. 6b “a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram”). O evento que Paulo está lembrando-os é a cobiça dos israelitas pela comida dos egípcios (ver Nm 11.4-7).
Cobiçar aqui significa desejar profundamente algo mau ou bom, aqui especificamente foi algo mau (esta palavra aparece na LXX em Nm 11.4).
Segundo a idolatria (v. 7 “Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; porquanto está escrito: O povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se.”). O evento é o bezerro de ouro em Êx 32.1-10 (citando o verso 6).
Divertir-se aqui significa literalmente brincar. Porém, o divertimento ali estava envolvido com a idolatria do bezerro de ouro.
Terceiro a imoralidade sexual (v. 8 “E não pratiquemos imoralidade, como alguns deles o fizeram, e caíram, num só dia, vinte e três mil.”). O evento é a prostituição dos homens com as filhas dos moabitas em Sitim (Nm 25.1-15).
Quarto a provação (v. 9 “Não ponhamos o Senhor à prova, como alguns deles já fizeram e pereceram pelas mordeduras das serpentes.”). O evento é o caso das serpentes abrasadoras (Nm 21.4-6) onde pôs o Senhor à prova.
Quinto a murmuração (v. 10 “Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador.”). O evento é a murmuração da vida deles no deserto (Nm 14.1-4) como também os espias que fizeram o povo a murmurar (Nm 14.35-38) e, após o castigo a Corá, Datã e Abirão, a murmuração do povo contra Moisés e Arão (Nm 16.41-45).
Murmurar é resmungar fazendo observações queixosas e ruídos em voz baixa. Paulo diz em Fp 2.14Fazei tudo sem murmurações...” e Pedro, em sua primeira carta, diz no 4.9 “Sede, mutuamente, hospitaleiros, sem murmuração.”
Paulo, então, repete o que disse no verso 6, porém, agora, ele inclui “advertência”: “Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado.”
Advertência (nouthesia), no grego, é a junção de duas palavras nous (mente) e tithemi (colocar) significando admoestação, instrução (outras ocorrências Ef 6.4; Tt 3.10).
Os erros de Israel foram exemplos e admoestação para a época de Paulo, e eles são também exemplos e admoestação para nossa época, “de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado.” Ou seja, até o fim dos tempos, os erros de Israel servem como exemplo e admoestação à igreja.
A advertência é para não cair como Israel (v. 12-13).
12 Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia. 13 Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar. 
O verso 12 pode ser colocado da seguinte maneira: “Portanto, o que está supondo estar de pé tenha cuidado para não cair.” [tradução do autor]. Paulo aqui está se dirigindo aqueles que estavam seguros de si, os que achavam que comer carne sacrificada aos ídolos em templos, ou em cerimônias, ou em festividades pagãs não era nada demais. Ou seja, eles pensavam que por já serem justificados em Cristo nada os derrubaria. Paulo está alertando-os para o perigo de caírem como Israel.
Participar desses eventos era uma oportunidade de comer carne e de graça. Paulo no verso 13 mostra a real razão deles irem, e a razão não é a liberdade em Cristo, mas “a tentação humana.” “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana”. A palavra “sobreveio” tem o sentido aqui de prender, agarrar, segurar. A tentação humana “estava prendendo” eles. Não era a liberdade que os fazia irem participar da comida em templos e em festivais, mas a tentação humana. Ela estava prendendo-os no desejo de comer carne, de estar com antigos colegas, de participar das festas locais.
Depois de declara isso, Paulo traz uma mensagem de consolação, mas que também os tornariam indesculpáveis, “mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.
Eles precisam saber da fidelidade de Deus (cf. Dt 7.9) para com aqueles que são dEle. E por isso Paulo mostra duas grandes verdades.
Deus não deixa seu povo ser tentado acima do que podem suportar.
Deus providencia para seu povo uma saída e poder para suportar.
Ou seja, os super crentes de Corinto não tinham desculpas para continuar participando das comidas em templos e festivais pagãos. Porque essa tentação humana deles não era algo impossível de resistir e eles tinham uma saída e poder para suportar dados por Deus. A cautela os levaria a fugir da idolatria pela advertência bíblica.
A igreja precisa conhecer mais as Escrituras para ver os exemplos bíblicos, a fim de que siga os exemplos ruins e sim os bons. Os erros de pessoas na Bíblia são exemplos e advertência para nós.
Irmãos, vejamos o resultado de tais erros, “Deus não se agradou da maioria deles, razão por que ficaram prostrados no deserto.” E não pensemos que somos diferentes, pois assim como aconteceu com eles, da mesma forma acontecerá conosco.
Irmãos, essa tentação humana de ir a tais lugares, de fazer tais coisas, de comer tais coisas, vem do desejo da carne. Tiago fala muito dessa tentação e ainda mostra o resultado da consumação do desejo dela: “Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” (1.13-14).
Essa tentação não está acima do que podemos suportar, Deus não deixa que sejamos tentados acima do que podemos suportar. Não temos desculpas. Deus nos dá uma saída, cabe a nós fugir por esta saída; Deus nos dá poder para suportar, cabe a nós resistir e fugir. Então, não temos desculpas! Usemos nossa liberdade em Cristo com cautela. Ela nos levará a fugir da idolatria pela advertência bíblica.
Por fim, a cautela leva-nos a fugir da idolatria pela exortação bíblica.
A cautela leva-nos a fugir da idolatria pela exortação bíblica (14-22).
Paulo, agora, do verso 14 ao 22, exorta-os a fugir da idolatria. Vejamos as exortações de Paulo.
Exortação direta (v. 14 “Portanto, meus amados, fugi da idolatria.”). Essa é mesma palavra que aparece na LXX se referindo a fuga de José da mulher de Potifar (Gn 39.12-13,15,18). Essa ordem Paulo já deu no 6.18 com respeito a impureza.
Exortação reflexiva (v. 15-18 “Falo como a criteriosos; julgai vós mesmos o que digo. Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão. Considerai o Israel segundo a carne; não é certo que aqueles que se alimentam dos sacrifícios são participantes do altar?”).
Exortação separativa (v. 19-21 “Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios.”).
O verso 21, Paulo faz alusão a Deuteronômio 32.17Sacrifícios ofereceram aos demônios, não a Deus...” e Salmos 106.37pois imolaram seus filhos e suas filhas aos demônios”. O livro apócrifo chamado Baruque diz: “Havíeis exasperado vosso Criador, ofertando sacrifícios aos demônios e não a Deus.” (4.7).
Exortação lógica (v. 22 “Ou provocaremos zelos no Senhor? Somos, acaso, mais fortes do que ele?”).
A palavra provocar zelo quer dizer provocar zelo, ira ou ciúme. Paulo está citando Dt 32.21, onde essa palavra aparece na LXX, “A zelos me provocaram com aquilo que não é Deus; com seus ídolos me provocaram à ira...” E o Salmos 78.58Pois o provocaram com os seus altos e o incitaram a zelos com as suas imagens de escultura.”
Toda a exortação de Paulo, analisada com cautela, devia levá-los a fugir da idolatria. Era para eles pôr um fim nas participações de banquetes em templos e festivais envolto em idolatria. Agora não é só questão de um irmão fraco se escandalizar, mas deles sofrem o zelo de Deus. Eles estavam a um passo da ira de Deus. O alerta devia ser ligado. A cautela devia falar mais alto. Eles não tinham a perder.
Tem crente que brinca com a idolatria. Aliás, tem muitos crentes que brincam com o pecado. A razão de muitos brincarem o pecado é o desconhecimento do pecado ou dureza de coração. A dureza de coração pode ser um sinal de incredulidade. Saber a vontade de Deus e continuar fazendo o contrário é desobediência e incredulidade. Quem faz por ignorância, ao saber que está errado, procura fazer o que é certo.
A Bíblia nos exorta a fugir da idolatria (ver 2Co 6.14-18; At 17.22-30; Gl 4.8-11; 5.20; Ef 5.5; Cl 3.5-8).
Você está disposto a ver o exemplo bíblico, a receber a advertência bíblica e a obedecer a exortação? A cautela leva à análise, à consideração e à fuga da idolatria. E aqui cabe a exortação dos pais apostólicos: “Meu filho, foge de todo mal e de toda semelhança dele.” (Brian G. L. Kibuuka e Cláudio J. Rodrigues, trans., Pais Apostólicos, 1a ed., vol. 2, Coleção a Patrística (São Paulo: Fonte Editorial, 2021), 307.).
Fuja não só da idolatria, mas “de todo mal e de toda semelhança dele.” Deus nos salvou para vivermos separados para Ele; Deus chamou para sermos santos, e é isso que Ele exige de nós: “...Sede santos, porque eu sou santo.” (1Pe 1.16). O crente que brinca com a idolatria está brincando com Deus. E Paulo diz: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” (Gl 6.7).
Não levar a sério o perigo da idolatria é não levar a sério a Palavra de Deus.
Lições:
Nós (igreja) não somos diferentes dos que pecaram no passado e nem estamos isentos de cair como eles caíram.
O que agrada a Deus é fidelidade e confiança nEle.
A fuga da idolatria é sinal de liberdade. Ou melhor, a fuga dos meus desejos é sinal de liberdade.
A cautela é essencial para fugir da idolatria.
O crente não deve participar de nenhuma festa idolatra.
A participação em festas idolatras é ser participante dos demônios (v. 20).
A participação em festas idolatras é causar por certeza o zelo (ciúme e ira) de Deus.
Conclusão: Irmãos, o ídolo pode não ser nada, mas a participação da sua mesa é idolatria. Aqueles que se diziam espirituais e sábios deviam deixar de comer a carne sacrificada aos ídolos em templos, cerimônias de casamento, festivais ou qualquer outro tipo de evento social não só pelo irmão fraco (8.7-13), mas pelo evangelho (9.1-24) e por causa da idolatria (10.1-22).
Não brinque de ser crente, veja os exemplos bíblicos de idolatria, considere a advertência bíblica contra a idolatria e obedeça a exortação bíblica de fugir da idolatria. Para isso, é preciso cautela; e a nossa liberdade em Cristo nos dá cautela; e a cautela da nossa liberdade em Cristo leva-nos a fugir da idolatria.
Minha tradução interpretativa: 1 Porque, irmãos, não quero que desconheçais que todos os nossos pais estavam debaixo da nuvem e todos passaram através do mar 2 e todos em Moisés se batizaram por meio da nuvem e por meio do mar 3 e todos comeram do mesmo alimento 4 e todos beberam da mesma água espiritual. Porque, bebiam da pedra espiritual que ia os seguindo, e a pedra era Cristo. 5 Mas Deus não teve prazer na maioria deles, em razão disso, foram mortos no deserto. 6 Ora, esses, a nós vieram a ser exemplos, para não sermos cobiçosos do mau, assim como eles cobiçaram. 7 Nem se tornai idolatras como alguns deles, como está escrito: O povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se. 8 Nem pratiquemos imoralidade sexual, como alguns deles praticaram imoralidade sexual e morreram num dia vinte e três mil. 9 Nem ponhamos Cristo à prova, como alguns deles puseram à prova e foram destruídos pelas cobras. 10 Nem murmurai, como alguns deles murmuraram e se destruirão pelo destruidor. 11 Estas coisas aconteciam aqueles, e foi escrito como exemplo e para advertência nossa, para quem o fim dos tempos está chegando. 12 Portanto, o que está supondo estar de pé tenha cuidado para não cair. 13 Não está prendendo senão a vossa tentação humana; mas Deus é fiel, o qual não vos deixará ser tentado acima do que se podeis [suportar], mas, com a tentação, providenciará uma saída e poder de suportar.
14 Por isso, meus amados, fugi da idolatria. 15 Declaro como a sábios; avaliai o que vos digo. 16 O cálice da benção que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo? 17 Porque o pão é um, são muitos em um só corpo, porque todos comiam de um único pão. 18 Considerai o Israel segundo a carne; os que comem dos sacrifícios do altar não são participantes? 19 Que digo, pois? Que alguma coisa é a carne de sacrifícios? Ou que alguma coisa é o ídolo? 20 Mas os que sacrificam, sacrificam a demônios e não a Deus; e não quero que vós se torneis participantes dos demônios. 21 Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios, não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. 22 Porventura, somos mais fortes do que Ele?
Tradução literal: 1 Não quero, porque, vós desconhecer, irmãos, que os pais nosso todos debaixo da nuvem estavam e todos através do mar passaram 2 e todos em o Moisés se batizaram por meio da nuvem e por meio do mar 3 e todos o mesmo alimento comeram 4 e todos o mesmo espiritual beberam água. Bebiam, porque, do espiritual seguindo da pedra, a pedra e era o Cristo. 5 Mas não em referência a muitos deles teve prazer em o Deus, foram mortos porque em o deserto. 6 Esses e exemplos nossos são tornados, a fim de o não ser nós cobiçosos do mau, assim como eles cobiçaram. 7 Nem idolatras se tornai como alguns deles, com está escrito: Assentou o povo comer e beber e levantaram-se divertir-se. 8 Nem pratiquemos imoralidade sexual, como alguns deles praticaram e morreram um dia vinte e três mil. 9 Nem ponhamos à prova a Cristo, como alguns deles puseram à prova e por as cobras foram destruídos. 10 Nem murmurai, como alguns deles murmuraram e se destruíram por o destruidor. 11 Essas e como exemplo acontecia aqueles, foi escrito e para advertência nossa, em quem o fim da era está chegando. 12 Portanto, o que está supondo estar de pé tenha cuidado não cair. 13 Tentação vossa não está prendendo senão humana; fiel mas o Deus, o qual não deixará vós ser tentado acima do que se podeis, mas fará com que sejais com a tentação e a um saída do se poder suportar.
14 Por isso, amados meus, fugi da idolatria. 15 Como sábios declaro; avaliai vós o que digo. 16 O cálice da benção que abençoamos, não comunhão é do sangue de Cristo? O pão que partimos, não comunhão do corpo de Cristo é? 17 Porque um pão, um corpo os muitos são, os porque todos de (por) a um pão comiam. 18 Considerai o Israel segundo a carne; não os comendo os sacrifícios acompanhantes (companheiros) do altar são? 19 Que pois digo? Que carne de sacrifícios alguma é ou que ídolo alguma é? 20 Mas que os que sacrificam, demônios e não Deus sacrificam; não quero e vós participantes dos demônios se tornar. 21 Não podeis cálice do Senhor beber e cálice demônios, não podeis mesa do Senhor participar e mesa demônios. 22 Ou fazer ciúmes ao Senhor? Não fortes dele somos?
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