A crise de Paulo no sofrimento

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Introdução

Paulo escreveu essa carta para a igreja de Filipos quando estava preso na cidade de Roma, essa é a prisão domiciliar do apóstolo Paulo onde permaneceu por dois anos. A carta aos Filipenses foi escrita por volta de 61 d.C.
Paulo escreveu essa carta com três propósitos:
1. Para expressar a sua gratidão à igreja, porque a igreja de Filipos enviou Epafrodito até Roma para entregar a oferta financeira ao apóstolo Paulo.
2. Para relatar o motivo de enviar Epafrodito de volta à cidade de Filipos.
3. Paulo escreveu para exortar a igreja sobre alguns aspectos da vida cristã:
A unidade
A humildade
A alegria
Os falsos ensinos
Resolução de conflitos
E dentre outros assuntos que vão surgindo ao longo da carta.

Ideia Central

Paulo estava passando pelo sofrimento, mas não perdeu a esperança, pois dedicava a sua vida para a glória de Deus.

Transição

Veremos três aspectos sobre Paulo diante do seu sofrimento.

Desenvolvimento

1º A confiança de Paulo (v. 19)

Paulo estava preso em Roma, sofrendo por causa de Cristo Jesus, por isso ele desejava sair da prisão, a fim de dar continuidade no trabalho evangelístico. Mas ser liberto não seria algo muito fácil, porém, ele tinha a confiança de que sairia da prisão. Diante disso, veremos as duas razões para a confiança de Paulo:

1ª Paulo confiava nas orações da igreja (v. 19 a)

19 pois sei que o que me aconteceu resultará em minha libertação, graças às orações de vocês
Paulo estava sofrendo uma oposição, pois estava preso, mas tinha a convicção de que iria ser liberto da sua angústia. Porque a igreja estava orando em favor de sua libertação, o apóstolo estava crendo que essas orações iriam chegar ao trono da graça e Deus iria responder as orações dos irmãos.
Deus é aquele que responde as orações do seu povo. O apóstolo Paulo depositava a sua confiança nas orações do povo de Deus. A Bíblia afirma que as orações de um justo é poderosa.
Tiago 5.16 NVI
16 Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz.

2ª Paulo confiava na provisão divina (v. 19 b)

19 e ao auxílio do Espírito de Jesus Cristo.
Paulo depositava a sua confiança na provisão do Espírito Santo para ser liberto de sua prisão. A ação do Espírito Santo viria através das orações da igreja. A provisão viria como um suprimento para fortalecer o apóstolo Paulo e colocá-lo em liberdade.

2° A expectativa de Paulo (v. 20-21)

Paulo estava sofrendo em sua prisão domiciliar, ele estava prestes a passar pelo julgamento e ser executado. Mas ele não perdeu a esperança e nem estava preocupado com a sua própria vida, pois estava olhando para o futuro com grande expectativa. Diante disso, veremos as duas expectativas de Paulo:

1ª De não ser envergonhado (v. 20 a)

20 Aguardo ansiosamente e espero que em nada serei envergonhado.
O apóstolo era um homem que estava preso, mas que não perdeu a esperança. A palavra “ansiosamente” ou “esperança” descreve alguém que estica o pescoço para ver o que está na frente. Isso mostra que Paulo olhava para o futuro com uma expectativa muito intensa.
Paulo tinha a expectativa de que não iria ser envergonhado no julgamento, mas que seria liberto.

2ª De glorificar a Cristo na morte e na vida (v. 20 b - 21)

20 Ao contrário, com toda a determinação de sempre, também agora Cristo será engrandecido em meu corpo, quer pela vida, quer pela morte;
O desejo do apóstolo Paulo era glorificar o Senhor Jesus, independente do que iria acontecer com ele, ou seja, se caso ele fosse condenado e morresse, ele queria que Cristo fosse engrandecido, ou se ele ficasse vivo, ele queria que Cristo fosse exaltado.
A vida de Paulo era glorificar a Cristo Jesus, ele não buscava os seus próprios interesses, não estava construindo um reino pessoal, não estava buscando aplausos humanos, não estava comercializando o evangelho, ou seja, distorcendo a mensagem para ganhar dinheiro. Mas com toda a sua força, ele desejava glorificar a Cristo em seu corpo, isso implica em continuar vivo ou enfrentar a morte.
21 porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro.
Paulo deixa muito claro que viver para Cristo fazia parte de sua vida, isso quer dizer que a vida dele era para a glória de Cristo.
Gálatas 2.20 NVI
20 Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.
Atos dos Apóstolos 20.24 NVI
24 Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus.
No entendimento de Paulo a morte não seria algo ruim, mas seria lucrativa, pois ele estaria com o Senhor para todo o sempre, desfrutando da comunhão plena com Cristo e de tudo que o Senhor preparou para os salvos. Se Paulo morresse naquele momento, o maior desejo dele era a glória de Cristo.
Filipenses 2.17 NVI
17 Contudo, mesmo que eu esteja sendo derramado como oferta de bebida sobre o serviço que provém da fé que vocês têm, o sacrifício que oferecem a Deus, estou alegre e me regozijo com todos vocês.

APLICAÇÃO

Glorificar a Cristo na vida. O cristão precisa buscar glorificar a Cristo por meio de sua vida, esse é o foco principal daqueles que foram salvos por meio de Cristo.
1Coríntios 10.31 NVI
31 Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.
Qual é o sentido de viver nessa terra sem glorificar o nome de Jesus? Se você vive nessa terra focando nas suas coisas pessoais, você está vivendo em vão e se esquecendo da eternidade.
Colossenses 3.1–2 NVI
1 Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. 2 Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas.
Glorificar a Cristo na morte. Não basta começar vivendo bem a vida cristã, mas é necessário terminar bem, ou seja, ao se deparar com a morte o cristão deve ter a convicção de que glorificou a Cristo enquanto viveu nessa terra, mesmo em sua morte. Além disso, é necessário deixar um legado e um testemunho para os que ficam de que vale a pena servir a Cristo.
A expectativa e a esperança do cristão é de glorificar o Senhor, seja vivendo a vida ou enfrentando a morte.
Próximo a sua morte Martyn Lloyd Jones escreveu, para a sua esposa e para sua família: “Não orem por minha cura. Não me impeçam de ir para a glória”. (1 Março de 1981.

3° A inquietação de Paulo (v. 22-26)

Paulo estava dividido em seus sentimentos, pois diante dele tinha duas opções: a vida e a morte, qual das duas opções seria a melhor escolha? Tanto a vida e a morte era o desejo de Paulo. Diante dessa situação, veremos duas afirmações sobre a inquietação de Paulo:

1ª Paulo estava com dúvida (v. 22)

22 Caso continue vivendo no corpo, terei fruto do meu trabalho. E já não sei o que escolher!
Paulo ao escrever para os irmãos que estavam em Filipos, mostrou que ele se encontrava em uma situação extremamente difícil, pois diante dele estava a dúvida: “enfrentar a morte ou permanecer vivo”. Ele afirma que se caso permanecer vivo, ele colherá os frutos do seu trabalho, ou seja, iria continuar fazendo a obra do Senhor.

2ª Paulo desejava estar com Cristo (v. 23)

23 Estou pressionado dos dois lados: desejo partir e estar com Cristo, o que é muito melhor;
Paulo estava pressionado dos dois lados, ou seja, ele preferia partir para estar com o Senhor, isso significa que ele iria desfrutar da vida eterna ao lado do Senhor, mas ainda existia a necessidade de permanecer no corpo.
O cristão não teme a morte e nem foge da vida. Mas ele passa pela mesma crise de Paulo, pois a pátria está no céu, o nome está escrito no livro da vida, tem a segurança da salvação, a morte é lucro, porém, estando nesse mundo, está representando Cristo e pregando o evangelho ao perdidos.

3ª Paulo tinha a certeza de permanecer vivo (v. 24-26)

24 contudo, é mais necessário, por causa de vocês, que eu permaneça no corpo.
25 Convencido disso, sei que vou permanecer e continuar com todos vocês, para o seu progresso e alegria na fé,
Paulo entendeu que pela provisão divina, ele não iria morrer, mas iria permanecer vivo para ele ser um instrumento de Deus para o crescimento do corpo de Cristo. Deus sabia o que era melhor para igreja naquele momento, deixar Paulo vivo para a edificação do corpo ou recolher o apóstolo para a mansão celestial, livrando- o de sua angústia.
26 a fim de que, pela minha presença, outra vez a exultação de vocês em Cristo Jesus transborde por minha causa.
A presença de Paulo iria trazer alegria para o povo de Deus e eles iriam desfrutar do trabalho do apóstolo Paulo. Diante disso, eles iriam se orgulhar em Cristo pelos grandes feitos do Senhor através de Paulo.

Conclusão

Para concluir, Paulo estava preso, passando pelo sofrimento, mas não ficou sem esperança pois confiava na provisão divina e nas orações da igreja. O apóstolo olhava para o futuro com a expectativa porque ele dedicava a sua vida a Jesus Cristo, então, se ele morresse ou vivesse, o importante era a glória de Cristo.
O cristão passa por sofrimentos e por crises. Mas deve dedicar a sua vida para glorificar a Cristo, seja vivendo nessa terra, fazendo a obra de Deus ou enfrentando a morte, desfrutando da eternidade. O foco principal é que Jesus seja glorificado através da vida dos cristãos.
Você tem glorificado a Cristo enquanto vive nessa terra? Qual o legado que você está deixando para as pessoas como servo de Deus? O que vão falar no dia do seu velório?

Aplicação

Diante das crises e dificuldades confie na provisão de Deus e compartilhe com a igreja, para juntos orarmos.
Tenha a expectativa de glorificar a Cristo nesse momento em que você está vivendo.
Construa um bom legado, para que você venha glorificar a Cristo, quando você partir dessa vida para outra.
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