PAREM DE AMAR O MUNDO!

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PAREM DE AMAR O MUNDO!
Pedro Silva de Araújo
Texto – 1 João 2:15-17
15 Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; 16 porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. 17 Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.[1]
INTRODUÇÃO
· O Título do sermão de hoje é inspirado na tradução de Augutus Nicodemos da frase inicial de 1 João 2:15;
· João menciona o termo mundo – uma palavra tipicamente joanina.[2]
· C
· D
· E
DESENVOLVIMENTO
1. Não ameis o mundo: (1 João 2:15)
· Característica do mundo:
o Luxúria e soberba (2.16);
o O mundo passa (2.17);
o Não conhece Deus (3.1);
o Ele odeia os crentes (3.13);
o É o lugar onde habitam os falsos profetas (4.1);
o O anticristo (4.3);
o Os descrentes (4.5);
o Por fim, o mundo todo é controlado pelo maligno (5.19). Donald Guthrie conclui: “Existe, portanto, em 1 João, um forte paralelo entre o ‘mundo’ e o ‘diabo’.”[3]
· João nesse texto constrói um grande contraste entre Deus e o mundo;
· É essencialmente impossível “amar” a Deus e ao mundo ao mesmo tempo;[4]
· O amor que João coloca aqui é semelhante a alguém que ama um familiar com laços de sangue;
· “O amor ao mundo e o amor ao Pai não podem coexistir lado a lado”;[5]
· O cristão amará um deles e odiará o outro, mas não pode amar os dois ao mesmo tempo[6]
Aqui é necessário fazer uma escolha. Quem de fato ama a Deus em sua glória, sublimidade e limpidez, dirá não ao “mundo” do fundo do coração.[7]
2. Entenda que o imperativo de João não é para deixar o mundo, separar do mundo ou viver em reclusão total: (1 João 2:15)
· Não aconselha os cristãos a deixarem o mundo ou viverem em reclusão.[8]
· João não enfatiza que o cristão se separe do mundo.[9]
· Não aprovem, não gostem, não aceitem e nem participem dos valores corrompidos dos perdidos.[10]
The true Christian will not desire to enter any place of amusement or engage in any diversion upon which he cannot ask the blessing of God.[11]
“O verdadeiro cristão não desejará entrar em nenhum lugar de diversão ou se envolver em qualquer diversão sobre a qual não possa pedir a bênção de Deus”. Ellen G White
· Não é para se separar, não é para abandonar, não é para viver em reclusão. O imperativo é não amem o mundo. Só que pessoas que Deus ama estão seduzidas pelo mundo e você precisa ter compaixão pelos perdidos e mediante o evangelho dedicar todos os seus esforços para salvar o máximo de pessoas.
Reading in the scars in Christ’s hands and feet the marks of His service for humanity, and the length to which self-abnegation leads to save the lost and perishing, Mark had become willing to follow the Master in the path of self-sacrifice.[12]
Ao ler nas cicatrizes das mãos e dos pés de Cristo as marcas de Seu serviço à humanidade e a extensão da abnegação que leva à salvação dos perdidos e perecedores, Marcos se dispôs a seguir o Mestre no caminho do auto sacrifício.Ellen G White
O que Deus está dizendo é, não amem o mundo, mas você tem uma missão!!!
3. Desmascarando as três armadilhas do mundo: (1João 2:16)
· O desejo da carne – literalmente o desejo da carne, pode ser colocado aqui tudo que gera prazer e a cobiça que ataca o mandamento não cobiçarás; concupiscência é uma palavra sempre usada com conotação negativa; Paulo chega a dizer que as obras da carne são: e que inclui prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções.[13]
· O desejo dos olhos - Vários exemplos podem nos ajudar a compreender essa marca do modo pagão de viver: Eva percebeu que o fruto proibido era “agradável aos olhos” e se deixou levar pela concupiscência que entrou em seu coração pelos olhos (Gn 3.6); Davi, ao ver Bate-Seba tomando banho, desejou-a, mesmo que fosse a mulher de outro (2Sm 11.2); Acã, após ver a bonita capa babilônica entre os despojos proibidos, desejou-a e tomou-a ocultamente (Js 7.21). São olhos que “nunca se fartam de riquezas” (Ec 4.8).[14]
· Soberba da vida – Aristóteles diz que é aquela conduta que atribui a si mesmo qualidades que não tem; Teofrasto diz que é o homem que negocia sem ter dinheiro no bolso; A soberba é a droga do crente, que produz alucinação ilusória em nós mesmos.
4. Passageiro x eterno (1 João 2:17)
· Quem passa atentamente pela vida vê em todos os lugares o “passar” do mundo.[15]
· As coisas desse mundo são passageiras, não se apegue. Não ame o mundo.
· As cobiças passam, a soberba passa;
O ser humano precisa olhar para a existência efêmera das pessoas, prazeres e desejos do mundo. Se seu interesse é dedicado a coisas que são passageiras, ele colhe instabilidade, tropeça nas trevas do pecado e, por identificar-se com o mundo, tem o mesmo destino. “Porque a aparência deste mundo passa” (1Co 7.31).[16]
Isso significa que o mundo, entendido como a humanidade decaída e seus valores acima descritos, não somente muda de geração em geração, mas também que tal mundo está debaixo do juízo de Deus, e que a cada minuto se aproxima de sua destruição final.[17]
O filho de Deus, porém, está seguro, pois possui a vida eterna. Que contraste! A pessoa que ama o mundo logo passa, mas o que “faz a vontade de Deus vive para sempre”.[18]
Na minha interpretação os dois verbos mais importantes são “passa e permanece”. Se o homem cede aos desejos da carne e dos olhos e a soberba da vida passará, como tudo passa. Agora se ele vive a vontade de Deus permanece para sempre, é uma escolha que temos a fazer, Passar ou permanecer.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
1. Não ame o mundo;
2. Entenda que o imperativo de João não é para deixar o mundo, separar do mundo ou viver em reclusão total;
3. Não caia nas armadilhas desse mundo;
4. Você viu que a vida pode ser passageira ou eterna, é uma questão de escolha.
APELO
Hoje o apelo é duplo, primeiro não ame o mundo. Pense comigo se os crentes amarem o mundo como estará a igreja daqui a 100 anos se Jesus não voltar?
No filme evangélico chamado ‘A Viagem, uma jornada no tempo’, o personagem Dr. Carlion viaja no tempo do século XIX ao século XX para ver como seria a igreja e a sociedade cristã de cem anos a frente de seu tempo. Na ficção, Dr. Carlion procura uma igreja para ir adorar, pois era um homem religioso. O personagem do filme pergunta se há algum grupo que se reúne frequentemente para estudar a Bíblia, pois esse era o hábito dele no tempo dele, e então, surpreso ele descobre que os membros da igreja já não se reúnem para ler a Bíblia e sim para ir ao cinema. Dr. Carlion não sabe o que é cinema e decide acompanhar seus irmãos na fé do seu futuro pós moderno. Quando o filme inicia, ele fica impressionado. Mas então, num momento cômico, o Dr. Carlion é mostrado saindo correndo da sala de cinema em direção funcionário da portaria. Dr. Carlion grita: “Parem o filme, parem o filme! Este filme está mostrando um homem que blasfema o nome de Deus!”. Todos olham para o personagem do século XIX e riem muito dele. Carlion sai decepcionado com o que a comunidade da igreja havia se tornado.
Não amem o mundo é o primeiro apelo do céu hoje.
O segundo tenha compaixão daqueles que estão no mundo, use seus dons, consagre sua vida e apresenta o evangelho a todos.
Levante os caídos que estão próximo a você. Tem muitos que não conseguem andar como o paralítico, levante-os. Muitos estão inclinados por conta dos pecados como a mulher adúltera, levante-os.
Não ame o mundo, mas seja instrumento de Deus para salvar pessoas que estão escravizadas pelo mundo. Comece em sua casa, sua vizinhança, amigos, adventistas afastados, que Deus nos use.
[1] Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), 1Jo 2.15–17. [2] Simon J. Kistemaker, Tiago e Epístolas de João, ed. Cláudio Antônio Batista Marra, trans. Susana Klassen, 1a edição., Comentário do Novo Testamento (São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 2006), 359. [3] Simon J. Kistemaker, Tiago e Epístolas de João, ed. Cláudio Antônio Batista Marra, trans. Susana Klassen, 1a edição., Comentário do Novo Testamento (São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 2006), 359. [4] Werner de Boor, Comentário Esperança, Cartas de João (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2008), 333. [5] Simon J. Kistemaker, Tiago e Epístolas de João, ed. Cláudio Antônio Batista Marra, trans. Susana Klassen, 1a edição., Comentário do Novo Testamento (São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 2006), 359. [6] Simon J. Kistemaker, Tiago e Epístolas de João, ed. Cláudio Antônio Batista Marra, trans. Susana Klassen, 1a edição., Comentário do Novo Testamento (São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 2006), 359–360. [7] Werner de Boor, Comentário Esperança, Cartas de João (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2008), 333. [8] Simon J. Kistemaker, Tiago e Epístolas de João, ed. Cláudio Antônio Batista Marra, trans. Susana Klassen, 1a edição., Comentário do Novo Testamento (São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 2006), 359. [9] Simon J. Kistemaker, Tiago e Epístolas de João, ed. Cláudio Antônio Batista Marra, trans. Susana Klassen, 1a edição., Comentário do Novo Testamento (São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 2006), 359. [10]Augustus Nicodemus Lopes, Primeira Carta de João, 1a edição., Série Interpretando o Novo Testamento (São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2005), 62. [11] Ellen Gould White, That I May Know Him (Review and Herald Publishing Association, 1964), 311. [12] Ellen Gould White, Conflict and Courage (Review and Herald, 1970), 349. [13]Augustus Nicodemus Lopes, Primeira Carta de João, 1a edição., Série Interpretando o Novo Testamento (São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2005), 63. [14]Augustus Nicodemus Lopes, Primeira Carta de João, 1a edição., Série Interpretando o Novo Testamento (São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2005), 63. [15] Werner de Boor, Comentário Esperança, Cartas de João (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2008), 335. [16] Simon J. Kistemaker, Tiago e Epístolas de João, ed. Cláudio Antônio Batista Marra, trans. Susana Klassen, 1a edição., Comentário do Novo Testamento (São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 2006), 362. [17]Augustus Nicodemus Lopes, Primeira Carta de João, 1a edição., Série Interpretando o Novo Testamento (São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2005), 64. [18] Simon J. Kistemaker, Tiago e Epístolas de João, ed. Cláudio Antônio Batista Marra, trans. Susana Klassen, 1a edição., Comentário do Novo Testamento (São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 2006), 362–363.
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