Sal É Para Dar Sabor E Luz É Para Brilhar
Irmãos, Nós Fomos Escolhidos para Proclamar o Reino de Deus!
2784 κηρυσσω kerusso
de afinidade incerta; TDNT - 3:697,430; v
1) ser um arauto, oficiar como um arauto
1a) proclamar como um arauto
1b) sempre com sugestão de formalismo, gravidade, e uma autoridade que deve ser escutada e obedecida
2) publicar, proclamar abertamente: algo que foi feito
3) usado da proclamação pública do evangelho e assuntos que pertencem a ele, realizados por João Batista, por Jesus, pelos apóstolos, e outros mestres cristãos
No texto em tela, Jesus deixa de pronunciar bênçãos e passa a comunicar responsabilidades, diz R. C. Sproul.
Logo, Sal e Luz São Símbolos da Nossa Atuação como Reino
William Barclay diz que a luz tem três funções primordiais: ser vista por todos, servir de guia e servir como advertência.
Jesus usa duas metáforas eloquentes para descrever a influência da igreja no mundo. A primeira delas é o sal, que trata de sua influência interna. A segunda é a luz, que descreve sua influência externa. O sal influencia sem ser visto. A luz influencia sem deixar de ser vista. O sal influencia ao infiltrar-se. A luz influencia ao irradiar-se. O sal, embora não possa ser visto, é sentido. A luz, embora não possa deixar de ser vista, é reveladora.
A Luz Atua no Exterior, Revelando a Verdade (Proclamação, Pregação)
Sem as obras, o nosso evangelho perderia sua credibilidade; e Deus, a sua honra.
Quando um cristão faz boas obras, ele as realiza pelo poder de Deus e para a glória de Deus.
A igreja só é relevante quando totalmente diferente do mundo. A amizade da igreja com o mundo é um desastre (Tg 4.4; 1Jo 2.15–17; Rm 12.2). Quando a igreja tenta imitar o mundo para atraí-lo, ela perde sua capacidade transformadora. John Stott diz que, mesmo a igreja sendo perseguida pelo mundo (5.10–12), é chamada para servir a este mundo que a persegue (5.13–16).
A metáfora da luz enseja-nos algumas lições oportunas, como vemos a seguir.
Em primeiro lugar, a luz é símbolo da verdade.
Em segundo lugar, a luz é símbolo da pureza. As trevas escondem a sujeira do pecado. O pecado é imundo. A iniquidade se aninha sob as asas da escuridão. Adultérios, roubos, assassinatos, mentiras, maldades e promiscuidades são maquinados e praticados debaixo do manto das trevas. A escuridão é lôbrega.
Em terceiro lugar, a luz é símbolo de vida. Não há vida sem luz. Não houvera luz, e não haveria o fenômeno da fotossín tese. Sem fotossíntese, não haveria plantas e, sem elas, não haveria a oxigenação e, sem a oxigenação, não sobreviveríamos. Logo, a presença da igreja no mundo é que mantém no mundo a vida. Sem a igreja no mundo, este pereceria em seu pecado.
Em quarto lugar, a luz é símbolo de direção.
Quem anda na luz, sabe para onde vai. Quem anda na luz, não tropeça. Jesus é a luz do mundo, pois tem luz própria. Ele é o sol da justiça. A igreja, mesmo não tendo luz própria como a lua, reflete no mundo a luz de Cristo, o sol da justiça.
Em quinto lugar, a luz é símbolo de alerta.
Em sexto lugar, a luz é símbolo de calor.
Igual ao Sal, que Atua no Interior: Faz Experimentar a Verdade (Influência, Amor)
Como o sal da terra, a igreja possui várias funções importantíssimas, as quais passamos a descrever a seguir.
Em primeiro lugar, o sal é antisséptico e inibe a decomposição (5.13).
Em segundo lugar, o sal é condimento e dá sabor (5.13).
Em terceiro lugar, o sal provoca sede (5.13).
Em quarto lugar, o sal para ser útil precisa conservar sua salinidade (5.13). A eficácia do sal é condicional. Ele precisa conservar sua salinidade. Stott afirma corretamente que o cloreto de sódio é um produto químico muito estável, resistente a quase todos os ataques. Não obstante, pode ser contaminado por impurezas, tornando-se, então, inútil e até mesmo perigoso. O que perdeu a sua propriedade de salgar não serve nem mesmo para adubo.
Em primeiro lugar, cada um será salgado com fogo (9.49). Todo sacrifício judaico deveria ser salgado antes de ser oferecido a Deus no altar (Lv 2.13). Esse sal sacrifical era chamado o sal do pacto (Nm 18.9; 2Cr 13.5). A adição desse sal é que tornava o sacrifício agradável a Deus. Antes da vida do discípulo ser agradável a Deus, deve ser tratada com fogo assim como todo sacrifício é tratado com sal. O fogo é o sal que faz a vida aceitável a Deus. Que fogo é esse? Esse fogo fala de purificação e perseguição (1Pe 1.7; 4.12; Is 48.10). O discípulo é aquele que é purificado do mal e suporta o fogo da perseguição por amor a Jesus.
Concordo com as palavras de Robert Mounce: “A conduta correta dos crentes impede que a sociedade fique rançosa completamente”.
R. C. Sproul é enfático: “Uma das tarefas da igreja é impedir que o mundo se autodestrua”.
Se Isso Acontece, Somos Vencidos e Envergonhados pelo Mundo (Lixo)!
Stott afirma corretamente que o cloreto de sódio é um produto químico muito estável, resistente a quase todos os ataques. Não obstante, pode ser contaminado por impurezas, tornando-se, então, inútil e até mesmo perigoso. O que perdeu a sua propriedade de salgar não serve nem mesmo para adubo.
A palavra usada para descrever o inferno é geena. Essa palavra vem do Vale dos filhos de Hinom, na cidade de Jerusalém
William Barclay diz que quando aquele local foi declarado imundo e profanado, tornou-se o depósito de lixo da cidade de Jerusalém, que queimava continuamente. Em consequência, era um lugar sujo e fétido, onde os vermes jamais deixavam de roer e onde havia sempre fogo e fumaça subindo como um enorme incinerador.