MUNDANISMO – Pág. 159 – 164 – Parte I
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Todo cristão sincero deveria refletir sobre o uso que faz dos recursos financeiros, lembrando que prestará contas a Deus, como um gerente presta contas ao proprietário. Infelizmente, o dinheiro tem escravizado muitos cristãos. Quer tenham muito, quer pouco, deixam-se dominar pelas preocupações que ele costuma trazer. Mas, quando aprendemos a usá-lo segundo os ensinos da Bíblia, o dinheiro deixa de ser nosso patrão para tornar-se instrumento do bem na sociedade. Tome o propósito de rever seus gastos e priorizá-los de acordo com o plano de Deus para os recursos que ele lhe concede. Lembre que Deus é dono de tudo e que nós somos apenas gerentes do que ele, por sua graça, nos deu.
Precisamos entender que o mundanismo é muito mais do que uma lista de atividades proibidas ou conveniências do mundo moderno. Dois textos nos ajudarão a entender o conceito de mundanismo. Trata-se de I João 2:15,16 e I Coríntios 7:31
# I João 2:15,16
O apóstolo nos exorta a não amar o mundo, descrevendo, então, as coisas do mundo como os (pecaminosos) desejos da carne e dos olhos, e o orgulho dos bens.
As três expressões parecem indicar que João tem em mente desejos e atitudes que vemos hoje claramente como sendo pecado.
# I Coríntios 7:31
No entanto, como estamos considerando o que chamo de pecados mais aceitáveis ou sutis, esse texto que nos levará a entender os aspectos “aceitáveis” do mundanismo.
A advertência é que, embora usemos legalmente as coisas do mundo, devemos tomar cuidado para que não se tornem importantes demais para nós. Com base nesse texto defino mundanismo como estar apegado às coisas, monopolizando ou preocupado com o que é passageiro neste mundo.
# Colossenses 3:2
O que transforma em mundanismo as coisas que não são necessariamente pecado é o valor exagerado que lhes damos. As “coisas de cima” devem ter muito mais valor para nós – ou seja, coisas espirituais como Bíblia, oração, evangelho, obediência a Deus, cumprimento da Grande Comissão e, acima de tudo, o próprio Deus.
O mundo ímpio certamente não se concentra nas coisas de Deus. Até mesmo os nossos conhecidos mais gentis e honestos estão de olho apenas nesta vida. Pela própria natureza deles, não conseguem se voltar para as coisas que são de cima.
Apesar disso, o estilo de vida dessas pessoas não é muito diferente do nosso, se é que há diferença. Eles varrem a calçada, pagam seus impostos e evitam pecados escabrosos da mesma forma que evitamos. É por isso que conviver com eles torna o mundanismo aceitável a nós.
Podemos aprofundar nosso entendimento de mundanismo com esta afirmação secundária: mundanismo significa aceitar os valores, as regras morais e as práticas da sociedade simpática, mas descrente, sem discernir se esses valores, regras e práticas são bíblicos. Mundanismo nada mais é do que aceitar o costume da sociedade desde que ele não seja um pecado óbvio.
Vou limitar nossa discussão a três áreas que, penso eu, se tornaram pecados aceitáveis aos nossos olhos: dinheiro, imoralidade e idolatria.
20.1. DINHEIRO ( As estatísticas estão no livro ).
20.1.1. Parece que as famílias evangélicas americanas (e brasileiras) têm guardado mais de sua renda para si mesmas e ofertado menos para suas igrejas. E as igrejas têm gasto mais com seus próprios programas e ministérios e enviado menos para o trabalho missionário.
20.1.2. Se nossas ofertas tem diminuído e nossas dívidas com cartão de crédito aumentado, o que temos feito com nosso dinheiro?
Significa que temos gasto nosso dinheiro com as coisas desta vida – casas, carros, roupas, férias e produtos eletrônicos caros.
Significa que colocamos nosso pensamento nas coisas do mundo e não nas de cima. Ficamos mundanos em relação ao dinheiro.
20.1.3. Quanto, então, deveríamos ofertar? Acho que 10% é o mínimo – ou, usando uma expressão bíblica, o dízimo.
Sei que há divergências quanto ao dízimo ser ou não um mandamento bíblico na época neotestamentária em que vivemos, pois não é mencionado especificamente em nenhuma carta do Novo Testamento. Todavia, há o conceito de oferta proporcional – isto é, de acordo com a prosperidade que Deus nos deu. I Coríntios 16:2; II Coríntios 8:12
O dizimo é uma aplicação específica da entrega proporcional. Quem ganha 10 mil entrega 1 mil. Quem ganha 100 mil entrega 10 mil. As duas pessoas ofertam de modo proporcional à prosperidade que Deus lhes deu.
20.1.4. Acho que o conceito de dízimo perdeu a força, não porque deixou de ser considerado um ensino bíblico, mas porque nos tornamos mundanos em nossa atitude para com o dinheiro e, como resultado, ficamos avarentos com Deus. Avareza é uma palavra negativa. Ninguém gosta de ser taxado de avarento em relação a outras pessoas. Queremos ter fama de generosos.
20.1.5. Mas, quando ofertamos voluntariamente menos da metade do que era exigido dos judeus do Antigo Testamento, estamos ou não sendo avarentos?
Se o próprio Deus afirmou que os judeus estavam roubando dele porque não entregavam o dízimo, será que ele fica feliz quando ofertamos menos da metade do que os judeus deveriam ofertar? Malaquias 3:8
Jesus em Mateus 6:24 foi categórico. A impressão é que, na vida de muitos cristãos, o dinheiro está acima de Deus. Todavia, Deus e dinheiro não são duas escolhas equiparáveis. I Timóteo 6:10
Se o dinheiro domina nossa vida, quem perde somos nós, não Deus. Afinal, Deus não precisa do nosso dinheiro. Se gastarmos o dinheiro só em causa própria, acabaremos como indigentes espirituais.
20.1.6. Alguns cristãos acham que não têm como ofertar 10% do salário para a obra de Deus. Compreendo essa mentalidade. (veja no livro testemunho do autor. Pág. 163). Na minha experiência fui cativado pela história de Elias sendo alimentado pela viúva de Sarepta. I Reis 17:8-16
CONCLUSÃO:
Temos de lembrar que tudo o que temos e nossa capacidade de ganhar mais vêm de Deus. Deuteronômio 8:17,18
Devolver a Deus pelo menos 10% do que nos dá é uma expressão tangível de nosso reconhecimento e gratidão.
Finalmente, temos de lembrar a infinita generosidade de nosso Senhor Jesus que entregou a si mesmo por nossa salvação. II Coríntios 8:9
Nossos dízimos e ofertas devem refletir o valor que colocamos na dádiva de Deus a nós.