Sem título Sermão

REAVIVADOS PARA A SEGUNDA VINDA

Texto – Hb 12:14; Ap 3:1-6; Js 3:5

ENFASE – Ter o verdadeiro reavivamento e reforma.

INTRODUÇÃO

Os temas do reavivamento e da santificação desempenham papéis centrais na teologia e prática da Igreja Adventista do Sétimo Dia. A crença na segunda vinda de Jesus é um pilar fundamental que influencia todos os aspectos da vida e da fé. Devido à nossa convicção na iminência da volta de Cristo, ressalta-se a importância e a necessidade do reavivamento e da preparação adequada, como elementos essenciais para o desenvolvimento espiritual em antecipação a esse grandioso evento.

I – O QUE É REAVIVAMENTO?

Reavivamento é um despertamento espiritual, uma renovação do fervor e compromisso com Deus, e uma restauração do relacionamento íntimo com Cristo. É um retorno à genuína adoração e à aplicação prática dos princípios bíblicos na vida cotidiana. Ellen G. White descreve o reavivamento como uma "renovação das bênçãos de Deus, uma receptividade mais profunda de Sua verdade e uma consciência mais clara de Sua vontade" (GC, p. 469).

II – A NECESSIDADE DO REAVIVAMENTO

A ênfase na necessidade do reavivamento deriva da compreensão da condição humana e do estado do mundo. Estamos em um momento crítico da história. A maldade e a corrupção estão se intensificando. A fé está em declínio, o amor está esfriando e o pecado se manifesta de maneira cada vez mais audaciosa. As forças das trevas exercem uma influência intensa na sociedade. O profeta Isaías registrou que "as trevas cobrem a terra, e a escuridão envolve os povos" (Is 60:2). Vivemos em um mundo frio... Pior ainda, vivemos em igrejas frias.

Na carta endereçada à igreja de Sardes (Ap 3:1-6) Jesus declara dramaticamente: VAMOS LER APOCALIPSE 3:1. É como se Jesus estivesse dizendo: "As pessoas olham para você e ficam impressionadas. Queriam ser como você, você devolve o dízimo, dá a oferta, vai a igreja, guarda o sábado, não come carne de porco, mas eu conheço as tuas obras. Mais que isso, Eu sei como você é por dentro. Você não me engana. Eu sei o que está por trás da máscara. Você é como um corpo sem vida. A vitalidade que aparenta ter é apenas superficial."

Deus prefere um pecador autêntico, do que um cristão usando máscara de convertido, pois o primeiro tem mais chance de mudança.

Nossa missão está incompleta e precisamos apresentar as Três Mensagens Angélicas à humanidade. É urgente um preparo espiritual profundo para enfrentar os desafios dos últimos dias. Precisamos de um reavivamento a fim de que nossa experiência cristã seja genuína. Necessitamos estar prontos para o aparecimento de nosso Salvador. O reavivamento é essencial para a missão de proclamar a mensagem do advento ao mundo. O Espírito Santo capacita os cristãos a se tornarem testemunhas mais eficazes do evangelho e a compartilharem o amor de Cristo com a humanidade, ao passo que se preparam para a segunda vinda de Jesus (At 1:8).

III – A NATUREZA DO REAVIVAMENTO

O reavivamento não é um movimento emocional temporário, mas sim um processo contínuo de crescimento espiritual e transformação. Esse despertamento tem suas raízes no arrependimento sincero. Isso envolve uma profunda reflexão sobre o próprio pecado, uma confissão genuína e um desejo de transformação interior. É uma obra do Espírito Santo no coração do crente, e a ênfase recai na oração, estudo da Bíblia e entrega completa a Deus.

O reavivamento é, igualmente, uma experiência pessoal que exerce uma influência positiva na vivência comunitária. Valorizamos a importância da comunhão, dos cultos regulares para adoração e estudo da Palavra de Deus. A igreja é um corpo unido em Cristo, e ela se transforma quando os crentes se congregam em busca da presença e orientação divinas.

IV – REAVIVAMENTO CONDUZ À SANTIFICAÇÃO

Um dos efeitos do reavivamento é a santificação. Santificar-se significa consagrar-se, colocar-se à parte. Trata-se de uma responsabilidade pessoal, mas também coletiva. No VAMOS LER JOSUÉ 3:5. Antigo Testamento, quando o povo em peregrinação já estava às portas da Terra Prometida, a ordem de Deus era para que sacerdotes, levitas, homens, mulheres e crianças se santificassem.

Todos deveriam buscar a consagração como seu maior tesouro. Neste momento da história, onde estamos vivendo o fim do tempo do fim, e a vinda do SENHOR está as portas, precisamos mais do que eles de santificação, pois eles se preparavam para entrar em um lugar terreno, nós estamos as portas do Céu. Então nos dias atuais, devemos ansiar por Deus mais do que por Suas bênçãos, e a semelhança com Cristo mais do que o sucesso. Se é nosso desejo servir como instrumentos do Senhor, não há alternativa.

Deus não necessariamente escolhe os talentos grandiosos, mas os vasos limpos. A santidade não se resume a práticas específicas. Ela se manifesta na disposição do coração que nos torna humildes e pequenos diante de Deus, cientes de nossa fraqueza e confiantes na bondade e poder do Pai. A vitória de Israel sobre seus inimigos não decorreria de esforços humanos, mas da intervenção divina. As maravilhas prestes a ocorrer requeriam a santificação do Seu povo como etapa preliminar. É a consagração que pavimenta o caminho para os milagres do Céu.

Se queremos ver as poderosas manifestações de Deus em nosso favor no amanhã, devemos buscar a santificação de nossa vida hoje. Não podemos adiar. Embora a santificação seja um processo que se estende por toda a nossa vida terrena, ela precisa começar agora (CI, p. 50). Hoje é o dia de nos consagrarmos a Deus. Agora é o tempo de colocar tudo sobre o altar e nos voltarmos para o Senhor de todo o nosso coração. É imperativo entregarmos com fidelidade ao Senhor nosso tempo, corpo, talentos e recursos financeiros, para que assim o propósito celestial para nossa vida se concretize. Santidade não se herda, se busca. Não existem atalhos que nos levem a ela.

Alguém já advertiu que não devemos estar tão envolvidos com o Céu a ponto de sermos totalmente inúteis na terra. Este é um desafio que a presente geração raramente encara. A verdade nua e crua é que corremos o risco de estar tão envolvidos com a terra que não tenhamos nenhuma utilidade para o Reino Celestial. Como afirmou A. Tozer: "santos sem santidade são a tragédia do cristianismo." Hoje há igrejas mais preocupadas em instalar sistemas de ar-condicionado do que em se condicionar para a eternidade. Se fossemos ineficientes no cuidado de nossos interesses materiais como o somos nas questões espirituais, estaríamos mendigando. A vida com Cristo, porém, resulta em contínuo crescimento na fé. Ela não é um espasmo inicial, seguido de uma inércia crônica.

CONCLUSÃO

A boa notícia é que a santidade que nos é exigida decorre do nosso relacionamento com o Senhor. Não progredimos rumo à santidade, mas sim crescemos em santidade. A mulher apanhada em adultério primeiramente teve um encontro com Jesus e, então, sua vida foi transformada (Jo 8:11). O cobrador de impostos Zaqueu primeiramente se aproximou de Jesus e, consequentemente, sua vida foi alterada (Lc 19:8 e 9). A mulher samaritana primeiro foi acolhida por Cristo e, a partir disso, sua vida sofreu uma reviravolta (Jo 4:39). Aqueles que abraçam firmemente o propósito de consagrar sua vida a Deus permanecendo em Sua presença, dedicando-se à oração fervorosa, meditando diariamente em Sua Palavra, renunciando ao pecado e se empenhando na missão perceberão que Deus não apenas estabelece nossos limites, mas também nos liberta de nossas limitações.

APELO

Para os adventistas, o reavivamento e a santificação são elementos cruciais na preparação para a segunda vinda de Jesus. Eles representam um chamado à busca intensa por Deus, uma volta à adoração genuína e uma renovação do compromisso com Cristo.

Ofereça sua vida como um sacrifício vivo diante de Deus, buscando diariamente a renovação e a transformação que só Ele pode proporcionar. Assim poderemos verdadeiramente estar prontos para o retorno de Jesus e representá-Lo adequadamente ao mundo.