O bordão que floresce e frutifica (Nm 17.1-8)

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No antigo Oriente Próximo, o cajado (bordão) tinha vários usos: Ferramenta de Pastoreio; Apoio na caminhada e Arma de defesa. Era um objeto multifuncional que transcendeu seu uso prático para se tornar um símbolo de liderança, de proteção, de autoridade, de identidade, de justiça e de serviço para Deus.
Contexto: em Nm 16, Corá destiona a escolha excluisva do sacerdócio de Arão e seus filhos, e os rubenitas em apoio a Corá, afirmam que “toda a comunidade é santa” (Nm 16.3) e portanto, o sacerdócio poderia ser exercido por outras tribos além de Levi.
12 bordões (As 12 tribos, incluindo Efraim e Manasses) e o de ARÃO (Levi), foram dolocados no Lugar Santissimo (ou Santo dos Santos) - o lugar onde Deus manifesta a Sua presença. O sinal confirmará para todas a tribos, qual casa exercerá o sacerdódio. Que licões aprendemos aqui?

1 - O SENHOR é quem ESCOLHE as pessoas para a sua obra. (Nm 17.5; Jo 15.16).

A esolha é de Deus e não de homens (Sl 105.26);
Quem chama, quem escolhe, quem levanta, quem consagra, quem unge, quem abençoa, quem restaura: É DEUS! (Ef 4.11);
Deus escolhe quem Ele quer, no tempo que Ele quer, do jeito que Ele quer...

2 - DESTACA O MINISTÉRIO FRUTÍFERO, DOS INFRUTIFEROS.

Todos trouxeram os bordões mortos (secos), mas só o bordão de Arão reviveu! Porque somente o bordão de Arão floresceu e frutificou e, os outros não?
Deus escolheu cada um para um ministério (1Co 12.4-11).
O bordão de Arão floresceu e frutificou, para a glória de Deus.
Os outros queriam competir, medir forças, visibilidade, aparecer, reconhecimentos...
O bordão de Arão “frutificou” – permanentemente (Jo 15.7, 16).
O bordão reverdecido volta para a presença de Deus (Nm 17.10).
Os bordões secos serão retirados da presença de Deus (Jo 15.6);

3 - O ESCOLHIDO foi gerado para FRUTIFICAR (Nm 17.5,7-8 - “E os designei para que vão e deem fruto” (v16 de João quinze) - “brotou, florescer e produziu amêndoas”.

13 bordões ficaram de um dia para o outro na Presença do Senhor. Dentre esses apenas o de Arão FRUTIFICOU, os demais, nenhum deles, nem sequer brotou.
O bordão que floresce e frutifica, nos ensina:
A) Deus sempre nos surpreende (Ele não dá só VIDA, mas, VIDA ABUNDANTE). O v.5 diz que o bordão do ESCOLHIDO iria só FLORESCER - mas, ao amanhecer (v.8), “BROTOU, FLORESCEU e FRUTIFICOU”.
B) O bordão brotando, florescendo e frutificando destaca a vitalidade daquele que Deus escolhe.
Esse episódio é um lembrete atemporal de que:
Deus tem o poder de transformar o ordinário em extraordinário; o natural em sobrenatural;
Deus faz brotar vida onde poderia haver estagnação e morte;
De que as escolhas de Deus incontestáveis.
C) O escolhido por Deus não tem outra opção: FOI GERADO PARA FLORESCER - FOI GERADO PARA FRUTIFICAR. (Ele não tem opção de dizer: “Não quero florescer” - “Não quero flutificar”).
Meus caros irmãos, não se conforme com uma vida seca, mirrada, influtifera, esteril, improdutiva...JESUS NOS ESCOLHEU PARA FRUTIFICAR!
O bordão de Arão “floresceu” – as flores sinalizam-nos que é tempo de dar frutos.
O galho seco ao estar na presença de Deus frutificou;
Entrou seco, saiu verde (VERDIFICADO);
Entrou morto, saiu vivo (VIVIFICADO);
Anoiteceu infrutífero, amanheceu com brotos, flores e amêndoas.

Conclusão:

-O bordão de Arão floresceu porque representava um ministério vivo (que “permanece em Cristo” [Jo 15.4]). Creio pela leitura da narrativa do êxodo até Cades, que o bordão da casa de Levi é o bordão de Arão, o que foi usado: - para fazer os sinais na presença de Faraó; (Ex 7.10); - vir a primeira, a segunda e terceira praga (Ex 7.15; 8.5; 8.16). Assim, o bordão de Moisés e o de Arão, eram tidos como “Bordão de Deus”, já não de Moisés ou de Arão mas, “de DEUS”.
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