Provérbios 12:5-9

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O conselho do perverso, engano perigoso
O justo é uma fonte da qual jorram a justiça e a retidão. Nas suas palavras, há sabedoria e, nos seus conselhos, verdade; mas, quando o perverso abre a boca, seus conselhos são traiçoeiros e puro engano.
Nesse provérbio, queremos frisar sobre a importância e a seriedade de dá conselhos.
O ministério de conselhos na igreja é muito importante. Mas nem todos que estão na igreja estão aptos para dá conselhos? Por que? Por que infelizmente seus conselhos não seguem a sabedoria divina e sim os enganos do mundo.
Infelizmente muito agem como o perverso, onde seus conselhos são puro engano.
Existe nos conselhos uma grande responsabilidade. Em que direção você vai dirigir aquela pessoa que veio pedir seu conselho?
Tiago diz: “Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo. Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo.” Tg 2:1-2
A Bíblia nos apresenta pessoas que ao aconselharem a outros, deram conselhos de engano.
Um clássico exemplo dessa fatídica realidade foi o conselho maligno que Jonadabe deu a Amnon, filho do rei Davi. 2 Samuel 13
O jovem príncipe apaixonou-se doentiamente por sua meia-irmã Tamar. Em vez de buscar conselho com homens sábios, abriu seu coração para um jovem sagaz e perigoso, uma víbora venenosa. Os lábios de Jonadabe destilaram peçonha mortal. Seus conselhos deram início a uma tragédia irremediável na vida de Amnon e sua família. Tamar foi violentada. Amnon foi assassinado. Absalão tornou-se homicida, e a casa de Davi foi transtornada. Os conselhos do perverso são como uma fagulha que incendeia toda uma floresta e traz destruição e morte.
Temos outra história bíblica onde os conselhos não foram dados de forma correta. 1Reis 12:6-15.
Os conselhos do perverso são como uma fagulha que incendeia toda uma floresta e traz destruição e morte. Os pensamentos do justo, porém, são retos. O justo não se insurge contra Deus nem maquina o mal contra o próximo. Ele tem a mente de Cristo e o coração transformado. De sua boca fluem palavras de vida, e não conselhos de morte.
Praticamente no mesmo pensamento, temos o verso 6
“As palavras dos perversos são emboscadas para derramar sangue, mas a boca dos retos livra homens.”
A língua é um pequeno órgão do nosso corpo, mas tem um grande poder. Assim como o leme governa um navio e um freio controla um cavalo, a língua dirige todo o nosso corpo. Quem domina a sua língua controla todo o seu corpo. A língua tanto arma emboscadas de morte como desarma bombas devastadoras. Tem a capacidade de matar e também de dar vida. A Bíblia diz que a morte e a vida estão no poder da língua. É tanto o remédio que sara as feridas como o veneno que acarreta a morte. A boca dos perversos é uma tocaia perigosa. Seus lábios são mais venenosos do que uma víbora peçonhenta.
Quando os perversos abrem a boca, o inocente é apanhado por sua emboscada mortal. Uma emboscada é uma armadilha invisível cuja finalidade é o derramamento de sangue.
No entanto, a boca dos retos desfaz as tramas, desata os nós e desarticula os planos diabólicos dos perversos. Na boca dos retos, há palavras de vida e paz. Os retos são mensageiros da paz e agentes da reconciliação. Não são semeadores de contendas, mas pacificadores que constroem pontes onde os perversos só cavaram abismos.
Os perversos serão derrubados – verso 7
“Os perversos serão derribados e já não são, mas a casa dos justos permanecerá.”
O mal tem vida curta, mas a justiça dá estabilidade na vida.
Os perversos, não poucas vezes, tornam-se fortes e poderosos na terra. Adquirem riquezas ilícitas, saqueiam os pobres, torcem as leis e violam o direito dos inocentes.
Colocam o seu ninho entre as estrelas e blindam a si mesmos com armaduras de aço. Pensam que seu dinheiro e seu prestígio político podem lhes dar segurança. Porém, o castelo dos perversos é feito de areia. Quando a tempestade chega, essa casa cai, e há grande ruína. Mesmo que os perversos escapem da justiça humana, não escaparão do reto juízo divino. Mesmo que sejam aplaudidos na terra, não serão aprovados no céu. Os justos nem sempre são notados na terra. Muitas vezes, enquanto o ímpio prospera, o justo é castigado. Porém, no dia da tempestade, enquanto a casa deste permanece de pé, a casa daquele entra em colapso. Porque o justo fez de Deus seu alto refúgio e edificou sua vida sobre a rocha que não se abala, a chuva pode cair em seu telhado, os ventos podem bater em sua parede e os rios podem chicotear seu alicerce, mas ele permanecerá imperturbavelmente de pé. A firmeza dos perversos é apenas aparente, mas a estabilidade dos justos é real. A casa dos perversos pode ser opulenta por um tempo, mas perecerá eternamente, enquanto a casa do justo permanecerá para sempre.
A estima que vem de outros e a estima de si mesmo – Versos 8 e 9
Mente lúcida, honra certaSegundo o seu entendimento, será louvado o homem, mas o perverso de coração será desprezado(Pv 12.8).
“Cada um será louvado segundo o seu entendimento,”
Deus nos criou à sua imagem e semelhança e, por isso, podemos pensar, refletir e ter entendimento acerca das coisas visíveis e invisíveis, materiais e espirituais. A falta de entendimento é uma degradação da natureza humana. Torna o ser humano uma fera selvagem ou o faz como uma mula que precisa de freio para ser governada. É por isso que o perverso de coração será desprezado, pois toda a cogitação da sua mente é para a autogratificação ou para a exploração do próximo. Ele emprega sua inteligência para fazer o mal, e não para promover o bem. Por isso, sua memória será maldita na terra. Por outro lado, aqueles que usam seu entendimento para promover o bem alcançam os maiores louvores. Nossa inteligência é uma dádiva de Deus. Devemos usá-la para desenvolver nossos dons e talentos e colocá-los a serviço do nosso próximo. Não vivemos nem morremos para nós mesmos. Nossa vida precisa ser útil, e nossa morte, um exemplo. Nossa vida precisa desafiar as pessoas no presente, e nossa morte precisa deixar um legado para o futuro. Não precisamos entrar para o rol daqueles que são desprezados; podemos fazer parte daqueles que são louvados na terra e amados no céu.
12:8 As pessoas enaltecem aqueles que têm discernimento e agem com sabedoria, porém desprezam os que não agem com princípios.
Melhor é o que se estima em pouco e faz o seu trabalho do que o vanglorioso que tem falta de pão (Pv 12.9).
Você não é o que fala, mas o que faz
“Melhor é ser modesto e fazer o seu trabalho do que engrandecer a si mesmo e não ter o que comer.”
9 Este versículo apresenta uma aplicação específica da generalização do versículo 8. Viver confortavelmente sem importância social é melhor do que demonstrar afluência exteriormente para conquistar o louvor público que esconde a pobreza.
O mundo está cheio de gente que fala muito e faz pouco, propagandeia seus feitos, mas não os apresenta como fatos; o mundo está tomado por gente cujas obras negam suas palavras. O falastrão é aquele que comenta aos quatro ventos que está construindo um arranha-céu, mas na verdade está levantando apenas um galinheiro. Ele superdimensiona sua autoimagem e faz propaganda enganosa de si mesmo e de suas obras. Gasta seu tempo falando de façanhas que nunca realizou, de fortunas que nunca granjeou, de influências que nunca exerceu, de planos que nunca se tornaram realidade. Aqueles que habitam na casa da ilusão e vivem no reino da mentira enfrentarão a dura realidade da pobreza extrema. A sabedoria mostra que é melhor falar pouco e dar conta do recado do que falar muito e nada fazer. É melhor ser humilde e fazer o seu trabalho. É melhor fazer do que falar, pois o ser humano não é aquilo que ele fala, mas aquilo que ele faz.O fim da linha da vanglória é o desprezo, mas a reta de chegada da humildade é a honra. Quem fala e não faz é alcançado pela pobreza, mas quem se estima em pouco e faz o seu trabalho alcança a prosperidade.
A pessoa mesquinha gasta os seus escassos recursos insensatamente para manter uma aparência fútil. Algumas pessoas fingem ter competência quando, na verdade, são incompetentes, e algumas fingem ser religiosas quando, na verdade, se encontram espiritualmente falidas. A pessoa modesta é humilde de coração, enquanto os pretensiosos têm um coração pervertido.
O pretensioso é escravo da opinião dos outros e condenado ao opróbrio (cp. 11.2).
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