Idolatria que leva à insanidade

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Oseias 4.11-19

Introdução:
Temos visto até aqui como o povo de Deus trilhou um caminho que trouxe sua própria ruína. Na mensagem passada, percebemos que os sacerdotes que deveriam ser bençãos e auxiliadores na aliança de Deus com o povo, tinham um prazer insaciável no pecado, e, pelos benefícios recebidos, não trouxeram a advertência necessária para o povo avaliar sua atitude e rever sua aliança com Deus.
Nessa seção, a situação se aprofunda ainda mais, Deus descreve como a ausência de liderança até mesmo nas casas trouxe uma situação ainda mais reprovável no povo. Quando Deus coloca pessoas para liderarem e eles falham, apesar disso não anular a responsabilidade daqueles que cometem o pecado, também implica que Deus pedirá contas de quem deveria ser exemplo. Liderar não é uma tarefa fácil, e uma má liderança é fruto de alguém que não reconhece o quão necessário é ter o Deus da aliança como seu exemplo maior. Vamos perceber o seguimento do capítulo quatro em duas partes, a primeira:
1 - O pecado de Israel se iniciasse por meio da satisfação dos desejos (11-14)
O verso inicia alistando três coisas que faziam parte do costume judaico daqueles dias.
A primeira citada se refere exatamente à atitude de traição conjugal, que é um fato citado posteriormente no verso 14. Palavra também utilizada para se referir ao comportamento de Gômer.
Vinho e mosto se referem a um vinho mais antigo e um mais novo.
Essas coisas acabaram servindo, nesse contexto, para adormecer a culpa do povo.
Como a ideia moderna de “beber para esquecer”, eles se utilizavam dessas coisas fora do âmbito permitido por Deus e sua capacidade de raciocinar ficava prejudicada.
Tanto que o verso 11 fecha com o dito “tiram o entendimento do meu povo”.
Uma tradução alternativa diz que: Abafam a razão.
E reconhecemos que pessoas quando se deixam levar pelos prazeres carnais fica como se fechasse os ouvidos para a voz de Deus para poder desfrutar isso sem qualquer culpa.
Infelizmente, se não há um cuidado com o modo no qual utilizamos das coisas dadas por Deus, elas podem abafar a voz de Deus, e não fazemos um uso correto de nenhuma delas.
Na vida do Reino do Norte isso os levou à loucura, e o verso 12 explica o quão baixo eles chegaram.
Temos que o povo buscava um “pedaço de madeira” para consultar, a ideia é de alguém que procura informações a um ídolo.
A madeira representa o material que era utilizada na fabricação de alguns ídolos.
Madeira que era feita para ser queimada, agora é utilizada para aconselhar às pessoas. Eis a ironia que caiu o povo de Deus.
Através desse mecanismo, o povo recebia um resposta. Eles não buscavam a Deus sobre como deveriam viver suas vidas, através de um método alternativo procuravam conhecimento.
O verso fecha explicando a causa de tudo isso…
Um espirito de prostituições, ou seja, como Deus não os guiava e não era fonte de conhecimento deles, uma outra coisa preenchia, e os ídolos estavam lá para trazer a tragédia.
E nesse ato, se afastaram ainda mais de Deus, como explica o final do verso 12.
O verso 13 descreve as ações idolatras deles, eles sacrificavam sobre o alto dos montes.
A ideia antiga era de que se você sacrificasse em um lugar alto isso te colocaria numa posição de maior proximidade de Deus.
Em Isaías 57.7 diz: “Você fez o leito numa colina alta e soberba; ali você subiu para oferecer sacrifícios.” Que demonstra esse raciocínio.
A descrição que se segue que finaliza com “é boa a sua sombra” explica que a localização onde se faria os sacrifícios tinha um clima agradável.
Nos lugares alto o clima é bem mais frio, e ainda teria arvores para ser ainda mais agradável.
Mas, cair na idolatria, o que ocasionava? As filhas pecavam e se tornavam mulher de todos, e a traição conjugal se alastrava na terra.
O fidelidade do casamento se transformava em nada já que cada um procurava seguir a sua falta de razão.
Os homens que deveriam ser os líderes no serviço ao Senhor, se tornaram idolatras, e suas mulheres e noras seguiam a mesma tendência.
Isso o verso 14 critica, Deus não puniria simplesmente às mulheres por pecar, já que os seus maridos e pais não davam o exemplo.
Eles mesmo corriam para o pecado, como o verso descreve, e iam atras de sacrificar e pecar juntamente.
O fim da primeira seção nos deixa um proverbio de advertência:
A falta de entendimento leva o povo à destruição.
E o mesmo acontece nos dias atuais quantas pessoas não foram enganadas por algum líder religioso, e venderam tudo o que tinham?
Quantos no desejo, como de Israel, de satisfazer suas vontades foram levadas a cometer loucuras?
A falta de entendimento nos leva a seguir nossa vontade, e isso, como o verso 14 deixa claro, é correr para a perdição!
No verso 6 desse capítulo Oseias já tinha deixado o aviso.
O que sabemos sobre Deus será o CAMINHO para não sermos enganados, ou traídos por nossos impulsos.
Conhecer a Escritura é uma libertação, não é algo que deve nos incomodar ou trazer peso para nossas vidas.
Que sigamos o alerta deixado pelo Salmo 119.11 “Guardei no coração a tua palavra para não pecar contra ti.”
Até essa parte há apenas pequenas menções ao Reino do Sul, mas a presença deles será mais comum de agora em diante, começando dos versos 15 a 19.
2 - Judá deveria observar o exemplo de Israel e fugir dele (15-19)
Deus agora fala do povo de Israel de modo completo, apesar do pecado de uma boa parte, ele exorta ao povo do Sul para não repetir a mesma atitude.
Ele adverte para eles também não abandonara o local de culto, o templo em Jerusalém, para seguir o restante na mesma adoração nos locais citados no verso 15.
Esses lugares também falam sobre locais bem importantes antes da adoração centrada em Jerusalém, antes locais que honravam o nome de Deus, agora, locais que acontecem abominação.
E a palavra “Bete-Aven” que muda o nome de Betel, diz muito que o local que era para ser a casa de Deus se tornou a casa de impiedade.
E nem ter o hábito de tomar o nome do Senhor em vão, como já vimos que era um costume do Reino do Norte.
Porque Judá deve ser apartar deles? O verso 16 explica.
Eles que deveriam ser ovelhas conduzidas pelo supremo pastor, se tornaram vacas rebeldes, ou seja, que não tem disposição a mudar.
Não pensam no seu erro, já que estão totalmente inativos pelo pecado, isso finaliza em rebeldia contra o Senhor.
E com isso, Deus não os protegeria, como faz um pastor ao conduzir o rebanho ao curral, mas os deixaria solto. Numa campina sem proteção.
Isso implica na ausência da condução deles, ou como falamos hoje, Deus permitiria que eles seguissem seu rumo, mas isso é o mesmo que uma bola de neve.
Fica desgovernados até achar uma pedra para se chocar!
Deus ainda diz: Efraim está entregue aos ídolos, é deixá-lo. Ou seja, como isso acontecerá com eles, não se misturem, deixem que as consequências apenas o atinjam!
Irmãos isso nos deixa uma lição: Tenha bastante cuidado ao desenvolver uma amizade com uma pessoa problemática, se você percebe que já tentou ajudá-la e ela não altera seu comportamento, jaja é você quem vai se tornar como ela.
E, antes que as coisas cheguem a esse ponto, Deus está indicando a você que chegou o momento de se afastar, pois: 1Coríntios 15.33 “Não se deixem enganar: “As más companhias corrompem os bons costumes”.”
Kistemaker faz o seguinte comentário sobre essa passagem: Quando nos associamos com má companhia ou nos deleitamos nelas, corremos o risco de adotar linguagem profana e suja que corrompe a respeitabilidade e a reputação de nossa pessoa.
Deus adverte sobre o perigo que Israel faria a Judá, mas também devemos reconhecer o perigo que uma má companhia pode nos oferecer.
O verso 18 reforça o que já foi dito no verso 11, Israel após beber caia ainda mais no pecado.
E adoravam a vergonha, ou seja, uma referência a sou prática de idolatria. Se os profetas adoravam as ofertas do povo, os líderes civis tinha ainda mais preferência ao pecados.
Para finalizar, o verso 19, também reforça o que já foi dito no verso 14.
A ideia de “um vento os envolveu” está ligada ao espirito de proteção, basicamente a suposta proteção que eles têm é essa.
Mas o que ela os dará? o fim do verso explica.
Vergonha! Além de não proteger, o caminho que eles trilharam até aqui ainda só os trará culpa.
O pecado não nos protege, ele só adormece um pouco da nossa consciência por um breve tempo, após isso, temos uma enorme vergonha para lidar.
Deus adverte Judá a não cair no mesmo erro, os ídolos não os darão satisfação, só um caminho ao fundo do poço.
Não há alegria plena fora de Deus, não seremos completos fora dele e do seu Filho.
Tínhamos um vento de destruição sobre nós, mas Cristo levou toda nossa vergonha na cruz. Para agora, sem qualquer receio, tenhamos confiança diante do nosso Senhor!
Conclusão: Irmãos, como vimos nessa noite, é necessário observar os erros do povo de Deus para pensarmos em como agir agora como parte desse povo. Não podemos permitir que as coisas que Deus nos deu sejam uma porta para afastar dele, saiba que, se ele permitiu algo chegar a sua vida, foi para que você o glorificasse, se isso não acontecer, ele agirá para remover aquilo que nos afasta dele. Que roguemos ao amado Pai sabedoria para que nossa vida seja um constante louvor ao seu precioso nome, amém!
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