Deus nos santifica
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Texto:
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Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Introdução
Introdução
O que é a santidade? Para que serve a santidade?
Ouvimos as pessoas dizerem que “ninguém é santo!”, ou, “afinal, eu não sou santo”.
Mas o que significa ser santo?
O que é santidade?
Sabemos que miséria, fome, promiscuidade sexual, corrupção, violência que vemos no mundo de hoje são o oposto de santidade
Mas a pergunta permanece: o que é santidade?
Santidade é um estado. Mais do que uma qualidade, ou atributo, um patamar, por assim dizer.
Mas não se chega a este patamar pelo próprio esforço. Não depende do reconhecimento de uma instituição, ou da comprovação de milagres, ou coisas do gênero.
Nem é algo que aparece de uma vez só. Não se acorda santo, ao dormir impuro.
A santidade é produzida em nós através do processo de santificação que no momento da conversão, quando o Espírito Santo passa a viver dentro de nós.
Este processo acontece na tensão entre os dois reinos e duas épocas em que vivemos.
Ocorre para nos afastar do reino do mundo, no presente século, para que possamos viver no Reino de Deus, no século que virá.
Dirigido por Deus, operado pelo Espírito Santo, que se inicia com a salvação que temos em Jesus.
Tema
Tema
Deus nos santifica
Argumentos
Argumentos
Deus transforma nossa mente
Deus transforma nossa mente
Jesus pregava sobre o Reino de Deus, ou Reino dos Céus. Era uma pregação simples e concisa:
Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.
A palavra em grego que se traduz por arrependimento ou o verbo arrepender é metanoein, ou metanóia, que significa “mudar a mente de alguém”.
É isso que Jesus prega. É o que antes dele, prega João Batista!
Arrependam-se! Mudem suas mentes!
No AT, o arrependimento estava ligado à volta de Israel a seu Deus!
O povo tinha se afastado de Deus, criado os seus próprios ídolos e, por este motivo, mandado para o exílio.
Mesmo após a volta do exílio, João Batista e Jesus ainda pregam que é necessária uma mudança de mente! O reino dos céus está chegando!
A mente existente, o conjunto de ideias que orienta a vida, que filósofos e pensadores chamam de Cosmovisão, está arraigada, presa em princípios velhos, podres e antiquados!
Esta mente não está de acordo com o novo Reino que vem com Jesus!
É uma mente condenada pelo pecado e no Reino de Deus o pecado não entra!
Quem não tem a mente adequada ao Reino de Deus, vai desaparecer com o Reino deste mundo!
Porque quando se completar a chegada do Reino de Deus, com a volta de Jesus, o Reino do mundo, na era presente vai desaparecer!
É por isso que pregam sobre arrependimento!
Em uma época em que as mentes são orientadas pelos valores de 2 grandes correntes de pensamento:
Judaísmo, com o cumprimento estrito da lei, onde só vale quem é judeu, guarda todos os preceitos que a Lei de Moisés manda: circuncisão, guarda do sábado, o cuidado em estar sempre puro. Sinais exteriores que podem, ou não, estar em acordo com o coração de quem pratica a Lei.
Helenismo, com seu pensamento baseado na filosofia greco-romana, forte idolatria, com deuses para todas as coisas, derivando daí a promiscuidade sexual, a opressão a povos e, principalmente ao pobre e um forte sentimento de superioridade.
Em comum aos dois, a acepção de pessoas: quem era judeu estava dentro, quem não era, deveria arder no fogo do inferno. Da mesma forma, quem era romano, tinha uma série de direitos. Os outros, tinham o direito de não ter direito nenhum!
Os olhos voltados para o presente! A presente era, o presente século! Sem que nada mais exista além disso!
No nosso tempo, dominam as inúmeras idolatrias: a busca da satisfação dos inúmeros desejos que movem a humanidade, por dinheiro, sexo, posição sexual, conquistas políticas, lutas por direitos de raça, gênero e outras minorias! A negação da existência de Deus como idolatria máxima, ou a relegação Dele a um papel tão coadjuvante para que o homem tenha o controle da vida.
Mas o homem não tem este controle. Doenças surgem, sem que existam curas! A miséria toma conta das grandes cidades! A violência expressa o estado de abandono social e falência do próprio homem em resolver suas questões de relacionamento entre si.
Jesus quer que mudemos a nossa mente para uma mente orientada por Ele:
Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.
Ter a mente de Cristo é entender que status, dinheiro, lutas identitárias, políticas e tantas outras coisas que o mundo de hoje coloca como fundamentais são, na realidade, obsoletas, vazias, diante da realidade de que este século, esta era, este mundo vai passar!
Mas o amor de Jesus que morreu para que vivamos no Seu Reino, não passa! Porque Ele ressuscitou!
Seu reino é um reino de paz que não podemos nem imaginar como seja!
É um reino de alegria que satisfaz qualquer necessidade que possamos ter, porque não existe alegria maior que viver com Jesus, que venceu a morte!
Reino de liberdade, onde vivemos livres do jugo do pecado, para viver debaixo do seu jugo, que é suave, cujo fardo, é leve, como Ele mesmo disse!
A mudança de pensamento, o arrependimento nos permite entrar em Seu Reino!
Deus separa os seus para a era que está por vir
Deus separa os seus para a era que está por vir
Santidade é exatamente isto: separação!
O Reino de Deus é um reino de pessoas escolhidas e separadas por Ele.
Somos separados porque temos que ser diferentes do mundo, parte da nova criação de Deus, novas criaturas!
E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.
Estar separado não quer dizer que tenhamos que viver isolados, como monjes.
Jesus disse, em sua oração que nós viveríamos neste mundo sem sermos deste mundo.
Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou.
Não vivemos para este mundo! Este mundo vai passar! Já está passando!
Por isso não podemos nos conformar com este século. Este século é a era presente que foi invadida pela era futura ou vindoura quando Jesus ressuscitou!
A era presente está terminando, dando lugar a era vindoura, quando Jesus voltar para reinar sobre todas as coisas, em majestade e glória!
Por isso, Paulo diz que precisamos sacrificar nosso corpo, onde habita a carne e viver pelo espírito, para uma vida nova, em uma nova criação.
Sacrificar nossas paixões pelo que o mundo pode nos oferecer: satisfações passageiras!
Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.
O álcool que se dissolve em terríveis ressacas, quando não resultam em coisa pior; o cigarro que traz alegria enganosa a cada tragada, enquanto envenena nosso corpo levando a doenças terríveis; o jogo, agora de volta à moda, que ilude, promete riquezas e entrega falência e dívidas. E a facilidade dos relacionamentos superficiais que só geram insatisfação afetiva e sexual.
Mas todos fazem! É a justificativa do mundo!
Mas não somos do mundo! Temos que fazer o que Paulo diz na carta aos Colossenses:
Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória.
Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria;
Quando Paulo escreve aos Gálatas, diz que Cristo vive Nele, pois está crucificado com Cristo desde que foi alcançado pela graça no caminho de Damasco.
Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.
Não fazemos parte mais da criação anterior, fomos separados por Deus para viver na sua nova criação, e à medida que vamos caminhando com Ele, vamos sendo transformados, de fé em fé, de glória em glória, para chegarmos à plenitude de Cristo, para viver como:
Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;
Deus nos faz santos para a eternidade
Deus nos faz santos para a eternidade
A santidade que alcançamos com Jesus é para toda a eternidade.
Uma vez escolhidos por Ele e separados para viver em sua glória, somos separados do mundo para sempre.
Pois o Reino de Deus é eterno. E quem vive nele, viverá pela eternidade.
Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado.
O nosso mundo é um mundo de alegrias efêmeras. Vivemos com o pensamento de “éramos felizes e não sabíamos”.
São breves momentos de satisfação que se desfazem, “como a poeira das ruas”.
Sejam amores, sensações de prazer, momentos de realização pessoal ou aparentes vitórias.
Neste mundo, tudo o que vem, também vai. Muitas vezes, quando começamos a desfrutar de uma situação feliz, esta felicidade se desvanece.
É o dinheiro que acaba tão ou mais rápido de quando recebemos.
Os amores do mundo que se transformam em verdadeiros pesadelos.
O emprego novo que não passa de um tormento ou armadilha.
Ou aquela festa que deixa o pensamento de “era só isso?”
Mas com Deus é diferente. Quando Jesus se despede dos discípulos, antes de ser preso, ele diz que a tristeza pode estar no coração deles, mas a alegria vem.
Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar.
Jesus voltará e reinará, em majestade e glória. Sabemos que o seu reino é onde não haverá pranto, dor, sofrimento e morte.
Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.
Mas, deixa eu dizer uma coisa a vocês: Se você é santo, separado, parte do Reino de Deus, você já pode experimentar um pouco dessa alegria agora.
As coisas podem estar difíceis, mas a fé que nos faz olhar para Jesus ao invés de olhar as circunstâncias à nossa volta, nos dão a perspectivas de que o sofrimento, a dor, o pranto, a morte, o luto vão passar!
Porque fazem parte das primeiras coisas!
E o amor de Deus, a sua paz, Sua providência que garantem o nosso sustento e proteção podem encher o nosso coração de alegria. Uma alegria que o mundo não conhece, não entende e nunca vai entender.
Por isso, não precisamos das satisfações que o mundo busca em drogas, vícios, fontes de alegrias fugazes.
Pois Deus nos dá muito mais que isso: Alegria! Felicidade! Liberdade! Salvação!
Tudo de graça, pois Sua graça é bastante para nós e melhor que a vida!
Se com fé esperamos a volta do nosso Senhor, pela fé, podemos experimentar o que nos está reservado quando Ele voltar, hoje, agora!
Porque estamos sendo separados por Ele, para uma vida plena no Seu Reino!
Conclusão
Conclusão
Uma vida de santidade leva a uma vida de comunhão plena com Deus e com a comunidade que compartilha a mesma fé.
É necessária a mudança de mente, de uma mente segundo o mundo, com suas paixões, ambições e vícios, para a mente de Cristo, com o amor, a paz, a liberdade que só Deus pode nos dar.
E assim, vivemos separados, para viver no reino dele, sem a forma deste século, que irá passar. Quem quer se prender às coisas do presente, vai ficar na era presente, que se tornará era passada.
Não vai experimentar viver na glória de Deus, na Sua nova criação, livre do pranto, da dor, do sofrimento e da morte!
Porque Deus é vida e quer que vivamos uma vida de santidade, separados do mundo para ele.