1Pedro 3.13-17

Texto: 1Pedro 3.13-17 — Título:

“VEJA COMO RESPONDE!”

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Introdução

Quantas vezes você esteve entre amigos/colegas na escola, na rua, no trabalho, ou até mesmo entre familiares e ficou em crise, naquele momento quando alguém o questionou sobre a sua fé?

Foi o tipo de questionamento que a pessoa tentou colocá-lo contra a parede, na frente de outros. E você ficou entre duas possíveis respostas: 1) a mais ensaboada, aquela que o faria sair pela tangente e continuar confortável com eles (mas e com o Senhor?), e 2) a resposta clara e objetiva, que os levaria a perceber que vocês tem o coração plantados em solos totalmente diferentes (e possivelmente levaria essa “amizade” a ruptura).

E o interessante é que quando isso aconteceu, você também estava rodeado de “irmãos da mesma fé”, que pareciam confortáveis com o questionamento. Pois não era para eles mesmo.

Eu vivi isso, no período em que fui aluno do ensino médio. Era difícil ser cristão. Por isso, no momento de intervalo entre as aulas, eu me refugiava num grupo somente para evangélicos. Era bom? Sem dúvidas. De fato foi um oásis; tínhamos “muros” levantados que nos impediam de ouvir os questionamentos que eles faziam lá fora. Que maravilha!

Mas num momento ou outro eu não conseguiria escapar desse “choque”, desse conflito de ideias que aconteceria. E assim aconteceu, entre os vizinhos e até mesmo entre os cristãos.

Foi daí que percebi que existem cristãos que são corajosos e buscam responder à toda pessoa que pedir a razão da sua fé, de maneira séria, conveniente e que honre ao Senhor, e outros que usam o título de cristãos mas preferem se esconder em suas cavernas, esperando raiar o dia para assim declararem: “Ei! Somos cristãos!”. Mas enquanto isso, parece que a vida anda de vento em popa, fugindo de choques ou conflitos entre a verdade e a mentira.

Partindo daí, o título do nosso sermão de hoje é:

“VEJA COMO RESPONDE!”

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OBSERVAÇÕES DO TEXTO

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Para além das pessoas que podem influencia-lo a fugir ou responder equivocadamente, a sua resposta aos que pedirem razão da sua esperança expressa como está seu coração. Deste modo extraímos três verdades do texto, para quando fores responder, lembrar que seu coração deve ser:

1ª TOMADO POR ALEGRIA:

No v.13-14 está escrito: [Ler o texto].

O texto começa com uma pergunta e uma condição: “Quem há de maltratá-los, se vocês forem zelosos na prática do bem?”. A pergunta se encontra na parte ‘A’ (“Quem há de maltratá-los”) do versículo e a condição na ‘B’ (“se vocês forem zelosos na prática do bem?”).

Mas no v.14 encontramos um contraste entre uma condição e uma implicação quando Pedro diz: “Todavia, mesmo que venham a sofrer porque praticam a justiça, vocês serão felizes”. A conjunção “todavia” nos conduz entre a condição e apresenta a implicação. Qual é a condição? Sofrer. E a implicação? Ser feliz. Claro, não pelo sofrimento por sofrimento, mas por fazer o justo.

Nos v.13-14 Pedro nos fala sobre os que praticam a justiça, e são zelosos nisso. Estes podem sofrer maus tratos, mas ainda nisso tem motivo para serem felizes. Já outros, os chamados “eles” (no v.14), parecem temer (na NVI, a tradução para “ameaça” na ARA), ficam amedrontados, alarmados com isso.

"Eles” parece ser referência à “irmãos” da mesma fé que tem a reação diferente em meio ao sofrimento. Por isso o primeiro ponto contrasta com o que “eles” sentem.

O verdadeiro cristão não deve temer. Mesmo que esteja sofrendo por praticar o bem, ele deve ser feliz. Como afirmou o nosso Senhor Jesus Cristo em Mt 5.10:

Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.

Do mesmo modo o verdadeiro cristão não deve andar amedrontado. Como está escrito em Tg 1.12:

Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.

Ele é perseverante, suportando com alegria a provação, mantendo seus olhos fixos na recompensa que receberá do Senhor. Diferente dos que andam amedrontados, ests estão com os olhos naqueles que o cercam e que potencialmente podem lhe causar algum mal.

Continuamos no segundo ponto, para você não esquecer que seu coração deve ser:

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2ª TOMADO POR CRISTO:

No v.15 está escrito: [Ler o texto].

“Santifiquem Cristo como Senhor em seu coração”.

Em outras palavras, numa possível melhor tradução: “separem seu coração exclusivamente para Cristo”. Ele deve ser o Senhor dos vossos corações. Vocês não devem temer ou ficarem amedrontados, ou correr das pessoas.

Pelo contrário, “estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês”.

Como Paulo afirma em Cl 4.6:

A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.

E em 2Tm 2.25a, quando ele afirma que os que se opõem devem ser disciplinados com mansidão. Em primeiro lugar, porque é bíblico (“a resposta branda desvia o furor” Pv 15.1) e em segundo lugar, pois você deve buscar glorificar ao Senhor, não aparecer, por executar sua própria justiça.

Se nossa resposta é tomada por Cristo, significa que Ele é Senhor em nosso coração, e que o Espírito Santo está em nós. Deste modo, a resposta do verdadeiro cristão será semelhante a do Ap. Pedro em At 4.8, onde Lucas registra que ele estava cheio do Espírito Santo, e ficou firme na sua resposta, junto ao Ap. João, mesmo estando os dois sob terríveis ameaças.

Cristo deve ser o Senhor do seu coração, deste modo você terá a verdadeira esperança. Aquela que aponta para a eternidade.

Continuamos no terceiro e último ponto, para você não esquecer que seu coração deve ser:

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3ª TOMADO DE BOA CONSCIÊNCIA:

Nos v.16-17 está escrito: [Ler o texto].

Devemos fazer isso, com mansidão e respeito, conservando boa consciência.

Bem, em primeiro lugar, saberemos que fizemos isso corretamente quando: estivermos vivendo condignamente conforme a Lei do Senhor exige de nós.

Por exemplo: a maneira como falamos com as pessoas pesa sobre nós. Ex.: Em Tt 2.8 está escrito:

linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário seja envergonhado, não tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito.

Nós possuímos a verdade e a comunicamos, não devemos escondê-la ou floreá-la. É a verdade crua, vísceral, brutal. Mas comunicada em “linguagem sadia e irrepreensível”. Sem ofertar qualquer indignidade que seja para os que nos perseguem não terem nada o que dizer ao nosso respeito.

Pedro e Paulo tratam do mesmo evento, mas em textos diferentes. Pedro na primeira epístola e Paulo à Tito. Se responderes corretamente, não haverá motivo para perseguição, senão para vergonha dos caluniadores. Porque? Pedro responde: “porque estão em Cristo”. Portanto, estes perseguem o próprio. (Lembram do testemunho de Paulo, quando outrora era perseguidor?).

Mas ainda assim não estamos seguros de que não seremos perseguidos. Pois no v.17, Pedro conclui com as seguintes palavras: “É melhor sofrer por fazer o bem, se for da vontade de Deus, do que por fazer o mal”.

Em outras palavras Pedro está dizendo: “Se fizerdes/falardes mal, certamente sofrerá. Mas se fazes o bem e sofre, isso não é ruim, pois está sob o decreto de Deus-Pai”.

O que nos leva a recordar das Palavras do Nosso Senhor Jesus Cristo, quando disse em Jo 6.38:

Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.

O que nos leva também a doutrina da Predestinação. Paulo diz em Ef 1.5:

nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade,

Essa verdade deve tomar sua consciência, e assim se tornará boa. Qual verdade? O Senhor é soberano, e sua vontade é boa, perfeita e agradável. Em alguns momentos, nossos planos não serão realizados, pois acima de nós estão os decretos do Senhor.

Recordar deste atributo de Deus: Soberania. O ajudará a manter-se com boa consciência entre os homens, mesmo que estejas exposto a perseguição injusta.

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CONCLUSÃO:

Você conseguiu refletir um pouco? Como você tem respondido os que o cercam? Algum deles já pediu “razão da esperança que há em vós”?

Recordando a introdução do sermão: que tipo de cristão você é? Aquele que tem respostas ensaboadas? Ou o que está preparado para “responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós”?

Bem, para ajudá-lo, trago algumas perguntas:

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Você é zeloso quanto ao que é bom? Mas como fica seu coração, quando está entre seus colegas? Tem medo de perguntarem para você sobre a sua fé? Qual a posição bíblica quanto a vida? pobreza? identidade de gênero?

Jesus Cristo é Senhor da sua vida? Você O santifica como Senhor em seu coração? Sim? Mas há alguma área no seu coração onde ele não governa? Como afirmou Francis Schaeffer: “Serei falso ou estarei confuso se cantar a respeito da soberania de Cristo e preservar determinadas áreas de minha vida inteiramente autônomas”.

Você tem uma boa ou má consciência? Como você observa as dores e males que são causadas na sua vida? Como você reage quando é injustiçado? Lembre-se que há um Deus totalmente soberano, Ele governa sobre tudo e todos, até mesmo sobre os que perseguem você. Você não deve preocupar-se tanto com essa pessoa, mas sim em como você tem mantido sua consciência diante de Deus.

Por isso: “VEJA COMO RESPONDE!”