ESTUDO 3 - ARGUMENTOS SOBRE A EXISTÊNCIA DE DEUS
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1. OS ARGUMENTOS PARA A EXISTÊNCIA DE DEUS
1. OS ARGUMENTOS PARA A EXISTÊNCIA DE DEUS
Nós já mencionamos...
…o fato
…de muitos
…gostarem
…da ideia
…de que NÃO HÁ VERDADE ABSOLUTA
E de novo...
…essa afirmação
…é feita
…a partir
…de uma VERDADE ABSOLUTA
Mas...
…a ideia
…por trás
…desse absoluto irracional
…é que
…o homem
…não pode conhecer a verdade
…a menos
…que essa verdade
…possa ser
…verificada, testada, experimentada
Ou seja...
…uma linha
…de investigação EMPÍRICA
É interessante...
…como Pilatos
…reage
…quando Jesus diz
37 Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. 38 Perguntou-lhe Pilatos: Que é a verdade? Tendo dito isto, voltou aos judeus e lhes disse: Eu não acho nele crime algum.
Pilatos...
…pensava
…que ele
…se eximiria
…da responsabilidade moral
…para com Deus e até com a humanidade
…afirmando
…que a verdade
…não pode
…ser conhecida
Mas a resposta de Jesus...
…vemos que
…conhecer a verdade
…é uma questão moral
Ou seja...
…aqueles
…que realmente
…querem conhecer a verdade
…vão ouvir
…as evidências
…que Deus nos deu
Não foi isso...
…que Paulo
…ensinou
…em Romanos 1.18 em diante???
O fato é...
…que apesar
…de existir
…inúmeras evidências
…de que EXISTE UM DEUS LÁ FORA
…é mais comodo
…viver em rebelião
…contra Deus
18 A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; 19 porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. 20 Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; 21 porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. 22 Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos 23 e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. 24 Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; 25 pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém! 26 Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza;
Ou seja...
…a questão moral
…ofusca
…as provas
…da verdade
Paul Little escreve:
Não é que o homem não possa acreditar - é que ele "não acreditará". Jesus apontou os fariseus para isso como a raiz do problema. "Recusais vir a mim", disse-lhes, "para terdes vida" (João 5:40). Ele deixa bem claro que o compromisso moral leva a uma solução do problema intelectual. "Se a vontade de alguém é fazer a sua vontade, saberá se a doutrina vem de Deus ou se falo por mim mesmo" (João 7:17). Os supostos problemas intelectuais costumam ser uma cortina de fumaça que cobre a rebelião moral.(https://bible.org/book/export/html/6349).
Agora...
…vamos deixar claro
…que não é possivel
… “PROVAR” Deus
…através de MÉTODO CIENTÍFICO
…EMPÍRICOS [laboratório]
Mas...
…também
…não conseguimos
… “PROVAR” Napoleão
…através do mesmo MÉTODO
Ou seja...
…a questão
…não está no método
…mas sim
…na disposição mental
…em aceitar a argumentação
…que está alinhada
…à palavra de Deus
Esse tipo de “PROVA”...
…que muitos esperam
…em LABORATÓRIOA
…é impossivel
…pois jamais
…reproduziremos Deus
…em um laboratório
Ou seja...
…esse tipo de investigação
…não pode ser REPETIDA
…mas
…o fato de não poder
…ser “comprovado” pela repetição
…de maneira alguma
…torna a EXISTÊNCIA DE DEUS
…algo
…impossível
Porque se assim o fosse...
…poderíamos inferir
…o mesmo
…sobre qualquer assunto
…do PASSADO
Não daria...
…pra ressuscitar Napoleão
…repetir o assassinato de Lincoln
…recrucificar Jesus
Isso seria...
…a mesma coisa
…de tentar usar
…um telefone
…para medir
…a radioatividade
…TELEFONE NÃO FOI FEITO PRA ISSO!
No entanto...
…existem
…inúmeras
…maneiras
…de começarmos
…a argumentar
…em favor
…da existência
…de Deus
Mas...
…seguindo
…a lógica
…dos próprios
…filósofos
…que mencionamos
…vamos
…seguir
…com seus
…principais
…argumentos
São eles...
…ARGUMENTO ONTOLÓGICO
…ARGUMENTO COSMOLÓGICO
…ARGUMENTO TELEOLÓGICO
…ARGUMENTO ANTROPOLÓGICO
Chafer...
…classifica
…de duas formas
…esses argumentos
ARGUMENTO A POSTERIORI
ARGUMENTO A PRIORI
1.1. ARGUMENTO A POSTERIORI
1.1. ARGUMENTO A POSTERIORI
A POSTERIORI...
…significa “do posterior”
…ou seja
…quando o conhecimento
…vem depois
…de experiências
…ou outros meios EMPÍRICOS
Ou seja...
…só pode se dizer
…que tal conhecimento
…é VERDADEIRO ou FALSO
…após ser avaliado
…por meio de
…OBSERVAÇÕES REAIS
Por exemplo...
…a afirmação “João é solteiro”
…não pode
…ser verificada pela lógica pura
Assim...
…para se determinar
…se esse conhecimento
…é verdadeiro ou falso
…é preciso
…observar
…os fatos empíricos
…sobre João
Chafer...
…escreve
“Essa forma de argumentação se move dos fenômenos de volta ao fundamento, dos particulares ao princípio, do conseqüente ao antecedente e do efeito de volta à causa. Existem três argumentos primários a posteriori geralmente oferecidos no teísmo naturalista - o cosmológico, o teleológico e o antropológico”. (CHAFER, 1947, p. 141)
Ou seja...
…primeiro
…se observa os fatos
…se observa os fenômenos
…e a partir
…dessa observação
…tenta chegar
…a uma explicação
…ou a uma causa
…para tais fatos
Para defender...
…a existência
…de Deus
…Chafer
…menciona
…três exemplos
…clássicos
…de ARGUMENTOS A POSTERIORI
Cosmológico
Teleológico
Antropológico
Só pra ilustrar...
…melhor
…a ideia
…e ARGUMENTO A POSTERIORI
…Chafer usa
…o texto de Hebreus 3.4
4 Pois toda casa é estabelecida por alguém, mas aquele que estabeleceu todas as coisas é Deus.
A ideia...
…é que
…assim como uma CASA [EFEITO]
…implica a existência de um CONSTRUTOR [CAUSA]
…o UNIVERSO [EFEITO]
…implica a existência de um CONSTRUTOR [CAUSA]
Isso significa...
…que a complexidade
…e a ordem
…do mundo natural
…levam à conclusão
…de que alguém
…o projetou
…da mesma forma
…que uma casa
…bem projetada
…leva à conclusão
…de que alguém
…a construiu
Então lembre-se...
…A POSTERIORI
…do fato para a causa
Já...
…o ARGUMENTO A PRIORI
…é o oposto
1.2. ARGUMENTO A PRIORI
1.2. ARGUMENTO A PRIORI
A PRIORI...
…significa “do anterior”
…ou seja
…quando o conhecimento
…é validado
…independentemente
…da EVIDÊNCIA, EXPERIÊNCIA OU OBSERVAÇÃO EMPÍRICA
Ou seja...
…é aquele conhecimento
…que é obtido
…inteiramente
…pela lógica
Por exemplo...
...“círculos não são quadrados”
...e “solteiros são não são casados”
...são conhecidas
...como verdadeiras
...porque
...são verdadeiras
...por definição
Elas são...
...consideradas
...declarações a priori
…e o mesmo
...se aplica
....a afirmações matemáticas
...como 2 + 2 = 4
Portanto...
…diferente
…do primeiro
…esse argumento
…parte do geral
…ou de uma verdade
…para então
…chegar às conclusões
Para ilustrar...
…Chafer
…utiliza
…dois exemplos
ASTRÔNOMO...
…que utiliza
…a base
…nas leis
…que governam
…os corpos celestes [PRINCÍPIO GERAL]
…para prever
…o retorno
…de um cometa
…ou o dia
…de um eclipse [FENÔMENOS PARTICULARES]
PALEONTÓLOGO...
…a partir
…dos princípios
...de anatomia comparada [PRINCÍPIO GERAL]
…pode determinar
…o tamanho e a forma
…de dinossauros [FENÔMENOS PARTICULARES]
Em outras palavras...
…poderíamos dizer
…que esse tipo de argumento
…se baseia
…em algo que foi antes
…que é assumido
…como verdade ou realidade
…antes
…de ser experimentado
Lembra que falamos...
…de intuição
…e percepções
…que parecem
…evidentes
…em si mesma???
ISSO É ARGUMENTO A PRIORI
Para...
…argumentar
…em prol
…a existência de Deus
…Chafer cita
…o ARGUMENTO ONTOLÓGICO
Como esse...
…é o argumento
…mais difícil
…de se compreender
…vamos começar come ele
2. ARGUMENTO ONTOLÓGICO
2. ARGUMENTO ONTOLÓGICO
Primeiro...
…ONTOLOGIA
…deve ser compreendido
…como o estudo sistemático
…do “ser real”
Isto é...
…a investigação
…filosófica
…da REALIDADE e da EXISTÊNCIA
O ARGUMENTO ONTOLÓGICO...
…por sua vez
…é uma tentativa
…de provar
…a EXISTÊNCIA de Deus
…a partir
…do CONCEITO ou IDEIA DE DEUS
…sem depender
…de OBSERVAÇÕES EMPÍRICAS [A POSTERIORI]
Em outras palavras...
…o ARGUMENTO ONTOLÓGICO
…é o argumento
…que defende
…a EXISTÊNCIA DE DEUS
…através da lógica
…e não de EXPERIÊNCIAS
Pra isso...
…como é denominado
…um ARGUMENTO A PRIORI
…é preciso
…partir do GERAL
…até chegar
…ao FENÔMENO
Qual seria...
…o objeto geral
…do nosso estudo???
UM SER ABSOLUTO E PERFEITO!!!
Como provamos...
…que esse SER ABSOLUTO E PERFEITO existe
…somente utilizando
…RACIOCÍNIO PURAMENTE LÓGICO???
A razão...
…por trás
…dessa argumentação
…gira em torno
…de uma AFIRMAÇÃO
…SE
…nossa mente
…pode conceber
…a ideia
…de um ser MAIS PERFEITO
…ENTÃO
…a principal
…qualidade
…desse ser
…tem que ser
…a sua EXISTÊNCIA
Isso se dá...
…pela lógica
…pois
…a existência
…deve ser
…a maior qualidade
…de uma ser MAIS PERFEITO
Logo...
…se esse SER PERFEITO
…não existe
…ele não é tão perfeito assim
Agora entenda...
…esse ARGUMENTO
…não é novo
…longe disso
…surgiu no SÉCULO 11
…e foi proposto
…por um homem
…chamado ANSELMO DE CANTUÁRIA
2.1. ANSELMO DE CANTUÁRIA
2.1. ANSELMO DE CANTUÁRIA
ANSELMO DE CANTUÁRIA...
…escreveu um livro
…chamado Proslogion
…que trata
…desse ARGUMENTO ONTOLÓGICO
Anselmo...
…define Deus
…como “aquele ser do qual nada maior pode ser concebido” (ANSELMO, 2008, pg. 12)
…ou seja
…Deus é o ser
…mais perfeito
…e mais supremo possível
…em que nada maior que Ele
…possa ser pensado
E no seu livro...
…Anselmo
…através de uma oração
…pede a Deus
…que lhe conceda
…a capacidade
…de compreender a fé
…e a existência divina
Ele menciona...
…o insensato
…do Salmo 14.1
…e sugere
…que até esse insensato
…ao ouvir
…a definição
…de Deus
…como “aquele ser do qual nada maior pode ser concebido” (ANSELMO, 2008, pg. 12)
…consegue entender
…o conceito
Ou seja...
…o insensato
…apesar
…de não crer
…na existência real
…de Deus
…ainda consegue
…EM SUA MENTE
…conceber
…a ideia
…da grandiosidade de Deus
Porém...
…a linha
...de pensamento
…de Anselmo
…é que
…SE ALGO EXISTE APENAS NA MENTE
…ENTÃO
...pode-se imaginar
…algo maior
…que exista NA REALIDADE
Logo...
…esse ser
…maior
…QUE pode ser pensado
…TANTO NA MENTE
…QUANTO NA REALIDADE
…É DEUS!!!
A ideia...
…é bem simples
…O QUE É MAIOR? AQUILO QUE EXISTE NA MENTE OU NA REALIDADE?
Sem dúvidas...
…o que existe
…na REALIDADE
…é maior
…do que aquilo
…que existe na MENTE
Consegue notar...
…como essa linha
…de pensamento
…acaba fechando
…o cerco
…e levando
…aquele que reflete
…a aceitar
… “PELA LÓGICA”
…que Deus EXISTE
Portanto...
…Anselmo
…parte da ideia
…do PRÓPRIO DEUS
…para provar
…a sua real EXISTÊNCIA
Em outras palavras...
…do GERAL
…para o FENÔMENO
…ARGUMENTO A PRIORI
Até aqui...
…nenhum “EXPERIMENTO”
…foi realizado
…apenas a RAZÃO
Anselmo...
…ilustra
…esse pensamento
…com a ANALOGIA DO PINTOR
O que é maior?
O quadro na mente do pintor?
Ou o quadro pronto na realidade?
Portanto...
…SE DEUS
…é o ser
…mais perfeito
…e existe
…apenas na mente
…ENTÃO
…é possível
…conceber
…um ser ainda MAIOR
Ou seja...
…um Deus
…que existe
…tanto na MENTE
…quanto na REALIDADE
SE...
…partirmos da premissa
…levantada por Anselmo
…de que “Deus é aquele ser do qual nada maior pode ser concebido”
…ENTÃO
…podemos filosofar:
SE o que existe na REALIDADE
…é maior
…do que existe na MENTE
…e aquele ser
…que nada maior
…pode ser concebido
…é maior
…na REALIDADE
…ENTÃO
…Deus só pode existir
…na REALIDADE
LOGO...
…Deus deve existir
…tanto na mente
…quanto na realidade
Para Anselmo...
…a EXISTÊNCIA
…deve ser
…uma das principais
…características
…desse SER PERFEITO
…pois ele só pode ser perfeito
…SE EXISTIR NA REALIDADE
SE esse ser...
…não existisse
…não seria o mais perfeito
…já que a existência real
…é uma perfeição maior
…do que a existência
…apenas na mente
Apesar...
…desse ARGUMENTO ONTOLÓGICO
…ter sido
…inovador
…Anselmo foi
…muito criticado
O principal crítico...
…de sua época
…foi um monge beneditino
…da Abadia na França
…chamado GAUNILO
2.2. GAUNILO
2.2. GAUNILO
Gaunilo...
…discordou de Anselmo
…e afirmava
…que o homem
…é capaz
…de conceber
…a ideia
…de muitas coisas imaginárias
…mas isso
…NÃO SIGNIFICA QUE ELAS EXISTAM NA REALIDADE
Gaunilo...
…usa a analogia
…de um “ilha perfeita”
…sugerindo
…que pela lógica de Anselmo
…a simples
…concepção
…de uma ilha perfeita
…implicaria
…que ela deve existir
…na realidade
…o que parece
…absurdo
Em termos mais simples...
…um unicórnio
…é algo
…que pode ser concebido
…mas isso
…não pode implicar
…o fato
…dele existir
…na realidade
Em resposta...
…a Gaunilo
…Anselmo
…disse
…que seu argumento
…não se aplicava
…a seres contingentes
Que depende das circunstâncias
Casual, fortuito ou aleatório
Que compete a cada um entre muitos
Que não é essencial ou secundário
Para Anselmo...
…seu argumento ontológico
…somente
…se aplicaria a Deus
…pois Deus É UM SER PERFEITO E NECESSÁRIO
…isto é
...sua existência
...é parte
...de sua própria definição
...Já a ilha é contingente [ACASO/ACIDENTE/CASUAL]
...e não possui
...a mesma necessidade
...de existir
Chafer...
…no entanto
…enxerga
…o ARGUMENTO ONTOLÓGICO
…como uma forma
…de reversão do IDEALISMO
…aquela filosofia
…que nega
…a existência
…de coisas materiais
…afirmando
…que tudo
…são apenas
…impressões da mente
Tanto o...
…argumento ONTOLÓGICO
…quanto o IDEALISMO
…lidam com
…a relação
…entre o PENSAMENTO e o SER
…porém
…sua BASES
…são diferentes
No IDEALISMO...
…nada pode exisitr
…além da mente
…pois a realidade
…depende
…da percepção
Para Anselmo...
…e seu ARGUMENTO ONTOLÓGICO
…Deus existe
…tanto no INTELECTO
…quanto na REALIDADE
…porém o segundo
…não depende
…do primeiro
…para acontecer
Só pra ilustrar melhor...
Um árvore que cai...
…no meio de uma floresta
…e ninguém está lá
…pra ouvir o som
…ela faz algum som???
O IDEALISMO diria que NÃO
ANSELMO diria que SIM
George Berkeley...
…dizia
…que a EXISTÊNCIA
…das coisas
…depende da percepção
…pra ele “SER É SER PERCEBIDO”
Ou seja...
…para Berkeley
…SE ninguém
...está lá
...para ouvir
...a árvore caindo
…ENTÃO não há som
...porque o som
...como outras qualidades sensíveis
...só existe
...quando
...é percebido por uma mente
Outro crítico...
…famoso
…desse argumento
…de ANSELMO
…surgiu no século 18
…e foi o filósofo iluminista
…IMMANUEL KANT
3.3. IMMANUEL KANT
3.3. IMMANUEL KANT
Immanuel Kant...
…argumentou
…que a EXISTÊNCIA
…não é uma
…propriedade ou qualidade
…que um ser
…PODE TER ou NÃO TER
Ou seja...
…não faria sentido
…dizer
…que a existência
…faz parte
…da definição de Deus
Já estudamos...
…sobre René Descartes
…e sobre Leibniz
…e ambos
…desenvolveram
…e reformularam
…o argumento
…que havia sido
…proposto
…por Anselmo
Descartes...
…parte do princípio
…que Deus
…é um ser PERFEITO
…e que
...essa ideia
…de perfeição
…é uma “ideia clara e distinta”
…algo que
…não poderia
…ter se originado
…na mente humana
…que é imperfeita e limitada
Para Descartes...
…a ideia
…de PERFEIÇÃO
…só pode
…ser implantado
…por um ser
…verdadeiramente perfeito: DEUS
Descartes...
…concorda
…com Anselmo
…quando afirma
…que um ser perfeito
…que não existe
…não pode ser perfeito
…pois a existência
…seria
…sua maior qualidade
Descartes...
…até utiliza
…uma analogia
…das propriedades matemáticas
…para argumentar
…em favor
…da existência de um ser perfeito
Ele diz...
…que assim
…como é impossível
…conceber
…um triângulo
…sem três ângulos
…também é
…impossível
…conceber
…a existência de um ser
…que é perfeito
…e não exista
Leibniz...
…aceitou
…o argumento ontológico
…de Descartes
…mas aprimorou
…lidando primeiro
…com as críticas de Gaunilo e Kant
Leibniz...
...reconheceu
...que havia
...uma falha
...na versão de Descartes:
...a existência
...por si só
...não pode ser tratada
...como uma propriedade
...da ideia
...de perfeição
…por isso
...ele procurou
...refinar o argumento
...para torná-lo mais sólido
Leibniz...
...introduziu
...a ideia
...de que Deus é
...um ser necessário
...o que significa
...que sua existência
...não depende
...de nada mais
Enquanto os seres contingentes...
...como as criaturas e objetos do universo
...podem ou não existir
...Deus
...como ser necessário
...DEVE EXISTIR
Para Leibniz...
...um ser necessário
...é aquele
...cuja essência
...implica
...sua existência
...Deus
...sendo esse ser necessário
...deve existir
Na verdade...
…até aqui
…sem novidades
…pois Anselmo
…já havia
…dito isso
…quando refutou
…Gaunilo
Leibniz...
...também conectou
...o argumento ontológico
...ao seu princípio
...de que o universo
...em que vivemos
...é o "melhor dos mundos possíveis"
Para ele...
...a existência de Deus
...é necessária
...para garantir
...que este mundo
...com toda a sua ordem
...e harmonia
...exista
...da forma como existe
Deus é...
...o fundamento lógico
...e racional de toda a criação.
Mas...
…embora
...Leibniz
...tenha feito
...melhorias
...no argumento ontológico
...suas propostas
...ainda não resolveram
...todas as críticas
A objeção...
…de Kant
...de que
… “existência não é uma propriedade"
…ainda
...permaneceu válida
...para muitos críticos
Na realidade...
…Immanuel Kant
…e sua crítica
…a esse ARGUMENTO ONTOLÓGICO
…acabou
…por moldar
…todo o pensamento
…filosófico
…posterior
Para Kant...
…a existência
…NÃO é uma PROPRIEDADE ou ATRIBUTO
…que possa
…ser adicionada
…ao conceito de um ser
…assim como a PERFEIÇÃO
…assim como a BONDADE
…assim como o PODER
Ou seja...
…para Kant
…a existência
…não acrescenta
…nada
…ao conceito
…de uma coisa
Kant explica...
...que quando
...falamos de um conceito
...estamos falando
...da definição de algo
Podemos...
…por exemplo
...ter um conceito
...de um "triângulo"
...como
...uma figura geométrica
...de três lados
Mas...
...o fato
...de que um triângulo
...existe
...fora de nossa mente
...não muda
...o conceito
...do triângulo
O conceito...
...continua
...sendo o mesmo
...quer ele exista na realidade ou não
Se dissermos...
...que "Deus existe"
...e "Deus é onipotente"
...estamos tratando
...a onipotência
...como
...uma qualidade
...de Deus
No entanto...
..."existir"
...não é
...uma qualidade
...no mesmo sentido
Não se pode...
...simplesmente
...adicionar "existência"
...à lista
...de qualidades
...de um ser
...e concluir
...que ele
...deve existir
A existência...
...é algo
...que precisamos
...comprovar
...e não
...algo
...que pode
...ser inferido
...a partir
...do conceito
...de um ser
Ou seja...
…o que podemos imaginar
…e aquilo que é real
…é o mesmo
…o que difere
…é que um existe
…no mundo físico
…e o outro não
Em outras palavras...
…para Kant
...conceitos
...como "Deus"
...podem ser
...internamente coerentes
...e logicamente necessários
...mas isso
...não garante
...que eles
...existam na realidade
Sua crítica...
...ao argumento ontológico
...se insere
...em seu projeto filosófico
...mais amplo
...que busca
...mostrar
...os limites da razão pura
...e sustentar
...que o conhecimento
...e as provas
...sobre o mundo real
...devem ser baseadas
...em experiências empíricas
e não apenas
...em deduções lógicas abstratas
Dessa forma...
...Kant
...mudou o foco
...do debate teológico e filosófico
...influenciando
...fortemente
...as discussões subsequentes
...sobre a possibilidade
...de provar a existência de Deus
Por isso...
…essa argumentação
…a PRIORI
…é a mais complexa
…pois como é
…que se poderia
…provar Deus
…à partir da razão humana?
SIMPLES! NÃO DÁ!
Isso não significa...
…que através
…da ARGUMENTAÇÃO A POSTERIORI
…seja tão diferente
…MAS PELO MENOS
…é mais simples de compreender
Vamos começar
…com o ARGUMENTO COSMOLÓGICO
3. ARGUMENTO COSMOLÓGICO
3. ARGUMENTO COSMOLÓGICO
1 Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. 2 Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. 3 Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; 4 no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo. Aí, pôs uma tenda para o sol, 5 o qual, como noivo que sai dos seus aposentos, se regozija como herói, a percorrer o seu caminho. 6 Principia numa extremidade dos céus, e até à outra vai o seu percurso; e nada refoge ao seu calor.
O ARGUMENTO COSMOLÓGICO...
…é tratado
…como uma PROVA
…para a existência de Deus
É um argumento...
…que engloba
…tanto a abordagem
…FILOSÓFICA
…quanto TEOLÓGICA
…a partir
…da observação
…do universo
…como um EFEITO
Ou seja...
…é uma maneira
…de tentar
…provar a EXISTÊNCIA DE DEUS
…com base
…no fato
…de que
…o UNIVERSO EXISTE
A ideia principal...
…é bem simples
“TUDO O QUE EXISTE PRECISA DE UMA CAUSA”
Logo...
…como o universo existe
…ele também
…precisa de uma causa
…que o trouxe
…à existência
Tendo dito isto...
…nota-se que
…essa linha de argumentos
…responde a duas perguntas:
(1) O que causou o universo?
(2) O que deu origem a tudo o que existe?
O argumento...
…portanto
…vai sugerir
…que a resposta
…é que o UNIVERSO
…NÃO PODE TER SIDO CAUSADO POR NADA
…e nem que
…O UNIVERSO SEMPRE EXISTIU
Logo...
…o UNIVERSO
…não pode ser
…a CAUSA em si mesmo
…mas apenas
…o EFEITO de uma CAUSA
E como todo EFEITO...
…é requerido
…uma CAUSA
…levando
…portanto
…à conclusão
…de que Deus
…é a CAUSA PRIMEIRA E ÚLTIMA
…de tudo o que existe
Em outras palavras...
…o ARGUMENTO COSMOLÓGICO
…defende
…que o UNIVERSO é o efeito
…de algo CAUSADO
…a pergunta
…então seria
…O QUE FOI ESSA CAUSA PRIMEIRA???
É interessante...
…que a questão
…que é levantada
…aponta para a CAUSA
…como algo
…que deve ser
…SUFICIENTE e ADEQUADA
…para explicar o EFEITO
Pra isso...
…é preciso
…segundo Chafer
…decidir
…dentre as 4 TEORIAS SOBRE A ORIGEM DO UNIVERSO MATERIAL
…sustentado por filósofos e metafísicos
…vai ser adotada
PRIMEIRA TEORIA: UNIVERSO ETERNO E IMUTÁVEL
A ideia...
…de que o universo
…é ETERNO e IMUTÁVEL
…e sempre existiu
É uma visão...
…que foi
…sustentada
…por filósofos antigos
…mas ainda assim
…é rejeitada
…pelo ARGUMENTO COSMOLÓGICO
Pois...
…o ARGUMENTO COSMOLÓGICO
…afirma
…que universo
…é um efeito
…que demanda uma causa
Se a natureza...
…fosse eterna e imutável
…não haveria
…necessidade
…de uma CAUSA PRIMEIRA
Por isso...
…Chafer
…considera essa teoria
…como uma TEORIA INSUSTENTÁVEL
SEGUNDA TEORIA: EM CONSTANTE EVOLUÇÃO
Que o universo...
...está
...em constante
...autodesenvolvimento
Essa é...
…uma visão
…que foi atribuída
…ao filósofo grego Epicuro [341 - 270 a.C.]
…e hoje
…o “MELHOR ARGUMENTO”
…de ateus modernos
Para a filosofia...
…Epicuro foi o primeiro
…a sugerir
…o que mais tarde
…se tornaria
…a teoria DARWINIANA
…sobre a evolução
Ou seja...
…para os defensores
…dessa teoria
…a matéria existe ETERNAMENTE
E por existir ETERNAMENTE...
…a forma atual
…da matéria
…é apenas
…o resultado
…de um desenvolvimento
…AUTÔNOMO
De novo...
…Chafer
…refuta essa visão
…argumentando
…que a matéria
…não pode
…se DESENVOLVER ou se ORGANIZAR SOZINHA
Ou seja...
…para isso
…é necessário
…uma causa EXTERNA e INTENCIONAL
TERCEIRA TEORIA: MATÉRIA ETERNA, DEUS É O ORGANIZADOR
Que a matéria é eterna...
…mas
...o seu arranjo atual
…é OBRA DE DEUS
Essa foi...
…uma visão
…defendida
…por Platão e Aristóteles
Nessa teoria...
…poderíamos dizer
…que quase
…chegamos
…ao ARGUMENTO COSMOLÓGICO
O único erro...
…é acreditar
…que a matéria
…é AUTO-EXISTENTE
Se a matéria...
…existisse
…por si só
…implicaria
…em uma contradição
…com o conceito
…de CAUSA E E EFEITO
QUARTA TEORIA: CRIAÇÃO EX NIHILO
A visão Bíblica...
…de que Deus
…criou o universo
…a partir do nada [EX NIHILO]
…através
…do Seu poder infinito
Veja bem...
…o conceito bíblico
…de criação EX NIHILO
…não implica
…que o universo
… “surgiu do nada”
Mas sim...
…que Deus
…com Seu ETERNO poder
…trouxe-o à existência
…sem precisar
…de uma matéria
…PRÉ-EXISTENTE
Ou seja...
…é uma visão
…que se opõe
…à visão dos filósofos antigos
…que acreditavam
…que Deus
…apenas
…organizava uma matéria
…JÁ EXISTENTE
Portanto...
…Deus
…é apresentado
…nessa teoria
…como A CAUSA PRIMEIRA
…que traz o universo
..à existência
…a partir do nada
Essa teoria...
…é compatível
…com o ARGUMENTO COSMOLÓGICO
Isso se dá...
…principalmente
…pelo princípio
…de que “DO NADA, NADA POR SURGIR”
…a menos que
…haja um CAUSA TRANSCENDENTE
…como Deus
Ou seja...
…o UNIVERSO
…como um EFEITO
…exige uma CAUSA
…que deve ser real
…eficiente
…e adequada
…para vir a existir
Obviamente...
…essa teoria
…está de acordo
…com a Palavra de Deus
1 No princípio, criou Deus os céus e a terra.
3 Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.
Essa ideia de causalidade...
...está de acordo...
…com nossa
…experiência humana
…pois nós
…somos capazes
…de CAUSAR EFEITOS (AÇÕES)
…o que nos leva a crer
…que para haver um EFEITO
…sempre será necessário
…uma CAUSA
Logo...
…o universo
…deve ter
…uma causa
…que seja EXTERNA A ELE
…já que ele mesmo
…não pode se criar
…nem se manter
…por si só
Por isso...
…o ARGUMENTO COSMOLÓGICO
…defende
…a ideia
…de que DEVE HAVER UMA CAUSA PRIMEIRA
Isto é...
…um ponto
…de origem
…que não depende
…de nada
…anterior
Chafer...
…escreve
…o seguinte
“O argumento cosmológico depende da validade de três verdades contribuintes: (a) que todo efeito deve ter uma causa; (b) que o efeito depende de sua causa para sua existência; e (c) que a natureza não pode produzir a si mesma”. (CHAFER, 1947, p. 143)
Dr. Charles Hodge...
…tem um trecho
…que fala
…sobre o conceito
...da palavra “CAUSA”
…dentro
…do contexto
…do ARGUMENTO COSMOLÓGICO
Hodge...
...descreve
...a natureza da causalidade
...como sendo
...mais do que
...uma mera
...sequência temporal
...ou uma relação
...de antecedência
...entre eventos.
Ele afirma...
...que uma causa
...é algo
...real
...eficiente
...adequado
...para produzir
...um efeito.
Este conceito...
...está
...no centro
...da defesa
...de que o universo
...enquanto um efeito
...precisa
...de uma Causa Primeira
...que seja
...suficiente e adequada
...para sua criação
Para Hodge...
…a causa
…deve ser
…em primeiro lugar
…UMA ENTIDADE REAL
Ele escreve...
…dizendo
…que esse assunto
…inclui
…os seguintes pontos:
"(1) Uma causa é alguma coisa. Tem existência real. Não é apenas um nome para uma certa relação. É uma entidade real, uma substância. Isso é claro porque uma nulidade não pode agir. Se aquilo que não existe pode ser uma causa, então nada pode produzir algo, o que é uma contradição. (2) Uma causa não deve ser apenas algo real, mas deve ter poder ou eficiência. Deve haver algo em sua natureza para explicar os efeitos que produz. (3) Essa eficiência deve ser adequada; isto é, suficiente e apropriado para o efeito”. (HODGE, 1872, p. 209)
Portanto...
…fica evidente
…que essa CAUSA ANTERIOR
…deve ser
...AUTO EXISTENTE
…ETERNA
…NÃO CAUSADA
A melhor hipótese...
…para assumir
…esse posto
…seria DEUS
…pois Ele
…não precisa
…de uma causa pra existir
…é um SER NECESSÁRIO
…auto existente
…e ETERNO
A partir...
...do argumento cosmológico
…DEDUZ-SE que
...Deus possui
...várias qualidades essenciais
...como auto existência
...eternidade
...poder
...sabedoria
…e a fonte de toda a vida
Além disso...
...o argumento
...reforça que sem Deus
...não seria possível
...explicar
...a existência do universo e da vida
Portanto...
…o ARGUMENTO COSMOLÓGICO
…se torna
…uma critica
…à visão ateísta
…que afirma
…que a MATÉRIA
…é ETERNA e AUTOEXISTENTE
…se tornando
…assim
…uma CRENÇA INCONSISTENTE
…e que não pode
…ser sustentada
…por descobertas científicas
Sem falar que...
...aponta
...que o ateísmo
...depende de
...uma hipótese improvável
...de que o universo
...com toda sua complexidade e ordem
...surgiu
...sem uma causa consciente ou inteligente
Chafer...
…conclui
…fazendo uma metáfora
…para ilustrar
…a necessidade
…de uma CAUSA PRIMEIRA
Ele diz...
…que
…assim como
...uma CORRENTE pendente
…não pode
…se sustentar
…pelos elos INFERIORES
…assim o universo
…não pode existir
…sem uma
…CAUSA PRIMEIRA
…que o sustente
Resumindo...
...o argumento cosmológico
...diz que
…tudo tem uma causa
O universo...
...teve um começo
...então ele
...também precisa
...de uma causa
Essa causa...
...não pode
...ser algo
...dentro do universo
...mas algo fora dele
...algo eterno
…e poderoso
ESSE ALGO É DEUS!
O ponto-chave
...do argumento
...é que o universo
...não poderia ter
...surgido "do nada"
...então
...ele precisa
...de um criador.
3.1. PRINCIPAIS CRÍTICAS
3.1. PRINCIPAIS CRÍTICAS
É óbvio...
…que esse argumento
…também teria
…suas críticas
E a principal...
…crítica
…é a pergunta:
“SE TUDO TEM UMA CAUSA, O QUE CAUSOU DEUS?”
Se o ARGUMENTO...
…defende
…que tudo
…precisa de uma causa
…por que Deus
…seria uma exceção?
Pra eles...
…afirmar que Deus
…é ETERNO
…não justifica
…a exceção
…apenas a faz
…ser vista
…como uma “fuga”
Outra crítica...
…é como já vimos
…é a afirmação
…de que o UNIVERSO
…é eterno
…e por isso
...não precisa de uma causa
Há também...
…a crítica
…que afirma
…que o ARGUMENTO COSMOLÓGICO
…comete uma FALÁCIA LÓGICA
…ao assumir
…que
…pelo fato
…de tudo dentro do universo
…tem uma causa
…o próprio universo
…deve ter uma causa
O argumento...
…deles
…é que
…O UNIVERSO
...COMO UM TODO
...PODE NÃO SEGUIR AS MESMAS REGRAS
...QUE AS COISAS DENTRO DELE
Ou seja...
…o fato
…de que tudo
…dentro do universo
…tenha uma causa
…não implica
…que o universo inteiro
…também precise de uma
Hoje...
…a maior crítica
…tem a ver
…como as TEORIAS CIENTÍFICAS MODERNAS
…como a hipótese
…do MULTIVERSO
Sugerem...
…que o nosso universo
…pode ser
…apenas um
…entre muitos
Nesse cenário...
...o surgimento
...do nosso universo
...poderia ser
...explicado
...por leis físicas naturais
...sem a necessidade
...de um criador
Críticos apontam...
...que o argumento cosmológico
...não leva em conta
...essas possibilidades
...e se baseia
...em uma visão antiga
...de como o universo funciona
Se fôssemos...
…passar
…pelas visões
…que surgiram
…em torno
…desse ARGUMENTO COSMOLÓGICO
…iriamos gastar muito tempo
…mas em resumo
…podemos mencionar
…alguns
…dos argumentos
…principais
3.2. FILÓSOFOS A FAVOR DO ARGUMENTO COSMOLÓGICO
3.2. FILÓSOFOS A FAVOR DO ARGUMENTO COSMOLÓGICO
Platão e Aristóteles (filósofos gregos antigos)
Platão (século IV a.C.)...
…foi
…um dos primeiros
...a discutir
...uma "causa primeira"
Em seus diálogos...
...ele sugeriu
...a ideia de um "Demiurgo" (um ser divino)
...como a causa do cosmos
Aristóteles (384–322 a.C.)...
…desenvolveu
...a ideia de um "motor imóvel"
...ou "primeiro motor"
...uma causa inicial
...que não foi causada
...por nada mais
...mas que dá
...movimento ao universo
Tomás de Aquino (1225–1274)...
…foi
...um dos maiores
...defensores
...do argumento cosmológico
Tomás de Aquino...
...formalizou
…o ARGUMENTO TEOLÓGICO
...em suas famosas "Cinco Vias"
...na obra Suma Teológica
E essas argumentações...
...são baseadas
...na observação
...do mundo natural
...usando princípios filosóficos
...para chegar à conclusão
...de que Deus existe.
Cada uma...
...dessas vias
...é uma abordagem diferente
...para explicar
...a existência de Deus
...fundamentada
...na filosofia aristotélica
...e na teologia cristã
Eu...
…em particular
…gosto muito
…dessa
…argumentação
O PRIMEIRO ARGUMENTO DE TOMÁS DE AQUINO...
…é chamado
…de VIA DO MOVIMENTO (PRIMEIRO MOTOR)
Tudo no universo...
...está
...em movimento
...ou mudança
Para algo se mover...
...é necessário
...que algo o mova
No entanto...
...não pode haver
...uma cadeia infinita
...de coisas
...movendo outras
Em algum ponto...
...deve haver algo
...que não foi
...movido por nada
...mas que deu início
...ao movimento.
Este "Primeiro Motor Imóvel" é Deus.
Uma analogia...
…podeia ser feito
…com uma fila de dominós caindo
Cada peça...
...só cai
...porque outra
...a empurrou
...mas precisa
...haver uma primeira peça
...que começou o processo
Esse primeiro movimento inicial é Deus.
O SEGUNDO ARGUMENTO DE TOMÁS DE AQUINO...
…é chamado
…de VIA DA CAUSA EFICIENTE (CAUSA PRIMEIRA)
No mundo...
…tudo tem uma causa
…nada pode causar
…a si mesmo
Do mesmo jeito...
…que o movimento
…não pode
…haver
…uma cadeia infinita de causas
…também deve haver
…uma CAUSA PRIMEIRA
…que causou
…todas as outras coisas
No entanto...
…essa causa primeira
…não pode
…ser causada por nada
…LOGO
…essa CAUSA NÃO CAUSADA É DEUS
Pense...
...em uma série de engrenagens
...onde cada uma
...gira
...porque uma outra
...está movendo-a
Haveria...
...uma engrenagem inicial
...que coloca
...todo o sistema
...em movimento
Deus é essa "Causa Primeira".
O TERCEIRO ARGUMENTO DE TOMÁS DE AQUINO...
…é chamado
…de VIA DA CONTINGÊNCIA (SER NECESSÁRIO)
As coisas...
…no mundo
…existem
…e deixam de existir
ISSO SIGNIFICA QUE COISAS SÃO “CONTINGENTES”
Ser contingente...
…não precisa
…existir
…necessariamente
Se tudo que há...
…no universo
…fosse contingente
…então
…em algum momento
…NADA TERIA EXISTIDO
Sendo assim...
…deve haver algo
…que sempre existiu
…algo que existe
…POR NECESSIDADE
…e que não depende
…de mais nada
…para existir
…ESSE SER NECESSÁRIO É DEUS
Imagine...
...que todos os seres vivos
...um dia deixam de existir
Para que algo...
...existisse em algum momento
...deveria haver algo
...que sempre existiu
...que não dependeu
...de outro ser para existir
Esse ser necessário é Deus.
O QUARTO ARGUMENTO DE TOMÁS DE AQUINO...
…é chamado
…de VIA DOS GRAUS DE PERFEIÇÃO (SER PERFEITO)
Observamos...
…que todas as coisas
…tem diferentes
…graus de qualidade
…como
BONDADE
BELEZA
VERDADE
Todas essas qualidades...
…são comparadas
…a um padrão máximo de pefeição
Para que...
…possamos julgar
…essas coisas
…deve haver
…algo que seja
…O PADRÃO ABSOLUTO DE PERFEIÇÃO
O SER QUE É MAIS VERDADEIRO
O SER QUE É MAIS BONDOSO
O SER QUE É MAIS BELO
ESSE SER PERFEITO É DEUS
O QUINTO ARGUMENTO DE TOMÁS DE AQUINO...
…é chamado
…de VIA DO GOVERNO DO MUNDO (FINALIDADE OU DESIGN)
As coisas...
…no mundo
…parecem
…agir
…com um propósito
Especialmente...
…as coisas
…que não possuem
…inteligência própria
…corpos celestes
…plantas
Isso sugere...
…que elas
…são direcionadas
…por algo inteligente
…que as guia
…para seus fins
Assim...
…deve haver
…uma inteligência suprema
…que organiza
…e dirige
…todas as coisas
…para seus fins
ESSA INTELIGÊNCIA É DEUS
Um exemplo clássico...
...seria
...o de uma flecha
...disparada
...por um arqueiro
A flecha...
...por si só
...não tem inteligência
...mas é dirigida
...para um alvo
...pelo arqueiro
Da mesma forma...
...a ordem no universo
...deve ser resultado
...de uma inteligência
...que guia tudo
...e essa inteligência é Deus
Gottfried Wilhelm Leibniz (1646–1716)...
...desenvolveu
...uma versão mais moderna
...do argumento cosmológico
...com base
...no princípio
...da razão suficiente
...que afirma
...que deve haver
...uma explicação
...para a existência de tudo
...incluindo o universo
Para ele...
...essa explicação última
...só pode ser Deus
...um ser necessário
…e autoexistente
Kalam Argumento Cosmológico (Idade Média, defendido por filósofos islâmicos)...
...Filósofos islâmicos
...como Al-Ghazali (1058–1111)
...mais tarde cristãos
...como William Lane Craig
...modernizaram
...esse argumento
O argumento Kalam...
...se baseia
...na ideia
...de que tudo o que
...começa a existir
...tem uma causa
Como o universo...
...teve um começo
...ele deve ter uma causa
...que seria Deus.
3.3. FILÓSOFOS CONTRA O ARGUMENTO COSMOLÓGICO
3.3. FILÓSOFOS CONTRA O ARGUMENTO COSMOLÓGICO
David Hume (1711–1776)...
...foi um
...dos críticos
...mais influentes
...do argumento cosmológico
Ele argumentou...
...que não temos
...evidências suficientes
...para dizer
...que o universo
...como um todo
...precisa de uma causa
Ele questiona...
...a ideia
...de que devemos aplicar
...o conceito
...de causa e efeito
...além do mundo físico
...e dentro do universo
Immanuel Kant (1724–1804)...
...Kant
...também criticou
...o argumento cosmológico
...em sua obra
...Crítica da Razão Pura
Ele argumentou...
...que não podemos
...aplicar
...o princípio de causa e efeito
...além
...da nossa experiência empírica
...do mundo físico
Ou seja...
...além do tempo e do espaço
...não podemos
...ter certeza
...de que esses
...conceitos ainda se aplicam
Bertrand Russell (1872–1970)...
…um filósofo britânico
...rejeitou o argumento cosmológico
...alegando que
...o universo
...simplesmente "existe sem explicação"
Ele afirmou...
...que não há necessidade
...de procurar
...uma causa
...para o universo
...como um todo
...questionando
...a premissa
...de que tudo
...deve ter uma causa
Antony Flew (1923–2010)...
...um filósofo ateu
...e crítico do argumento cosmológico
...argumentava
...que ele era insuficiente
...para provar
...a existência de Deus
No entanto...
...em seus últimos anos
...Flew revisitou
...suas crenças
...sobre a existência
...de uma causa divina
...para o universo
...embora
...ainda com reservas
...em relação
...ao teísmo tradicional
Stephen Hawking (1942–2018)...
...argumentou
...que leis da física
...como a gravidade
...poderiam explicar
...o surgimento do universo
...sem a necessidade
...de uma causa divina
Em seu livro...
...Uma Breve História do Tempo
...ele sugeriu
...que o universo
...poderia ter surgido espontaneamente
...a partir do "nada"
...sem precisar de uma causa externa.
3.4. CONCLUSÃO
3.4. CONCLUSÃO
Agora...
…determinar
..."quem ganha"
...a disputa
...entre
...defensores e críticos
...do argumento cosmológico
...é uma questão complexa
...e depende muito
...da perspectiva filosófica
...e científica adotada
Assim como...
…depende
...das prioridades intelectuais
...de quem está julgando
O argumento cosmológico...
...é poderoso
...porque está enraizado
...em algo
...que parece intuitivo
...para a maioria das pessoas
…que é
...a ideia de que tudo
...tem uma causa
Vemos isso...
...em nossa experiência diária
...efeitos
...sempre parecem
...ter uma causa
Por isso...
...aplicar esse raciocínio
...ao universo
...parece lógico
Sem falar que...
…sem uma causa externa
…isto é
…Deus
…ficamos
…com um
...regresso infinito
...de causas
...o que para muitos
...parece insatisfatório e ilógico
…fazendo-se
…necessário
…portanto
…uma explicação ÚLTIMA
A ideia...
...de um Ser Necessário
...ou seja
...algo que existe
...por si só
...e não precisa
...de uma explicação
....além
...de sua própria natureza
...é uma solução elegante
...para o dilema
...do "por que algo existe em vez de nada"
Já...
…os críticos
…e seus questionamentos
…podemos notar
…que
...Do ponto de vista científico
...eles argumentam
...que modelos atuais
...podem explicar
...o surgimento do universo
...sem recorrer a uma causa divina
...Do ponto de vista filosófico
...eles questionam
...se realmente
...precisamos
...de uma explicação final
...ou se podemos
...aceitar
...que o universo "apenas existe"
Eu fico com a Palavra de Deus...
3 Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.
4. ARGUMENTO TELEOLÓGICO
4. ARGUMENTO TELEOLÓGICO
9 O que fez o ouvido, acaso, não ouvirá? E o que formou os olhos será que não enxerga? 10 Porventura, quem repreende as nações não há de punir? Aquele que aos homens dá conhecimento não tem sabedoria?
O salmista...
…descreve
…a criação
...de elementos
...como o ouvido e o olho
…que é usada
...como evidência
...de um Criador
...que ouve e vê
...demonstrando sabedoria e propósito
Esses exemplos...
...mostram
...como a criação
...reflete a perspicácia do Criador
Além disso...
...referências a filósofos
...como Platão e Pitágoras
...ressaltam a ideia
...de que o universo
...segue princípios racionais e matemáticos
O argumento teleológico...
...ou da "ordem" ou "design"
...propõe que
...a presença de propósito
...ordem
...e adaptação
...no universo
...aponta
...para a existência
...de uma inteligência criadora
...ou seja
...Deus
O termo...
..."teleológico"
...vem do grego
..."télos" (fim, propósito)
...e "logos" (razão)
...significando
...a doutrina
...dos fins ou do propósito racional
Esse argumento...
...observa que o universo
...não parece ser um caos aleatório
...mas sim
...algo organizado
...com ordem e complexidade
Essa organização...
...sugeriria
...um propósito racional
...por trás da criação
...como um plano
...ou projeto inteligente
Embora...
...o argumento teleológico
...se baseie
...no princípio
...do argumento cosmológico (que aborda a origem do universo)
...ele vai além
...sugerindo que Deus
...não apenas criou o universo
...mas o criou com inteligência
...e propósito visíveis
...no projeto
...e funcionamento
...de todas as coisas
Esse argumento...
…também aponta
…para o fato
…de que embora
…os humanos
...criem máquinas
...e estruturas complexas
...eles nunca "originam" nada de verdade
...apenas descobrem
...e utilizam
...os recursos e leis
...já presentes na natureza
Isso demonstra...
...que há uma ordem
...pré-existente
...no universo
...que o ser humano
...apenas explora
Sem falar...
…que o argumento teleológico
...destaca
...que no cosmos
...há uma harmonia
...complexa entre todas as coisas
...como as leis da física
...que ajustam
...a gravidade
...e outros fenômenos
...para que o universo
...funcione com precisão
Essa complexidade...
...e ajuste exato
...de todas as partes
...só podem ser explicados
...por uma inteligência superior
...em vez de mero acaso
...ou necessidade cega
A essência...
...do argumento teleológico
...pode ser explicada assim:
PRIMEIRO:
O universo...
...com todas as suas leis e estruturas
...exibe uma ordem
...e complexidade impressionantes
Isso pode ser visto...
...desde a formação dos planetas e galáxias
...até
...a estrutura intricada
...do DNA em organismos vivos
SEGUNDO:
Esta complexidade...
...não parece
...ser resultado do acaso
...mas sim
...de um planejamento deliberado
TERCEIRO:
Em nossas experiências diárias...
...quando encontramos objetos complexos
...que parecem servir a um propósito
...como um relógio
...ou um computador
...inferimos que
...esses objetos
...foram projetados por alguém
Da mesma forma...
...se o universo
...e a vida na Terra
...são tão complexos
...e bem ajustados
...é razoável concluir
...que eles também foram projetados
...e o designer
...dessa vasta e incrível ordem
...seria Deus
Um dos exemplos...
...mais famosos
...do argumento teleológico
...foi formulado
...pelo teólogo inglês
...William Paley no século 18
Ele disse...
...que se você estivesse andando
...por um campo
...e encontrasse um relógio no chão
...você não pensaria
...que ele simplesmente
...apareceu ali por acaso
Em vez disso...
...você concluiria
...que o relógio
...foi projetado por alguém
...porque ele tem partes intricadas
...que trabalham juntas
...para um propósito
...mostrar a hora
Assim…
...Paley argumentava que
...da mesma forma
...a complexidade do universo
...indica
...a existência de um criador ou designer
Mas...
…apesar
…de ser
…um ótimo argumento
…também sofreu criticas
A partir...
...da publicação
...da teoria da evolução
…de Charles Darwin
...o argumento teleológico
...foi desafiado
...especialmente
...no campo da biologia
Darwin...
...mostrou que
...a complexidade da vida
...pode ser explicada
...por seleção natural
...sem a necessidade
...de um designer inteligente
A evolução...
...propõe
...que organismos complexos
...podem surgir gradualmente
...através de processos naturais de mutação
....e sobrevivência dos mais aptos
Outra crítica...
…que na minha opinião
…é o pior argumento
…é o problema do mal
“se o universo foi projetado por um ser inteligente e benevolente, por que existe tanto sofrimento e imperfeição no mundo?”
5. ARGUMENTO ANTROPOLÓGICO
5. ARGUMENTO ANTROPOLÓGICO
11 Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim.
Esse argumento...
…visa provar
…a existência de Deus
…com base
…nas características humanas
Ele se distingue...
...dos argumentos cosmológicos e teleológicos
...ao focar
...especificamente no ser humano
...sua constituição física
...mental
...e moral
...como evidência
...de um Criador divino
Enquanto...
…o argumento cosmológico
...analisa o universo
...como um todo
...e o argumento teleológico
...observa o design
...e a ordem no cosmos
...o argumento antropológico
...busca evidências de Deus
...diretamente na natureza humana
O argumento antropológico...
...se concentra
...nas características internas
...do ser humano
...tanto físicas
...quanto imateriais
...para argumentar
...que essas qualidades
...são evidências
...de uma origem divina
O salmo 94...
…novamente é citado
...para apoiar
...a ideia
...de que o Criador
...deve ter
...os mesmos atributos
...que implantou
...nos seres humanos
Por exemplo...
...se o homem
...tem capacidade auditiva e visão
...o Criador
...que concedeu essas capacidades
...deve possuí-las em grau infinito
Embora...
...o corpo humano
...seja parte
...da criação material
...semelhante
...a outras formas de vida
...ele é descrito
...como uma "prova específica de um Criador"
Além disso...
...a parte imaterial do homem
...intelecto
…vontade
...consciência
...sensibilidade
...apresenta
...uma demanda
...ainda mais profunda
...por uma "causa adequada"
Em outras palavras...
...as faculdades mentais e morais
...do ser humano
...apontam para um Criador
...que deve ser
...igualmente dotado
...de atributos
...como intelecto, vontade e moralidade
Dentro do argumento antropológico...
...o argumento moral
...é destacado
Ele afirma...
…que a presença
...de uma lei moral
...dentro do ser humano
...a consciência de certo e errado
...a sensação de merecimento e julgamento
...indicam
...a existência
...de um legislador moral supremo
...Deus
O fato...
...de os humanos
...reconhecerem
...essa lei moral
...e temerem suas violações
...aponta para um Criador
...que impôs essa lei
...e que tem poder
...para punir ou recompensar
Os teólogos...
...A.A. Hodge e Augustus Strong
...afirmam
...que o argumento antropológico
...confirma
...as conclusões
...dos argumentos cosmológico e teleológico
...mas também
...acrescenta novas dimensões:
...Deus
...além de ser uma causa inteligente
...é também
...moralmente santo
...justo
...e bondoso
Essa ênfase...
...na moralidade
...e na personalidade de Deus
...vai além
...da simples causa inicial
...ou designer do universo
...apresentando um Criador
...profundamente envolvido
...no bem-estar moral e espiritual
...de Sua criação