APOCALIPSE 1.9-20

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SERMÃO - APOCALIPSE 1.9-20
ICT - João teve a visão de Cristo glorificado que o confortou e ofereceu consolo para a igreja perseguida por meio de sua majestade.
TESE - Os crentes e igrejas perseguidas recebem o consolo e o conforto do Senhor glorificado.
P.B. - Devocional/Pastoral
P.E. - Convidar os crentes a olhar para Cristo com mais temor, como o Senhor glorificado, bem como consolar os crentes.

INTRODUÇÃO

Aslam morto e um exército desanimado. Aslam vitorioso e um exército vitorioso.

ELUCIDAÇÃO

João escreveu este livro debaixo de grande perseguição no final do primeiro século da era cristã, talvez no ano 95 d.C. Domiciano, o imperador de Roma intensificou a perseguição contra os cristãos porque eles não o adoravam como deus. Naquele período foi estabelecido o culto ao imperador, no qual, todos os cidadãos romanos deveriam reconhecer e afirmar que césar era senhor. Mas os crentes não se dobravam diante disso, mas diziam: Só Jesus Cristo é o Senhor. Roma entendeu isso como subversão. Para o império, os cristãos estavam rejeitando o governo de seu imperador.
Por isso, muitos cristãos foram mortos e perseguidos. Os apóstolos de Cristo foram todos mortos de forma cruel pela perseguição. O último dos apóstolos foi João, que havia sido torturado de várias formas, mas sobreviveu de modo miraculoso. Deus tinha ainda planos na vida desse discípulo amado que esteve com o Senhor até mesmo em sua morte.
Por ter sido pastor em várias igrejas na região da Ásia, e apóstolo de Jesus Cristo, João tinha grande influência sobre toda igreja cristã espalhada pelo mundo. Por isso, o governo entendeu que João era perigoso para a ordem pública. O império o enviou para o exílio em uma ilha chamada Patmos, no mar mediterràneo. Distante de tal forma da terra que para lá eram enviados muitos criminosos que eram considerados inimigos políticos para o império. De modo que o crime de não reconhecer o imperador como deus, implicou em um crime político para João.
Este evento que está relatado aqui é apenas um e o primeiro que narram as visões que João teve do Apocalipse. O curioso é que são sete visões relatadas por João, para indicar a completude e a importância da revelação deste livro. A Revelação acontece no Dia do Senhor, o primeiro dia da semana, que é o dia da ressurreição de Cristo. O dia de cultos na igreja.
Nesta visão, o Senhor Jesus aparece para João de um modo glorioso, seu aspecto é de um rei, sacerdote e juíz majestoso. O propósito do Senhor em se revelar a João desse modo é consolar o seu servo e oferecer consolo para a igreja que está sendo perseguida.

TEMA - O CONSOLO NA GLÓRIA CRISTO

P.S. - Como a Glória de Cristo oferece consolo para sua igreja em tempos de tribulação?

1º A GLÓRIA DE CRISTO OFERECE CONSOLO EM SABER QUE TEMOS UM SENHOR VITORIOSO. V. 9, 12-13, 16, 20.

O texto começa dizendo que João, o apóstolo do Senhor Jesus foi o escritor deste livro. O modo como João se identifica mostra o caráter do apóstolo diante do que ele está vivendo. Ele não se coloca como líder superior, mas como irmão. Como companheiro na tribulação. Se a igreja estava sendo atribulada, ele, como servo de Jesus Cristo também estava. Ele é companheiro na perseverança no Evangelho de Cristo e no Reino.
Até mesmo este servo de Deus estava passando provações por causa do nome de Jesus. O motivo de estar na ilha de Patmos era a pregação da Palavra de Deus e o anúncio do Evangelho. E neste contexo difícil o Senhor aparece a João.
O culto ao imperador e o contraste entre o Cristo humilhado e o Cristo vitorioso. Todos esses atributos revelam Cristo como Rei vencedor. Todos os inimigos estão debaixo de seus pés. Até mesmo os inimigos e césar que se declara deus são ofuscados diante da glória deste Rei Senhor.
Cristo aparece de forma gloriosa, sua voz é como de trombeta. A imagem de Cristo é semelhante a que Moisés teve no monte sinai, quando Israel temeu a Deus. Ele estava com uma roupa gloriosa, um sinto de couro no peito, que indica a roupa de um sacerdote e a dignidade desse varão. Os seus cabelos eram brancos como a neve e a lã. Mostra o Ancião de Dias. Sua posição, sua respeitabilidade, sua honra e dignidade. Seus olhos de fogo mostram a glória daquele que vê e sonda todas as coisas. Nada escapa aos seus olhos. Ele tem os pés de bronze reluzente, que é mais uma indicação da sua Glória. Sua voz, como de muitas águas. Uma voz majestosa. Muito semelhante a que Moisés ouviu no trovão. De sua voz saía uma espada, que indica o poder da Palavra de Deus, que é mais cortante que uma espada de dois gumes.
Essa visão é tão gloriosa que João cai aos seus pés como que estivesse morto. Qual o propósito diste? É mostrar que o Senhor ao qual João servia era mais sublime que todos os reis da terra. Aquele senhor que foi humilhado, ele agora é um Rei vencedor. É para esse Jesus que a Igreja deveria olhar. Quem é césar? Quem é Nero? Quem é domiciano? Quando comparados a esse Jesus glorioso, eles não são nada. João mostra para a Igreja do Senhor a glória do seu Redentor.
A mensagem de Cristo para João é que todos os reis da terra deverão um dia se prostrar perante ele.
ILUSTRAÇÃO
Juliano, imperador de Roma disse: Vences-te, ó Galileu!
APLICAÇÃO
É isso que todos os governantes da terra farão diante da Glória de Cristo. Toda perseguição que os governantes impuseram vai ser derrubada pela mão de Cristo. Lula, kin Jeong hun, o ditador da china, Biden, Putin. Todos eles se prostraram perante a Glória do Senhor. A Igreja está sendo perseguida por homens terríveis. Mas Cristo é mais glorioso.

2º A GLÓRIA DE CRISTO OFERECE CONSOLO QUE PRODUZ TEMOR AO SENHOR. V. 10-12.

Cristo não se apresenta apenas como Rei, mas como Juíz. Ele escreve para as sete igrejas, não apenas como consolo, mas como exortação e julgamento. As palavras sobre Cristo são usadas novamente para falar às igrejas que julga e corrige suas práticas. Essa visão gloriosa deveria produzir reverência e temor diante do Senhor. A obediência seria movida por isso. João teme a glória de Cristo. Ele se prostra como Isaías, como Moisés. Ele é um Rei glorioso. Os atributos de Cristo são dados às igrejas para que a igreja tema sua Glória e sua Presença.
ILUSTRAÇÃO
Os puritanos tinham grande visão da glória de Deus. Quanto maior essa compreensão, mais profundo nosso temor e obediência.
APLICAÇÃO
A glória de Cristo deve nos fazer temer diante dele. Se canta a música eu vejo a glória. Mas se víssemos a glória de Deus, nos prostraríamos perante a sua face e viveríamos em temor. O Senhor repreende a sua igreja e sua repreensão é muito séria. Devemos viver de modo digno, aguardando o dia do Senhor glorioso. Não devemos tratá-la levianamente.

3ª A GLÓRIA DE CRISTO OFERECE CONSOLO ATÉ MESMO DIANTE DA MORTE. V. 17-18.

A vitória de Cristo sobre a morte é a nossa garantia sobre ela. Porque ele é vencedor, nós também o somos. Os cristãos podem ser perseguidos, mas eles não devem temer essa perseguição, pois a morte não pode separá-los do Senhor que já venceu esse inimigo ao terceiro dia.
Cristo consolou João. Ele o viu naquela cruz sendo morto. Mas ele o consola para dizer que está vivo. Ele venceu a morte. Isso tem uma implicação para a Igreja. Ele tem as chaves do hades, e da da região dos mortos. Ele tem a autoridade sobre a morte. Os crentes poderiam ser torturados, presos, até mesmo mortos. Mas não deveriam temer a morte. O seu Senhor tem domínio sobre ela.

ILUSTRAÇÃO

Os crentes eram lançados as feras. Mortos pela espada, crucificação, dentre tantas mortes. Mas não temiam. Quanto mais morriam, mais a igreja crescia. Tertuliano chegou a dizer que o sangue dos mártires é a semente da igreja.

APLICAÇÃO

Não tema. A morte, a perseguição, a zombaria.
Perseguidos ideológicos.
Não tenha medo. Vamos ser perseguidos. Mas o nosso Senhor domina sobre tudo, inclusive sobre a morte. Vocês serão como ovelhas no meio dos lobos, vos entregarão a morte. Mas não temam os que matam o corpo. Temam quem pode lançá-lo no inferno.

4º A GLÓRIA DE CRISTO OFERECE CONFORTO EM SABER QUE ESTAMOS NAS MÃOS DO SENHOR. V. 12-13, 16, 20.

Cristo quis ensinar algo mais sobre consolo demonstrando que tanto as igrejas como seus mensageiros, ou seja, seus pastores, estão em suas mãos. Ele anda no meio das igrejas, ele a tem em suas mãos. Ele governa sobre a igreja e sobre os que levam sua Palavra.
Os candeeiros são a igreja que ilumina o mundo, os anjos são os pastores, mensageiros. Ele vai falar à sua igreja. Ele passeia no meio dela. Ele esta com a igreja, todos os dias, até a consumação dos séculos. Ele sustenta os mensageiros. Ele prepara sua igreja para falar a ela. Ele adverte para ensinar o modo como a igreja deve viver. A igreja deve se submeter ao senhorio de Cristo.

APLICAÇÕES FINAIS

CONCLUSÃO

Aslam morto e um exército desanimado. Aslam vitorioso e um exército vitorioso.
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