Leitura Biblica (2 Jo 1-13)

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Tema: A Família de Deus; a Igreja.

Introdução: Essa segunda carta de João, foi escrita provavelmente, entre os anos 85-90 d.C., com o intuito de advertir os irmão (eleitos), sobre as heresias que estavam transitando de uma igreja a outra por falsos mestres, os quais aqui, é identificada como o DOCETISMO.
Ø DOCETISMO - Esse ensino herético, surgiu no final do primeiro século, e sua doutrina afirma que Cristo nunca teve um corpo humano (físico); só parecia ter. Dessa forma, ele nunca chegou a sentir dor ou morreu na cruz. Eles defendiam a divindade de Cristo, mas não a sua humanidade.
Ø O Docetismo não era uma seita independente e separada do cristianismo, mas consistia em uma corrente Teológica de pensamento que corria pelas igrejas.
Por essa razão, o que preocupava João e que trouxe a ele de forma inspirada pelo Espírito Santo a escrever essa carta, foi para que os crentes se apegassem a VERDADE E VIVESSEM À LUZ DESSA VERDADE: JESUS CRISTO VEIO EM CARNE.
A verdade, é uma temática usada por João nessa carta em vários momentos, e isso é feito, com o propósito de enfatizar que ela, é fundamental para a manutenção saudável, frutífera e piedosa da Família de Deus; a Igreja.
“A verdade deve ser dita com amor, mas o amor nunca pode impedir a verdade de ser dita” (Agostinho)
Proposição: Para mantermos a Família de Deus; a Igreja, fiel a Cristo, precisamos observar o que João de forma enfática e preocupante, aplica como características fundamentais para uma vida de amor a verdade.
Frase Interrogativa: E quais são as aplicações que João faz?
A Família de Deus; a igreja, deve conhecer a verdade. (v.1-3)
a) João enfatiza sobre a importância do conhecimento da verdade, pois ela é fundamental para a solidez da vida da igreja, assim como também, da vida cristã individual (Jo 17:3- E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviastes)
b) Irmãos, quando João fala sobre a verdade e seu conhecimento, ele esta se dirigindo a toda as Escrituras, seja no A.T., seja no N.T., pois ele sabia que somente por meio dela; unicamente, é que tanto há libertação, direção segura e vida de santidade (Jo 8:32; 14:6; 17:17 – e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Disse-lhes Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade)
c) Dessa forma, João vai trazer alguns princípios que norteiam a importância de conhecermos a verdade:
1º. O amor tem como base fundamental a verdade (v.1,2).
No inicio de sua escrita, João já faz uma abordagem necessária sobre o teor de sua pretensão, ele faz isso, lincando a verdade com o amor. E isso é de fundamental importância, pois ele sabia das artimanhas dos falsos mestres com relação a esses temas; como hoje não é diferente.
O falso profeta adora falar sobre amor. Ele falará muito raramente sobre a santidade, justiça e ira de Deus. Só isso já faz dele falso” (D.M.L. Jones)
João aborda dessa forma, pois a verdade tem eu seu significado, a realidade, que é contrario a tudo que só é aparente.
Dessa maneira, o principio bíblico estabelecido aqui, do que ele expressa em sua epístola, ele faz de forma amorosa, verdadeira e real, pois é muito melhor uma exortação verdadeira do que o amor aparente (Pv 27:5,6 – Melhor a repreensão franca do que o amor encoberto. Leias são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos)
A intenção do escritor, não era que a igreja, viesse a ter uma experiencia de forma subjetiva ou aparente da verdade, mas um conhecimento profundo e íntimo, amando a verdade, e amar os irmãos de forma verdadeira, dando assim, significado a vida cristã.
É ligado na verdade pelo amor, que os crentes precisam está unidos, pois se desejamos ter um amor constante e consistente entre os cristãos, devemos conhecer a verdade em Cristo; porque somente a verdade, pode tornar possível o amor real e genuíno. (Fp 2:1,2 – Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões. Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo animo, sentindo a mesma coisa)
Você precisa entender que a pessoa que te ama mais é a que te revelará as maiores verdades. Uma das maiores marcas de um falso profeta é que ele vai te falar o que você quer ouvir” (Paul Washer)
2º. As grandes bênçãos de Deus Pai e de Seu Filho Jesus, tem como base, a verdade e amor (v.3)
João traz nessa parte, o que equilibra de forma adequada o nosso relacionamento com o Pai e com o Filho: “a verdade e amor”. Podemos perceber nesse verso, que há uma ordem que leva o homem, desde o primeiro contato com Deus, até um estado de satisfação plena no Senhor: “A graça, a misericórdia, a paz”.
Se tentarmos desassociar o amor da verdade, perde-se esse equilíbrio, e o que sobra, é unicamente os sentimentos humanos; que são falhos e pecaminosos.
A preocupação de João; que deve ser a nossa também, é de fazer as pessoas conhecerem a Deus, e vivam de conformidade com a sua verdade, pois é onde o cristão terá o seu caráter em harmonia com a Pai e com o Filho (Ef 4:15,16 – Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxilio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor).
João afirma que as bênçãos que procede do Pai e do Filho (confirmando assim a divindade do Filho com o Pai), nos leva a ter um comprometimento com a sua verdade e amor, vivenciando assim, sua graça, misericórdia e paz.
Amados, nos tornamos Família de Deus; sua Igreja, por meio de sua graça e misericórdia. O amor de Deus, foi demostrado ao mundo na pessoa de seu Filho Cristo Jesus; e esse amor, é suficiente para salvar todo o mundo. Porém, o homem não é salvo pelo amor de Deus, mas pela sua graça e misericórdia (Ef 2:4-9). E só depois de ser envolvido por isso, que ele entende esse amor de Deus, e prova a paz com Deus (Rm 5:1).
Aplicação: Irmãos e amados, para termos uma família ou igreja fiel a Cristo, é fundamental conhecermos a verdade, pois é a forma de fazer oposições aos falsos mestres e termos um caráter lapidado e em equilíbrio com Deus Pai e com o seu Filho; Jesus Cristo.
Não podemos falar ou viver o amor de Deus e de Cristo Jesus, em detrimento a verdade, pois caso isso ocorra, o que nos resta são sentimentos humanos, desassociado das verdades divinas, e pecaremos contra o Senhor (Os 4:6).
Para conhecermos a verdade e o amor que flui dela, precisamos estudar a Palavra de Deus de forma aplicada, com reverencia e temor no coração, para que assim, guiados pelo Espírito Santo, possamos amar essa verdade e aplica-la em nosso coração; pois todo o nosso ser, deve estar sujeito as verdades bíblicas. “Porque nada podemos contra a verdade, se não pela verdade” (2Co 13:8)
A Família de Deus; a igreja, precisa praticar a verdade. (v.4-6)
a) A ideia que João quer expressar quando fala em “andar na verdade” (v.4), está ligada com o relacionamento da familia de Deus; a igreja, com o Senhor; e esse é o significado de praticar a verdade (Ef 4:1,17;5:2).
b) João aqui, tem exatamente o principio de levar a mente dos seus leitores à obediência plena com relação a Palavra de Deus, pois é a única forma da igreja permanecer firme, e não sofrer por parte dos falsos mestres, distorções com relação a verdade.
c) E o desafio é, fazer com que os crentes sejam, dia a dia, transformados pela verdade, conheçam essa verdade e pratiquem no relacionamento com outros irmãos, cumprindo assim, o mandamento do Senhor (v.5,6; Jo 13:34,35 – Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros; 1Pe 4:8 – Mas sobre tudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados).
“É muito mais fácil estudar a verdade, ou mesmo discutir a respeito da verdade, do que praticá-la!” (Wiersbe)
Ø Aplicação: A Prática da verdade, é algo que a familia de Deus; a igreja, precisa está fazendo diariamente, pois os mandamentos do Senhor, são especificados em nosso dever de relacionamento com o Pai, com o Filho e com os nossos irmãos.
Ø Irmãos praticar a verdade, é o que traz prazer a Deus, pois o que é melhor, o obedecer ou o sacrificar? Para um pastor, não há nada mais que o alegre, do que ver a sua congregação, a familia de Deus; a igreja, conhecendo e praticando a verdade, é um sentimento de dever cumprido, de trabalho proveitoso. Já ao passo que, não há algo que mais entristece um líder, do que ver membros em desobediência a verdade, ouvindo sempre sobre a verdade, mas não colocando em prática.
Ø A Familia de Deus; a igreja, já mais pode ter os mandamentos do Senhor, algo pesado, frios ou relativos ao tempo. O amor cristão, não está em um sentimento religioso, mas na expressão do que Deus fez por nos e em nós, e agora reflete por meio de nós.
“Não estamos dizendo que o amor vem antes da verdade ou da fé, mas que o amor oferece o teste mais claro a respeito da veracidade da confissão e a sinceridade da obediência que prestamos aos mandamentos divinos. A crença pode ser fingida e a confissão ser da boca para fora, mas é difícil falsificar o amor” (Glenn W. Barker – O Comentário do Novo Testamento)
A Familia de Deus; a igreja, tem que permanecer protegendo a verdade. (v.7-11).
a) O que João expressa aqui, é uma conclamação àqueles que amam ao Senhor e a Sua palavra, que se posicionem contrario aos que rejeitam a verdade, aos que andam em falsidade (v.7; 1Jo 4:1-3).
b) Quando João fala sobre os “enganadores”, ele quer revelar que essas pessoas, não somente ensinam erros, mas também, conduzem as pessoas a modos de vidas erradas. Dessa forma, a pretensão de João é fazer com que a Familia de Deus; a Igreja, permaneça militante em sua defesa a verdade, pelo Espirito da verdade, que neles habitavam, e que em nós habita (1Jo 2:27).
“O presbítero diz que qualquer que negar a verdade é o próprio anticristo, assim como dizemos que uma pessoa extremamente perversa ‘é o próprio Diabo’” (M a r s h a l l , I . H o w a r d)
c) João faz um alerta aos irmãos e a igreja contemporânea: “Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganhado” (v.8; Ap 3:11 – Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa). A ideia aqui, não está ligada com perda de salvação, mas a preocupação que todos os esforços aplicados pelos missionários e pastores, que ensinaram a igreja, viessem ser por essa, negligenciado, aceitando assim, falsos ensinos sem qualquer oposição. O alerta é: “Não destruam os frutos do trabalho desses homens de Deus”, pois fomos gerados para uma viva e verdadeira esperança; labutemos por isso (1Pe 1:3-5)
d) As Escrituras, sempre nos estimula a prosseguirmos de forma positiva (Fp 3:14,15 – Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo premio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus; Hb 12:1 – Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta). Porém, aqui, João traz um alerta preocupante sobre uma forma de progresso que é, negativo: “Todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de Cristo não tem a Deus;”. (v.9; 1Jo 2:23 – Qualquer que nega o Filho também não tem o Pai; e aquele que confessa o Filho tem também o Pai).
e) A exortação de João, é sobre o perigo da apostasia, pois quando se quer ir além da doutrina, dos limites defendidos pelas Escrituras, acabe-se caindo no engano do que é “novo, do oculto, do misterioso e sobrenatural” (1Jo 2:24 – Portanto, o que desde o principio ouvistes permaneça em vós. Se em vós permanecer o que desde o principio ouvistes, também permanecereis no Filho e no Pai).
f) Na continuidade de sua carta, João declara algo impactante (v.10,11). A orientação é para que a igreja não somente viesse a recusar amparar os falsos ensinadores, mas os evitar, para não se identificar publicamente com eles; Koinoneu – tem algo em comum (v.11; Rm 16:17 – E rogo-vos irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles; 2Co 6:14 – Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas).
g) Amados, João não está instruindo a igreja a negligenciar a hospitalidade, visto que esta, nos tempos bíblicos, era algo extremante importante; pois muitos homens de Deus eram recebidos, confortados e alimentados devido as suas viagens; era uma forma de cooperação na obra do Senhor. Mas o que João alerta, é o cuidado em não ser participante das obras dos falsos mestres, cooperando em suas práticas heréticas e malditas (Gl 1:8,9 – Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema)
Ø Conclusão:Amados irmãos, é sempre uma grande alegria, quando presenciamos ou temos notícias sobre a fidelidade da igreja ao Senhor Jesus Cristo. Temos que ter a ciência que, neste tempo presente, a Familia de Deus; a Igreja, tem sido atacada tão quanto foi no tempo de João. A palavra de Deus, o nascimento de Cristo, seu sacrifício, sua morte e ressurreição, tem sido desprezado, negligenciado e negado, como foi nos tempos de João (e isso feito por pessoas do círculo cristão).
Sendo assim, precisamos atentar para o que João nos instruiu sobre a Familia de Deus; a Igreja, viver de forma fiel ao Senhor Jesus Cristo, e isso se dá quando:
Conhecemos a verdade. Praticamos a verdade. Defendemos a verdade.
Que possamos, diante de todas as ameaças, conclamarmos nossa fidelidade ao Senhor, com a mesma intensidade que o apostolo Paulo fez:
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vida” (2Tm 4:6,7)
Ao Senhor, toda Honra, glórias e Louvor, pelos séculos dos séculos, amém!
A Segunda Epístola de João é um breve livro do Novo Testamento da Bíblia, atribuído ao apóstolo João. Essa epístola foi escrita para uma comunidade cristã específica e tem como objetivo enfatizar a importância do amor e da verdade na vida dos crentes. Aqui estão os pontos principais e subpontos da Segunda Epístola de João:
I. Saudação e Amor Fraternal (2 João 1:1-3) A. Saudação à senhora eleita e seus filhos B. O amor fraternal entre os crentes
II. Exortação ao Amor e à Obediência (2 João 1:4-6) A. Alegria por encontrar alguns que andam na verdade B. O mandamento de amar uns aos outros C. O amor está ligado à obediência aos mandamentos de Deus
III. Advertência contra a Falsidade (2 João 1:7-11) A. A negação de que Jesus Cristo veio em carne B. A necessidade de se apegar à doutrina de Cristo C. O perigo de dar boas-vindas a falsos mestres
IV. Instruções sobre o Tratamento a Falsos Mestres (2 João 1:10-11) A. Não receber ou saudar falsos mestres em casa B. Não participar de suas obras malignas
V. Conclusão e Saudação Final (2 João 1:12-13) A. Desejo de visitar pessoalmente B. Saudação final dos filhos da sua irmã eleita
A Segunda Epístola de João enfatiza a importância do amor fraternal e da obediência aos mandamentos de Deus. Ela também alerta contra a falsidade e a influência de falsos mestres. João instrui os crentes a se apegarem à verdade e a não receberem ou apoiarem aqueles que negam a verdadeira doutrina de Cristo.
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