2024-09-Estudo de Efésios 2:8-10
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Cristo… o foco do poema e a escultura final
Cristo… o foco do poema e a escultura final
8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;
9 não de obras, para que ninguém se glorie.
10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.
“Porque...”
“Porque...”
Estes versos não aparecem do nada, depois de Paulo:
Falar no capítulo 1 acerca do gande poder de Deus;
Fala nos primeiros versos do cap.2 acerca do nosso estado de mortos em delitos e pecados, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos;
Continuar a falar que, apesar do nosso terrivel estado, Deus, rico em misericórdia, nos alcançou, rssuscitou e ainda nos trouxe para junto de si!
Depois de Paulo afirmar tudo isto, inicia estes versos dizendo porque… ou seja, “a razão desta tão grande obra de Salvação” ou então “o motivo desta tão grande salvação”.
Eu não ligo muito a carros, mas é como se Paulo estivesse aqui a apresentar-nos um grande carro, a velocidade que atinge, o brilho da pintura, o barulho que faz, a rapidez dos 0 aos 100, etc… e a certa altura Paulo abre o capô, e mostra o motor do carro e diz: “todas estas características que o carro tem, vêm deste motor, deste computador, aqui está o coração do carro para que ele atinja as performances que acabámos de ver”.
Ou seja, “o motor que faz com que seja possível esta tão grande salvação, é o seguinte”, e Paulo então continua:
“…pela graça sois salvos...”
“…pela graça sois salvos...”
Graça significa dádiva imerecida, ou seja, fomos salvos:
Sem fazermos nada;
Sem merecermos nada;
Sem alcançarmos nada;
Isso não é de admirar pois, Paulo tem estado a descrever o nosso estado de espiritualmente longe de Deus por causa do nosso pecado, mas apesar do nosso muito pecado, Deus é maior!
Ok, então a salvação chega até nós sem merecermos mas, como recebemos essa salvação?
“…mediante a fé...”
“…mediante a fé...”
Ou seja, é como se a graça de Deus fosse um íman e a nossa fé fosse outro íman, quando estão na polarização certa, juntam-se com bastante força.
A fé é o instrumento pelo qual a graça de Deus nos alcança.
Quando falamos de fé, por vezes podemos confundir com esperança mas a bíblia distingue uma da outra:
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.
O que é então a fé?
1 Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem.
Podemos ilustrar a relação entre a fé e a esperança com a alegria que uma criança sente quando seu pai lhe diz que amanhã farão uma atividade especial e divertida. A criança acredita que vai realizar a atividade, com base nas palavras do pai: isso é fé. E, ao mesmo tempo, essa convicção causa na criança uma alegria irreprimível, que é a esperança. A confiança da criança na promessa de seu pai é fé; os gritos de alegria e os pulos da criança são sinais de esperança.
Ou seja, a fé não se basei em sentimentos ou expectativas, a fé baseia-se em factos:
Sabemos que Deus criou todas as coisas! È um facto!
Sabemos que somos pecadores, é um facto!
Sabemos que Jesus é o Messias prometido, é um facto várias vezes mensionado!
Sabemos que Jesus morreu na cruz, é um facto bíblico e histórico!
Sabemos que Jesus ressuscitou e tudo o que disse se cumpriu, é um facto ainda que muitos não queiram acreditar...
A nossa fé baseia-se em coisas de aconteceram de facto, ao ponto de dizermos que não temos uma fé cega mas uma fé que vê! Vê o que Deus realizou no passado, realiza ainda no presente e por isso podemos olhar para o futuro não com um sentimento ou uma expectativa mas COM A CERTEZA de que Deus NUNCA FALHOU, NÃO FALHA NEM FALHARÁ!
É esta a fé que recebe de Deus a graça da salvação.
“…isto não vem de vós...”
“…isto não vem de vós...”
Isto o quê? O que é que não vem de nós?
Será a a graça que Paulo fala anteriormente?
Será a fé que Paulo fala anteriormente?
Na verdade, “isto”, refere-se nem só a fé nem só a graça, mas a ambas, “isto”, refere-se a salvação pela graça mediante a fé. Refere-se á frase anterior toda, ou seja, a graça vem de Deus, e a fém vem de Deus, TUDO VEM DE DEUS NÃO DE NÓS!
“...é dom de Deus...”
“...é dom de Deus...”
É uma dádiva de Deus. A salvação não é um prémio de Deus aos bons pois não há nenhum, Salvação é um presente de Deus porque ninguém merece!
“…não de obras...”
“…não de obras...”
Esta salvação:
Não vem das ofertas de dinheiro que demos;
Nem do tempo que viémos á igreja;
Das pregações que fizémos;
Das vezes que evangelizamos;
Das vezes que limpámos a igreja;
Das situações em que ajudamos alguém em necessidade;
Dos momentos em que promovemos a paz e não a guerra;
Etc… por mais bonita que tenha sido a obra que tenhamos feito, nenhum desses feitos pode ser considerado suficientemente bom para merecermos a salvação
De facto, Deus não deve nada a ninguém, não há ninguém a quem Deus não tenha concedido a salvação apesar de tanta boa obra, sabem porquê? Porque ninguém, por melhor que sejam as suas boas práticas, merece ser salvo por elas!
Interessante que Paulo já tinha dito anteriormente que esta salvação não vinha de nós, agora, para que não restem dúvidas, ele afirma que não vem de qualquer obra nossa, deixando assim o ser humano, sem qualquer margem para dizer que colaboramos com alguma coisa na nossa salvação… não resta margem para nada, só para Deus
“… para que ninguém se glorie...”
“… para que ninguém se glorie...”
Paulo sabe como é o coração do ser humano poie também tem um coração como o nosso.
Todos sabemos que, por mais humildes que nos sintamos, o orgulho está sempre á espreita de uma oportunidade. A oração do fariseu é um desses exemplos, as muitas obras e práticas, levaram-no a pensar que era melhor que os outros e que por isso merecia o reconhecimento de Deus, estava redondamente enganado, todos estamos no mesmo patamar, “mortos em delitos e pecados”, e por isso, ninguém tem nada para se gloriar!
Deus foi quem realizou e aplicou esta salvação na vida dos crentes, temos apenas um motivo de orgulho, a CRUZ DE CRISTO… E NADA MAIS.
10 - “Pois somos feitura dele...
10 - “Pois somos feitura dele...
Esta palavra “feitura”, no seu original significa também poema.
É interessante analisar agora este verso tendo em conta esta verdade do poema, existem então 3 “Ps” neste verso, o Poema, o Poeta e a Pena:
“…criados em Cristo Jesus para as boas obras...” - Pena
“…criados em Cristo Jesus para as boas obras...” - Pena
A pena que o poeta usa para escrever os poemas é Jesus Cristo.
Fomos criados não mais em Adão mas, nascemos de novo em Cristo!
“…as quais Deus de antemão preparou...” - Poeta
“…as quais Deus de antemão preparou...” - Poeta
Deus é o poeta, aquele que planeou o poema e escreve dia após dia conforme quer.
Mais uma razão para não andarmos orgulhosos pelas boas obras que fazemos pois, mesmo depois de convertidos, as boas obras que praticámos, só as conseguimos fazer porque Cristo nos ajuda e foi Deus quem as preparou.
Ninguém surpreende Deus por algo de bom que fez, o melhor que conseguimos fazer é, com a Sua ajuda, alegrá-lo com a nossa obediência!
“…para que andássemos nelas...” - Poema
“…para que andássemos nelas...” - Poema
Nascemos em Cristo não para viver da mesma forma mas para praticar boas obras. Notem que a fé sem obras é morta, e, de facto, não somos salvos pelas obras mas fomos salvos para as boas obras.
É nesta prática de boas obras que a pena que é Jesus vai sendo usada, o que faria Jesus em meu lugar?
Cristo é a estatura de varão perfeito, é a nossa meta, é o nosso propósito, ser como Jesus, praticar o seu exemplo e assim, as boas obras pois, não nos enganemos, nós não fomos salvos para ir para o céu simplesmente, não estamos aqui num periodo de espera, a marinar sem nada fazer, fomos salvos para praticar boas obras. Obras que reflitam a pessoa de Cristo!
Este é o poema, Cristo, ser como Cristo, andar em Cristo, viver em Cristo. Como? Praticando boas obras, não nos devemos encostar á religião pensando que boas obras é simplemente vir á igreja, há muitas coisa que Deus quer fazer em nós e através de nós, boas obras que Deus já preparou para que andássemos nelas. Sò assim, Deus o poeta, usando o exemplo de Cristo a pena, escreve um poema que é a nossa vida, para Glória de Deus.
Conclusão
Conclusão
O foco da salvação é a glória de Deus. Não existe outro digno de glória a não ser Aquele que fez tudo em relação á nossa salvação. Enquanto o Senhor não nos vem buscar, pratiquemos boas obras:
Alguém um dia perguntou a um escultor, como podia ele passar de uma simples rocha, para um rosto de uma pessoa? Ele respondeu que imaginava na sua mente a escultura final, depois, o processo até lá chegar, era ir tirando com o cinzel, tudo aquilo que não fazia parte da escultura final, até ficar apenas a escultura final.
Assim é na vida do crente, o Senhor está que nem um escultor que encontrou pedras deformadas, e na sua infinita sabedoria e misericórdia salvou-nos para esculpir a nossa vida tendo como escultura final a imagem de seu filho Jesus. A vida do crente é isto mesmo, restirar aquilo que não faz parte de Jesus, para que no fim da nossa vida, o que se veja não seja uma pedra, mas Cristo!
Cristo… o foco do poema e a escultura final
Cristo… o foco do poema e a escultura final