Um povo de palavra - Mt 5.33-37 - Com Jesus na Montanha

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Mt 5.33-37

Mateus 5.33–37 NVI
33 “Vocês também ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘Não jure falsamente, mas cumpra os juramentos que você fez diante do Senhor’. 34 Mas eu lhes digo: Não jurem de forma alguma: nem pelos céus, porque é o trono de Deus; 35 nem pela terra, porque é o estrado de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. 36 E não jure pela sua cabeça, pois você não pode tornar branco ou preto nem um fio de cabelo. 37 Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno.

Introdução

Recaptulação:
1. Jesus e a Lei
2. Adultério e divórcio

Uma cultura de promessas vazias

Eu e a Graci assistimos a um seriado a alguns anos atrás chamado Big Bang Theory. Na série, um dos personagens principais, Sheldon, ele tem dificuldades com algumas convenções sociais que nós nos acostumamos a ter.
Ele é sincero demais pra ser agradável.
Em um episódio da série seus amigos se encontram num determinado lugar e ele chega atrasado.
Desculpem o atraso
O que aconteceu?
Nada, eu só não queria vir.
É mais ou menos isso que vemos nas crianças.
Com o passar do tempo a gente percebe que essa sinceridade precisa ser reprimida de alguma forma.
Quando você vê alguém que não via há muito tempo, e a pessoa diz: o rapaz, a gente precisa se encontrar pra colocar o papo em dia. O que você responde? Verdade, vamo marcar. E os dois sabem que nunca marca kkkk.
Nós aprendemos que a sinceridade incomoda, e com isso a gente foi se adaptando, pra não ofender ninguém a gente foi tirando o peso das palavras.
E agora se a gente diz "vamos marcar” pode significar desde "vamos marcar amanhã às 19h” a "não vamos marcar nunca”.
Nossas palavras agora significam qualquer coisa. Como quando dizemos que vamos chegar um determinado horário, todo mundo sabe que existe uma margem de erro de pelo menos meia hora pra mais.
Se você vai fazer uma festinha e quer que todo mundo chegue 19h, você marca que horas? 18h30 kkkk.
Essa é nossa realidade cultural.
Agora, se a gente está imerso numa cultura onde as palavras já não tem tanto peso e significado, o que acontece quando precisamos do peso e signficado as palavras? A gente precisa de algo que transmita esse peso.
Houve um tempo em que o pai da família ia na venda, comprava fiado durante meses enquanto não dava o período da colheita, e o dono da venda ia pendurando todas as compras, tranquilamente, porque confiava de que no período determinado ia receber certinho.
Não tinha crédito. Não tinha contrato. Tinha a palavra.
A palavra valia.
Hoje, quando a palavra não vale mais, precisamos de alguma garantia do que ouvimos.
Precisamos de algo que possa deixar nossa palavra com mais validade, e é para isso que servem os juramentos.
Sempre que alguém jura pra trazer credibilidade à sua palavra, jura por algo de maior valor.
Jura por sua própria morte. - Por si mesmo, por Deus, por seus pais…
E na cultura judaica também haviam os seus juramentos. Jesus então vai falar sobre esse assunto:

Ouviram o que foi dito

Mateus 5.33–36 NVI
33 “Vocês também ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘Não jure falsamente, mas cumpra os juramentos que você fez diante do Senhor’. 34 Mas eu lhes digo: Não jurem de forma alguma: nem pelos céus, porque é o trono de Deus; 35 nem pela terra, porque é o estrado de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. 36 E não jure pela sua cabeça, pois você não pode tornar branco ou preto nem um fio de cabelo.
O juramento fazia parte da cultura do povo judeu. Mas como vimos, o juramento é necessário quando a palavra começa a perder valor.
Eles juravam pelos céus, pela terra, por Jerusalém, por sua própria cabeça…
Mas Jesus diz que no Reino dos Céus não deve haver nenhuma dessas formas de juramento.
Não existe uma fórmula mágica. Jurar pela mãe morta, por exemplo.
O que o texto não quer dizer?
Com base nesse texto, muitos cristãos em outros tempos deixaram de entrar em carreiras profissionais porque no meio jurídico, médico, milatar, dentre outros, existe a formalidade de alguns tipos de juramentos.
E Jesus parece ser categórico: Não jurem de forma alguma.
Mas é interessante notar que o antigo testamento incentiva juramentos, e o novo testamento também. Em apocalipse 10.5-6 um anjo da parte de Deus faz um juramento.
Quando olhamos para toda a escritura e para o contexto da fala de Jesus, percebemos que o problema não é esse juramento fundamental de algumas funções da sociedade, mas a necessidade de algo que torne nossa palavra digna de crédito.
O que Jesus está dizendo é que seu Reino é composto por pessoas dignas de crédito no seu falar.

Sim, sim. Não, não

Mateus 5.37 NVI
37 Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno.
Veja o que o texto diz.
Jesus espera de que nossas conversas sejam regadas a sinceridade e honestidade. A verdade, mesmo nas pequenas coisas.
Que quando dissermos "sim”, todos possam confiar que é "sim”, porque somos constantemente verdadeiros.
Quando dissermos “não”, todos saibam que é “não”, porque somos constantemente verdadeiros.
O detalhe é a constância. Porque verdadeiro todo mundo é em alguma medida. Mas se no meio das falar verdadeiras a gente solta uma mentirinha, nossa palavra vai perdendo crédito.
A mesma história dita por pessoas diferentes tem mais ou menos crédito. Não é verdade?
Tem hora que alguém fala algo pra nós e a gente não dá bola. Aí passa um pouco e outra pessoa diz exatamente a mesma coisa, aí então é verdade.
Jesus está dizendo que nós precisamos ser esse povo de palavra, que é coerente, sem mentiras ou falsidades, mas com verdade.
E equlíbrio também. Porque talvez a história até tem uma essência verdadeira mas a gente exagera nos fatos, ou então diminui o que de fato aconteceu…
Devemos dizer as coisas com verdade.
Nossa palavra precisa ser digna de crédito, sem a necessidade de juramentos.

Conclusão

Cuidado com essa cultura de promessas vazias.
Quando alguém disser: vamos marcar! Responda: que dia e que horas? Vamos colocar na agenda.
Por menores ou maiores as consequências, nossa sociedade tá cheia de promessas vazias. Palavras sem peso. Ditas como se não significassem nada.
Horários que não signficam nada. Compromissos que podem ou não acontecer. Promessas de amor e amizade, que não se traduzem na vida real. Palavras ditas a Deus no domingo que são esquecidas na segunda de manhã.
Não é assim o Reino de Jesus.
No Reino de Jesus habita um povo de palavra.
Gente confiável, digna de crédito, que no futebol fala que a bola não relou nele e você pode acreditar, porque foi um cristão quem disse.
Todas as nossas palavras são CORAM DEO.
Sejamos verdadeiros, irmãos. Seja em grandes proporções ou em menores. Testemunhando um crime ou explicando o porque demorou pra chegar em casa kkkk.
Mesmo que tenhamos algum tipo de prejuízo por sermos verdadeiros, mas que nossa palavra sim, seja realmente sim. E o nosso não, realmente não.
Servimos a um Deus de verdade.
ÁGAPE
Diante dessa reflexão, se sua esposa perguntar se a roupa ficou boa e você acha que não ficou, o que você responde? Ficou boa ou não?
Percebe que no casamento as coisas são mais complicadas? Por isso quero te convidar pro encontro de casais kkkkk
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