Sofonias 3: O Senhor está restaurando o seu povo

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Recapitulação

A importância do conceito de habitação de Deus

O Ai profético: um oráculo (v. 1)
A função do profeta
Muito mais do que fazer previsões futuras.
Muito mais do que um denunciador social.
O profeta é alguém que, no contexto de aliança, denuncia o pecado, anuncia possibilidade de redenção aos que se arrependem e juízo aos que são condenáveis perante Deus.

Maneiras pelas quais Deus manifesta a sua presença restauradora.

De que maneira Deus manifesta a sua presença restauradora?

1. Fazendo-se presente apesar da corrupção da cidade. (v. 1-7)

Aqui há uma descrisção da calamidade de Jerusalém. Primeiramente Deus fala sobre ela (v. 1-5) e depois fala sobre ela em primeira pessoa (v. 6-7).
No centro dessas descrições está a presença de Deus (v. 5). Mesmo em meio a calamidade, Deus está presente!
Como sabemos que é Jerusalém? Porque é Jerusalém a cidade a qual cumpre o papel de ser a habitação de Deus. Ela é a cidade santa, porque foi a cidade escolhida para ali fazer habitar o seu nome.
Mas Deus está presente.
v. 1: a tríplice descrisção da cidade demonstra que é uma cidade em aliança. Não é uma cidade qualquer, mas é a Jerusalém, a cidade santa que, naquele momento, não era nada santa.
O que se vê nos versículos seguintes é a descrição daquilo que foi resumido na declaração tripla do v. 1. De que maneira esta cidade é opressora, rebelde e manchada? É o que vemos nos próximos versículos.
v. 2: esta cidade também não é qualquer cidade porque é a cidade onde Deus fala. E se por diversas vezes Deus falou a esta cidade, por diversas ela também recusou a ouvir a sua voz.
v. 3-4: Todas as lideranças políticas e religiosas da cidade estão corrompidas.
Os principes e juízes ao invés de servirem o povo, devoravam o povo.
Profetas levianos: diziam que Deus estavam falando por eles, quando na verdade Ele não estava.
Sacerdotes, que deviam zelar pela pureza do santuário e pela santidade da vida com Deus, profanaram o santuário e violavam a lei junto com os príncipes. Eles se corromperam com eles.
Aplicação: alguma semelhança com nossos tempos hoje?
v. 5: ponto chave! Mesmo em meio a corrupção, Deus se faz presente!
Deuteronomy 32:4 “Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e reto.”
v. 6-7: Deus tentou ensinar o povo através de outras nações que foram castigadas. Porém, o povo não deu ouvidos.
Aplicação:
Quando a cidade não dá ouvidos a voz de Deus, sobra apenas corrupção.
O Ai profético de Jesus Matthew 23:37–39 “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!Eis que a vossa casa vos ficará deserta.Declaro-vos, pois, que, desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor!”

2. Purificando um povo para si (v. 8-13)

Esperem por mim (v. 8). Deus anuncia que ele fará uma restauração do seu povo. Ao purificar um povo para si, Deus traz outros povos para adorarem o Senhor (v. 9-10). Ele também elimina os orgulhos, e deixa apenas os humildes que não cometerão mais injustiças (v. 11-13).
v. 9: Eu darei lábios puros aos povos: Uma ação ativa do Senhor;
…aos povos: o propósito redentivo de Deus não se restringe apenas a Israel. Deus quer que todas as nações o adorem. Veja o v. 10.
Para quê ter lábios purificados? Para que os povos possam invocar o nome do SENHOR e o sirvam de comum acordo.
Aplicação:
Só é possível adorar a Deus em santidade se Ele fizer uma obra de purificação em nós.
Em Cristo, nós podemos invocar o nome dele e sermos salvos (Acts 2:21 “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” )
v. 11-13: A expressão “Naquele dia” mostra que agora o profeta se dirige a mostrar como será a nova Jerusalém no dia da restauração do Senhor.
v. 12: soberba e mansidão/humildade: Esta relação foi bem detalhada no capítulo 2. Agora Deus demonstra que fará a separação entre estes dois grupos, não deixando que os soberbos permaneçam na cidade santa.
Aplicação:
A promessa de purificar um povo para si se dá em Cristo (Mateus 24);
Deus regenera um povo para andar em retidão (Ephesians 4:24 “e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.”
Ao fazer com que outros povos sejam purificados, Deus nos mostra que a amplitude da purificação não estava restrita a um lugar, ou até mesmo há um povo. Todos os povos são convocados pelo Senhor para adorá-lo.

3. Alegrando-se em nós e nos concendendo alegria (v. 14-20)

A última parte deste discurso é um brado de vitória. Se o início do livro é uma magnífica descrição da ira de Deus no Juízo, o final deste livro é igualmente uma descrição sublime do amor de Deus sobre o seu povo na consumação dos séculos.
Deus afastou as sentenças: (v. 15): Ele removeu as punições que haviam para o seu povo. Agora é momento de plena liberdade!
O Senhor lançou fora o teu inimigo (v. 15): Alusão a benção da aliança em Deuteronomy 28:7 “O Senhor fará que sejam derrotados na tua presença os inimigos que se levantarem contra ti; por um caminho, sairão contra ti, mas, por sete caminhos, fugirão da tua presença.”
A ideia da Filha de Sião e de Deus como Rei de Israel (v. 15) se juntam em John 12:15 “Não temas, filha de Sião, eis que o teu Rei aí vem, montado em um filho de jumenta.”
v. 17: O João 3.16 do AT (Palmer Robertson)
Um guerreiro que ama (v. 17)
Deus se deleitará em nós. Já parou pra pensar sobre isso? (v. 17)
Precisamos quebrar o tabu do prazer. O prazer é algo divino.
Deuteronomy 30:9 “O Senhor, teu Deus, te dará abundância em toda obra das tuas mãos, no fruto do teu ventre, no fruto dos teus animais e no fruto da tua terra e te beneficiará; porquanto o Senhor tornará a exultar em ti, para te fazer bem, como exultou em teus pais;”
O encerramento do livro é alegre, apesar do seu conteúdo ser todo marcado pelo Júizo.
Como Deus pode se alegrar conosco e nós podemos nos alegrar nEle?
Aplicação:
Deus pode se alegrar conosco e nós podemos nos alegrar nEle porque Cristo Jesus é o guerreiro poderoso que nos salvou e nos deu a vitória.

Conclusão:

Vemos portanto algumas maneiras pelas quais Deus manifesta a sua presença restauradora. Ele faz isso: 1) Fazendo-se presente apesar da corrupção da cidade (v. 1-7); 2) Purificando um povo para si (v. 8-13); 3) Alegrando-se em nós e nos concedendo alegria.
Aplicação:
Como anda a nossa cidade? Como anda nossa igreja?
O SENHOR está no nosso meio!
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