Superior à primeira criação
Livro de Colossenses • Sermon • Submitted • Presented
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Cl 1.15-17
Cl 1.15-17
Introdução:
Boa noite irmãos, vamos hoje iniciar uma sequencia de duas mensagens sobre a porção dos versos 15-20 de Colossenses. Nela notamos o desejo do apostolo Paulo em exaltar a Cristo, ele, como já vimos, é superior, é o melhor de Deus para nossas vidas. Nesse Espírito somos chamados a entendê-lo não como um garoto de recado, aquele que antes do amém falamos o nome, apenas alguém que endereçamos nossas orações no fim, , mas vê-lo como o Deus Poderoso, como o Rei do universo.
Nos três primeiros versos percebemos como Paulo coloca Cristo numa posição privilegiada, ele o coloca no momento da criação e devemos nos perguntar qual o sentido ou razão para essa atitude do escritor: O que Paulo desejava afirmar quando põe Cristo num tempo tão distante? Irmãos, a luz dos primeiros versos desse hino que exalta ao nosso Senhor, podemos entender que Cristo é superior à primeira criação, e essa ideia ficará clara ao longo dos versos. Peço que os irmãos abram suas Bíblias para lermos Cl 1.15-20!
Verso 15 - Aquele que revela Deus
“Este” o verso inicia com esse pronome, e temos que perguntar a quem ele se refere.
Algumas traduções, como a NVI, nos ajudam a identificar isso mais rapidamente, elas utilizam o “Ele”.
Que é o mesmo referente para os demais versos.
Este é Jesus! Ele é a imagem de Deus, isso é bem mais do que o nosso caso, já que somos a imagem e semelhança de Deus.
Imagem vai dar o sentido de que através dele vemos o Deus invisível.
Cristo, ao se encarnar, assume a forma humana, tornando-se a manifestação visível de Deus entre nós, o que chamamos de Deus-Homem.
Por meio de Cristo foi possível ver a Deus de Israel.
Por isso, Cristo critica Filipe em João 14.9 “Jesus respondeu: “Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?”
Cristo já era o suficiente para eles conhecerem ao Pai, infelizmente os discípulos ainda não tinham entendido isso até aquele momento.
Nele, vemos a imagem de Deus com os nossos olhos humanos, o que não vemos por ele se torna possível enxergar.
Em Cristo temos a perfeita manifestação de Deus, ao mirá-lo não resta duvidas sobre quem ele é.
O verso segue e o chama de “primogênito de toda a criação”.
Pergunto aos irmãos, o que entendemos por primogênito?
Primeiro filho, o filho mais velho, mas será que isso quer dizer que Cristo é o primeiro?
Se entendermos a passagem ao pé da letra, podemos entender que Cristo é o primeiro ser criado.
Logo, se for assim, o primeiro ser criado, isso poderia ser um problema?
Sim, Cristo se tornaria uma criatura como nós, algo criado por Deus. Isso é estranho tendo em vista que João 1.1 nos ensina.
João já havia indicado que no principio era o verbo, que estava com Deus e que, também, era Deus.
O autor não deixa dúvidas sobre a impossibilidade de Cristo ter sido criado.
Logo, observando com cuidado o termo, ele também descreve uma preeminência, um grau de maior importância.
O Texto indica que Cristo é supremo, ele é o soberano sobre a criação, e não de uma origem criada como ele,.
Logo, Cristo é superior à criação, como intitulamos a mensagem, o verso quinze traz esse destaca a Cristo, ele é singular, e diferente dos demais coisas ele não é criado.
Por isso, o próximo verso inicia com um pois, dando o destaque a afirmação anterior.
Verso 16 - O Deus criador
O verso 16 nos ajuda a entender esse sentido, dando a explicação da exaltação do verso quinze.
“Pois, nele”, Cristo, foram criadas todas as coisas! O inicio do verso destaca o papel criador dele, Cristo estava lá no inicio criando, ele é o Criador!
Cristo pode ser descrito como supremo e superior, pois o texto não o apresenta como um ser criado, mas como aquele que cria.
O verso quer deixar a gente bem exausto desse sentido, e cita cada uma das coisas que ele criou! Por isso a utilização da palavra “todas as coisas”.
Note que o texto indica pares de elementos:
Nos céus e terra, ou seja, aquilo que nós vemos e temos contato, Cristo criou.
Visíveis e não, dando o paralelo com aquilo que não é visto, logo, também foram criados por Cristo.
Sejam tronos ou soberanias, e principados e potestades são adições ao aspecto das coisas invisíveis.
Todas elas tem seu agente criador Cristo! Tudo o que você ver ou não, tem uma fonte. Ele é a fonte!
O fim do verso 16 volta ao mesmo assunto, “tudo”, ou seja, nada que exista fugiu do ato criador de Cristo.
Ele, como João 1.1 diz: “No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus.” Como já dito, ele lá estava.
“tudo foi criado por meio dele” o tendo como a mente pensante para existir, e tendo ele como a finalidade para existir.
Ele está por trás dessas coisas, sendo assim o seu Senhor, o seu Deus.
Entenda que Paulo ao citar essas várias coisas deixa bem claro que Cristo tem algo bem importante.
Como no principio das coisas Cristo já era, fica claro que ele é preexistente, ele estava desde o inicio com Deus, não houve um tempo em que o Deus Filho não existiu!
O verso 17 nos fecha essa ideia com chave de ouro.
Verso 17 - Cristo é preexistente!
Tanto que o verso 17 declara isso: Ele é antes de todas as coisas!
Ele não é uma coisa, mas aquilo que as gerou, por isso o verso 17 destaca sua realidade desde sempre.
Antes da criação Cristo já estava com Deus, como João 17.24 ““Pai, quero que os que me deste estejam comigo onde eu estou e vejam a minha glória, a glória que me deste porque me amaste antes da criação do mundo.”
Não resta dúvidas sobre a correta visão de que Cristo estava ao lado de Deus desde sempre.
Cristo como alguém não criado por Deus, Cristo é tal como Deus-Pai, não foi feito, mas sempre existiu.
E note também como o verso 17 termina.
E não apenas isso, “nele, tudo subsiste”, toda a existência se mantém de pé tem pois o agente, aquele que não permite o caos, é Cristo.
Esse verso declara toda a autoridade da pessoa de Cristo, ela é a ancora que não permite que o mar leve o barco.
Aquele que segura o universo em suas mãos.
Como disse uma pessoa: Quem mantém o universo coeso não é uma ideia ou virtude, mas uma pessoa: Cristo ressurreto.
Sua vontade que mantêm o mundo de pé! É nele que tudo se fez e permanece! E irá permanecer para sempre!
Aplicações: Tendo em vista a grandeza de Cristo, não podemos ignorar sua importância não apenas em nossa salvação, mas também na criação de tudo, Cristo estava lá, com isso, podemos aplicar o seguinte:
Podemos orar no nome de Cristo quando realizamos nossos pedidos a Deus, pois ele, como ninguém, nos dará o melhor, pois nos criou.
Cristo compreende plenamente o que é o amor, pois Ele já amava antes da criação de todas as coisas. Ele é a nossa referência e fundamento para o verdadeiro amor.
Entenda que Cristo é superior, não por ser o primeiro, mas por ser o Deus criador!
Conclusão: Como disse certo autor cristão:
Esse banimento de Deus do mundo é simplesmente intolerável e, bendito seja o seu nome, impossível. Um Deus ausente que nada faz é, para nós, nenhum Deus. Cristo traz Deus constantemente para perto de nós.
Charles Hodge (teólogo presbiteriano americano)
Cristo, em sua pessoa, trouxe a plena revelação de Deus para nós, mas não para por ai, ele deu inicio a algo que o verso 18 a 20 nos explicará. isso veremos na próxima semana, conforme a permissão do nosso Senhor. Amém.