Êxodo 20.15
O autor divino/humano estabelece o princípio da integridade e justiça com relação à propriedade, como um meio de serviço (mordomado) ao SENHOR, reconhecendo-o como o único Rei (e portanto, proprietário) de toda a terra, afastando-se do egocentrismo e vaidade que conduzem ao furto/roubo e toda prática desonesta que causa prejuízo alheio.
a verdade, a fidelidade e a justiça nos contratos e no comércio entre os homens, dando a cada um o que lhe é devido; a restituição de bens ilicitamente tirados de seus donos; dar e emprestar livremente, conforme as nossas forças e as necessidades de outrem; a moderação de nossos juízos, vontades e afetos, em relação às riquezas deste mundo; um cuidado e zelo providentes em adquirir, guardar, usar e distribuir aquelas coisas que são necessárias e convenientes para o sustento da nossa natureza, e que condizem com a nossa condição; um meio de vida lícito e a diligência no mesmo; a frugalidade; evitar demandas forenses desnecessárias e fianças, ou outros compromissos semelhantes; e um esforço por todos os modos justos e lícitos para adquirir, preservar e adiantar a riqueza e o estado exterior, tanto de outros como o nosso.
Pergunta 142. Quais são os pecados proibidos no oitavo mandamento?
Resposta: Os pecados proibidos no oitavo mandamento, além da negligência dos deveres exigidos, são: o furto, o roubo, o roubo de homens e a receptação de qualquer coisa furtada; o negócio fraudulento, pesos e medidas falsas; a remoção de marcos de propriedade, a injustiça e a infidelidade em contratos entre os homens ou em administrar os negócios de outros a nós confiados; a opressão, a extorsão, a usura, o suborno, as vexatórias demandas forenses, todo o cerco injusto de propriedades e despejo de inquilinos; a acumulação de produtos para encarecer o preço; os meios ilícitos de vida, e todos os outros modos injustos ou pecaminosos de tirar ou de reter do nosso próximo aquilo que lhe pertence, ou de enriquecer a nós mesmos; a cobiça, a estima e o amor desordenado aos bens mundanos, os cuidados e esforços receosos e demasiados em obtê-los, guardá-los e usar deles; a inveja da prosperidade de outrem; assim como a ociosidade, o esbanjamento, o jogo dissipador e todos os outros modos pelos quais indevidamente prejudicamos o nosso estado exterior; e o defraudar a nós mesmos do devido uso e conforto da posição em que Deus nos colocou.
Para sermos culpados de roubo basta apenas uma hora desperdiçada de trabalho; um item do escritório que “esquecemos” de devolver; um interurbano pessoal que fizemos à custa da companhia; um item com preço exagerado em nossa loja. Vemos nosso Senhor sem pecados, crucificado por ladrões não diferentes daquele pendurado próximo a ele. Ali estava uma pessoa que nunca apropriou-se de algo que não lhe pertencia, que cumpriu todas as suas obrigações e pagou débitos que não devia e, mesmo assim, estava pendurado perto de um ladrão comum, sustentando sua vergonha e culpa diante de Deus como se tivesse cometido o crime. O ladrão crucificado próximo ao nosso Senhor pode ter experimentado a ira de Roma naquela tarde escura de sexta-feira, mas por causa da crucificação de um homem a alguns centímetros dele, não terá de sofrer a ira do céu. Todos os ladrões que confiam em Cristo podem esperar ouvir as mesmas palavras do Cordeiro imaculado no leito de morte: “Hoje estarás comigo no Paraíso”.