Mt 26.17-25 A última Páscoa

Sermon  •  Submitted   •  Presented
0 ratings
· 1 view
Notes
Transcript
IGREJA PRESBITERIANA DE APIAÍ
PLANEJAMENTO PASTORAL – SERMÕES EXPOSITIVOS
AGOSTO/2024
Rev. Mateus Lages
Tema: Como Deus se tornou Rei!
Dia 18/08: Mt 26.17-25 A última Páscoa
Deus fala: Saudação - Salmo 113.4
Nós falamos: Oração inicial
Nós cantamos: Hino 33 - Maravilhas divinas
INTERCESSÃO POR MISSIONÁRIOS E SEUS CAMPOS, IGREJA, OFICIAIS, MEMBRESIA E CONGREGAÇÕES
Deus fala: Isaías 53.7
Nós falamos: Oração de confissão
Nós cantamos: Hino 269 - Pureza no sangue de Cristo
LOUVOR
Me derramar Teu nome é santo Poder pra salvar
Tema: Como Deus se tornou Rei
Mt 26.17-25 A última Páscoa
INTRODUÇÃO/CONTEXTO
Quero começar a exposição de hoje recordando o que trouxe de informações sobre este novo bloco no livro do evangelista Mateus. Cada evangelista tinha um propósito, objetivo e público diferente ao escrever, de modo que o que Mateus propõe seja uma estrutura diferenciada em seu livro que sedá por meio da exposição de temas em grandes blocos de assuntos. Para isso, são várias as vezes que escreve frases semelhantes ao versículo 1, para deixar essa mudança evidente: Mateus 24.1 “Jesus saiu do templo e, enquanto caminhava, os seus discípulos se aproximaram para lhe mostrar as construções do templo.”
Até ao final do capítulo 25, Mateus contou as muitas vezes em que Jesus fez alusões ao fim dos tempos, iniciando pelo fim do Templo.
Agora, para mudar de assunto, escreve: Mateus 26.1“Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, disse aos seus discípulos:”
Lembramos que no bloco anterior, encontramos o assunto escatológico iniciado em Mt 24.1, sobre a consumação de todas as coisas. Por isso, entendemos que o capítulo 26 inicia novo tema, que será a respeito de como Jesus será levado a crucificação durante a Páscoa, tendo concluído a primeira divisão deste capítulo, 1-16, afirmando que tal como os primogênitos dos egípcios foram ceifados no passado, na décima praga, para preservação do povo de Deus, agora, outro primogênito, Jesus, será ceifado para preservação do povo. Diante disso, iniciamos aqui o bloco que traz consigo o tema da paixão de Cristo.
Vamos ao texto: Mt 26.17-25 A última Páscoa: envolve 1) comunhão (17-19); 2) traição (20-25)
A última Páscoa: envolve 1) comunhão (17-19);
Irmãos, a festa dos pães asmos ou sem fermentação, é a páscoa citada em Êx 12.1-27. Não há possibilidade de celebrá-la em qualquer lugar, sem os acessórios e adereços, bem como, sem os elementos principais: carne de cordeiro, pão sem fermentação e ergas amargas. Por isso, é necessário uma casa (17).
No relato de Mateus sobre essa celebração, vemos objetividade, que ressalta a divindade de Jesus, com uma característica bastante específica que é seu domínio sobre os acontecimentos e a humanidade. Ele prenucia que devem ir conversar com alguém, que Mateus omite o nome - porque a expressão grega remete a isso - e dizer que o Mestre mandou dizer que a celebração será em sua casa, porque o tempo está próximo (18).
Jesus está organizando tudo. Com Jesus, nada é feito de última hora. Para Jesus, nada pode ser feito de modo desorganizado, nem de última hora e sem preparação: 1Coríntios 14.33 “porque Deus não é Deus de confusão, e sim de paz.”; 1Coríntios 14.40 “Tudo, porém, seja feito com decência e ordem.”
Além disso, Jesus está preparando o coração dos discípulos para sua morte, pois a frase “o meu tempo está próximo” tanto pode ter se referido à Páscoa que se aproximava e era uma data importantíssima de ser celebrada, quanto sobre si mesmo, que naquela Páscoa será entregue nas mãos dos pecadores (26.45).
Como isso ocorrerá já vimos na semana passada, por meio de traição, contudo, agora, Jesus revela isso aos discípulos e suas palavras não constrangem Judas, nem o conduzem ao arrependimento, mas revelam que tanto Jesus está resoluto de ir a cruz quanto Judas está para traí-lo.
A última Páscoa: envolve 2) traição (20-25)
Aqui percebemos que antes da traição, houve um diálogo entre Jesus e Judas. Essa breve conversa está registrada em todos os evangelhos.
Pelos versos 20-22, percebemos que a Páscoa só poderia ser comida após o pôr do sol e em Jerusalém, preferencialmente. Por isso, Mateus faz questão de detalhar sobre ao final da tarde, Jesus ter ido à mesa com os doze discípulos, ao passo que em certo momento Jesus diz: Mateus 26.21 “um de vocês vai me trair.” e os discípulos passem a negar, um depois do outro, dizendo: Mateus 26.22 “— Por acaso seria eu, Senhor?” que no texto grego pode ser melhor traduzido por: “com certeza não serei eu, Senhor!”
Então, Jesus faz um confronto direto, ao dizer: Mateus 26.23 “— O que comigo põe a mão no prato, esse vai me trair.”, o que certamente todos tinham feito, já que certamente havia apenas um prato e todos comiam dele com a mão direita. Contudo, certamente Jesus está revelando que o traidor é um amigo, alguém próximo, que compartilha das suas refeições em comum e assim causa uma traição cruel.
Então, segue dizendo que o Filho do Homem (24), ou seja, aquele que recebe um reino da parte do Pai Celeste e simultaneamente é o servo sofredor por meio da maldade humana. Assim, Jesus vai para sua morte ferido pelo que ainda nos fere neste mundo: injeva, ambição, cobiça, maledicência, crueldade, desprezo, etc. Então, quando dizemos que Jesus morreu por causa dos nossos pecados, não dizemos isso apenas em um sentido extravagante e abstrato; queremos dizer que o que o pôs na cruz foi precisamente o pecado que todos nós cometemos e com o qual convivemos diariamente. Uns mais, outros menos.
Por fim, Judas se dirige a ele, fazendo uma pergunta retória, ou seja, que Judas sabe qual é a resposta, mas ainda assim, entre eles, Jesus responde algo que em nossa tradução bíblica se assemelha com: “é você quem está dizendo”, contudo, na frase grega, remete mais ao “você e eu sabemos”.
CONCLUSÃO/APLICAÇÃO
Concluindo, aprendemos hoje que a última páscoa envolveu comunhão e traição. De modo que isso ensine para nós, hoje, sobre como de fato e de verdade Jesus sofreu as nossas dores. Em nossos muitos relacionamentos, com pessoas próximas ou distantes, sofremos em buscar preservar uma boa imagem e um bom relacionamento com as pessoas, de modo que a única forma disso acontecer de verdade é evitando conviver com elas. Se isolar é a melhor ou única maneira real de evitar qualquer desgaste nos relacionamentos humanos. Essa é a verdade.
Diante disso, que com Deus, jamais evitemos esse desgastem, pois nosso contato com o Senhor em oração nos conduzirá sempre a perceber como falhamos contra ele à semelhança de Judas, que está em pecado, mas ainda assim se auto-engana, mantendo-se próximo de Jesus, desfrutando de sua presença, ensino e provisão, contudo, no coração, desejando somente o bem de si mesmo.
Irmãos, se hoje você está diante de Cristo assim, que o Espírito Santo confronte seu coração, para que você negue o desejo de bem-estar próprio e abrace o desejo de manifestar a glória de Deus por meio da sua vida através da auto-negação e de uma vida que partilha tudo com Deus sem traí-lo em seu dia-a-dia.
ORAÇÃO FINAL E BÊNÇÃO
Related Media
See more
Related Sermons
See more