A recompensa da Justiça

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Introdução
É interessante o contraste aqui apresentado. Novamente Jesus faça de Justiça.
O sermão do monte está cheio de referência a esta palavra - Justiça, e parece esse ser o tema principal de tais verdades declaradas por Jesus
Mateus 5.6 “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.”
Mateus 5.10 “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.”
Mateus 5.20 “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.”
Logo após, Jesus começa voltar-se para as leis de Moisés e intermreta-las para que fique claro para o povo

1 - Deus é um Deus de Justiça, e espera que nós também o façamos

A palavra aqui não é sobre deixarmos de fazer, mas sim sobre nossa motivação.
Qual motivação temos para fazer a obra de Deus? Imitar o próprio Deus.
Evangelho de Mateus 10. A tríade harmoniosa da nova vida, 6:1–18

Segundo o ensinamento dos rabinos, o judeu demonstra seu amor a Deus através de três desempenhos: beneficência, oração e jejum.

Evangelho de Mateus 10. A tríade harmoniosa da nova vida, 6:1–18

Quando exercerem a misericórdia, quando orarem, quando jejuarem, não procedam como os fariseus costumam proceder. Pois o modo como eles o fazem é condenável!

De que modo, afinal, agiam os fariseus? Eles queriam ser admirados pelas pessoas.

2 - Como fazer as vezes é mais importante do que o ato em si

Evangelho de Mateus 10. A tríade harmoniosa da nova vida, 6:1–18

A beneficência judaica costumava dar muitas esmolas. O doador era forçado a essa generosidade ao ter de fazer doações em público. Através desse aspecto de publicidade, cada um se sentia observado. Pelas “ofertas” media-se o grau de religiosidade, ou melhor, o grau de justiça.

Evangelho de Mateus 10. A tríade harmoniosa da nova vida, 6:1–18

Após o culto na sinagoga cada um levantava e dizia qual era a quantia que queria ofertar. Quando havia uma doação muito vultosa, o doador era chamado até o bemá (tribuna) e recebia a honra de poder sentar ao lado do rabino.

Evangelho de Mateus 10. A tríade harmoniosa da nova vida, 6:1–18

O servidor da comunidade tocava, então, uma trombeta, a fim de chamar a atenção dos seres celestiais, porque ali se havia realizado um beneficência especial.

Quanto mais, pois, o fariseu praticava a beneficência, i. é, dava esmolas, tanto maior era o espetáculo, primeiro na sinagoga e depois também na rua.

Evangelho de Mateus 10. A tríade harmoniosa da nova vida, 6:1–18

A palavra grega para “esmola” é eleémosýne (da qual surgiu o termo alemão Almosen). Não a reproduzimos como diversas traduções tradicionais com “dar esmolas”, mas com praticar “beneficência”

Evangelho de Mateus 10. A tríade harmoniosa da nova vida, 6:1–18

Entretanto, seu sentido é ainda mais amplo. Significa: misericórdia, compaixão, sofrer junto. Com essa palavra é expressado tudo em que o discípulo de Jesus é devedor do seu próximo

Evangelho de Mateus 10. A tríade harmoniosa da nova vida, 6:1–18

A palavra original grega entende o “dar esmolas”, “praticar beneficência” como “tentar ajudar a alma e o corpo do próximo através do sacrifício voluntário de si próprio”.

Evangelho de Mateus 10. A tríade harmoniosa da nova vida, 6:1–18

Todo o serviço de amor dos seguidores de Jesus deve ser tão oculto que, quando o Senhor os chamar a si no dia do juízo final (por terem servido aos famintos e miseráveis), eles perguntem surpresos: “Quando foi que vimos o Senhor sofrendo e o servimos?” Nem mais estão conscientes de seus atos de amor, de seus serviços de misericórdia.

3 - A recompensa do Senhor é diferente

Antes que começemos a esperar recompensas de nossas próprias obras, entendamos o que Jesus estava querendo dizer com tal expressão
Primeiro que o significado dessa palavra no original é algo como salário - pagamento.
Lucas 17.10 “Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer.”
A pergunta melhor aqui poderia ser de quem eu quero receber o reconhecimento, de Deus ou dos homens?
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