Mt 26.26-30 A primeira Santa Ceia
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IGREJA PRESBITERIANA DE APIAÍ
PLANEJAMENTO PASTORAL – SERMÕES EXPOSITIVOS
AGOSTO/2024
Rev. Mateus Lages
Tema: Como Deus se tornou Rei!
Dia 25/08: Mt 26.26-30 A primeira Santa Ceia
Deus fala: Saudação - Jeremias 31.31-34 (33)
Nós falamos: Oração inicial
Nós cantamos: Hino 26 - Louvor ao Deus grandioso
INTERCESSÃO POR MISSIONÁRIOS E SEUS CAMPOS, IGREJA, OFICIAIS, MEMBRESIA E CONGREGAÇÕES
Deus fala: Êxodo 24.3-8
Nós falamos: Oração de confissão
Nós cantamos: Hino 336 - Transformação
LOUVOR
Vim para adorar-te
Te conhecer
Não há palavras
Tema: Como Deus se tornou Rei
Mt 26.26-30 A primeira Santa Ceia
INTRODUÇÃO/CONTEXTO
Nas últimas semanas iniciamos as exposições no capítulo 26 que traz consigo o tema da paixão de Cristo. Vimos que Jesus fez mais uma predição de sua morte, mas especificando que será uma crucificação (Mt 26.1-16) e que, na celebração da última Páscoa, anuncia que sua morte por crucificação acontecerá por meio da traição de uma pessoa próxima, que nos remete ao fato de que tal como a décima praga ceifou os inimigos de Deus para salvação do seu povo, agora, Jesus Cristo, o Filho de Deus, será morto para preservação do povo de Deus.
Diante disso, encerramos a exposição do trecho anterior reconhecendo como, de fato, Jesus é o servo sofredor, no sentido de ter levado sobre si as nossas dores, não somente na cruz, mas na vida, ao receber a consequência do pecado humano contra si por meio da maledicência e traição, contudo, isso não aconteceu simplesmente porque era a vontade de Deus, pois Judas foi completamente responsável pela decisão tomada ao responder aos estímulos naturais do coração.
O resultado disso é a salvação do pecado para o povo representado por Jesus e isso será revelado agora, quando Jesus dá novo significado para a Páscoa, fazendo com que a celebração da Santa Ceia se tornasse, por causa do seu sacrifício, a Páscoa cristã.
Vamos ao texto: Mt 26.26-30 A primeira Santa Ceia
Muitas novidades têm sido reveladas nesta celebração da Páscoa. O que houve aqui, segue sendo a preparação que até hoje os judeus fazem o dia de hoje, conforme a prescrição de Êx 12, preparando as comidas, bebibas e costumes desde a saída do Egito - + ou - 1200 a.C.
Por isso, a mudança que Jesus faz pega todos desprevinidos.
Seguindo o curso normal da celebração, ele tomou o pão, abençoou-o e partiu-o. Mas, então, mudou o costume, dizendo: “isto é o meu corpo”.
O evangelista Lucas acrescenta: “Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim” (22.19). Já quando o apóstolo Paulo trata sobre a ceia, cita a frase de forma um pouco diferente: “isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim” (1Co 11.24 ARC). Alguns discutem sobre a diferença dos termos “oferecido” ou “partido”, porque o uso da palavra partido baseia-se no fato de que, segundo o Evangelho de João, nenhum osso de Jesus foi quebrado em cumprimento da profecia (19.31–36). É verdade que seus ossos não foram quebrados, mas seu corpo foi partido. Foi partido pelos espinhos contidos na coroa pressionada sobre sua cabeça. Foi partido pelos açoites que dilaceraram a pele de suas costas. Foi partido pelos cravos que perfuraram suas mãos e seus pés e pela lança que traspassou seu lado. Os homens o partiram quando o mataram, assim como ele partiu o pão na instituição da Santa Ceia.
Por isso, cremos que da mesma forma que o pão acaba de ser partido, também o corpo de Jesus será partido; e da mesma forma como o povo de Israel associava sua libertação do Egito com o ato de comer a refeição pascal prescrita como ordenança divina, tamém o povo do Messias trem de, por meio da autoridade de Jesus, associar a morte redentora de Jesus com o comer esse pão.
Na sequência do texto, Jesus tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados (v. 27–28).
Eucaristia é a palavra grega para ações de graças. Alguns protestantes evitam o termo por causa da associação a missa romana, mas o termo, em si mesmo, não deve ser rejeitado por nós.
Então, mais uma vez, Jesus dá graças e altera a tradição litúrgica da Páscoa ao dizer aos discípulos que o cálice não mais representava o sangue do cordeiro que os israelitas escravizados no Egito haviam passado nos umbrais das portas, mas seu próprio sangue.
Isso quer dizer, irmãos, que Jesus entende a morte violenta e vicária que está para sofrer. O termo vicário também não usamos normalmente, mas seu significado é muito importante. Vicário ou substitutiva, significa que Jesus morreu em lugar de outro, o seu povo.
Portanto, de modo mais específico, o cálice representaria seu sangue “da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados”. Neste momento foi instituida a nova aliança e estabelecida a antiga aliança. Tanto a aliança da humanidade com Deus foi renovada quanto uma nova aliança se inaugura para os que estão em Cristo Jesus e isso só foi possível por causa da morte vicária.
Conforme lemos na liturgia, Êxodo 24.3-8, na cerimônia, Moisés, o mediador da antiga aliança, confirmou a aliança que Deus havia feito com seu povo. Primeiro, ele aspergiu o sangue sobre o altar. Depois, aspergiu-o sobre o povo. Isso significava o estabelecimento da aliança, a consagração do povo que Deus escolheu para si e que estava sendo santificado em um rito de sangue.
Cenáculo era uma sala separada, normalmente na parte superior de uma casa de vários andares ou uma outra estrutura construída; usado de várias maneiras para dormir, jantar ou entreter convidados. Salas superiores são apresentadas em vários eventos bíblicos, principalmente na instituição da Santa Ceia.
No cenáculo mobiliado, conforme Marcos e Lucas registram ter sido a celebração dessa última Páscoa e primeira Santa Ceia, na noite em que foi traído, Jesus afirmou que seu sangue estava sendo derramado “para remissão de pecados”. Como afirma R. C. Sproul: Quando os pecados são redimidos, eles desaparecem. São removidos. Entendamos que isso é fundamental na fé cristã. O problema da humanidade é que Deus é santo, e nós, não. Todos pecamos e violamos a lei de Deus. Há algum livramento para isso? Como lidamos com o pecado?
Hoje, as pessoas não tem sabido lidar com a culpa. Nem a própria, ainda menos com a dos outros. Agora, o cristão precisa saber lidar com isso. O que você faz com sua culpa corresponde a sua confiança em Jesus.
Você tem algumas alternativas para lidar com a culpa: 1) negá-la, 2) explicá-la, 3) escondê-la ou, 4) admiti-la. Por isso, creiamos e propaguemos a mensagem de que só há um remédio para a culpa debaixo do céu: o perdão. O pecado poderá ser redimido apenas se for perdoado. Os cristãos são um grupo de pessoas perdoadas. Sempre que celebramos a ceia, celebramos a instituição da nova aliança e o dia em que nosso Salvador anunciou que derramaria seu sangue para remover nossos pecados.
CONCLUSÃO/APLICAÇÃO
Concluindo, aprendemos hoje sobre primeira Santa Ceia, celebrada após a última Páscoa, que nos ensina sobre o nosso perdão absoluto.
Diante disso, a pergunta que fica para nós é, enquanto os discípulos reagiram sem empolgação por não compreender as palavras de Jesus, como eu e você reagimos diante disso? Que essas palavras de Jesus nos empolguem, irmãos! Não há nada mais precioso que essa promessa de remissão de pecados. Não existe bênção comparada a essa, por isso, que nada seja mais importante para nós em nosso relacionamento com Deus do que o fato de ele ser o meio pelo qual somos perdoados dos nossos muitos pecados.
Por fim, leiamos juntos o verso 29. Irmãos, a expressão “até aquele dia” remete ao entendimento de que da mesma maneira que a primeira Páscoa agurda não só a libertação, mas também a terra prometida, também a Santa Ceia aguarda a libertação e a vida no reino plenamente instituído. E outro fato importante, no qual devemos crer, é que ao instituir a celebração da Santa Ceia, Jesus exige o dever dessa celebração sem sua presença até o dia da consumação, quando ele se assentará com eles no banquete messiânico, no reino do seu Pai, que é igualmente o reino do Messias. Assim, a Ceia aponta tanto para o passado, a oferta sacrificial, quanto para o futuro, a celebração festiva que tem como ponto principal a mesa para o banquete.
Para nós, hoje, de modo prático, creiamos que tal como já houve a cumprimento da promessa da oferta sacrificial, haverá o cumprimento da promessa do banquete. Nós teremos um lugar à mesa. Deus seja louvado!
ORAÇÃO FINAL E BÊNÇÃO