Somos Escravos de Deus - 1 Pedro 2:18-25
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Contexto
Contexto
O contexto de uma epístola sempre é pessoal. Observamos em Pedro esse contexto acentuadamente de um pastor preocupado com suas ovelhas, preocupada em fazê-las olharem para Cristo, se parecerem com Cristo, falarem, pensarem e agirem com Cristo.
Para Isso, Pedro os desafia em diversas áreas de suas vidas, para que respondam responsavelmente pelos seus atos, evitando assim, envergonharem a Cristo e a si mesmo. Para a Bíblia, além do pecado ser abominável, uma vida cristã que segue um padrão aquém do compromisso integral, não é aceito por Deus, como vemos claramente nas Igrejas do Apocalipse, que toleraram de certo modo o pecado, não necessariamente pecando abertamente, mas mortificando em seu coração, a grande Graça que recebeu em servir e testemunhar de Jesus Cristo.
Diante disso, estamos observando ao longo de 1Pedro, que o compromisso daqueles crentes, exigia um rompimento com o padrão que eles haviam recebido dos costumes pagãos, tais como impureza do pensar, do agir e até mesmo do adorar. Era comum para eles, viver uma vida que não se importava com o próximo, e nem tampouco com seu próprio corpo.
Por isso, há uma ordem, clara e cristalina, que deve ser obedecida por todo crente, não somente naquele tempo como em nosso, agora. Negar a si mesmo, negar sua vontade, seus desejos, e assumir então, o compromisso de viver para agradar ao Senhor, de tal modo, que Jesus Crucificado reine integralmente.
Obediência a Deu s em meio as injustiças (vs. 18-19)
Obediência a Deu s em meio as injustiças (vs. 18-19)
Submissão, esta talvez seja uma das mais difíceis virtudes de cultivamos atualmente. Isso começa desde cedo, com o filho que não obedece aos pais, aquela desobediência que ninguém vê, pela adolescência nasce aquela vontade de liberdade, de não ser mais mandado por ninguém. Na fase adulta chega o momento célebre, os 18 anos, o início da fase “sou dono do meu nariz”, meio senhor do destino. É interessante, pois muitos de nós conseguimos isso, arrumamos o emprego, pagamos nossa conta, fazemos o nosso rumo, melhor ou não, desejamos ser livres em nossas opiniões.
Não é sem razão, mas a liberdade de expressão talvez seja um dos assuntos mais debatidos na atualidade, o que dizer, quando e como dizer, assim como o que fazer, há sempre um debate acerca desses limites.
Contudo, na mente da Igreja de Jesus já começamos com um argumento aterrador, lá no início da Igreja em Atos 2:44
Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.
A Igreja do Senhor nasce como um conjunto de crentes submissos uns aos outros em mente e coração, mas isso estava muito mais profundamente arraigado no fato da submissão a Deus, como bem disse o apóstolo Pedro em Atos 4:19-20
Mas Pedro e João responderam: — Os senhores mesmo julguem se é justo diante de Deus ouvirmos antes aos senhores do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.
Irmãos, precisamos saber disso, somos Escravos de Cristo. Então adentramos no nosso texto, falando sobre Escravos reais aos quais Pedro estava ministrando, ele falava a um povo que vivia nas casas dos seus Senhores, sofrendo as injustiças da sua posição de Escravo, seja simplesmente pela ação errada dos seus senhores, seja por oposição à fé declarada do Escravo, Pedro, nesta seção, novamente faz o apelo da submissão a Deus mesmo em meio as circunstâncias adversas pelo fato de serem escravos, de submeterem aos seus senhores, em honra a Deus, obedecendo e fazendo o bem, mostrando o temor a Deus, o qual age corretamente e julga corretamente o erro. Há um apelo claro, para a consciência submissa a vontade de Deus, uma vez que no momento em que desejar, Deus é poderoso para encerrar essa circunstância.
Submissão em meio a Injustiça (vs. 20-21)
Submissão em meio a Injustiça (vs. 20-21)
Aqui então chegamos a ápice da submissão cristã, o fato de nós sermos submissos mesmo sofrendo em meio a injustiça. É sabido por todos nós, que é quase insuportável ver ou conviver com a Injustiça, afinal de contas, temos um ideal do que é justo.
Contudo, o Apóstolo Pedro está falando para seus ouvintes, algo que vai contra a nossa mentalidade de justiça, pois aqui ele novamente demonstra, que o castigo que os escravos sofriam, não estava em se submeter ao seus senhores, por sofrer ao fazer o que era errado, mas sim, por sofrer pelos desmandos de um senhor injusto e insensato. E olha que maravilhoso, a Bíblia nos diz que para isso que isso é agradável diante de Deus?
Quer dizer que ao sofrer frente a injustiça eu devo me calar? Negativo, somos convidados primeiramente a confiar em Deus, descansar no fato de que Deus está no controle, mesmo no meio das situações adversas, mesmo naquilo que nos aflige, pois ao suportar a provação, provamos que nossa fé está inabalável, sem dúvida é apenas um verdadeiro servo que consegue manter-se firme e arraigado na esperança do que Cristo realizou na Cruz.
Cristo é o modelo supremo (Vs. 22-25)
Cristo é o modelo supremo (Vs. 22-25)
Talvez você se incomode ao ouvir tudo isso, ficar calado ao ser ofendido e injustiçado talvez não faça parte do seu vocabulário, nem tampouco de suas reações, mas eis aqui algo que vai de encontro a nossa perspectiva, Cristo foi o modelo máximo de submissão em meio a injustiça.
Pedro exemplifica claramente, quando sentirmos que a obediência a Deus está em um nível profundamente difícil de obedecer, devemos olhar para Cristo. Ele não fez o que lhe agradava, nem tampouco aquilo que integralmente poderia, mas obedecendo até o fim, submetendo-se a Deus, para cumprir maximamente aquilo para qual Deus o predestinou, ser o salvador de toda a humanidade.
Pedro retrata que Deus dará justas recompensas ou castigos, para aqueles que obedecerem, se buscarem submeter-se a Deus, em sua consciência fazerem o que é certo, fazem aquilo que agrada a Deus e não ao homem.
Conclusão
Conclusão
Qual a ideia máxima então deste texto? A submissão obediente a Deus, mesmo em meio a situações injustas, é de suma importância para nossa vida Cristã.
Obedecer a Deus não é algo condicional, mas sim uma atitude que deve sempre cercar a mente e o coração dos servos de Deus. Ainda que sejamos aflitos pelas injustiças de más pessoas, devemos submeter nosso coração a Deus!
Deus se agrada daquele que pacientemente obedecer a ele, pois testemunha como um servo comprometido com a vontade de ver o Reino de Deus estabelecido. Há pessoas que vivem na ofensa e descuido dos outros, vivem como uma sombra diante daquilo que os feriu, viver assim é escravizador, pois mostra um coração que espera neste mundo a recompensa ou vingança, quem obedece a Deus, sabe que ainda que seja injustamente seja acusado ou ofendido, honra a Deus.
Jesus Cristo é o modelo máximo de obediência e submissão em meio a ofensa. Como um escravo, Jesus entregou a si, para viver para Glória de Deus, não levando em conta, o quão ofensivo era a cruz, mas suportando para cumprir a vontade de Deus. Até mesmo a situação mais adversa de sua vida, está no controle e cuidado de Deus, o que nós precisamos é aprender que, nossos sofrimentos não são em vão.