1. Os anseios do coração de Jesus para consigo (Jo 17.1-5)

Os anseios mais profundos do coração de Jesus  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
0 ratings
· 1 view
Notes
Transcript
Cumprimentos.
Apresentação minha e da família.
João 17.1-5:
1 Depois de falar essas coisas, Jesus levantou os olhos ao céu e disse: Pai, chegou a hora. Glorifica teu Filho, para que também o Filho te glorifique,
2 assim como lhe deste autoridade sobre toda a humanidade, para que conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.
3 E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, que enviaste.
4 Eu te glorifiquei na terra, completando a obra da qual me encarregaste.
5 Agora, pois, glorifica-me, ó Pai, junto de ti mesmo, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse.

Introdução

I. Tente imaginar o que você faria se soubesse que ia morrer amanhã.

Com quem você falaria? O que você falaria pra ela? Quem sabe uma expressão de amor? Ou um “se cuida”?
Independentemente do que faria ou falaria, fato é que, nessa hora, nossas maiores preocupações se manifestam; nossos maiores amores se revelam.

II. [Contexto] O texto que lemos é exatamente isso: Jesus em Seu último dia de vida.

Jesus estava angustiado (caps. 12 e 13). Um pavor começou a tomar Sua alma. Lc 22: “suou como gotas de sangue que caíam no chão”.
Em Sua última noite de vida, ceou a Páscoa. Ali estabeleceu a Ceia.
Nesse contexto, Jesus procura Seus discípulos. A partir do cap. 13, Jesus dá Seus últimos ensinos aos discípulos:
Cap. 13: Lava-pés;
Cap. 14: Palavra de encorajamento, promessa do ES;
Cap. 15: a verdadeira frutificação - permanecendo na videira, e um alerta ao fato de que o mundo nos odiaria;
Cap. 16: A obra que o ES fará na vida dos discípulos após Sua descida;
No cap. 17, entretanto, Jesus procura o Pai. e lhe dirige uma última oração antes de Sua prisão, condenação e morte.

III. O que é essa oração?

Não apenas uma série de petições, apesar de conter várias delas.
Não apenas uma intercessão. “Oração Sacerdotal de Jesus”, e não está errado. Mas ela é algo mais.
Jesus está abrindo Seu coração, expressando Seus mais profundos anseios. Essa oração serve de modelo para nós não quanto a o que horar (como na oração do Pai Nosso), mas como orar. É um desnudar da alma diante do Pai.
Portanto, tenhamos o seguinte conceito em mente: em João 17 vemos a expressão dos anseios mais profundos do coração de Jesus.
Vv. 1-5: Jesus expressa Seus anseios para consigo;
Vv. 6-19: Jesus expressa Seus anseios para com os Seus discípulos;
Vv. 20-26: Jesus expressa Seus anseios pela igreja universal.
Meditaremos agora na primeira parte da oração do nosso Senhor (vv. 1-5).

1. Jesus ansiava pela consumação do Seu ministério (vv. 1a).

Jesus começa sua oração: “Pai, chegou a hora”. Jesus tinha consciência do plano eterno e salvador do Pai. Ele tinha se encarnado para isso, e sabia que a hora da consumação de Seu ministério estava chegando: morte, ressurreição, ascensão e exaltação.
Nos caps. 7 e 8 de João, os fariseus tinham tentado prender Jesus, mas não tiveram sucesso. Por quê? “Porque não havia chegado a sua hora”.
Mas a hora chegou. A hora da angústia. A hora da dor. A hora do indizível sofrimento. Mas também a hora de cumprir as profecias. De quitar a dívida. A hora de vencer o diabo. A hora de conquistar a nossa salvação.

2. Jesus também ansiava por Sua glorificação (vv. 1b-2a).

“Glorifica teu Filho”. Na consumação do Seu ministério, o anseio de Jesus é que o fim último seja a exaltação do Pai. Ele deseja ser exaltado porque sabe que assim acontecerá a exaltação do Pai.
O que significa “glorificar”? “Exaltar”, “Louvar”, “honrar”. Jesus, como ninguém, sujeitou-se à obediência incondicional e total ao Pai. Desde antes da fundação do mundo, Jesus já havia decidido se entregar. É por causa de tal amor e obediência que “o Pai o exaltou sobre todos, e deu a Jesus um nome sobre todo nome”.
É justamente a humilhação da cruz que se transforma na exaltação de Jesus. A maldição da morte leva à glória do Ressurreto.

3. Jesus ainda ansiava pela glorificação do Pai (vv. 2b-3).

“Glorifica teu Filho, para que também o Filho te glorifique”. Jesus deseja ser glorificado porque assim Ele glorificará o Pai.
V. 2: “assim como lhe deste autoridade sobre toda a humanidade”. O Pai deu ao Filho toda autoridade sobre o cosmos. E o propósito do Pai é “que ele [Jesus] conceda a vida eterna a todos os que lhe deste”.
Grant Osborne: “Tanto sua glória como sua autoridade nos versículos 1 e 2 são seguidos por frases de propósito. Jesus buscou glória para poder devolver essa glória a seu Pai, e ele buscou autoridade para poder dar vida eterna a seus seguidores”.
Tudo isso resulta na glorificação do Pai.
E Jesus tem toda autoridade sobre toda a humanidade. Os que creem receberão a vida; os que não creem receberão o juízo eterno, dado pelo próprio Jesus.
Jesus então descreve no v. 3 a vida eterna que receberão os que creem Nele. É possível não apenas ter a vida eterna, mas desfrutar dela hoje mesmo: conhecer a Deus, ou relacionar-se com Ele.
A eternidade já nos foi garantida. Receberemos morada no céu. Estaremos com Cristo para sempre. Mas a eternidade deve ser vivida hoje....

4. Por fim, Jesus ansiava por Sua glorificação junto ao Pai (vv. 4-5).

No v. 4, Jesus afirma ter cumprido com Sua missão de glorificar o Pai. Ele já tinha se encarnado. Ele reuniu os discípulos e os treinou num discipulado intensivo. Ele já tinha realizado sinais e maravilhas, indicando a chegada do Reino de Deus através de Sua própria pessoa.
Mesmo antes de ter realizado o sacrifício salvador na cruz, Jesus já fala como se isso já tivesse acontecido. Isso porque Ele estava certo de que faria isso. Mesmo sofrendo antes de ir pra cruz, Ele não fugiria.
No v. 5: Jesus passa da glória terrena para a glória pré-encarnada. Jesus pede mais uma vez ao Pai que O glorifique. Ele anseia voltar para o Pai, para estar diante Dele e para desfrutar de Sua glória que já tinha antes da fundação do mundo.
Hb 12.2 nos comunica essa verdade:
2 fixando os olhos em Jesus, o Autor e Consumador da nossa fé, o qual, por causa da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da vergonha que sofreu, e está assentado à direita do trono de Deus.
Como disse Hendriksen: “Jesus suportou a cruz para trocá-la por uma coroa”.
Tudo o que Deus faz é para Sua própria glória, e Jesus é Deus. Ele ansiava desfrutar novamente da glória que já era Dele antes de todas as coisas. Ele queria se assentar à direita do Pai mais uma vez.

Considerações finais

Vimos quatro anseios do coração de Jesus:
Jesus ansiava pela consumação do Seu ministério - pagar o preço salvador;
Jesus ansiava por Sua própria glorificação;
Jesus ansiava pela glorificação do Pai - esse era Seu propósito último;
Jesus ansiava por Sua glorificação junto ao Pai.

Aplicação

No v. 3, Jesus explica o que é a vida eterna:
3 E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, que enviaste.
Relacionamento com Deus é central na salvação. Você desfruta desse relacionamento com Jesus? Você ama ouvir Sua doce voz? Você deseja ardentemente seguir todos os Seus passos? Você aprecia estar diante Dele em comunhão? Se sua resposta foi “não”, então falta algo em sua vida espiritual.
[APLICAÇÃO] Ser salvo não é ir nos cultos. Não é ser religioso. Não é fazer muitas coisas corretas. Não é entender a Bíblia. Não é conhecer teologia. É conhecer a Deus. Mas como podemos conhecer a Deus? Jesus responde: “que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. Só há um Deus, o Deus verdadeiro. E só é possível conhecer a Deus através da pessoa de Jesus. Ele é o caminho, a verdade e a vida. Esse conhecimento verdadeiro de Deus é experimentá-lo de modo pessoal. Esse é o conhecimento que salva.

Apelo

Você que já crê em Jesus, deseja voltar a desfrutar de um relacionamento com Cristo?
E você que ainda não entregou a Jesus, deseja provar do Seu amor e da Sua presença na Sua vida? Entregue-se a Jesus com fé Nele e com arrependimento dos pecados.
Related Media
See more
Related Sermons
See more