A reconciliação entre judeus e gentios no Messias era o plano de Deus desde a antiguidade, e demonstra Sua sabedoria e as abundantes bênçãos que fluem do Messias Jesus.

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1Por esta razão, eu Paulo, prisioneiro do Messias Jesus em nome de todas as nações — 2se de facto todos ouvistes falar do plano arranjado da graça de Deus que me foi dado por todos vocês, 3 que me seria dado a conhecer, segundo a revelação, o segredo aberto, como escrevi anteriormente em breve,  4 em que possais, depois de ler, compreender a minha visão do segredo aberto do Messias, 5que noutras gerações não foi dado a conhecer a humanidade, como agora é revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas, 6que as nações são co-herdeiras e co-membros do corpo e co-possuidoras da promessa no Messias Jesus através das boas novas,  7 do qual me tornei servo segundo o dom da graça de Deus que me foi dado de acordo com a acção do seu poder. 8 A mim, o mais baixo de todos os santos, foi-me dada esta graça, para anunciar boas novas às nações da riqueza incompreensível do Messias, 9 e para iluminar para todos o que é o plano arranjado do segredo aberto que estava escondido por séculos em Deus, que criou todas as coisas, 10 para que agora se tornasse conhecido,  aos governantes e às autoridades dos céus, através da igreja, a sabedoria multifacetada de Deus, 11 de acordo com o plano dos tempos que Ele realizou no Messias Jesus, nosso Senhor, 12 em quem temos ousadia e acesso com confiança através da sua fidelidade [ou: fé n'Ele]. 13 Por isso, peço que não haja desânimo quanto às minhas dificuldades em vosso nome, que são a vossa glória. 14 Por isso, curvo o meu joelho ao Pai, 15 de quem é nomeado todo o clã familiar nos céus e na terra, 16 para que Ele dê a todos vocês, segundo a riqueza da sua glória, o poder de ser fortalecido através do seu Espírito no vosso ser humano interior,17 para que o Messias habite nos vossos corações através da fé,  tendo sido enraizados e estabelecidos no amor 18 para que todos vocês fossem capacitados a compreender, juntamente com todos os santos, qual é a largura, comprimento, altura e profundidade — 19 para conhecer o amor do Messias para que todos vocês seria preenchido para toda a plenitude de Deus. 20 Ora, àquele que é poderoso além de todas as coisas para fazer mais abundantemente do que pediríamos ou conceberíamos, de acordo com o poder que opera em nós, 21 a ele seja glória na igreja e no Messias Jesus para todas as gerações da era dos séculos, amém.

Nos capítulos 2 Paulo dedicou-se a desenvolver o principal argumento de sua mensagem para os Efésios, do qual fluem ou estão fundamentado todo o resto de suas colocações na carta.
Na primeira parte do capítulo 1 (vv 1-14) Paulo propôs um hino louvando a Deus pelas bençãos da eleição, predestinação, adopção, redenção e esperança futura dadas aos judeus, que também estão disponíveis aos gentios, através da fé, confirmadas pelo Espírito Santo.
Na segunda parte ainda do capítulo 1 (vv15-23) Paulo Seguiu com uma oração de gratidão pela obra de Deus entre os Efésios e petição para que os eles compreendessem continua e plenamente que obra de Deus no Messias resulta numa nova identidade para os gentios e uma nova nova dinâmica no relacionamento com Ele mesmo e com os judeus.
Na primeira parte do capítulo 2 (vv1-10) Paulo desenvolveu a teologia de como a obra de Deus no Messias foi levada a cabo.
Primeiramente, Ele evidencia como no passado a humanidade toda estava separada de Deus por causa do pecado, o que resultava em uma vida de escravidão ao pecado e uma morte sem esperança.
De seguida mostrou que a criação do povo de Israel é uma obra de salvação, na medida em que referia-se a reconciliação com Deus, e esta tornou-se o quadro definidor da salvação dos gentios
Terminou propondo que a graça de Deus é o poder de Deus por meio do qual os gentios que creem e são fiéis ao Messias, são recriados, reconciliados com Deus e habilitados a participar do governo de Deus sobre a nova criação no Messias
Na segunda parte do mesmo capítulo (vv 10-22) Paulo concentra-se em demonstrar que A obra do Messias Jesus consiste em recriar a humanidade, reconciliando-a entre si e provendo acesso a Deus por um único Espírito. O Messias cria uma nova humanidade dentre os gentios e judeus. Reconciliando os humanos entre si. O caos que caracteriza as relações humanas é tratado pelo Messias, a misericórdia e graça que resultam no perdão de ofensas passadas, presentes e futuras, são o fundamento dessa reconciliação. Reconciliando esses que agora estão reconciliados entre si, com Deus.
Hoje vamos cobrir o capítulo 3 e nele, à luz de tudo que ele disse no capítulo 2, propõe—nos uma oração intercessora pelos gentios, pedindo 2 coisas: fortalecimento espiritual para suportar adversidades e uma confiança e fidelidade ao Messias Jesus que resulte na compreensão do amor e da fidelidade do Messias, que por implicação devera ser traduzido em amor um pelos outros, apesar das questões divisórias.
Antes de orar, Paulo relembra os seus leitores do que “brevemente” lhes falou capítulo 1 e 2, e enfatiza que A reconciliação entre judeus e gentios no Messias era o plano de Deus desde a antiguidade, e demonstra Sua sabedoria e as abundantes bênçãos que fluem do Messias Jesus. Ele inicia um pensamento no v1 que interrompe rapidamente, no versiculo 2 e só retoma no versículo 13, no qual ele quis falar-lhes de sua aflições como prisioneiro por causa do evangelho. Mas parece que ele acha necessário fazer uma insistência a respeito do conteúdo e do poder do evangelho. Para Paulo, falar do Evangelho parece ser muito mais urgente e necessário do que falar de suas aflições por causa do evangelho.

A reconciliação entre judeus e gentios no Messias Jesus é um “mistério” revelado a Paulo e outros apóstolos e profetas pelo Espírito e é o centro do evangelho.

Paulo parece antever que seus leitores possam concluir que Deus tenha perdido o controle da situação, e que as acções de Deus ao longo da história do Antigo Testamento tenha sido rectivas e não proactivas. Paulo assegura ao seus leitores que desde a antiguidade Deus teve o controle da situação. Ademais, a morte do Messias, os sofrimentos de Paulo e as adversidades enfrentadas pelos Efésios, poderiam resultar em questionamentos sobre a fidelidade de Deus no Messias, a validade da Mensagem de Paulo e até mesmo do poder do Evangelho.
Paulo assegura seus leitores que tudo o que ele acabou de lhe falar brevemente eram as boas novas, o evangelho. E este é caracterizado por ser:
Um plano arranjado da graça de Deus - Desde o começo Deus desejava a criação de uma humanidade por meio da qual sua vontade seria executada na terra, assim como ela executada no céu, por meio dos seres espirituais. A liberdade de escolha dada aos humanos no jardim, não encontrou Deus de supresa. Deus sabia que era uma possibilidade e já tinha um plano para isso. No contexto do julgamento da serpente no jardim, Deus prometeu à humanidade um redentor e à serpente alguém que a derrotaria.
O problema que havia sido criado no jardim, conforme vimos no capítulo 2 é a separação da humanidade de seu criador, o que resultou numa existência de escravidão ao pecado e à morte - descrita como o príncipe ou regente ou governante do domínio ou esfera do ar. Toda a humanidade está sujeita a influência desta entidade. O rendentor da humanidade viria e sua obra consistiria em enfraquecer o poder do pecado e da morte sobre a humanidade. Deus iniciou essa obra quando dentre as nações escolhe Abrão e lhe prometeu uma descendência por meio da qual toda humanidade lhe seria abençoada, isto é, liberta do domínio do pecado e da morte.
Um Mistério ou Segredo Aberto que os gentios desconheciam: o plano de Deus é um segredo aberto que Deus não revelou à humanidade nos termos em que agora o Espírito Santo revela aos Apóstolos e os Profetas. Antes de avançarmos, é importante esclarecer que a palavra gregra traduzida em Mistério é μυστήριον (mystērion) que significa exactamente o contrário do que mistério significa em Português - algo oculto. Em Grego μυστήριον (mystērion) significa um segredo aberto ou revelado.
Assim, a boa nova segundo a qual o plano de Deus tinha em vista as outras nações, era segredo-aberto, algo que Deus deu a conhecer a Israel, mas restante da humanidade desconhecia. Paulo argumenta que ele, os outros apóstolos e profetas receberam esta revelação de Deus através do Espírito Santo, de uma modo que nos tempos antigos não tinha sido feito. E qual modo é esse? as nações são co-herdeiras e co-membros do corpo e co-possuidoras da promessa no Messias Jesus através das boas novas. As nações, podem voltar a Deus através da crença e fidelidade ao Messia do judeus. Ao crerem nesse Messias, elas são, assim como os judeus fieis, libertos do domínio do pecado e da morte. Quando lemos o livro de Actos, vemos como isso aconteceu aos detalhes.
8 A mim, o mais baixo de todos os santos, foi-me dada esta graça, para anunciar boas novas às nações da riqueza incompreensível do Messias, 9 e para iluminar para todos o que é o plano arranjado do segredo aberto que estava escondido por séculos em Deus, que criou todas as coisas, 10 para que agora se tornasse conhecido,  aos governantes e às autoridades dos céus, através da igreja, a sabedoria multifacetada de Deus, 11 de acordo com o plano dos tempos que Ele realizou no Messias Jesus, nosso Senhor, 12 em quem temos ousadia e acesso com confiança através da sua fidelidade [ou: fé n'Ele]. 13 Por isso, peço que não haja desânimo quanto às minhas dificuldades em vosso nome, que são a vossa glória

O evangelho revela a grandeza do Messias Jesus às nações e a multifacetada sabedoria de Deus às autoridades (seres) espirituais.

Paulo também argumenta, que o plano de Deus, o Evangelho, as boas novas da reconciliação, da humanidade entre si, e da humanidade com Deus, revela a grandeza do Messias, como fonte de infinitas bençãos as nações, conforme prometidas a Abrão. Não só isso, mas o plano de Deus, que inclui a reconciliação da humanidade, resultando na igreja multiétnica - o corpo de Messias - comunica às autoridades espirituais a sabedoria de Deus. Paulo condensa em alguns versículos, muita teologia do Antigo de Testamento. Vamos tentar rastrear.
A grandeza do Messias é atestada por Ele ser a fonte de infinitas bençãos, como vimos, a fonte da eleição, predestinação para adopção de filhos, e esperança futura. O Messias é a encarnação do amor leal e da graça de Deus, capaz de perdoar pecados e dentre rebeledes criar uma nova humanidade, tanto dentre judeus, quanto dentre os gentios. O Messias é a razão por detrás da transformação de Paulo, de um fariseu perseguidor da igreja a um resoluto e abnegado missionário plantador de igrejas. Este mesmo Messias é o motivo por que hoje podemos olhar para as nossas falhas morais passadas, presentes e futuras, bem como nossa inadequância espiritual, não como nossa identidade, mas como consequência de uma existência em uma realidade que não é o ideal de Deus, mas criação de homens. Graças ao Messias, podemos olhar para o futuro com esperança de uma nova criação onde a terra e o céu são um, onde poderemos viver plenamente o nosso desígnio de imagem e semelhança de Deus.
A boa nova que resulta numa humanidade recriada e reconciliada revela aos seres e entidades espirituais, a sabedoria multifacetada de Deus. Paulo sugere que o plano de Deus, não afecta apenas a humanidade. Através de um único plano Deus lidou com a humanidade e com a realidade espiritual. Assim, qualquer que seja o significado desta passagem, Paulo entende que a humanidade recriada e unida, a igreja, ela comunica a essas entidades o quão Deus é profundamente sábio. Minha proposta para o significado desta passagem está ligado, como sempre, ao começo.
No quarto dia da ordem da criação, Deus criou os habitantes dos céus, de acordo com o texto o sol, a lua e as estrelas foram dados poder para governar a dimensão do tempo - dia, noite, anos e estações das festas. Gn 1.14-18
E Deus disse: "Haja luzes na expansão dos céus para separar o dia da noite. E que sejam para sinais e para estações, e para dias e anos, e que sejam luzes na expansão dos céus para iluminar a terra." E assim foi feito. E Deus fez as duas grandes luzes - a luz maior para governar o dia e a luz menor para governar a noite - e as estrelas. E Deus colocou-os na expansão dos céus para iluminar a terra, para governar o dia e a noite e para separar a luz das trevas. E Deus viu que isso era bom.
Agora, pensemos, quem mais foi dado a autoridade de exercer qualquer tipo de domínio, na narrativa da criação? a Humanidade. Gn 1.26-28
Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. E dominem eles sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra". Assim, Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus que o criou; homem e mulher os criou. E Deus abençoou-os. E Deus disse-lhes: "Frutificai e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a, dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os seres vivos que se movem sobre a terra".
Ao longo do desenvolvimento da história do Antigo testamento, desenvolveu-se também a percepção de que os se os habitantes dos céus, tem poder para governar o tempo, assim como os seres humanos tem poder para governar a criação na terra, eles devem ser algum tipo de entidade pessoal e inteligente. E de facto, o sol, a lua e as estrelas, passaram a ser vistos como representações dos seres espirituais criados por Deus e que habitam a realidade espiritual - os filhos de Deus.
Dt 4.15-19 "Por isso, tende muito cuidado convosco. Visto que não vistes forma alguma no dia em que o Senhor vos falou em Horeb, do meio do fogo, guardai-vos de fazer para vós uma imagem esculpida, na forma de qualquer figura, semelhança de homem ou de mulher, semelhança de qualquer animal que está sobre a terra, semelhança de qualquer ave alada que voa no ar, semelhança de qualquer coisa que se arrasta sobre a terra, semelhança de qualquer peixe que está nas águas debaixo da terra. E guarda-te para que não levantes os olhos ao céu e, vendo o sol, e a lua, e as estrelas, e todo o exército do céu, não te deixes arrastar, e te inclines diante deles, e os sirvas, coisas que o Senhor teu Deus repartiu a todos os povos debaixo de todo o céu”.
Jó 31.26-28 se eu olhasse para o sol quando ele brilhava, ou a lua a mover-se em esplendor, e o meu coração fosse secretamente seduzido, e a minha boca beijasse a minha mão, também isso seria uma iniquidade a ser punida pelos juízes, porque eu teria sido falso para com Deus lá em cima.
Jr 8.1-2 Naquele tempo, diz o Senhor, os ossos dos reis de Judá, os ossos dos seus oficiais, os ossos dos sacerdotes, os ossos dos profetas e os ossos dos habitantes de Jerusalém serão tirados dos seus túmulos. E serão espalhados diante do sol e da lua e de todo o exército dos céus, que eles amaram e serviram, que eles seguiram e que eles buscaram e adoraram. E não serão recolhidos nem enterrados. Serão como esterco na superfície da terra.
Em Gn 11.1-9 somos contados a respeito de uma outra história da rebelião da humanidade, depois do dilúvio - a rebelião de Babel. Mas existe muitas coisas nesta passagem que não é fácil entender se nós não tivermos a cosmovisão do Antigo Testamento. O que realmente aconteceu aqui? E o que justifica tamanha ira e julgamento da parte de Deus?
Agora toda a terra tinha uma só língua e as mesmas palavras. E quando as pessoas migraram do oriente, encontraram uma planície na terra de Sinar e ali se estabeleceram. E disseram uns aos outros: "Vinde, façamos tijolos e queimemo-los bem". E tinham tijolos como pedra, e betume como argamassa. Então disseram: "Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre que tenha o seu cimo no céu, e façamos um nome para nós, para que não sejamos dispersos sobre a face de toda a terra". Então o Senhor desceu para ver a cidade e a torre que os filhos do homem tinham construído. E o Senhor disse: "Eis que eles são um só povo, e todos têm uma só língua, e isto é apenas o começo do que eles farão. E nada do que eles se propuserem a fazer lhes será impossível. Vinde, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entendam a fala uns dos outros". Assim o Senhor os dispersou dali sobre a face de toda a terra, e eles deixaram de construir a cidade. Por isso o seu nome se chamou Babel, porque ali o Senhor confundiu a língua de toda a terra. E dali o Senhor os dispersou sobre a face de toda a terra.
Moisés nos explica que neste dia, na verdade a humanidade rejeitou a Deus e seus caminhos e escolheu seguir seus próprios caminhos. Deus tinha ordenado a Noé o mesmo que ordenou a Adão no Éden, multiplicar-se e encher toda a terra. Mas aqui, a humanidade escolheu ajuntar-se em um único lugar, para que não fossem espalhados pela terra. Justamente o contrário do que Deus tinha dito para fazer. Mais do que isso, eles fizeram uma torre, que tenha sua cabeça nos céus. O que eles estavam a construir na verdade é uma espécie de templo/altar para adoração. Nela os habitantes do céu deveriam descer para serem adorados pelos homens. E isso, representou um alto nível de rebelião para Deus.
Sua resposta foi um julgamento. Primeiramente, Deus confundiu as línguas, cada um falou em uma língua que o outro não entendia. Por isso foram espalhados e não mais poderiam continuar juntos.
Além disso, Deus rejeitou a humanidade, temporariamente, abriu mão de ser o Deus das nações, e lhes atribuiu outros deuses para lhes governar. Os deuses que eles tanto queriam o Senhor lhos deu. Dt 32.7-8 somos ditos
Lembrai-vos dos tempos antigos; considerarem os anos de muitas gerações; perguntem ao vosso pai, e ele mostrar-vos-á, os mais velhos, e eles dir-vos-ão. Quando o Altíssimo deu às nações a sua herança, quando dividiu a humanidade, fixou as fronteiras dos povos segundo o número dos filhos de Deus. Mas a porção do Senhor é o seu povo, Jacó a herança que lhe foi atribuída.
Sim, em Babel o Senhor rejeitou todas as outras nações e escolheu Abrão para dele fazer vir seu próprio povo. O que a humanidade queria em Babel, Deus escolheu primeiro dar a Abrão, para através dele dar ao restante da humanidade. Assim rejeição delas não era o fim.
Deus esperava que através da descendência de Abrão, as outras nações fossem abençoadas. Notemos, que esses outros deuses eram seus filhos, aqueles que habitam na realidade espiritual, aqueles guardiões do tempo. Aqueles que, segundo Jó 38.7 cantavam de alegria enquanto Deus dava forma ao restante da criação. A esses, Deus atribuiu o governo de outras nações até que o tempo estivesse certo para através da descendência de Abrão.
Os textos do AT, mostram que algumas coisas correram mal, com o governo desses filhos de Deus (cenas do capítulo 6). Mas por ora, podemos terminar por aqui, e questionar, qual é principal problema que a rebelião em Babel causou?
A divisão linguistica e étnica entre as nações e Israel, a atribuição do governo das nações a outros deuses que não eram Yahweh. Mas Paulo argumenta que a boa nova a respeito Messias Jesus, lida com esse problema porque no Messias as divisões identitárias perdem seu poder. Mais do que isso, elas comunicam aos seres espirituais que governavam as nações desde babel, o quanto Deus é profundamente sábio. O plano de rejeitar as nações, para depois reclama-las através da descendência de Abrão, de facto funcionou.
No Messias Jesus, a nova humanidade é feita de humanos procedentes de todas tribos, povos, línguas e nações. E Deus governa soberanamente sobre esta criação através do Messias. E pelo Espírito de Deus, eles podem conviver em unidade apesar da diversidade.
Act 2.1-6 “Quando chegou o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um som como de um vento forte e impetuoso, que encheu toda a casa onde estavam sentados. E apareceram-lhes línguas repartidas como que de fogo, que pousaram sobre cada um deles. E todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Ora, habitavam em Jerusalém judeus, homens piedosos de todas as nações que há debaixo do céu. E, ao ouvir este som, ajuntou-se a multidão, e ficaram perplexos, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua”.
Ap 5.8-10 “Depois de ter tirado o rolo, os quatro seres vivos e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, cada um com uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. E cantavam um cântico novo, dizendo, “Digno és tu de receber o pergaminho e para abrir os seus selos, porque foste morto, e com o teu sangue resgataste um povo para Deus de todas as tribos, línguas, povos e nações, e fizeste deles um reino e sacerdotes para o nosso Deus, e reinarão sobre a terra".
13 Por isso, peço que não haja desânimo quanto às minhas dificuldades em vosso nome, que são a vossa glória. 14 Por isso, curvo o meu joelho ao Pai, 15 de quem é nomeado todo o clã familiar nos céus e na terra, 16 para que Ele dê a todos vocês, segundo a riqueza da sua glória, o poder de ser fortalecido através do seu Espírito no vosso ser humano interior,17 para que o Messias habite nos vossos corações através da fé,  tendo sido enraizados e estabelecidos no amor 18 para que todos vocês fossem capacitados a compreender, juntamente com todos os santos, qual é a largura, comprimento, altura e profundidade — 19 para conhecer o amor do Messias para que todos vocês seria preenchido para toda a plenitude de Deus. 20 Ora, àquele que é poderoso além de todas as coisas para fazer mais abundantemente do que pediríamos ou conceberíamos, de acordo com o poder que opera em nós, 21 a ele seja glória na igreja e no Messias Jesus para todas as gerações da era dos séculos, amém.

O Espírito de Deus é fonte do poder que energiza nossa nova natureza a suportar dificuldades certos da fidelidade e no amor do Messias

Paulo finaliza retomando à questão de sua aflições e/ou aprisionamentos, por conta do evangelho, que ele tinha iniciado no versículo 1 e apela que seus ouvintes, à luz do que ouviram, não desanimem. Antes, que eles sejam animados, porque Deus está no controle. E as dificuldades de Paulo na verdade geram benefícios para os gentios.
Paulo entende que os sofrimentos dele, parecem ser o caminho mais glorioso por meio do qual as verdades do evangelho serão conhecidas pelas nações. Paulo suportava as aflições, porque ele sabia que não estava só, o poder de Deus, a graça de Deus, o Espírito de Deus, estava com ele. E por causa disso, podia contar com a fidelidade de Deus, pois, por causa dessa fidelidade, o plano arranjado do segredo aberto foi cumprido.
Paulo sabia que a pregação do evangelho em vida e palavras era uma batalha cósmica. E que apesar da certeza da vitória, sofreria duros golpes, mas ele venceria no final, quer fosse pela morte ou pela conversão de mais um gentio para o Messias Jesus.
Por isso ele ora, para que seus ouvintes saibam e experimentem essa verdade. Fundamentados em dois aspectos: crença e fidelidade e amor. Crer ou Confiar e ser leal ou fiel ao Messias e o amor do Messias por nós e nosso amor pelos outros são o combustível que habilitam a a suportar as situações difíceis. E a fonte destes o próprio Deus na pessoa do Espírito Santo.
Não existe nenhum segredo aqui, não existe nenhuma palavra chave, não existe nenhuma técnica especial. Existe uma pessoa. E essa pessoa é o Espirito de Deus. Esse está em acção na nova criação, para enfraquecer o poder do príncipe da esfera do ar que operava em nós quando ainda estávamos separados de Deus em nossa antiga natureza. O que precisamos fazer é pedir a Deus, que nos dê cada vez mais do Espírito Santo, não como se não o tivéssemos, pois já o temos. Devemos pedir que sejamos mais dependentes, dEle, mais sensível a Ele, mais direccionados por Ele, assim como foi o Messias. Em tudo o Espírito o guiava, para ensinar, fazer milagres, exercer misericórdia, amar, até mesmo ser testado/tentado e morrer. Porque só assim o Espírito poderia trazê-lo de volta do mundo dos mortos.

Aplicações

Viva a Reconciliação em Suas Relações. Reconheça e celebre a diversidade dentro da comunidade da fé. Procure activamente formas de construir pontes entre diferentes grupos culturais, sociais, ou económicos em nossa comunidade.
Seja um Testemunho da Grandeza de Cristo. Compartilhe o evangelho de forma que revele a grandeza e a sabedoria de Cristo, tanto em palavras quanto em acções. Mostre como o evangelho transcende barreiras e une pessoas de todos os contextos.
Dependa do Espírito para Enfrentar as Adversidades. Confie no poder do Espírito Santo para te fortalecer em momentos de dificuldade. Lembre-se de que a fidelidade de Cristo é uma fonte constante de força e esperança, mesmo nas situações mais desafiadoras.
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