1Pedro 3.1-7
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Texto: 1Pedro 3.1-7 — Título:
Texto: 1Pedro 3.1-7 — Título:
“ISSO COMEÇA EM CASA...”
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Introdução
Quando encontramos alguém que seja do tipo grosseiro, mal educado, comumente somos levados a concluir que esta pessoa deve ter sido uma criança difícil, como dizem: “malcriada”.
Por isso, as vezes escutamos a seguinte frase: “costume de casa vai a praça”. O que em outras palavras pode significar: “o que você é em casa, também será em público”.
Bem, as vezes isso acontece. Quando não acontece, é porque tal pessoa consegue esconder bem quem ela é, fora de casa. Bom, tal pessoa cresce e se torna disposta a casar. O desejo de contrair matrimônio é grande. Há então uma nova esperança: “sair de casa”. O intento de respirar novos ares é alimentado constantemente.
Esta pessoa conhece alguém, se apaixona e então casa. Mas assim como fora uma criança mal educada, não será uma boa esposa, ou bom marido. O que fazer? Passado um tempo o cônjuge pode alegar: “Bem eu casei às escuras, agora realmente estou conhecendo tal pessoa”. Bem, este é um argumento. Mas não é biblicamente válido para o divórcio. Você deveria ter conhecido a pessoa antes de se envolver tanto.
O que você tem agora é um novo recomeço. Você está casado (a) com essa pessoa, e não sabe o que fazer? A partir daí então a pessoa parou de esconder sua real personalidade e não se envergonha mais, todos agora percebem como este (a) é uma pessoa de temperamento difícil. E você como um bom cristão deve fazer algo. Mas o que?
O que lhe cabe como cônjuge? O que fazer, como alguém que antes de mudar o sobrenome na certidão de nascimento, você é um discípulo de Cristo, a serviço de Deus. As Escrituras ensinam tanto os homens como as mulheres. Como cada um dos cônjuges devem se portar em casa, para que tenham uma vida abençoadora, tanto no lar como publicamente.
Por isso, o sermão de hoje tem como TÍTULO:
“ISSO COMEÇA EM CASA...”
Este é o assunto dos nossos versículos de hoje. É para cristãos, para todos aqueles que precisam compreender o que — possivelmente — está faltando em casa.
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OBSERVAÇÕES DO TEXTO
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Bem, quanto a SUBMISSÃO, ISSO COMEÇA EM CASA, e não é limitada a mulher, neste caso tratando-se do texto petrino. O apóstolo nos comunica deveres como cônjuges cristãos (ou até mesmo quando um dos mesmos não é), quanto a submissão ao nosso próximo — tomando a esposa ou marido como alvo desta submissão. Nós dividiremos os versículos em dois pontos, com seus tópicos. E o primeiro ponto é:
1ª A SUBMISSÃO DA ESPOSA:
A submissão da esposa é uma ferramenta de Deus que abençoará o marido (caso este seja incrédulo), v.1-2:
Ou até mesmo seja um cristão que encontra-se em rebelião contra o Senhor. Esta esposa será como nosso Senhor Jesus Cristo declara em Mt 5.13-16. Será o sal que tempera/preserva o ambiente doméstico e a luz que ilumina o espaço onde habitam, apontando para a glória de Deus.
Este marido será ganho não porque você trabalha bem em casa, mas porque você é piedosa. Em certa medida você é como Marta, cuidadosa no lar etc., mas não falta como Maria, sempre aos pés do Salvador da sua Vida. Pois seu “comportamento deve ser cheio de temor” ao Senhor.
O temor ao Senhor adorna a submissão da esposa, v.3-4:
Querida irmã, seu valor não está no que você expõe externamente, quer seja em palavras ou ações. Claro que Pedro não faz um discurso contra o embelezamento da mulher, dos cuidados com a pele, usar belas roupas etc. Ele visa observar o que é fundamental aqui; aquilo que revela o porque a esposa é submissa.
Em outras palavas Pedro está dizendo: “Quando você for ao teu quarto, visando preparar-se para sair, procurando em suas jóias, tanto como na perfumaria e guarda-roupa que possui, não esqueça do maior adorno que deves ter”. Este adorno que tem grande valor diante do Senhor: “o temor”.
É nesse momento que as meninas são separadas das mulheres. Pois a segunda preocupar-se-a em primeiro lugar com o temor ao Senhor, e não esquecerá dos adereços secundários. Mas a primeira, a menina, preocupar-se-a demais com os adereços secundários, esquecendo-se do temor ao Senhor.
Concluindo o v.2 Pedro fala do “honesto comportamento” da esposa, que não seria cheio de virtude, caso não houve-se o “temor”. A esposa que é submissa não o é por estar diante de um “capitão”, mas por reconhecer aquele que é autoridade sobre todos nesta esfera de soberania e nas demais: o Senhor.
Portanto, a esposa não será submissa ou honrará seu marido por ele ser um servo de Deus ou não, ou até mesmo por ser um bom marido ou faltoso nesse sentido. A esposa será submissa, pois em primeiro lugar está sob o governo do Senhor. Por isso a submissão da esposa será adornada com o temor ao Eterno.
Deste modo torna-se fácil compreender o movimento que Pedro faz nos versículos 3-4, quando fala do interior para o exterior. Colocando tudo no seu devido lugar: o que é primário e secundário.
O temor ao Senhor revela em quem está fundamentada a submissão, v.5-6:
Assim como você passa por lutas, outras irmãs também passaram no decorrer da história. Você não está sozinha. E aqui não me refiro a lutas pontuais, mas aquela luta interna, de ter que esperar no Senhor, confiando que seu marido deve exercer o papel de cabeça (sendo o senhor ali) no lar e você submeter-se a ele em fidelidade ao Senhor.
Quem disse que isso é fácil, não é mesmo?
Agora, quem disse que você está livre desta ordem criacional? Você tem seu papel e seu cônjuge tem o dele. Ele é o cabeça, autoridade instituída por Deus no lar e você a auxiliadora.
Mas nós sabemos que os desafios não são tão simples assim.
Veja que Sara é citada nos v.5-6. Ela tem seus erros/pecados registrados nas Escrituras. Ela não foi perfeita. Mas no decorrer de sua vida aperfeiçoou-se como serva do Senhor e submissa ao seu marido. Ela é citada no texto entre as “santas mulheres que esperavam em Deus”.
Por isso perceba que a submissão ao marido, passa pelo crivo do temor ao Senhor. Pois, você pode até falar “sim sr.” para o seu marido, mas se não teme ao Senhor, onde está fundamentada sua submissão? E caso seu marido a conduza a pecar, o que você fará? Você acredita que esse tipo de submissão “ganharia” no sentido de abençoar o seu marido?
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Deste ponto, A SUBMISSÃO DA ESPOSA, passamos ao segundo e último:
2ª A SUBMISSÃO DO MARIDO:
Igualmente nós, maridos, devemos partilhar esta vida com nossas esposas. No v.7 e em todas as proposições apresentadas por Pedro, a expressão submissão (subordinação) encaixa-se nos deveres que devemos para com nosso cônjuge. Portanto, a submissão do marido:
É refletida no viver a vida comum com a esposa:
O que parece ser desafiador para muitos de nós. Pois é mais fácil dar ordens do que servi-las. É mais fácil afirmar: “Seu lugar é na boca do fogão”, do que dar as nossas esposas a graça de relaxar um pouco no sofá, ou onde ela preferir e então servi-la com os mesmos cuidados domésticos com os quais elas nos servem.
Para alguns, dividir o serviço doméstico é absurdo. Tanto que alguns compreendem o tempo da seguinte forma: “eu tenho tal responsabilidade, e minha esposa tem a seguinte responsabilidade”. Daí “quando tenho tempo de folga, me dedico a pequenos prazeres particulares”.
Alguns maridos não compreendem, mas essas atitudes comunicam desprezo pela esposa. O que é pecado e falta quanto ao sacerdócio que devemos exercer no lar. Devemos cuidar da nossa esposa como cuidamos do mais glorioso presente — depois da salvação — que recebemos do Senhor. Deste modo, “viver a vida comum do lar” deveria ser prazeroso para nós, não o contrário.
Mas, a submissão do marido:
É refletida também no seu cuidado com este vaso mais frágil:
E que demandas este vaso mais frágil tem? Várias! Tanto espirituais, como emocionais, físicas etc.
Você não pode dar desculpas como as seguintes: “Ah! Mas minha esposa não é tão romântica assim, ou delicada etc.”, ou “Ah! Mas toda vez que tento marcar algo para nós, ela já tem um compromisso, o que posso fazer”? E por aí vão as desculpas. Todas sem fundamento. Pois o nosso serviço a nossa esposa gira em torno da nossa submissão ao papel e dever que o Senhor designou para nós no lar. Ali somos o cabeça (Ef 5.23a).
Por isso, envolvendo esse tópico, a submissão do marido:
É refletida ao tratá-la com dignidade e respeito:
Preocupar-se e tratá-la com a mesma dignidade e respeito que desejamos ser tratados. Pois, nós e elas fomos e somos criados a imagem e semelhança do Criador (Gn 1.26-27).
Por isso Pedro diz no v.7b: “porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida”. Essa graça de vida aplica-se tanto a graça comum, o fato de termos sido criados a mesma imagem e semelhança (mesmo com papeis diferentes), assim como a graça da nova vida, a vida espiritual.
Por isso, preocupar-se com a vida doada pela graça comum tanto quanto com a vida espiritual que nossa esposa vive é dever nosso. Se faltamos nisso, como podemos nos chamar de maridos? Homens que tem seu lugar na sociedade e espera-se deles ombridade (ideias que são evocadas do termo bíblico)?
Assim, como último tópico, a submissão do marido:
Revela-se no desfrutar junto a esposa, dos privilégios espirituais comuns:
Dentre estes, encontra-se a oração. E veja que no v.7, somos levados a duas considerações. 1ª) Nós devemos ser os que encabeçam esse movimento, conduzindo espiritualmente nossas esposas e a 2ª) Nós devemos desfrutar disso juntos. Pois Pedro fala das nossas orações, não das minhas como marido.
Um dos maiores problemas encontrados na sociedade hoje, envolve o individualismo. Por influencia deste mal, muitas famílias são destruídas hoje. Quando maridos e esposas se fecham nas suas ilhas digitais e ali emulam uma vida conjugal. Buscando o cônjuge somente quando a necessidade física grita.
“Ah! Por isso que o matrimônio é via de mão dupla”. Concordo, em partes. Mas não posso negar o papel que nós maridos temos. Não podemos esperar nossas esposas pedirem para serem pastoreadas. Isso faz parte da nossa vocação.
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CONCLUSÃO:
Concluo o sermão de hoje, com as palavras do Ap. Paulo, que certamente são mais fortes do que qualquer voz empostada ou tom mais grave. Em Fp 2.3-8 está escrito:
Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.
Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.
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Esposas, vocês tem sido submissas ao vosso marido? Como convém no Senhor? (Cl 3.18) Submissas como ao Senhor? (Ef 5.22). Isso revela o temor que você tem no Senhor. Tanto quanto, o temor revela onde está fundamentada sua submissão.
Maridos, vocês são subordinados as suas esposas no Senhor? Vivendo como cabeça do lar, pastores da família? Suprindo as necessidades de suas esposas, da mais básica, como convém no Senhor? Sem fugir do dever que lhe foi confiado?
E você solteiro? Como você tem formado isso em seu coração? Não observe o erro de seus pais, mas o que a Escritura ensina! Olhe para Cristo!