EPISÓDIO 3 - FILHO, TUDO TE PERTENCE!!!

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DE QUEBRADO A RESTAURADO: A JORNADA DO CORAÇÃO
EPISÓDIO 3 - FILHO, TUDO TE PERTENCE!!!
Pedro Silva de Araújo
TEXTO –Lucas 15:25-32
25 Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. 26 Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo. 27 E ele informou: Veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde. 28 Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo. 29 Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos; 30 vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado. 31 Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu. 32 Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. [1]
INTRODUÇÃO
· A passagem é formada por dois diálogos, duas conversas, uma do filho mais velho com o servo e outra do filho mais velho com o pai;
·
DESENVOLVIMENTO
1. O retorno do filho mais velho (Lucas 15:25):
· O filho mais velho está ausente quando o mais moço retorna para casa.[2]
· Aquele que retorna do campo somente notou que acontecia algo de extraordinário quando se aproximou da casa.[3]
2. A indignação do filho mais velho (Lucas 15:26-28):
· Existe a possibilidade do servo está tomado de entusiasmo pela festa e até ter gritado “Seu irmão chegou e seu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu de volta são e salvo”.[4]
· A rejeição foi terrível!!!
· A recusa em entrar na casa caracteriza com precisão o orgulho dos fariseus, [5]
o A parábola agora mostra um outro perdido, dessa vez alguém que não saiu de casa, mas ainda assim estava perdido, perdido dentro da casa do pai;
o Ele vivia na casa do pai, mas não amava nem o pai, nem o irmão, nem a Deus, nem o próximo;
o Ele não confiava nos méritos do pai, mas no sue próprio trabalho, é aquela pessoa que sabe que a salvação é por meio de Cristo, mas confia nas suas próprias obras;
o Ele era livra na casa do pai, mas se enxerga como um escravo no verso 29, o verbo usado é δουλεύω, que significa escravo;
o Não desfruta das bençãos do pai;
o Vive com amargura na casa do pai;
o Se sente melhor que seu irmão;
o Se sente injustiçado;
o Não perdoa;
o Não vê seu próprio pecado;
o E não tem comunhão com o pai.
· When you examine the sins of the elder brother, you can easily understand why he pictures the scribes and Pharisees.[6]
· Quando você examina os pecados do irmão mais velho, pode entender facilmente por que ele retrata os escribas e fariseus.
O filho mais moço se humilha e é recebido; o filho mais velho é confrontado e não se humilha. Um termina a trajetória na casa do pai, no meio da festa e com o coração feliz; o outro termina a caminhada fora da casa do pai, longe da festa e com o coração amargurado. Warren Wiersbe diz que, neste capítulo, todos se alegram, exceto o filho mais velho[7]
3. O desabafo (Lucas 15:29, 30):
· Agora começa uma conversa do filho mais velho com o pai;
· Critica o pai pelo comportamento injusto diante dele e de seu irmão.[8]
· O filho mais velho expõe ao pai os cálculos mais orgulhosos possíveis acerca de sua obediência e seu serviço meritório.[9]
· Nega-se na conversa com o pai, chamar “pai” e também não chama o irmão de irmão;
· Primeiro ele mostra suas próprias obras, depois insinua que o pai está sendo injusto e avalia seu irmão pelo comportamento do passado;
· No seu desabafo é possível perceber que apesar de ele não ter saído da casa de seu pai, aquele ambiente o deixava desconfortável e era crítico com o que acontecia.
4. A resposta do pai (Lucas 15:31, 32):
· O pai também sai da casa para conversar com o filho mais velho e o chama a participar da festa;
· No diálogo com o filho mais velho o pai é chamado de “tu”, o irmão ele chama de “teu filho”;
· O pai mostra que foi o irmão do mais velho que voltou;
· Embora encontremos todos os traços de um pai humano, essa figura nos mostra um retrato do Pai Celeste;
· Depois dessa explicação do pai o filho mais velho precisa decidir pessoalmente se deseja continuar do lado de fora, empedernido e sem amor. O pai mantém a última palavra na narrativa.[10]Aqui temos uma lição também para os pais atuais, a última palavra é do pai;
APLICAÇÃO PESSOAL
1. a
2. A indignação mostrada pelo filho mais velho fala mais sobre seu afastamento do pai do que do afastamento do seu irmão;
3. O pai sempre está interessado em salvar seus filhos, independente de onde ele está, se fora ou dentro de casa;
4. d
APELO
O filho mais velho tinha uma vida externa intocável, mas seu interior estava corrompido. O filho mais jovem tinha uma vida externa deplorável, mas seu interior estava sensível ao pai.
Ele vive cheio de ressentimento.
Esta parábola termina com o filho perdido no mundo voltando para o pai, e o filho que estava na casa paterna deixando de entrar na festa do pai. O que estava fora entra para a festa; o que estava dentro fica fora da festa.[11]
O pai dirige-se ao filho mais velho como “filho”. Essa interpelação é uma delicada e amorosa correção em relação ao termo “pai”, que o filho mais velho deixou de utilizar em suas duras e injustificadas acusações de mágoa e ira. – De que maneira grandiosa e magistral o “tu” amoroso do pai aparece no começo do discurso! Como ele tenta convencer o filho de que não apenas o novilho, o cevado, é dele, mas que tudo, tudo o que pertence ao pai, também pertence ao filho![12]
O pai estava dizendo, meu filho, o cevado é a recepção do seu irmão, você tem tudo. E tem a mim.
Na terceira parábola não é um animal irracional ou uma moeda inanimada que serve para simbolizar um pecador, mas um ser humano, capaz de decidir acerca de si mesmo.[13]
São três momentos principais. Primeiro: o pecado no começo e na seqüência. Depois: a miséria a que leva o pecado. Por fim: o arrependimento ao qual a miséria impele. No fundo trata-se da história de qualquer pecador.[14]
Qual, pois, é a lição central? O pai claramente simboliza o Pai celestial, que representa a Santa Trindade, a Deus com todo seu amor anelante. O filho perdido em seu regresso penitente é o pecador penitente; daí, certamente também os “publicanos e pecadores” que tinham encontrado em Jesus seu Salvador e Amigo, e que agora estavam ouvindo-o intensamente. E o filho mais velho indica claramente os fariseus e escribas justos a seus próprios olhos, assim como também agiam as 99 ovelhas da primeira parábola. O tema central é, portanto, “o amor anelante do Pai pelos perdidos”. O Pai os busca, os traz de volta e se alegra em sua conversão operada pelo Espírito. Esse é o ponto central das três parábolas.[15]
[1] Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Lc 15.25–32. [2] Fritz Rienecker, Comentário Esperança, Evangelho de Lucas (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2005), 327. [3] Fritz Rienecker, Comentário Esperança, Evangelho de Lucas (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2005), 327. [4] William Hendriksen, Lucas, trans. Valter Graciano Martins, 2a edição., vol. 2, Comentário do Novo Testamento (São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 2014), 282. [5] Fritz Rienecker, Comentário Esperança, Evangelho de Lucas (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2005), 327. [6] Warren W. Wiersbe, The Bible exposition commentary, vol. 1 (Wheaton, IL: Victor Books, 1996), 236. [7]Hernandes Dias Lopes, Lucas: Jesus, o Homem Perfeito, ed. Juan Carlos Martinez, 1‍a edição., Comentários Expositivos Hagnos (São Paulo: Hagnos, 2017), 469. [8] Fritz Rienecker, Comentário Esperança, Evangelho de Lucas (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2005), 328. [9] Fritz Rienecker, Comentário Esperança, Evangelho de Lucas (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2005), 328. [10] Fritz Rienecker, Comentário Esperança, Evangelho de Lucas (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2005), 328. [11]Hernandes Dias Lopes, Lucas: Jesus, o Homem Perfeito, ed. Juan Carlos Martinez, 1‍a edição., Comentários Expositivos Hagnos (São Paulo: Hagnos, 2017), 468–469. [12] Fritz Rienecker, Comentário Esperança, Evangelho de Lucas (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2005), 328. [13] Fritz Rienecker, Comentário Esperança, Evangelho de Lucas (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2005), 329. [14] Fritz Rienecker, Comentário Esperança, Evangelho de Lucas (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2005), 329. [15]William Hendriksen, Lucas, trans. Valter Graciano Martins, 2a edição., vol. 2, Comentário do Novo Testamento (São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 2014), 284.
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