ESTUDO 6 - A NATUREZA DE DEUS - TRINDADE (I)
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INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
A tentativa...
...de definir Deus
...é uma tarefa complexa
...pois envolve
...lidar com o finito (o ser humano)
...tentando compreender
...e descrever o infinito (Deus).
Definir Deus...
...de maneira completa
...é impossível
...pois isso implicaria
...em limitar o próprio Deus
...algo contrário
...à Sua natureza infinita
Deus...
...é espírito infinito
...transcendente
...e ilimitado
...em Sua essência e atributos
A ideia...
...de definir algo
...é por natureza
...estabelecer limites
...ou fronteiras
...sobre
...o que esse algo é ou não é
Contudo...
...se Deus
...é infinito
...e sem limitações
...uma definição completa
...e adequada
...seria impraticável
Tem uma frase...
…que é atribuída
…a John Wesley
…que diz:
"Traga-me um verme que pode compreender um homem, e vou lhe mostrar um homem capaz de compreender o Deus trino". (TAN, 1984, p. 504)
Sabemos...
…que Deus
…é um ser espiritual
…mas ainda PESSOAL
Além disso...
…também sabemos
…que ele existe
…em TRÊS PESSOAS
Sem dúvidas...
…a doutrina da trindade
…é a doutrina
…além do alcance
…da mente finita do Homem
8 Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor, 9 porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.
A doutrina da Trindade...
...afirma que Deus
...é um único Ser
...que existe
...em três Pessoas:
Pai, Filho e Espírito Santo
E apesar...
…da palavra “TRINDADE”
...não ser encontrada
...diretamente na Bíblia
...o conceito da "TRINDADE”
...está IMPLICITAMENTE presente
Ou seja...
…a doutrina
…da TRINDADE
...é inferida
...ou extraída
...indutivamente
...das declarações bíblicas
E assim...
...como em ciências naturais
...como a lei da gravidade
...que é descoberta
...por observação e indução
...dos fenômenos naturais
...a doutrina da Trindade
...surge das evidências
...presentes nas Escrituras
Mas ainda assim...
…mesmo presente
…nas Escrituras
…a doutrina da trindade
…ainda é descrita
…como além da razão humana
…“supralógico”
…como coloca J. Hampton Keathley III
Mesmo assim...
…estar além da razão humana
…não torna
…essa doutrina
…uma doutrina ilógica
…apenas acima do entendimento natural
E nós...
…como seres humanos
…não conseguimos
…entender PLENAMENTE
…a natureza de Deus
…DO MESMO JEITO QUE NÓS
…com uma mente finita
…também não pode compreender
…todos os aspectos da
…vida
…e da criação
29 As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.
É interessante...
…uma tentativa
…de Chafer
…em ilustrar a TRINDADE
...sugerindo
…uma analogia
…ao CORPO e a ALMA
Ou seja...
…as pessoas
…também tem
…duas naturezas diferentes
...MATERIAL
…IMATERIAL
No caso da Trindade...
…três PESSOAS
…Pai, Filho e Espírito Santo
…que compartilham
…a mesma ESSÊNCIA DIVINA
…sendo ainda
…um ÚNICO DEUS
Seja a analogia que for...
…ainda precisamos
…reconhecer
…que são limitadas
…servindo
…apenas para explicar
…o PRINCÍPIO
Hodge...
…na sua tentativa
…de explicar
…a TRINDADE
…enfatiza
…a UNICIDADE dessa doutrina
…como sendo
…uma CARACTERÍSTICA FUNDAMENTAL
..da fé cristã
Para Hodge...
…essa UNICIDADE
…diferencia
…o cristianismo
…de outros conceitos
…trinitários
…presentes
…em antigas filosofias e religiões
...HINDUÍSMO
...BUDISMO
...PLATONISMO
Nas religiões orientais...
...como o hinduísmo
...há uma tríade
...composta
...por Brahm (ser primordial)
...Vishnu (manifestação no mundo)
...e Shiva (retorno à inconsciência)
No entanto...
...isso reflete
...uma ideia de PANTEÍSMO
...onde o divino
...está dissolvido
...na criação e na existência
...o que difere
...fundamentalmente
...da Trindade cristã
Em sistemas filosóficos...
...como o platonismo
...há uma trindade conceitual
...que envolve
...a Tese (o UM) (PAI - O SER)
...Antítese (o INTELECTO) (FILHO - MANIFESTAÇÃO HUMANA)
...Síntese (a ALMA) (ESPÍRITO - JUNÇÃO DOS DOIS)
...uma combinação de ideias
...que NÃO tem
...relação com
...a UNIDADE e a DIVERSIDADE
...da Divindade revelada na Bíblia
A questão é...
…como definir a TRINDADE???
1. A HISTÓRIA DA TRINDADE
1. A HISTÓRIA DA TRINDADE
O termo...
..."Trindade"
...e o conceito teológico
...que ele representa
...não surgiram
...de maneira simples ou imediata
Em vez disso...
...foram o resultado
...de séculos de reflexão
...e debates teológicos
Como já vimos...
…no Novo Testamento
...Jesus
...é claramente apresentado
...como divino
...assim como
...o Espírito Santo
...mas
...ao mesmo tempo
...há uma forte ênfase
...no monoteísmo judaico
...que afirma que há apenas um Deus
Dessa forma...
…as primeiras comunidades cristãs
...foram desafiadas
...a reconciliar esses ensinamentos
...especialmente
...quando confrontadas
...com heresias
...que negavam a divindade de Cristo
...ou a personalidade do Espírito Santo
Imagina...
…o trabalho
…que dava
…para esses crentes
…explicar
…por exemplo
…a fórmula batismal
…mencionada em Mateus 28.19???
Ou João 1.1...
Ou Hebreus 1.8...
Sem falar...
…da presença ativa
…do Espírito Santo
…nos escritos apostólicos
Ou seja...
…a doutrina da Trindade
...foi desenvolvida
...para proteger
...a crença bíblica
...em um único Deus
...que de alguma forma
...se revela em três pessoas
1.1. TERTULIANO (160–220 d.C.)
1.1. TERTULIANO (160–220 d.C.)
O termo "Trindade" (Trinitas)...
...foi cunhado
...pelo teólogo cristão
...Tertuliano (160–220 d.C.)
...um dos primeiros Pais da Igreja
Ele usou...
...esse termo
...pela primeira vez
...para descrever
...a doutrina de um só Deus em três pessoas
Tertuliano...
...introduziu essa palavra
...em seu tratado "Contra Práxeas"
...onde defendia
...a crença ortodoxa
...contra as heresias monarquianistas
...que negavam
...a distinção
...entre as três pessoas da divindade
Tertuliano...
...queria explicar
...como os cristãos
...poderiam falar
...de um Deus único
...mas ao mesmo tempo
...de três pessoas distintas
Tertuliano...
…quando sistematizou
…o termo TRINITAS
…defendia
…a ideia
…de que as três pessoas
…eram distintas
…mas COETERNAS E CONSUBSTANCIAIS
…combatendo
…heresias como o MODALISMO
…que negava essa distinção
Apesar...
…de ter sido
…Tertuliano
…o responsável
…por sistematizar
... a doutrina da TRINDADE
…vemos outros Pais da Igreja
…fazendo alusões
…à “TRINDADE”
…em seus escritos
1.2. HIPÓLITO DE ROMA (170 - 235 d.C.)
1.2. HIPÓLITO DE ROMA (170 - 235 d.C.)
Hipólito de Roma...
…foi um dos primeiros
...a desenvolver
...uma teologia trinitária
...no contexto
...das discussões internas
...da igreja primitiva
Assim como Tertuliano...
…Hipólito desenvolve
…uma perspectiva
…denominada “econômica”
…sobre a Trindade
Ou seja...
...foca nas operações de Deus no mundo
...particularmente na criação e na redenção
...em vez de se concentrar
...nas relações internas e eternas
...entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo
Essa abordagem foi...
...de certo modo
...uma tentativa inicial
...de explicar
...a interação entre as três pessoas divinas
...em termos de sua atividade externa e prática
...ou seja
...a maneira como Deus
...se revela e age na história da salvação.
Tanto Hipólito...
...quanto Tertuliano
...viam o Filho e o Espírito Santo
...como
...manifestações distintas
...de Deus
...particularmente na criação e na redenção
Para eles...
...o Pai envia o Filho e o Espírito
...em diferentes momentos
...da história da salvação
Essa abordagem...
...portanto
...era mais prática
...e focada nas ações de Deus
O termo "econômica"...
...refere-se
...à maneira como Deus
...administra o mundo e a salvação
Nesse sentido...
...o "economia"
...não é entendido
...em termos monetários
...mas como um sistema
...de gestão ou organização
O Pai, o Filho e o Espírito Santo...
...são descritos
...em suas funções específicas
...no plano divino de salvação
Mas ainda assim...
....embora Tertuliano e Hipólito
...falassem
...sobre a distinção
...entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo
...eles também enfatizavam
...que esses três
...eram inseparáveis e unidos em essência
Assim como...
...a mente humana e a razão
...são inseparáveis em um ser humano
...a Palavra (Logos) de Deus
...ou seja o Filho
...estava sempre imanente e indivisível
...no ser de Deus
Eles viam a razão de Deus (Logos)...
...como um aspecto
...imanente de Deus
...que só se "manifesta" externamente
...quando é "gerado"
...ou enviado para realizar
...a criação ou redenção
Essa perspectiva...
…“econômica”
…da trindade
…realmente
…foi uma avanço
…para os PRIMEIROS TEÓLOGOS CRISTÃOS
Mas...
…ainda tinha
…suas limitações
…e imprecisões
Especialmente...
…quando é comparada
…com o entendimento
…da TRINDADE
…que veio depois
Por exemplo...
…ao enfatizar
…as funções
…e as manifestações
…da Trindade
…na criação
…e na redenção
...essa abordagem
...não investigava
...suficientemente
...as relações eternas
...dentro da Divindade
Ou seja...
...não tentava explicar
...em profundidade
...como o Filho e o Espírito
...estavam eternamente
...relacionados ao Pai
...antes de suas manifestações no mundo
Sem falar...
…que em alguns aspectos
…as primeiras abordagens
…poderiam sugerir
…uma forma de SUBORDINACIONISMO
…aonde o Filho e o Espírito
…são vistos
…como INFERIORES ou SUBORDINADOS
…ao pai
…em termos de FUNÇÃO ou PAPEL
Isso não significava...
...que eles fossem considerados criados
...como no arianismo
...mas sim
...que suas funções eram distintas
o que poderia criar
...uma hierarquia funcional
Mas de qualquer forma...
…a tentativa
…de explicar
…a TRINDADE
…impulsionou
…essa investigação
…mais para frente
1.3. INÁCIO DE ANTIOQUIA (35–107 d.C.)
1.3. INÁCIO DE ANTIOQUIA (35–107 d.C.)
Um exemplo disso...
…é Inácio de Antioquia (35–107 d.C.)
…que veio antes de Tertuliano
…frequentemente
…usava uma “linguagem trinitária”
…em suas cartas [Epístola ao Magnésios]
1.4. JUSTINO, O MÁRTIR (100 - 165 d.C.)
1.4. JUSTINO, O MÁRTIR (100 - 165 d.C.)
Justino, o Mártir...
…fazendo uma ilustração
…disse que é impossível
…separar a luz
…de sua fonte - O SOL
…assim como é impossível
…separar
…a Palavra e o Pai
1.5. ATANÁSIO (296–373 d.C.)
1.5. ATANÁSIO (296–373 d.C.)
Atanásio...
…foi um dos
...principais defensores
...da ortodoxia trinitária
...especialmente
...no combate ao arianismo
Ele defendeu...
...a consubstancialidade
...de Cristo com o Pai
1.6. AGOSTINHO DE HIPONA (354-430 d.C.)
1.6. AGOSTINHO DE HIPONA (354-430 d.C.)
Agostinho de Hipona...
…escreveu bastante
...sobre a Trindade
...em sua obra "De Trinitate"
...onde elaborou
...a ideia
...de que as três pessoas
...são coeternas
...e de uma única essência
1.7. CAPADOCIANOS (SÉCULO 4)
1.7. CAPADOCIANOS (SÉCULO 4)
Os Capadocianos...
…grandes teólogos
…da região da Capadócia
…atual Turquia
...Basílio de Cesareia (330 - 379 d.C.)
...Gregório de Nazianzo (329 - 390 d.C.)
...Gregório de Nissa (335 - 394 d.C.)
...contribuíram
...para clarificar
...a distinção entre ousia (essência) e hipóstase (pessoa)
...e ajudaram
...a estabelecer
...a fórmula trinitária
...de "uma essência, três pessoas"
Ou seja...
…sem dúvidas
…esse homens
…quase mesmo sem ter
…um termo “TRINDADE”
…ainda contribuíram
…grandemente pra essa Doutrina
Moreland e Craig...
…reconhecem
…que a Igreja do Novo Testamento
…estava certa
…da existência
…de SOMENTE UM DEUS
Mas ao mesmo tempo...
…reconheciam
…que eles são
…PESSOALMENTE DISTINTOS
…mas que ainda assim
…mereciam ser chamados de Deus
…mas é ai
…que eles levantam
…um questionamento
“O desafio enfrentado pela igreja pós-apostólica era como dar sentido a essas afirmações. De que maneira o Pai, o Filho e o Espírito Santo poderiam ser Deus sem que houvesse três Deuses ou uma única pessoa?” (MORELAND; CRAIG, 2005, p. 698)
E é claro...
…que isso
…foi um grande desafio
…e ainda vamos ver
…algumas CONTROVÉRSIAS
2. DEFINIÇÃO
2. DEFINIÇÃO
Em termos gerais...
…o termo “TRINDADE”
…significa “TRIUNIDADE”
Ou seja...
…Deus NÃO É
…uma UNIDADE SIMPLES
…pelo contrário
…há PLURALIDADE EM SUA UNIDADE
Já cabe afirmar...
…no entanto
…que a trindade
…VAI ALÉM DA RAZÃO HUMANA
Mas ainda assim...
…NÃO vai CONTRA a razão
A Trindade...
…segundo NORMAN GEISLER
…não é assunto
…da TEOLOGIA NATURAL
…mas sim
…da REVELAÇÃO
…mais específico a REVELAÇÃO ESPECIAL
Se formos...
…falar
…da BASE DA TRINDADE
…já vamos nos deparar
…com a PRIMEIRA CRÍTICA
…pois não encontramos
…a PALAVRA TRINDADE
…na Bíblia
Eu geralmente rebato...
…essa crítica
…dizendo
…que a palavra “AVÔ”
…também não aparece
…mas ainda assim
…vemos a EXISTÊNCIA DE AVÔS lá
Ou seja...
…essa primeira crítica
…é muito fraca
…para se sustentar
E outra...
…o conceito da TRINDADE
…é claramente
…ensinado nas ESCRITURAS
Logo...
…só rejeitam essa doutrinas
…grupos que
…precisam REJEITÁ-LA
…para manter suas crenças
…como JUDEUS
…e os TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
Portanto...
…há uma lógica
…por trás
…da doutrina da TRINDADE
…que é bem simples
(1) Há um Deus.
(2) Há três pessoas distintas que são DEUS (PAI, FILHO, ESPÍRITO SANTO)
Assim sendo...
…a primeira PREMISSA
…é que que há
…UM DEUS
…não dois
…não três
…não vários
...APENAS UM ÚNICO E EXCLUSIVO DEUS
2.1. UNIDADE OU UNICIDADE
2.1. UNIDADE OU UNICIDADE
O crer...
…que há
…apenas UM DEUS
…não é um grande desafio
…pois a Bíblia
…é muito clara
…enquanto a isso.
Tanto que...
…esse ensinamento
…da UNIDADE de Deus
…é um ensinamento
…CENTRAL ao judaísmo
O primeiro versículo HEBRAICO...
…memorizado
…por uma CRIANÇA JUDIA
…é o SHEMÁ de Israel
4 Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.
O que esse verso diz???
Que [ADONAI] é único!!!
Esse ensinamento...
…é tão relevante
…e tão atual
…que nosso SENHOR JESUS
…o citou
…colocando-o como
...o ensinamento
…mais importante
29 Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor!
Poderíamos...
…citar inúmeras passagens
…que colaboraria
…com a ideia
…de UNIDADE ou UNICIDADE de Deus
35 A ti te foi mostrado para que soubesses que o Senhor é Deus; nenhum outro há, senão ele.
Gosto...
…da forma
…com que Deus fala
…em 1Reis 8.60
60 para que todos os povos da terra saibam que o Senhor é Deus e que não há outro.
Isaías...
…também
…menciona
14 Assim diz o Senhor: A riqueza do Egito, e as mercadorias da Etiópia, e os sabeus, homens de grande estatura, passarão ao teu poder e serão teus; seguir-te-ão, irão em grilhões, diante de ti se prostrarão e te farão as suas súplicas, dizendo: Só contigo está Deus, e não há outro que seja Deus.
No Novo Testamento...
…Paulo
…contribui
…bastante
…com essa questão
4 No tocante à comida sacrificada a ídolos, sabemos que o ídolo, de si mesmo, nada é no mundo e que não há senão um só Deus. 5 Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores, 6 todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.
E também em Efésios...
…é mencionado
…o fato
…de EXISTIR
…SOMENTE UM DEUS
3 esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz; 4 há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; 5 há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; 6 um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.
Tiago...
…na passagem
…que menciona
…que os demônios
…creem e tremem
…também é claro
…a UNIDADE DE DEUS
19 Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios creem e tremem.
Ou seja..
…biblicamente falando
…é EXPLÍCITO o fato
…de que só há um DEUS VERDADEIRO
E esse Deus...
…de maneira alguma
…divide sua glória e sua divindade
9 Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim;
Mas ainda assim...
…apesar
…de entendermos
…que HÁ UM SÓ DEUS
Também entendemos
…que esse ÚNICO Deus
…existe em TRÊS PESSOAS
…e essas três pessoas
…COMPARTILHAM A MESMA ESSÊNCIA DIVINA
UNIDADE DE ESSÊNCIA...
…significa
…que não há divisão
…na natureza de Deus
Em outras palavras...
…o Pai
…o Filho
…o Espírito Santo
…SÃO:
COIGUAIS
COETERNOS
E DIVIDEM A MESMA DIVINDADE
Mas ainda que...
…possuem
…UNIDADE DE ESSÊNCIA
…também são
…TRÊS PESSOAS DISTINTAS
Ou seja...
…São pessoas distintas
…em suas funções
…e em suas relações
O PAI É O CRIADOR
O FILHO É O REDENTOR
O ESPÍRITO SANTO É O CONSOLADOR/SANTIFICADOR
Essas distinções...
…ou DIVERSIDADE DE PESSOAS
…não afetam
…a UNIDADE DE ESSÊNCIA
…logo
…a UNIDADE DE DEUS
…não é MONOLÍTICA [CONSTRUÍDA EM UMA ÚNICA PEDRA]
…e nem SIMPLES
…mas é uma UNIDADE que pode incluir distinções internas
Nossa teologia...
…é totalmente
…baseada
…na ideia
…de UNIDADE
Tanto que...
…nossa adoração
…é direcionada exclusivamente
…à Deus
Nós cremos...
…que o fato
…de haver
…um ÚNICO DEUS
…que é
…moralmente perfeito
…estabelece um padrão
…pra nossa ÉTICA, MORALIDADE e JUSTIÇA
2.1.1. DEUS É TRÊS PESSOAS
2.1.1. DEUS É TRÊS PESSOAS
Primeiro...
…o Pai NÃO É o Filho
…eles são PESSOAS DISTINTAS
…o Pai NÃO É o Espírito Santo
…eles são PESSOAS DISTINTAS
…o Filho não é o Espírito Santo
…eles são PESSOAS DISTINTAS
Portanto...
…tenha em mente
…que essas distinções
…são vistas
…em vários textos
…do Novo Testamento
1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2 Ele estava no princípio com Deus.
O fato...
...de que o "Verbo"
...que fica claro ser Cristo nos v. 9-18
...está "com'' Deus
...mostra a distinção
...de Deus Pai
Em João 17.24...
...Jesus fala a Deus Pai
...a respeito da "minha glória”
…se referindo à eles mesmo
24 Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.
Ou seja...
…é uma clara demonstração
…de que há
…uma DISTINÇÃO
..entre as pessoas
…mas ainda assim
…estão compartilhando
…a glória
…e o relacionamento de amor
…que já havia
…entre o Pai e o Filho
…antes do mundo
…ser criado
Para que Jesus...
…seja nosso sumo sacerdote
…para que ele interceda diante do pai
…como nosso advogado
…também é preciso
…que ele seja
…uma pessoa distinta
…do Pai
Eles são distintos...
...em diversos versículos
...Jesus diz:
26 mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.
O Espírito Santo...
…também intercede
…por nós
27 E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.
Uma clara indicação...
…de que a distinção
…entre o Espírito Santo
…e o Pai [A QUEM A INTERCESSÃO É FEITA]
Ou seja...
…apesar de o Pai ser Deus
…apesar do Filho ser Deus
…apesar do Espírito Santo ser Deus
...eles são PESSOAS DISTINTAS
Na tentativa...
…de harmonizar
…a UNIDADE DE DEUS
…com essas DISTINÇÕES PESSOAIS
…entre o Pai, Filho e Espírito Santo
…é preciso
…fundamentar um pouco
PRIMEIRO...
…no pensamento teológico clássico
...essência e substância
...são termos
...frequentemente usados
...para descrever o ser de Deus
...mas com diferenças importantes
Em termos gerais...
…ESSÊNCIA e SUBSTÂNCIA
…sempre foi entendido
…como sendo A MESMA COISA - SINÔNIMOS
Mas...
…como Berkhof mesmo menciona
“No presente, muitas vezes os dois vocábulos são empregados um pelo outro. Não há objeção a isto, desde que se tenha em mente que eles têm conotações ligeiramente diversas”. (BERKHOF, 1990, p. 80-81)
Então...
…vamos passar
…pelas definições
…antes de continuar
2.1.1.1. ESSÊNCIA (OUSIA)
2.1.1.1. ESSÊNCIA (OUSIA)
Ousia...
…é a palavra grega
…traduzida
…como “ESSÊNCIA” ou “SUBSTÂNCIA”
Aristóteles...
…usou esse termo ousia
…em seus tratados biológicos
Ele se referia...
…à NATUREZA FUNDAMENTAL
…ou a ESSÊNCIA
…de um ser vivo
Ou seja...
…é um termo
…usado para descrever
…o que faz algo
…ser o que é
Em outras palavras...
…é a essência ou substância
…mais profunda
…de um ser
Na filosofia grega...
...e na teologia cristã
...é usado para descrever
...a natureza essencial de Deus
...ou a natureza
...de qualquer coisa
...que define
...o que ela é
Por exemplo...
…pense num cavalo
O que é um cavalo?
Aristóteles...
…se perguntaria
…sobre a natureza essencial do cavalo
…ou seja
…o que definiria o que é um cavalo
…independente
…de suas características individuais
A ousia de um cavalo...
…inclui suas qualidades intrínsecas
...como ter quatro patas
...ser um mamífero
...ter a capacidade de galopar
...etc.
Esses...
...são os aspectos
...que definem
...o que significa
...ser um cavalo
A ousia...
...é o que permite
...que qualquer indivíduo específico de cavalo
...seja reconhecido
...como um cavalo
Logo...
…a ousia de um cavalo
…é a substância fundamental
…que dá a esse cavalo
…a sua IDENTIDADE
Na Teologia Cristã...
…ousia da trindade
…é utilizada
…para descrever
…a natureza divina comum
…A TODAS AS PESSOAS DA TRINDADE
Na doutrina da Trindade...
…é posto
…que Deus é UM em ESSÊNCIA
…mas Deus é TRÊS em PESSOAS (Pai, Filho e Espírito Santo)
O que é Deus?
A ousia de Deus...
...é a natureza divina
...compartilhada
...igualmente por Pai, Filho e Espírito Santo.
A ousia de Deus...
...inclui todas as perfeições infinitas
...como onipotência
...onisciência
...onipresença
Essa é a natureza essencial...
...que define
...o que é Deus
...em Sua totalidade
Portanto...
…na Teologia Cristã
…cada pessoa da Trindade
…possui a MESMA ousia
…isto é
…a mesma natureza divina
…mas com relações e funções diferentes
Veja essa citação...
…de Franklin Ferreira e Allan Myatt
“Ultimamente, porém, falou […] por meio de seu Filho, que é “a expressão exata do seu Ser” […] Podemos entender que o Filho é a imagem exata do Pai. A palavra hypostasis é a realidade transcendente concreta do ser de Deus. As palavras gregas não deixam nenhuma dúvida sobre o fato de que a essência do ser de Jesus é igual à do Pai. Jesus, portanto, é a imagem exata do ser de Deus. Essa imagem é, por assim dizer, estampada na pessoa histórica de Jesus Cristo”. (FERREIRA; MYATT, 2007, p. 110)
…o que você nota de diferente???
Eles usaram...
…a palavra hypostasis
…no lugar ousia
…para descrever
…a essência de Deus
Tem uma justificativa...
…que está ligada
…ao fato
…de que a igreja
…dos primeiros séculos
…que foi responsável
…por definir essa doutrina da Trindade
…com intuito de evitar heresias
…acabou definindo
…a Trindade “...como uma essência (ousia) divina revelada em três pessoas (hypostasis) distintas”. (FERREIRA; MYATT, 2007, p. 180)
Essa distinção...
…entre ousia e hypostasis
…não é unanime
…nem entre os filósofos
…nem entre os teológos
…e pode gerar muita confusão
Qual doutrina...
…se estuda
…a palavra hypostasis???
UNIÃO HIPOSTÁTICA!!!
Mas ai...
…a aula seria de Cristologia
…e não Teontologia
…portanto
…vamos ver
…qual é dessa palavra AQUI!
Segundo SHEDD...
…a palavra “essência”
…no latim “esse”
…significa “ser”
E é isso...
…que estamos fazendo
…tentando entender
…o SER de Deus
Obviamente...
…não ia ser tão simples assim
…e W. G. T. Shedd (1820 -1894)
…acabou popularizando
…a ideia
…de que
…ESSÊNCIA e SUBSTÂNCIA
…tem uma leve diferença entre elas
A intenção dele...
…era explicar
…os aspectos da natureza divina e da Trindade
…de uma maneira
…que andasse junto
…com algumas preocupações
…filosóficas e teológicas
Essa distinção...
…apresentada por Shedd
…foi inovação na teologia sistemática
…mas DE NOVO
...não é aceita
…por todo mundo
Vamos ver essa diferença...
2.1.1.2. SUBSTÂNCIA (HYPOSTASIS)
2.1.1.2. SUBSTÂNCIA (HYPOSTASIS)
Substância...
…então
…basicamente
...é o sinônimo
…de ESSÊNCIA
Portanto...
…tenha em mente
…que o termo “ousia”
…é o termo grego
…tanto para ESSÊNCIA
…quanto para SUBSTÂNCIA
Porém...
…em contextos teológicos
…mais modernos
…como o de Shedd
…a definição da palavra substância
…que também vem do latim "substare"
...significa "estar debaixo", "suportar", “estrutura”
Consegue notar...
…de onde
…surge a diferença
…dos termos???
Essa questão...
…não foi levantada por Shedd
…ele apenas
…a abraçou
…tanto que no Concílio de Niceia (325 d.C.)
...por exemplo
...o termo homoousios
…que significa “DA MESMA ESSÊNCIA” ("homos" (o mesmo) e "ousia" (essência))
…foi usado
...para afirmar que o Filho
...é da mesma essência (ou substância)
...que o Pai
Isso foi fundamental...
...para a definição da Trindade
...deixando claro que
...Pai, Filho e Espírito Santo
...compartilham
...a mesma essência divina.
Mas pra Shedd...
…ele vê diferenças
…note o que ele escreveu
“Essência vem de ‘esse’, ser, e denota o ser ativo. Substância vem de ‘substare’, e denota a possibilidade latente do ser. […] O termo essência descreve Deus como a soma total das perfeições infinitas; o termo substância O descreve como a base subjacente das atividades infinitas. O primeiro é, comparativamente, uma palavra ativa; o último, uma palavra passiva. O primeiro é, comparativamente, um termo espiritual; o último, material. Falamos de substância material, não de essência material”. (Dogm, Theol., I, p. 271.)
Substância
...é a possibilidade latente do ser
...ou seja
...o que permite
...que uma coisa exista
...ou sirva de base
...para suas atividades
No caso de Deus...
...substância é a base subjacente
…isto é
…aquilo que suporta
…aquilo que sustenta
…o alicerce
...todas as Suas atividades infinitas
Ou seja...
…a substância de Deus
…é a fundação
…que dá suporte
…ou que permite
…ou que sustenta
…que as ações e perfeições de Deus se manifestem
Assim sendo...
…a substância de Deus
…está ligada
…às três pessoas da Trindade
…o Pai, o Filho e o Espírito Santo
Em outras palavras...
...Essência
...está mais relacionada
...com a natureza ativa e espiritual de Deus
...as perfeições que Ele possui (DIVINDADE)
...Substância
...está relacionada
…ao que possibilita
...o funcionamento do ser (AS TRÊS PESSOAS DA TRINDADE)
Lembra da citação?
“Para evitar as heresias que enfrentava durante os primeiros séculos, a igreja definiu a Trindade no Concílio de Constantinopla (381) como uma essência (ousia) divina revelada em três pessoas (hypostasis) distintas. (FERREIRA; MYATT, 2007, p. 180)
Então...
…a trindade...
…é formada
…por três PESSOAS (hypostasis)
…e cada pessoa da Trindade
…é uma manifestação
…distinta
…da mesma ESSÊNCIA divina (ousia)
…mas com relações e funções diferentes
De novo...
…o Pai não é o Filho
...o Filho não é o Espírito Santo
...mas todos
...compartilham a mesma essência/substância divina.
Essa distinção...
...mantém o equilíbrio
...entre a crença em um Deus único (essência)
...e as três pessoas distintas da Trindade (substâncias)
Pr. Eduardo...
…colocou na apostila
…uma definição
“Deus é três pessoas consubstanciais ou hipóstases [ὑπόστᾰσις - hypostasis, "substância”] - o Pai, o Filho (Jesus Cristo) e o Espírito Santo - como "um Deus em três Pessoas Divinas". As três pessoas distintas ainda são uma "substância, essência ou natureza" (homoousios). Neste contexto, a "natureza" é o que se é, enquanto a "pessoa" é quem se é. Embora distintas uma da outra nas suas relações de origem (como o Quarto Concílio de Latrão declarou: ‘É o Pai quem gera, o Filho quem é gerado, e o Espírito Santo que prossegue’), nas suas relações mútuas, eles são declarados como sendo um em tudo o mais, “coiguais, coeternos e consubstanciais, e cada um é Deus completo e inteiro’.” (Wikipédia, Trindade)
Entendido a diferença...
…entre ousia e hypostasis
…podemos passar
…para o próximo ponto
2.1.1.3. CADA PESSOA É PLENAMENTE DEUS
2.1.1.3. CADA PESSOA É PLENAMENTE DEUS
Esse fato...
…está relacionado
…à essência também
…pois ela
…não é dividida
…entre as três pessoas da Trindade
…antes está
…com a totalidade absoluta
…da sua perfeição
…EM CADA UMA DAS PESSOAS
Nesse caso...
…1 + 1 + 1 = 1
“Enquanto que três pessoas humanas têm apenas unidade de natureza ou essência, isto é, participam da mesma espécie de natureza ou essência, as pessoas da Divindade têm unidade numérica de essência, isto é, possuem a mesma essência, essência idêntica”. (BERKHOF, 1990, p. 82)
É interessante...
…que Berkhof
…menciona
…que a natureza humana
…pode ser considerada
…como uma “espécie”
…pois o homem
…tem uma PARCELA individual
…que forma o todo
Deus não...
…ele já é o todo
Deus...
…não é uma existência
…que depende uma da outra
…para existir
…se assim o fosse
…isso seria Triteísmo
…e não Tri-unidade
Da mesma forma...
…que não pode haver
…subordinação
…de uma pessoa
…a outra da Divindade
…quanto ao ser essencial
…isso seria Subordinacionismo
…e não Tri-unidade
Ainda assim...
…Berkihof argumenta
…que pode haver subordinação
…em relação à ordem
…e ao relacionamento
…ISSO É CHAMADO DE TRINDADE ONTOLÓGICA
“Quanto à subsistência pessoal o Pai é a primeira pessoa, o Filho é a segunda, e o Espírito Santo é a terceira. Mal se precisa dizer que esta ordem não pertence a nenhuma prioridade de tempo ou de dignidade essencial, mas somente à ordem de derivação lógica”. (BERKHOF, 1990, p. 82)
Portanto...
…se cada um dos três
…é plenamente Deus
…podemos concluir
…que SÓ HÁ UM DEUS
2.2. SIMPLICIDADE
2.2. SIMPLICIDADE
Enquanto...
…a unidade de Deus
…se refere
…à crença
…de que Deus é um só ser
…a SIMPLICIDADE DIVINA
…é a doutrina
…que afirma
…que Deus
…não é composto de PARTES
Ou seja...
…mesmo Deus
…sendo 3 pessoas distintas
…a simplicidade de Deus
…reforça a sua UNIDADE
…afirmando
…que Ele é
…INDIVISÍVEL EM ESSÊNCIA
Diferente dos seres humanos...
...que são
...uma composição
...de corpo, alma, e mente
...Deus é perfeitamente simples
...e Seus atributos
...amor
...justiça
...onipotência
...etc.
...não são partes separadas
...mas são o próprio ser de Deus
Tomás de Aquino...
...foi
...um dos grandes
...defensores dessa doutrina
...argumentando que EM Deus
..."ser e essência são uma coisa só"
Assim...
...quando dizemos
...que "Deus é amor"
...ou "Deus é justo"
...não estamos descrevendo
...qualidades distintas
...que Ele possui
...mas afirmando algo
...sobre o próprio ser de Deus
Ou seja...
...Ele é
...plenamente tudo isso
...de forma integrada e harmoniosa
Logo...
…essa doutrina
...evita a ideia
...de que alguns atributos de Deus
...como o amor
...possam ser mais centrais
...ou mais essenciais
...do que outros
Essa doutrina...
…foi criticada
…e algumas dificuldades
…foram apontadas
…em sua interpretação
Nós vamos falar...
…das críticas de
...Alvin Plantinga (1932)...
…que é o principal crítico
…da DOUTRINA DA SIMPLICIDADE
Mas cabe destacar...
…que embora ele critique
…a essa doutrina
…ele não rejeita completametne
…a necesidade
…de alguma forma de simplicidade em Deus
Ele reconhece...
…que Deus deve ser uno em essência
…e indivisível
…mas argumenta
…que essa simplicidade
…não deve ser entendida
…de forma tão EXTREMA
Em vez disso...
...ele sugere
...que devemos permitir
...que Deus tenha
...uma diversidade
...de atributos reais (como amor, poder, justiça)
...que não precisam
...ser idênticos entre si
...preservando a coerência
...de nossa linguagem teológica
Gostaria de passar...
…por suas
…principais críticas
2.1 CRÍTICA 1 - PROBLEMA DA LINGUAGEM UNÍVOCA
2.1 CRÍTICA 1 - PROBLEMA DA LINGUAGEM UNÍVOCA
Plantinga...
...questiona
...como podemos falar de Deus
...e usar conceitos
...para descrevê-lo
...SE DEUS
...segundo a doutrina da Simplicidade
...não possui
...características ou atributos no sentido comum
Ele sugere que...
..SE a doutrina da Simplicidade
...é verdadeira
…ENTÃO
...não podemos usar
...os conceitos humanos
...para falar de Deus
...pois estaríamos descrevendo
...algo completamente distinto
...de nossa experiência
Em suas palavras...
“se Deus é absolutamente simples, então não podemos atribuir a Ele nenhum dos nossos conceitos de maneira unívoca”. (PLATINGA, 1980)
Ele explica isso...
...de maneira simples:
...quando dizemos
...que "Deus é justo" e "Deus é amor"
...na doutrina da Simplicidade
...essas afirmações
...são idênticas a "Deus é Deus"
Ou seja...
...segundo a Simplicidade
...justiça, amor e bondade
...não são
...realmente atributos distintos de Deus
...mas simplesmente
...maneiras diferentes
...de descrever
...a mesma essência
Plantinga vê isso como problemático...
...pois leva à conclusão
...de que os atributos de Deus
...que nós vemos como diferentes
...seriam indistinguíveis
...algo que vai contra
...nossa compreensão
...intuitiva e bíblica de Deus
Além disso...
…ele também menciona
…uma segunda crítica
2.2. CRÍTICA 2 - PROBLEMA DAS PROPRIEDADES NECESSÁRIAS E ACIDENTAIS
2.2. CRÍTICA 2 - PROBLEMA DAS PROPRIEDADES NECESSÁRIAS E ACIDENTAIS
A doutrina da Simplicidade...
…ensina que Deus
…NÃO POSSUI propriedades acidentas
…ou seja
…características
…que Ele poderia OU não ter
A doutrina da Simplicidade...
…ensina que Deus
…POSSUI propriedades NECESSÁRIAS
…ou seja
…características
...que Ele deve sempre ter
Assim...
…TODAS as características de Deus
…SÃO
...necessariamente idênticas à Sua essência
…o que para Plantinga
...levanta dificuldades
Ele argumenta...
...que algumas características de Deus
...parecem ser contingentes (acidentais)
...como o fato
...de que Deus criou o mundo
É contingente...
…porque Deus
…não estava obrigado
…a criar o mundo
…antes a criação
…é um ato livre de Deus
…o que implica
…que Ele poderia ter escolhido
…NÃO criar o mundo
...OU criar o mundo de maneira diferente
Porém...
…como Deus criou o mundo
…e a criação do mundo
…para Platinga
…é contingente
…então Deus
…não tinha
…essa propriedade
…antes da criação
Ou seja...
…Deus só adquiriu
…a propriedade de CRIADOR
…depois da Criação
…e que a propriedade de CRIADOR
…não estava eternamente com ele
Esse pensamento de Platinga...
…vai contra
…a doutrina da Simplicidade
…que ensina que Deus
…é aquilo que ele é ETERNAMENTE
Plantinga sugere....
...que SE todas as propriedades
...de Deus SÃO necessárias
...como a Simplicidade propõe
…ENTÃO
...isso cria um problema
...pois parece
...que Deus tem que ter
...todas as Suas propriedades eternamente
...sem que haja uma distinção
...entre propriedades contingentes (que Ele poderia adquirir ou não)
...e necessárias (que Ele deve sempre ter)
Essa crítica...
…está bem alinhada
…com a última
2.3. CRÍTICA 3 - PROBLEMA DA IDENTIDADE DE DEUS COM SEUS ATRIBUTOS
2.3. CRÍTICA 3 - PROBLEMA DA IDENTIDADE DE DEUS COM SEUS ATRIBUTOS
Plantinga...
...também questiona
...a ideia central
...da Simplicidade
...de que Deus
...é idêntico
...a cada um de Seus atributos
A doutrina ensina...
...que Deus não "tem" amor, poder ou justiça
...mas que Ele é amor, poder e justiça
Para Plantinga...
...isso gera a conclusão absurda
...de que Deus seria
...idêntico a cada um
...de Seus atributos
Isso resultaria...
...em uma situação
...onde Deus seria idêntico
...ao Seu atributo de justiça
...o que implica
...que a justiça
...seria a mesma coisa
...que a onipotência
...que seria a mesma coisa
…que o amor
...e assim por diante
Para ele...
...essa ideia
...leva à conclusão
...de que há apenas uma propriedade em Deus
...o que não faz sentido
...pois isso tornaria
...Deus um mero "atributo"
...em vez de uma pessoa pessoal
...com vários atributos
De novo...
…ele não rejeitava
…COMPLETAMENTE
…a doutrina da SIMPLICIDADE
…apenas a via
…como muito EXTREMA
Mas...
…após suas críticas
…seria óbvio
…a comoção
…e uma série de respostas
…de filósofos e teólogos
…que tentam defender
…a visão tradicional
Muitas dessas respostas...
...visam mostrar
...que a simplicidade divina
...embora difícil de entender
...não é incoerente ou irracional
...como Plantinga sugere
2.3.5. RESPOSTAS
2.3.5. RESPOSTAS
Defensores...
...da simplicidade divina
...James Dolezal
...Brian Leftow
...Norman Kretzmann
...Eleonore Stump
...sustentam
...que a doutrina
...é necessária
...para preservar
...a absoluta
...independência de Deus
Filósofos...
...como Brian Leftow e James Dolezal
...defendem que a simplicidade divina
...não empobrece
...nossa visão de Deus
...como Plantinga sugere
...mas ao contrário
... preserva a riqueza da natureza divina
Para eles...
...a simplicidade de Deus
...é o que faz
...com que todos os Seus atributos
...existam de forma perfeita
...e sem conflito
Deus não é composto de partes...
...como nós somos
...então Seus atributos — amor, justiça, onipotência
...não estão
...em competição ou separados
...mas perfeitamente integrados
Logo...
…ao invés de
…ver a simplicidade
...como uma limitação de Deus
...ela deve ser entendida
...como a fonte da plenitude de Seus atributos
Deus, em Sua simplicidade
...é amor puro
...poder puro
...justiça pura
...sem divisões ou limitações
Uma das críticas de Plantinga...
...é que se Deus é idêntico aos Seus atributos
...então Ele seria "meramente uma propriedade"
...o que pareceria absurdo
...já que propriedades
...não podem agir ou ser pessoas
Defensores da simplicidade...
...como Norman Kretzmann
...e Eleonore Stump
...respondem a isso
...afirmando que Deus
...sendo absolutamente simples
...é ato puro (actus purus)
...ou seja
...Sua essência e existência são uma só
Isso significa...
...que Deus não é apenas uma propriedade abstrata
...mas um ser ativo
...cuja existência
...é idêntica ao Seu ser
Em outras palavras...
...Deus não é uma propriedade
...mas um ser
...cuja essência é existir de maneira necessária e autoexistente
Isso evita...
...o problema
...de pensar
...que Deus é "apenas" um atributo
...pois em Deus
...a essência
...e a existência
...não estão separadas como nas criaturas
A simplicidade de Deus...
...é precisamente
...o que O distingue
...como um ser divino e perfeito
Plantinga também sugeriu...
...que algumas das propriedades de Deus
...como criar o mundo
...são contingentes
...e portanto
...isso contradiz a simplicidade
...que afirma que Deus
...não possui propriedades acidentais
Em resposta...
...defensores como Brian Leftow
...argumentam
...que a criação do mundo
...não é uma mudança na essência de Deus
...mas sim um resultado
...da decisão divina de criar
Isso preserva a simplicidade...
...já que a decisão de criar
...é um ato livre
...da vontade divina
...não uma mudança
...na natureza de Deus
Ou seja...
…o fato
...de Deus decidir criar ou agir no mundo
...não altera a Sua natureza simples
...mas reflete
...Sua liberdade
...e onipotência
Assim...
…poderíamos concluir
…que a simplicidade de Deus
...mantém a coerência
...com a revelação bíblica de Deus
...como um ser indivisível e imutável
A doutrina respeita...
...os limites da linguagem humana
...ao falar sobre a natureza de Deus
...sem comprometer Sua transcendência