5. Quando o céu acalma a terra (5) - A Justificação pela Fé e a Condenação dos Iníquos

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O profeta entende que os propósitos do Senhor e perfeito e descansa nele.

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Transcript

Habacuque - Quando o céu acalma a terra - A Justificação pela Fé e a Condenação dos Iníquos

(Hc 2.1–5)
Esboço
Habacuque: Como Transformar o Desespero em Cântico de Vitória.
1. O homem, seu tempo e sua mensagem
(Hc 1.1)
2. Um homem em crise com Deus e com os homens
(Hc 1.1–4)
3. Quando o céu deixa a terra alarmadab
(Hc 1.5–11)
4. A esperança que nasce do desespero
(Hc 1.12–17)
5. Quando o céu acalma a terra
(Hc 2.1–5)
6. Semeadura maldita, colheita desastrosa
(Hc 2.6–20)
7. Como fazer uma viagem do medo à exultação
(Hc 3.1–19)
Introdução:Habacuque - do desespero para a vitória. Hc 1.1 Introdução
Esboço
Habacuque: Como Transformar o Desespero em Cântico de Vitória.
1. O homem, seu tempo e sua mensagem
(Hc 1.1)
2. Um homem em crise com Deus e com os homens
(Hc 1.1–4)
3. Quando o céu deixa a terra alarmada
(Hc 1.5–11)
4. A esperança que nasce do desespero
(Hc 1.12–17)
5. Quando o céu acalma a terra
(Hc 2.1–5)
6. Semeadura maldita, colheita desastrosa
(Hc 2.6–20)
7. Como fazer uma viagem do medo à exultação
(Hc 3.1–19)
Introdução:
James wolfendale sintetiza este capítulo, dizendo que temos nestes cinco versículos três verdades pivotais: um servo que espera a resposta de Deus (2.1), uma visão revelada por Deus (2.2,3), um grande contraste entre o soberbo e o justo (2.4,5). Habacuque fala do definido propósito do profeta, da apropriada atitude do profeta enquanto aguarda a resposta, e da graciosa resposta ao profeta. Quanto à visão, ele mostra que ela deve ser permanentemente relembrada, universalmente entendida e claramente divulgada. Sobre o contraste entre o soberbo e o justo, ele diz que o soberbo é orgulhoso em seu coração, pervertido em sua mente e insaciável em sua alma, enquanto o justo confia na Palavra, vive pela fé na Palavra, e é liberto da morte pela sua fé na Palavra.
Vamos considerar três pontos:
Em primeiro lugar, pela oração podemos apresentar a Deus nossas mais profundas angústias. A oração do profeta Habacuque não é apenas um exercício devocional, mas uma queixa, um transbordar de suas mais profundas angústias existenciais. Ele não esconde nada, não camufla nada. Ele abre e escancara sua alma para Deus e espreme todo o pus da ferida.
Em segundo lugar, pela oração podemos alcançar o mais profundo discernimento dos propósitos de Deus. Habacuque ora e espera. Ele clama e vigia. Fala ao céu e aguarda de lá uma resposta.
Em terceiro lugar, pela oração podemos ter largos lampejos quanto ao futuro. Em resposta à sua oração, Habacuque recebe uma visão de Deus acerca da condenação inexorável do ímpio e da salvação miraculosa do justo. Habacuque chegou a pensar que Deus estivesse passivo e inativo diante da violência entre o Seu povo e contra o Seu povo, mas Deus estava trabalhando para julgar os ímpios e salvar os justos.
1. Introdução (2:1)
A. Vigilância do Profeta: 2.1A Habacuque assume a postura de sentinela, esperando e observando a resposta de Deus às suas queixas.
Nos versículos anteriores, Habacuque havia colocado diante de Deus sua causa e cobrado dEle uma posição compatível com Seu caráter santo e Seus atributos majestosos. Agora, o profeta conversa consigo mesmo e encoraja a si mesmo para esperar a resposta de Deus.
Ele resolve se colocar no seu observatório e esperar pela revelação que Deus haveria de dar à sua questão.
Ele não apenas ora, como também aguarda uma resposta.
B. Expectativa e Paciência: (2.1B) O profeta demonstra uma atitude de espera ativa, pronto para ouvir e responder ao que Deus lhe dirá.
Devemos subir à presença de Deus e colocar nossa causa em Suas mãos.
Devemos aguardar uma resposta específica de Deus ao nosso clamor.
Devemos ter liberdade de abrir o nosso coração para Deus.
Ele se agrada quando Seus filhos lançam suas ansiedades aos Seus pés. É aos pés do Salvador que devemos chorar. É no altar que devemos derramar nossas lágrimas. É diante do trono da graça que encontramos socorro na hora da aflição.
2. A Resposta de Deus (2:2-3)
A. Escreva a Visão (v.2): Deus instrui Habacuque a escrever a visão claramente, para que todos possam ler e compreender.
É uma visão recebida (2.2). A visão vem a Habacuque como resposta à sua oração. Ele não gerou nem concebeu essa visão nos refolhos da sua alma nem na subjetividade do seu coração. Essa visão veio do céu, veio de Deus.
A visão dada a Habacuque deveria ser registrada de modo permanente, claro e também público. Nós temos essa visão por meio das Escrituras Sagradas. Valorizemo-la!
No tempo de Habacuque, Deus falou pelos meios publicitários do grande cartaz num lugar público. Hoje, devemos usar todos os recursos mais rápidos, mais amplos e mais eficazes, para que mais pessoas possam receber a mensagem divina. Não podemos prescindir da página impressa, dos recursos da tecnologia eletrônica. Precisamos pregar a Palavra por meio da televisão, do rádio, da internet, da literatura. A mensagem que recebemos é a mais importante e urgente do mundo. Proclamemo-la a todos os povos!
B. A Visão é para um Tempo Determinado (v.3): A mensagem possui um tempo específico para seu cumprimento. Embora pareça demorar, certamente se cumprirá.
O profeta ouve de Deus o que segue: “Porque a visão ainda está para cumprirse no tempo determinado, mas se apressa para o fim…” (2.3). Essa visão apontava para o futuro. Ela descortinava o glorioso propósito de Deus de salvar o homem mediante a fé, e não pelos seus pretensos méritos. David Baker diz que o propósito de Deus está se revelando, em seqüência e em ordem, no curso dos acontecimentos históricos.
o tempo determinado”, além de indicar a garantia de sua concretização, é também escatológico, não num sentido da segunda vinda de Cristo, mas no sentido de um evento histórico marcante na redenção do povo de Deus. Estando registrada por escrito, a profecia tem seu cumprimento assegurado.
É uma visão que jamais poderá ser frustrada (2.3b). Deus ainda fala ao profeta: “[…] e não falhará; se tardar, espera-o, porque, certamente, virá, não tardará” (2.3b). O que Deus faz é perfeito. O que Deus diz se cumpre. Ninguém pode frustrar os desígnios de Deus nem jamais anular Seus gloriosos planos. A visão não enganará nem desapontará, mas por certo acontecerá.
3. A Condição dos Justos e dos Ímpios (2:4-5)
A. O Orgulho dos Ímpios (v.4a):* A alma dos ímpios é inflada e não reta; eles confiam em si mesmos e não em Deus.
– sua relação com Deus estava errada. Deus diz ao profeta: “Eis o soberbo!” (2.4a). A soberba é uma conspiração contra Deus. A soberba é uma altivez que desafia a Deus. A Bíblia diz que Deus resiste, ou seja, declara guerra contra o soberbo (1Pe 5.5).
Os caldeus que Deus suscitara para disciplinar Judá seriam completamente extirpados e destruídos. A grandeza dos caldeus duraria pouco tempo. Fora Deus quem, para um propósito especial, os suscitara; mas eles receberam a glória e se enfatuaram como sendo de seu próprio poder.
o justo é aquele que confia na Palavra (2.4). O soberbo rejeita a revelação de Deus, enquanto o justo agarra-se a ela como sua âncora nos mares encapelados da vida. O soberbo está escorado no roto bordão da autoconfiança, enquanto o justo coloca sua confiança exclusivamente na Palavra de Deus.
B. A Fé dos Justos (v.4b):* Em contraste, "o justo viverá pela sua fé". Esta afirmação é central na teologia bíblica, destacando a importância da fé.
O texto de Habacuque 2.4 tornou-se a senha ou lema da cristandade. Ele é a chave de todo o livro de Habacuque e o tema central de todas as Escrituras. Com discernimento, o Talmude declara que aqui estão resumidos todos os 613 preceitos dados por Deus a Moisés no Sinai.
Aqui vemos o contraste entre pessoas de fé e pessoas que, em sua arrogância, confiam em si mesmas. Martyn Lloyd-Jones diz que há somente duas atitudes para a vida neste mundo: a da fé e a da incredulidade.
Viver pela fé significa crer na Palavra de Deus e ser-lhe obediente, independentemente de como nos sentimos, do que vemos ou de quais possam ser as conseqüências. Alguém disse muito bem que ter fé não é crer apesar das evidências, mas sim obedecer apesar das conseqüências, descansando na fidelidade de Deus.
o justo é aquele a quem Deus declara justo (2.4). Aqui está a semente da gloriosa doutrina da justificação pela fé. A justificação é um ato, e não um processo. Acontece uma única vez e jamais precisa ser repetida. A justificação é um ato legal e forense que acontece no tribunal de Deus, e não dentro de nós. É algo que Deus faz por Deus, e não em nós. Na justificação, somos declarados justos, e não feito justos. Não há graus de justificação. O menor crente está tão justificado quanto o maior santo.
Ganância dos Ímpios (v.5):* Os ímpios são comparados ao vinho enganoso e ao homem arrogante. Sua avareza é insaciável, assim como a morte, e eles continuamente acumulam nações e povos.
Eles eram dominados por uma ganância insaciável (2.5). Deus diz ao profeta que os caldeus eram insaciáveis como o sepulcro e a morte. Eles estavam sempre insatisfeitos e, por isso, marchavam pelas nações incendiando cidades, conquistando terras, matando homens e pilhando seus bens. Eles não tinham limites. Eram arrogantes e implacáveis.
Conclusão
Mensagem Central: Deus enfatiza a diferença entre os justos e os ímpios. Enquanto os ímpios vivem na arrogância e autossuficiência, os justos vivem pela fé.
Aplicação Prática: A fé é fundamental na vida do crente, e a confiança em Deus deve prevalecer mesmo diante das adversidades e injustiças aparentes.
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