A ORAÇÃO SACERDOTAL - JESUS ORA POR SI
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Texto base:
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 17
17 1 Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti, 2 assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. 3 E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. 4 Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer; 5 e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
1.1 - A hora
1.1 - A hora
A total consumação de seu ministério terreno
Morte;
Ressurreição;
Ascensão;
Coroação.
A finalização de seus labores
O ultimo e exclusivo sacrifício;
O cumprimento das profecias;
Tipos e símbolos
1.2 - Assuntos da Oração de Jesus
1.2 - Assuntos da Oração de Jesus
- A oração de Jesus em João 17 pode ser dividida em três partes:
1 - Jesus Ora por Si Mesmo (Versos 1-5):
João 17.4–5 “Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer; e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo.”
- Jesus pede ao Pai que o glorifique, reconhecendo que sua missão está prestes a ser completada. Ele deseja que a glória que compartilhava com o Pai antes da criação do mundo seja restaurada, marcando a conclusão de sua obra de redenção.
2 - Jesus Ora pelos Seus Discípulos (Versos 6-19):
João 17.9 “É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus;”
- Jesus intercede pelos seus discípulos, pedindo ao Pai que os proteja e santifique. Ele reconhece que os discípulos continuarão a missão de levar a mensagem do evangelho ao mundo. Jesus ora pela unidade e proteção deles contra o maligno, sabendo que enfrentarão desafios e perseguições.
3 - Jesus Ora pelos Futuros Discípulos (Versos 20-26):
João 17.20 “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra;”
- Jesus expande sua oração para incluir todos os futuros crentes, aqueles que virão a crer através da mensagem dos discípulos. Ele ora pela unidade de todos os crentes, pedindo que sejam um, assim como Ele e o Pai são um. Jesus também deseja que os crentes participem da glória divina e que o amor de Deus esteja neles.
2. JESUS ORA POR SI MESMO
2. JESUS ORA POR SI MESMO
2.1 - A Autoridade Sobre Toda a Carne
2.1 - A Autoridade Sobre Toda a Carne
João 17.2 “assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.”
- Contexto Histórico: Na tradição judaica, "carne" simboliza a fraqueza e a mortalidade humanas. Jesus, portanto, possui autoridade sobre todas as condições humanas, tanto espirituais quanto físicas.
Conceito do Livro de João
- No quarto Evangelho, o termo σάρξ pode indicar:
A natureza humana considerada como a sede e o veículo do desejo pecaminoso, ou seja, o homem como é por natureza, 3.6 (um uso comum em Paulo);
João 3.6 “O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.”
A “carne” (de Cristo) em um sentido místico, ou seja, seu sacrifício vicário que se deve aceitar (comer) pela fé, 6.51–56;
João 6.51 “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.”
A aparência externa do homem, 8.15.
João 8.15–16 “Vós julgais segundo a carne, eu a ninguém julgo. Se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou.”
A natureza humana, sem depreciação ética, 1.13–14;
João 1.13–14 “os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.”
- A expressão “toda carne” (17.2) é um semitismo que significa todos os homens.
Autoridade Delegada pelo Pai
- Jesus reconhece que o Pai lhe concedeu autoridade sobre toda a humanidade. A expressão "toda a carne" é um hebraísmo que se refere a toda a humanidade, destacando a universalidade da autoridade de Cristo.
Autoridade universal
Mateus 28.18 “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.”
Efésios 1.20–22 “o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja,”
- A autoridade de Jesus abrange não apenas o universal, mas também o poder especifico para salvar. Esta autoridade é exercida em seu papel de Salvador, garantindo a salvação para aqueles que o Pai lhe deu.
Autoridade específica
João 10.18 “Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai.”
Aplicação 1
João 6.37–40 “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.”
- Autoridade de Cristo é uma grande razão de esperança de crente, tendo em vista a segurança que é está nas mãos daquele que recebeu toda a autoridade, e que promete:
De modo nenhum o lançarei fora;
Nenhum eu perca de todos que o Pai deu a Ele;
Ressuscitará a todos que nEle confia;
2.2 - O Propósito de Conceder Vida Eterna (Na Revelação do Pai e do Filho)
2.2 - O Propósito de Conceder Vida Eterna (Na Revelação do Pai e do Filho)
João 17.2–3 “...a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”
Concessão da Vida Eterna
- A vida eterna é o grande propósito da autoridade de Cristo. Aqueles que foram dados ao Filho pelo Pai são os destinatários dessa vida eterna, que é caracterizada por um conhecimento íntimo e relacional com Deus.
A vida eterna como o próprio Jesus
João 1.4 “A vida estava nele e a vida era a luz dos homens.”
João 6.35 “Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.”
João 6.51 “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.”
João 14.6 “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”
- A Escritura apresenta Jesus não apenas como alguém que concede vida eterna, mas como a própria encarnação dessa vida. Em João 14:6, Jesus afirma: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” Aqui, Jesus não está dizendo apenas que Ele oferece vida eterna, mas que Ele é a vida. Este conceito é mais profundo do que a ideia de simplesmente viver para sempre; implica que a vida eterna é intrinsecamente ligada a uma relação pessoal com Jesus
Conhecimento como Vida Eterna
João 17.3 “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”
- Vida eterna não é apenas uma existência interminável, mas uma experiência relacional, profundamente enraizada no conhecimento de Deus e em um relacionamento íntimo com Jesus. A vida eterna é, essencialmente, estar em comunhão com Deus por meio de Cristo, o que vai muito além da mera continuidade da vida.
- Conhecer a Deus não é apenas um conhecimento intelectual, mas uma experiência de relacionamento profundo. A palavra grega para "conhecer" (γινώσκω, ginóskó) implica um conhecimento que envolve intimidade e proximidade, semelhante ao relacionamento entre marido e mulher.
Aplicação 2
1João 5.11–12 “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida.”
- A ideia de viver para sempre, sem uma qualidade especial de vida, não captura a profundidade do conceito bíblico de vida eterna. Viver eternamente, sem a presença de Deus, não seria vida no sentido pleno, mas poderia até ser uma existência vazia ou sofrida. O conceito bíblico de vida eterna, em contraste, é caracterizado por paz, alegria, comunhão e, acima de tudo, uma união plena com Deus em Cristo.
2.3 - A Obra de Jesus Como Glorificação de Deus Pai
2.3 - A Obra de Jesus Como Glorificação de Deus Pai
João 17.4–5 “Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer; e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo.”
Glorificação na Obra
- Jesus glorificou o Pai ao completar a obra que lhe foi designada. Toda a vida e ministério de Jesus, culminando na sua morte sacrificial, foi um reflexo da glória de Deus. A palavra grega para "glorificar" (δοξάζω, doxazó) implica em manifestar a verdadeira natureza de Deus.
A petição
- O verso 5 de João 17 revela um profundo anseio de Jesus em ser restaurado à glória que Ele possuía junto ao Pai antes da criação do mundo. Esta glória, que foi temporariamente velada durante sua encarnação e ministério terreno, é o tema central da oração de Jesus nesse momento. Para entender plenamente este versículo, é importante integrá-lo com as explanações teológicas anteriores sobre a identidade de Jesus como a vida eterna e sua missão redentora.
1. A Autoridade e a Glória de Jesus
2. O Propósito da Vida Eterna
3. A União Trinitária e a Glória Compartilhada