Visão dos 144 mil e dos Glorificados
Sermon • Submitted • Presented
0 ratings
· 2 viewsNotes
Transcript
Apocalipse 7.1-17
Apocalipse 7.1-17
INTRODUÇÃO
1 - Visão dos 144 mil. 7.1—8
Apocalipse - Comentário Expositivo do Novo Testamento Grant Osborne (Retendo os Ventos da Destruição (7.1–3)
Nos julgamentos de selo do capítulo 6 é claro que os ventos da destruição estão reunidos, mas Deus não está totalmente pronto para prosseguir. É necessário primeiro “selar” seus filhos para protegê-los. Em certo sentido, isto é um flashback para sua conversão, mas é apresentado como uma realidade global; eles estão em estado de ser selados. Portanto, quatro anjos retêm os ventos da destruição até a hora de Deus liberá-los. Estes anjos estão ligados aos do capítulo 9 (v. 14), aludindo a Zacarias 6 (v. 5), que fala de “quatro espíritos no céu”, que percorrem toda a terra. “Quatro cantos” também era uma expressão antiga para cada parte da terra
Na segunda parte da visão (7.2–3), vemos porque os ventos da destruição foram contidos. “Outro anjo” aparece possuindo grande autoridade, pois comanda os quatro anjos e tem em suas mãos o selo de Deus. Ele chega do Leste, literalmente “do sol nascente”, aludindo a Ezequiel 43 (v. 2, 4), onde Deus entra no templo a partir do oriente. Isto significa o derramar de bênçãos e poder do reino, em contraste com os poderes malignos que imitam Deus e também vêm do Oriente, Este anjo também traz “o selo do Deus vivo”, O selo significava propriedade, proteção e privilégio.
O que, exatamente, é um selo? William Hendriksen observa primeiro que “é a coisa mais preciosa sob o céu” e então fornece três funções do selo. Primeiro, ele evita manipulações; depois, assegura a posse; e por fim, garante a autenticidade de um documento
Este selo é uma referencia ao Espírito Santo Ef. 1.13 que vai selar todos os que serão salvos.
(Selando as Doze Tribos (7.4–8))
“Eu ouvi o número daqueles selados”. Possivelmente exista uma ligação intencional com o capítulo 6 (v. 11), “até que o número…esteja completo”, enfatizando a presciência de Deus sobre os selados. Isto está de acordo com o número 144.000, o produto de 12 × 12 × 1000, indicando completude
O número daqueles que foram selados é 144 mil, que corresponde a doze vezes doze mil (doze ao quadrado vezes dez elevado ao cubo). No Apocalipse, o número doze sempre se refere ao que é perfeito: os santos (7.5–8), a mulher com as doze estrelas na cabeça (12.1), as doze tribos de Israel (21.12), os vários aspectos da nova Jerusalém (21.12, 14, 16) e as doze árvores frutíferas (22.2). E o número mil é dez vezes dez vezes dez, que corresponde a uma multidão. No sistema decimal, o número dez é o número da plenitude.
Portanto, 144 mil é um número simbólico que expressa uma multidão caracterizada pela perfeição absoluta. As doze tribos de Israel vezes os doze apóstolos (21.12, 14) vezes um mil é igual à perfeição multiplicada pela perfeição multiplicada por uma multidão
2 - Visão dos Glorificados 7.9-12
Apocalipse - Comentário Expositivo do Novo Testamento Grant Osborne (Cena de Adoração (7.9–12))
Os crentes foram contados nos versículos 4–8 (e 6.11), mas agora formam uma multidão inumerável, tomando seu lugar com os santos de toda a história em cumprimento da promessa aos patriarcas de que seus descendentes seriam tão numerosos quanto as estrelas do céu ou a areia do mar (Gn 15.5; 32.12). Eles provêm de todas as nações e línguas do mundo, enfatizando uma vez mais a natureza universal da igreja. Aqui os santos triunfantes estão comemorando sua dura vitória conquistada por intermédio da intervenção do Guerreiro Divino. Essa cena pode ocorrer no julgamento final, quando os santos recebem suas recompensas, ou no início da eternidade no céu.
3 - Declaração do Estado Eterno dos Salvos 7.13-17
Apocalipse - Comentário Expositivo do Novo Testamento Grant Osborne (Identificação dos Santos pelo Ancião (7.13–17))
João está confuso com esta visão, então no versículo 13 um dos anciãos pergunta no lugar dele: Quem são essas pessoas e como chegaram até aqui? Como frequentemente em escritos profético-apocalípticos (Dn 7.15–16; Zc 4.1–2), o ancião/anjo funciona como um mediador e intérprete, explicando símbolos-chave para João. João, consciente de que o ancião pretende explicar-lhe isto, diz simplesmente: “Senhor, você sabe”, e espera pela resposta.
A segunda parte do hino do ancião é a remoção de todo sofrimento (7.16, 17c). Isto se deriva de Isaías 49 (v. 10), onde se diz aos exilados que retornaram da Babilônia que “nunca terão fome nem sede, nem o calor do sol do deserto recairá sobre eles”. Já que fome e sede eram frequentemente sinais de julgamento divino (Dt 28.47–48; Is 8.21), este é um sinal tanto de perdão quanto de recompensa
A parte final do hino do ancião apresenta as ações do Cordeiro e de Deus em favor deles (7.17a–b). Há um rico conjunto de alusões em “o Cordeiro […] será seu pastor”. No Antigo Testamento Yahweh é “o pastor de Israel” (Gn 48.15; Sl 80.1), e como no Salmo 23 esse retrata Deus guiando e protegendo seu rebanho, conduzindo-o ao pasto (Jr 50.19) e fontes de água (Sl 23.2). Em Ezequiel 34 (v. 20–24), um futuro governante davídico pastoreará Israel e unificará o povo de Deus