PECADOS DA LÍNGUA – Pág. 153 – 157

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Os 5 fofoqueiros que você encontrará por Tim Challies | 19 de dezembro de 2013
A fofoca é um problema sério. É um problema em casa, no trabalho, na igreja local e no evangelicalismo em geral. É um problema na blogosfera, nas mídias sociais e em muitos outros lugares. Em seu livro Resisting Gossip [Resistindo à fofoca], Matthew Mitchell define fofoca como “espalhar más notícias pelas costas de outra pessoa como fruto de um coração mau” e mostra que quando o livro de Provérbios usa a palavra “fofoca”, ele o faz na forma substantiva, não na verbal. Em outras palavras, a Bíblia se preocupa menos com as palavras que são ditas e mais com o coração e a boca que geraram tal destruição. Palavras importam, mas elas são simplesmente o que transborda do coração. Como sempre, o coração é o coração da questão.
A seguir, há uma galeria de fofoqueiros retirada do livro de Mitchell, cinco diferentes fofoqueiros que você encontrará em sua vida.
FOFOQUEIRO #1: O ESPIÃO
O primeiro tipo de fofoqueiro, e eu sei que você já deu de cara com essa pessoa antes, é O Espião. Salomão o descreve em Provérbios 11.13: “Quem muito fala trai a confidência, mas quem merece confiança guarda o segredo.” O Espião é um informante, uma pessoa que acumula segredos para que ele possa usá-los para sua vantagem pessoal. É aquela pessoa que está sempre escutando os rumores e que parece sempre saber sobre a vida de todo mundo. Seus ouvidos estão sempre atentos. A principal motivação do Espião é o poder. Pode ser a emoção de saber algo antes de todo mundo, ou pode ser o poder que ele conquista quando ameaça outros de revelar seus segredos. Ele usa a informação para se elevar e para destruir outros.
FOFOQUEIRO #2: O RESMUNGÃO
O segundo fofoqueiro é O Resmungão e nós podemos encontrá-lo em Provérbios 16.28: “O homem perverso provoca dissensão, e o que espalha boatos afasta bons amigos.” O Resmungão reclama e critica. Ele critica outras pessoas e reclama delas pelas costas. Ele espalha todos os seus segredos, descreve exatamente como ele se sente sobre eles e, então, se justifica ao dizer: “Eu apenas precisava desabafar um pouquinho.” Porque ele é infeliz, e porque a infelicidade ama companhia, ele atrai outras pessoas às suas reclamações. Sua motivação é, geralmente, ciúme ou inveja. Ele quer o que a outra pessoa tem e resmunga porque não tem aquilo.
FOFOQUEIRO #3: O FALSO
Todos conhecemos O Falso, não é mesmo? O Falso é um reclamão, mas ele é mais do que isso. Ele também é bravo e malicioso e procura destruir os outros. Ele pode falar completas mentiras para deixar alguém para baixo, ou ele pode se envolver em uma campanha de difamação. Ele procura por alguma coisa, qualquer coisa, tudo que há de errado nos seus inimigos e faz questão de que todos saibam sobre essas coisas; se ele não consegue descobri-las, ele as inventa. O Falso é, muitas vezes, motivado pela vingança de alguma ofensa grave, uma oportunidade perdida ou alguma dificuldade adquirida. Essa ofensa, ou o que ele pensa ser ofensa, o levou à amargura, a qual se enraizou e motivou este desejo de vingança. Hoje, muitas dessas pessoas abrem web sites e fazem seu trabalho da forma mais barulhenta e pública possível.
O Falso é, muitas vezes, motivado pela vingança de alguma ofensa grave, uma oportunidade perdida ou alguma dificuldade adquirida.
FOFOQUEIRO #4: O CAMALEÃO
O Camaleão é a pessoa que usa a fofoca para se encaixar no grupo do trabalho, da escola, da igreja ou, até mesmo, da família. Ele é desesperado para se misturar e ser aceito. Já que todos fofocam, ele fofoca também, assim ele pode entrar na conversa. Já que o respeito vem através do compartilhamento de fatos quentes sobre os outros, ele os descobre e, então, compartilha tal informação. Sua motivação é o temor – o temor do homem. Ele teme o que os outros pensarão dele, e, especialmente, tem medo de ser excluído do grupo. Provérbios 29.25 o descreve bem: “Quem teme o homem cai em armadilhas, mas quem confia no Senhor está seguro.”
FOFOQUEIRO #5: O INTROMETIDO
O último tipo de fofoqueiro é O Intrometido. O Intrometido é a pessoa que é ociosa, e sua ociosidade leva à intromissão e à fofoca. Provérbios 26.17 lhe diz: “Como alguém que pega pelas orelhas um cão qualquer, assim é quem se mete em discussão alheia.” Nós vemos O Intrometido nas duas cartas de Paulo aos Tessalonicenses e nós vemos A Intrometida na primeira carta a Timóteo.
O Intrometido ama a excitação que vem da fofoca e adora viver vicariamente através das histórias de outras pessoas. O Intrometido adora estar online, onde ele pode vasculhar sites de fofocas de celebridades em nome da diversão e sites de fofocas de celebridades cristãs em nome do discernimento.
Muitos de nós já conhecemos essas pessoas. Muitos de nós já fomos essas pessoas.Cada um de nós precisa desesperadamente do perdão de Deus e de Sua graça santificadora.
Apesar de pensarmos na fofoca como o único pecado relacionado a língua, ele está longe disso. Na mesma categoria, devemos incluir a mentira, a difamação, as críticas (mesmo quando verdadeiras), as palavras grosseiras, os insultos, o sarcasmo e a zombaria.
Na verdade, temos de afirmar que qualquer conversa que humilhe alguém – seja a pessoa de quem ou com quem estamos falando – é pecado da língua. A Bíblia está repleta de advertências contra os pecados da língua. Só o livro de Provérbios contém cerca de sessenta dessas advertências.
Jesus avisou que prestaremos conta de cada palavra inútil que proferimos. (Mateus 12:36). E não nos esqueçamos do conhecido texto de Tiago 3, que fala sobre os efeitos maléficos da língua. Tiago iguala esses efeitos a um pequeno fogo que incendeia uma floresta inteira, e a um membro que contamina todo o corpo.
Ao examinarmos Efésios 4:29, observamos que não devemos permitir que nenhuma conversa corrupta saia de nossa boca. Essa conversa não se limita a palavrões e obscenidades. Inclui todos os tipos de conversas negativas ditas anteriormente.
Nenhuma sequer. Isso significa nada de fofoca, nada de sarcasmo, nada de críticas, nada de palavras grosseiras. Todas essas conversas malignas que geralmente destroem outra pessoa têm de estar fora de nossas conversas. Imagine como seria a igreja de Cristo se todos nós praticássemos esse tipo de ensino.
Efésios 4:29 é uma aplicação do “despir/renovar/revestir, (processo de mudança bíblica) que Paulo apresenta em Efésios 4:22-24. O apóstolo nos ensina que devemos nos despir dos traços malignos da velha criatura e, ao mesmo tempo, nos revestir prontamente dos traços benignos da nova criatura gerada em Cristo.
19.1. FOFOCA.
19.1.1. Fofocar é espalhar comentários desfavoráveis sobre alguém, mesmo que sejam verdadeiros. Mas geralmente a fofoca é baseada em rumores, o que torna o pecado ainda pior. Parece que fofocar alimenta nosso ego pecador, especialmente quando o comentário que passamos adiante é negativo.
19.1.2. Ou seja, falar do “defeito” do outro nos faz sentir melhores. Em algumas ocasiões, revestimos a fofoca de santidade: “Só estou falando isso porque quero suas orações.” Se descobrimos algo negativo sobre alguém, devemos orar pela situação, mas nunca espalhar a conversa nociva.
19.1.3. Além de dizer que tipo de conversa temos de abandonar, Efésios 4:29 nos ensina sobre o que conversar. Devemos conversar apenas sobre o que edifica e dá graça aos que ouvem. Assim, quando formos tentados a fofocar, temos de nos perguntar: O que vou dizer irá destruir ou edificar a pessoa sobre quem falarei?
19.2. DIFAMAR.
19.2.1. Bem próximo ao pecado da fofoca encontramos o pecado da difamação. Difamar é dizer falsidades ou distorções que prejudicam a reputação de alguém. As campanhas políticas, por exemplo, são notórias por difamarem oponentes. Um candidato atribui ao adversário uma postura baseada em afirmações fora de contexto ou em fato isolado acontecido há muito tempo. Afirmações desse gênero têm o objetivo claro de criar uma imagem falsa, de destruir a reputação do outro.
19.2.2. Será que cristãos caluniam? Claro que sim.
Caluniamos ao atribuir motivações erradas a alguém, mesmo sendo incapazes de ver seus corações ou de saber de suas circunstâncias em particular.
Caluniamos ao afirmar que o outro “não é um cristão de verdade”, porque ele não segue as mesmas atividades que praticamos.
Caluniamos ao distorcer a posição de alguém sobre um assunto sem antes saber o que ele pensa de verdade.
Caluniamos ao dar proporção exagerada ao pecado de alguém, fazendo com que a pessoa pareça mais pecadora do que realmente é.
19.2.3. Geralmente a fofoca é motivada pelo desejo de parecer melhor do que o outro. No mundo dos negócios, isso é chamado de “esfaquear pelas costas” ou “subir a escada corporativa à custa de outros.” Os cristãos agem assim muitas vezes. Membros de organizações cristãs e igrejas também procuram levar vantagem por meio da calúnia.
19.2.4. Caluniar é, na verdade, mentir. Claro que existem outras formas de mentir. Geralmente entendemos a mentira como uma afirmação falsa, e provavelmente a maioria de nós evita esse tipo de conversa.
19.2.5. No entanto, mentimos quando exageramos, quando não dizemos toda a verdade ou quando proferimos uma “mentirinha branca”. Uma mentira que achamos que não vai ter consequência alguma. Não importa a forma, a mentira revela a intenção de enganar.
19.3. CRITICAR.
19.3.1. Criticar é fazer comentários negativos que talvez sejam verdadeiros, mas não precisam ser ditos.
19.3.2. Antes de fazer qualquer comentário negativo, deve-se perguntar:
O que vou dizer é agradável? É necessário? Nesse caso, precisa mesmo ser dito?
CONCLUSÃO:
O denominador comum em todas essas formas de conversa nociva é a nossa busca por destruir, humilhar ou magoar a outra pessoa. É uma conversa resultante de impaciência ou raiva. Mateus 12:34
Isso significa que, embora falemos dos pecados da língua, o problema verdadeiro está em nosso coração. Por trás de toda fofoca, calúnia, críticas, insultos e sarcasmo, existe um coração pecador. A língua não passa de um instrumento que revela o que vai no coração.
Salmo 19:14, Davi demonstra que não estava preocupado apenas com suas palavras, mas também com os pensamentos de seu coração.
É necessário aplicar tanto Efésios 4:29 quanto Salmo 19:14 às nossas conversas e ao nosso coração se quisermos nos revestir da nova criatura feita à imagem de Deus na verdadeira justiça e santidade. Ter esses dois textos como uns dos princípios norteadores no combate ao pecado da língua.
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